Síndrome do Túnel do Carpo acomete 150 mil pessoas, por ano, no Brasil

Posicionamento inadequado das mãos, movimentos repetitivos (como digitar), alterações hormonais após a menopausa, traumas (quedas e fraturas) e inflamações (alguns casos de artrite reumatoide), além de predisposição genética, estão entre as causas da Síndrome do Túnel do Carpo. A condição gera dor em choque (principalmente, à noite), formigamento e dormência nas mãos e braços, de forma rotineira. Casos mais graves podem ocasionar atrofia muscular e perda da sensibilidade da mão, como explica o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão, Luis Filipe Lessa, com atendimento no SEOT – Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), a estimativa é que 150 mil casos da Síndrome do Túnel do Carpo sejam registrados no Brasil, a cada ano. Ainda segundo a SBCM, a condição é cinco vezes mais comum em mulheres, tem relação com o sobrepeso/ obesidade e acomete, em geral, entre os 30 e 60 anos. O médico ortopedista Luis Filipe Lessa diz que, para prevenir, é importante sentar corretamente, apoiando braços e punhos, ao digitar, além de alongar mãos e braços, a cada duas horas.

Diagnóstico e Tratamento – O diagnóstico é feito através de exame clínico, baseado na queixa e no resultado de testes provocativos. Em seguida, o exame de eletroneuromiografia avalia a presença e o grau de compressão do nervo mediano. O especialista em cirurgia da mão afirma que casos mais leves podem ser tratados sem a necessidade de intervenção cirúrgica. “O tratamento pode ser feito através de medicamentos anti-inflamatórios e uso de tala, a fim de melhorar o posicionamento do punho, por certo período”.

Cirurugia – Condições mais graves – quando há grande compressão do nervo, com pouca ou nenhuma resposta ao tratamento convencional – podem levar o paciente à necessidade de cirurgia. “Durante o pós-operatório, ações repetitivas, que exijam esforço, assim como carregar peso, devem ser evitados”, orienta o médico. Os pontos são retirados entre 10 e 12 dias do procedimento. Se houver dor no local da incisão e perda de força muscular, o médico recomenda que se faça terapia, o que ocorre entre 40% a 50% dos casos, também segundo a SBCM.

Fevereiro laranja conscientiza sobre leucemia e incentiva doação de medula óssea

A campanha Fevereiro Laranja – de conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea – alerta para o nono tipo de câncer mais comum em homens e o 11º em mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A principal característica da doença maligna (que acomete os glóbulos brancos/ leucócitos/ célula da imunidade) é o acúmulo de células doentes (que substituem as normais) na medula óssea, causando prejuízo à produção sanguínea saudável. Apesar de não poder ser prevenida, as taxas de cura têm crescido, como afirma a médica hematologista Carolina Militão, com atendimento no NOA – Núcleo de Oncologia do Agreste, em Caruaru, Pernambuco.

Por isso, é preciso ficar atento a sinais como: dores no corpo, fraqueza, cansaço, sono em excesso, perda de apetite e peso repentinos, manchas roxas (devido a alterações na coagulação do sangue), ínguas no pescoço e embaixo do braço, anemia, palidez (nos lábios e pele), além de infecções, pneumonia, aftas na boca e hemorragias. O tipo agudo da doença evolui de forma rápida e o crônico lentamente, como explica a médica. Para esse último, não se fala em cura e o tratamento acontece de forma mais leve, em casa, através de quimioterapia em comprimidos, por longos períodos ou pelo resto da vida. Para o primeiro, o tratamento é hospitalar, por meio de quimioterapia. Nesse caso, há efeitos colaterais mais fortes, a exemplo de fraqueza, perda de cabelo e falta de apetite. Há maior chance de cura, no entanto.

