SES promove seminário sobre prematuridade nesta quinta

Em Pernambuco, por ano, mais de 16 mil bebês nascem prematuros, representando aproximadamente 11% do total de nascimentos. Para alertar sobre a prevenção dos casos e uniformizar condutas nos serviços de saúde, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), realiza, na próxima quinta-feira (16.11), o Seminário Prematuridade – Evitando Complicações, no auditório do órgão, no bairro do Bongi. O evento é alusivo ao Dia Internacional de Sensibilização para a Prematuridade, lembrado no dia 17 de novembro.

Durante o seminário, a neonatologista do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) Liana Medeiros irá abordar o tema “Hemorragia Intracraniana – Medidas Profiláticas”. “Entre os fatores que contribuem para complicações na evolução desses pacientes e para o surgimento de quadros de hemorragia intracraniana está à imaturidade do sistema nervoso central e o risco elevado de infecção. Queremos abordar nesse encontro as diversas formas de promoção da qualidade de vida dos bebês prematuros para que possamos diminuir o risco de seqüelas futuras”, afirma Liana Medeiros.

Entre os assuntos que serão discutidos, há também: “Evitando a hipotermia no transporte”, ministrado pela neonatologista do Cisam e Hospital Mulher do Recife, Manuela Abreu e Lima, e “Fisioterapia – Intervenção Profilática”, com o fisioterapeuta do Hospital Barão de Lucena, Rafael Justino da Silva.

Profissionais de pediatria, neonatologia, enfermeiros e fisioterapeutas das unidades neonatais, além de profissionais de saúde das emergências, das redes municipal e estadual de municípios da Região Metropolitana foram convidados para o evento que será transmitido por videoconferência para todas as Gerências Regionais de Saúde (Geres).

A prematuridade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o nascimento antes de 37 semanas de idade gestacional. Os recém-nascidos abaixo de 34 semanas são extremamente vulneráveis às complicações, especialmente na primeira semana de vida. Bebês com essas características têm maior risco de atraso no desenvolvimento da aprendizagem e questões de comportamento, paralisia cerebral, retinopatia da prematuridade (alteração no crescimento da retina), deficiências sensoriais e motoras, risco de infecções respiratórias, doenças cardiovasculares e diabetes.

As estratégias preventivas envolvem os cuidados pré-natais e perinatais, a fim de reduzir as taxas de nascimentos prematuros e proporcionar sobrevida com qualidade. Desta forma, é essencial o acompanhamento no pré-natal para detecção precoce da gravidez de alto risco, proporcionando tratamento dos fatores desencadeantes do parto prematuro.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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