O transplante de medula óssea é uma possibilidade de tratamento para os casos mais agressivos da doença, com indicação feita até mesmo no início do tratamento. Por isso a importância da doação, como alerta a hematologista. “A medula óssea é o líquido que fica dentro dos ossos, o popular tutano, onde o sangue se produz. Ela tem características específicas; pouquíssimas pessoas têm as propriedades iguais, por isso a importância do cadastro no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea)”. O número de doadores cadastrados no Brasil é de 5.575.092 e a quantidade de pacientes em busca de doador não aparentado é de 650.

Para se cadastrar no Redome, é preciso comparecer ao local que disponibilize o serviço no município onde o potencial doador more, para a coleta de sangue. Para ser um doador é preciso ter entre 18 e 55 anos, apresentar bom estado de saúde, não ter doenças infecciosas ou incapacitantes (no sangue, sistema imunológico ou câncer). Para o cadastro, é preciso apresentar documento com foto e preencher um formulário com dados pessoais. Em seguida, ocorre a coleta de 5ml de sangue – tipado para exame de compatibilidade, com identificação das características genéticas.

O resultado é incluído no Redome, como explica a hematologista. “Esse é cruzado com os dos pacientes que aguardam um doador compatível para transplante. O procedimento é indolor (sob efeito de analgesia) e sem necessidade de internamento. A medula óssea se reconstitui após o procedimento”.

Arte na Faixa conecta a educação no trânsito com a Primeira Infância

O Programa de Primeira Infância da Prefeitura de Caruaru realiza o projeto Arte na Faixa, que são intervenções artísticas lúdicas e interativas em diversos pontos da cidade. A atividade acontece por meio das Secretarias de Governo (SEGOV), Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG), Educação e Esportes (SEDUC) e Autarquia Municipal de Mobilidade, Trânsito e Transporte de Caruaru (AMTTC), sob orientação do Estúdio+1, parceiro da Rede Urban 95.

O Arte na Faixa dialoga com o Programa de Educação no Trânsito em algumas datas e eventos anuais, acolhendo e levando o ensino e conscientização sobre o trânsito, de forma divertida para as crianças.

Essa perspectiva lúdica está sendo apresentada em muros e faixas de pedestres, em frente a algumas escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), com pinturas coloridas que chamam a atenção e retratam o dia a dia escolar e no trânsito. O projeto visa propiciar a segurança viária dos pedestres, como também, consolidar o olhar prioritário da gestão municipal a criança, principalmente, no exercício de seu direito à cidade, desde os primeiros anos de vida.

O projeto Arte na Faixa está atrelado à perspectiva urbanística que vem sendo trabalhada no município, enquanto participante da Rede Urban 95, por meio do Projeto Território CMEI, que compreende a implantação de Parques Naturalizados (já foram elaborados dois: no Monte Bom Jesus e no bairro São José), conectando CMEIs e espaços públicos; e a ativação do entorno desses espaços, ampliando o acesso das crianças e de seus familiares e à cidade e à natureza.

“Entendemos e acreditamos que é por meio de ações práticas voltadas à primeira infância, que a cidade pode melhorar efetivamente. Utilizar os CMEIs como polos irradiadores de políticas públicas nas comunidades, incluir a perspectiva de crianças no planejamento e ações da prefeitura, transforma realidades, pois uma cidade boa para as crianças é uma cidade boa para todos”, reforça o Assessor de Projetos Especiais e representante da Rede Urban95 em Caruaru, Swami Lima.

*Urban95*

Fundada pela Fundação Bernard van Leer, a Rede Urban95 é uma iniciativa internacional, que trabalha os eixos de espaços públicos e natureza; mobilidade para as famílias; dados; e serviços, na perspectiva dos bebês e crianças pequenas, sendo o 95 uma alusão à altura média de uma criança de trê anos.

A rede atua com consultorias de empresas e especialistas, além de apoio financeiro para as cidades partícipes. Em Caruaru, a Urban95 tem contribuído com a atualização do Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) – elaborado por nove secretarias do município, aprovada no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Caruaru (COMDICA), e que segue, neste início de 2023, para avaliação na Câmara dos Vereadores.

O desenvolvimento da plataforma Alertas da Primeira Infância – com previsão de utilização gradual nas unidades e serviços do município ainda neste primeiro semestre de 2023, também é uma contribuição da Urban 95.

Outras contribuições são a Mudança de Comportamento – em que se trabalha a campanha do BrincAR LIVRE, desde meados de 2022, e se dá continuidade no ano presente, e os Parques Naturalizados – ou paisagens naturais para o brincar.

Em Caruaru já foi implantado, no Monte Bom Jesus, o primeiro parque naturalizado da cidade, ao lado do CMEI Dom Antônio Soares Costa, e no bairro São José, um pátio escolar naturalizado (na área interna do CMEI José Pinheiro dos Santos Filho) e um parque naturalizado em frente ao mesmo CMEI.

UBAPC agradece às doações de alimentos não perecíveis

A União Beneficente de Artistas e Profissionais de Caruaru (UBAPC), através de seu diretor-presidente José Marcolino, agradece ao humorista Evinho da Gréia e ao produtor cultural Cláudio Soares pelo repasse de aproximadamente 600 quilos de alimentos não perecíveis para doações à comunidades carentes de Caruaru.

O volume foi proveniente de show solidário realizado, no último dia 26, no Shopping Difusora, com a presença de grande público e com a distribuição do Transforma Caruaru pelo projeto Férias Solidárias.

“Reforçamos aqui os nossos agradecimentos pelo grande gesto de solidariedade do Evinho e do Cláudio, além da atuação importante do Transforma Caruaru. Essas doações, sem dúvidas, chegaram em boa hora para aqueles que atualmente vivem em vulnerabilidade social na cidade”, destacou José Marcolino.

Gilmar Mendes lança livro sobre nova Lei de Improbidade Administrativa

A Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal, no Supremo Tribunal Federal (STF), sediou, nesta quarta-feira (8), o lançamento do livro “Nova Lei de Improbidade Administrativa”, que tem o ministro Gilmar Mendes e o professor, advogado e doutorando em Direito Público Rafael Carneiro como coordenadores. A obra é fruto de discussões acerca da necessidade da nova lei e das mudanças trazidas por ela e reúne diferentes perspectivas de especialistas no assunto, entre advogados, magistrados e professores.

No livro, os autores esmiúçam as alterações introduzidas na lei, explicando, de modo didático, aspectos específicos das inovações legislativas. Há também textos que examinam a conexão entre a repressão à improbidade e o combate à corrupção. Alguns assuntos envolvendo a nova Lei de Improbidade Administrativa já chegaram ao Supremo, como a discussão sobre a legitimidade ativa concorrente.

A solenidade contou com a presença da presidente do STF, ministra Rosa Weber, e dos ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski, além do procurador-geral da República, Augusto Aras e de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Partidos poderão receber em 2023 mais de R$ 1,18 bilhão do Fundo Partidário

Dinheiro eletrônico - 22.09.2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu em R$ 1.185.493.562,00 o limite de dotação do Fundo Partidário para o exercício de 2023. O valor está previsto na Portaria nº 74, publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com os critérios estabelecidos pela Emenda Constitucional n° 97/2017, para receber recursos do Fundo Partidário em 2023, os partidos políticos deveriam obter nas Eleições Gerais de 2022 pelo menos 2% dos votos válidos, com no mínimo 1% da votação em nove estados ou, ainda, garantir a eleição de ao menos 11 deputados federais distribuídos em nove estados.

Assim, dos 28 entes políticos que lançaram candidaturas na eleição do ano passado, somente 13 partidos e federações partidárias alcançaram a chamada cláusula de desempenho prevista para o pleito: as federações FE Brasil (PT/PCdoB/PV), PSDB/Cidadania e PSOL/Rede, bem como os partidos Avante, MDB, PDT, PL, Podemos, Progressistas, PSB, PSD, Republicanos e União Brasil.

As demais 15 agremiações continuarão a existir, porém não receberão nada do Fundo a partir deste mês de fevereiro, quando entrou em vigor a nova legislatura nacional. Caso desejem, ainda é possível realizar fusões, incorporações ou mesmo constituir federações com outros partidos que tiveram melhor resultado nas urnas.

O Fundo

O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.

Ele é repassado mensalmente às siglas, em forma de duodécimos, para o custeio de despesas cotidianas como pagamento de salários de funcionários, contas de água e luz, passagens aéreas, aluguéis, entre outras.

Duodécimos de janeiro

Em 2022, o Fundo alcançou 24 legendas, que ainda receberam os recursos até 31 de janeiro deste ano (R$ 66 milhões no período), distribuídos em forma de duodécimo. Contudo, a partir de fevereiro, em razão da mudança de legislatura, somente as 13 agremiações e federações que atingiram a cláusula de desempenho serão contempladas com os recursos.

Os valores repassados aos partidos políticos, referentes aos duodécimos e multas (discriminados por legenda e relativos ao mês de distribuição), são publicados mensalmente no Diário de Justiça Eletrônico (DJe). A consulta também pode ser realizada no Portal do TSE.

TJPE: Escritório Social de Caruaru realiza 1.140 atendimentos em 2022

Logomarca nas cores azul e branca do Escritório Social

Aprimorar as políticas públicas de acolhimento de pessoas egressas do sistema prisional. Com este objetivo, o Escritório Social (ES) de Caruaru, fundado em junho de 2021 pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em conjunto com a Prefeitura de Municipal de Caruaru, o Conselho Nacional de Justiça  e o Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita), fechou o ano de 2022 com a realização de 1.140 atendimentos.

O serviço Escritório Social faz parte do Programa Fazendo Justiça, que é fruto da parceria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A iniciativa visa a superação dos desafios que caracterizam a privação de liberdade no Brasil.

Caruaru foi o primeiro município de Pernambuco a receber a iniciativa, que atende pessoas que cumpriram pena no próprio município, ou que estejam regressando de unidades prisionais de cidades circunvizinhas.

No local, os assistidos são atendidos por equipe interdisciplinar, ouvidos em suas demandas primárias e secundárias, e após, encaminhados às políticas públicas e serviços, a exemplo do Escritório de Práticas Jurídicas da Faculdade Asces-Unita e Defensoria Pública do Estado, nos casos em que haja a necessidade de intervenção processual; ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), e ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), quando identificadas vulnerabilidades social ou direitos violados; às unidades de Saúde; ao Ministério do Trabalho e Emprego; recebendo ainda auxílio e orientações no acesso à rede de serviços públicos em áreas como qualificação profissional, moradia, documentação, saúde e acompanhamento processual.

O êxito alcançado pela Comarca de Caruaru no trabalho de reinserção social com os egressos do sistema prisional, através da ação Escritório Social, tem sido um estímulo para que o TJPE inicie as preparações para estender o projeto para mais comarcas do Estado ainda neste ano, como, por exemplo, Recife e Olinda.

O Escritório Social em Caruaru foi implantado nas instalações da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Município, e tem sua gestão efetivada por este órgão do Poder Executivo. A unidade fica localizada na Rua Armando da Fonte, nº 197, Loja 4, Bairro Maurício de Nassau, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Instalado em 17 de junho de 2021, o Escritório Social de Caruaru realizou 409 atendimentos aos egressos do sistema prisional ainda no referido ano. Em 2022, o número de atendimentos chegou a 1.140. Atualmente, a unidade faz acompanhamento permanente com 378 pessoas.

A titular da 3ª Vara Regional de Execução Penal, juíza Lorena Victorasso, que representa o Poder Judiciário pernambucano na iniciativa do Escritório Social de Caruaru, observa o contato constante dos serviços do ES com pessoas que estão ou passaram pelo Sistema Prisional, e a humanização no trato com essa parcela da população. “O Escritório Social, com sua metodologia própria, marcada, sobretudo, pela singularidade do atendimento e voluntariedade da busca pelo egresso, pré egresso e familiares, possibilita uma aproximação efetiva dessas pessoas, participando do retorno ao convívio social, compreendendo suas verdadeiras demandas, orientando e garantindo suporte para diferentes caminhos possíveis”, pontua.

Para a magistrada do TJPE, o Escritório Social de Caruaru tem realizado um trabalho importante na comarca e região, referenciado pelo Conselho Nacional de Justiça como um dos melhores do país. “Ficamos orgulhosos com os resultados e temos trabalhado para maior divulgação do serviço e confiança do público alvo. Iniciado um novo ano, pretendemos renovar as visitas da equipe do escritório às unidades prisionais da região, difundir o serviço nas Varas Criminais e Central de custódia de Caruaru, além de outras instituições que possam colaborar nesse fortalecimento”, destaca a juíza.

Principais ações do Escritório – O espaço efetua ações de fomento à reinserção social, trazendo programas de extensão universitária para o cotidiano do Escritório Social; implementa grupos de estudo com toda a equipe; bem como estudos de caso sobre as experiências com as atividades semanais com o objetivo de aprimorar os serviços prestados na unidade, e articulações com o Poder Judiciário e equipes dos estabelecimentos prisionais. No local, há a identificação, o acolhimento e o atendimento de demandas específicas relacionadas às mulheres egressas, população LGBTQIA+, com atenção para situações de discriminação racial, de gênero ou orientação sexual, estrangeiros/as e indígenas, pessoas com deficiências ou com transtornos mentais e pessoas que fazem uso abusivo de álcool ou outras substâncias psicoativas.

É importante destacar parcerias realizadas pelo Escritório, como: a articulação com a Faculdade Maurício de Nassau, para envio de currículos de jovens familiares de egressos, objetivando vagas no mercado de trabalho através do programa Jovem Aprendiz, bem como com a Clínica Escola da mesma instituição para que usuários do Escritório Social possam ser atendidos nos serviços de psicologia, odontologia, nutrição e fisioterapia, oferecidos pela universidade; a parceria feita com o Programa Qualifica Caruaru, onde foram realizadas inscrições de familiares de egressos em cursos disponibilizados pela Prefeitura de Caruaru através do Qualifica; a reunião com a diretoria do LEVA a fim de obter cota de passagens de ônibus para egressos em Caruaru, a construção do Projeto Escritório Social Ressignificando vidas, que foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no intuito de obtenção de recursos para realização de cursos profissionalizantes para pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares; dentre outros.

Após meses, Aeroporto de Guarulhos deixa de ter afegãos acampados

Refugiados afegãos que obtiveram visto humanitário para o Brasil acampam no Aeroporto de Guarulhos a espera de abrigo.

Depois de meses, o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), deixou esta semana de ter afegãos acampados de forma improvisada em seus corredores. No auge do fluxo migratório, em outubro do ano passado, o aeroporto chegou a abrigar cerca de 300 pessoas provenientes do Afeganistão no Terminal 2.

Essas pessoas chegavam ao país e, sem receber o acolhimento ou a assistência adequadas previstos em lei, acabavam montando barracas de forma improvisada nos corredores do Terminal 2. A reportagem da Agência Brasil chegou a visitar o local diversas vezes e observou que o trabalho de acolhimento era feito principalmente por uma rede de voluntários.

Isso não significa, no entanto, que o problema já tenha sido plenamente resolvido. A ativista Swany Zenobini informou que, desde a última sexta-feira (3), esses imigrantes têm sido encaminhados com rapidez aos abrigos públicos, religiosos ou voluntários que foram disponibilizados para acolhimento.

No entanto, esse cenário pode se alterar a qualquer momento já que eles continuam chegando quase que diariamente a Guarulhos. “Sabemos que pode ter um momento que poderemos ter um acúmulo de afegãos novamente no aeroporto porque ainda há 2 mil deles para chegarem [ao Brasil]. Mas, por enquanto, temos tido muitos motivos para respirarmos aliviados”, disse ela à Agência Brasil.

Na semana passada, representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) estiveram no aeroporto para verificar o fluxo migratório afegão. Na ocasião, 30 afegãos ainda viviam nos corredores do Terminal 2. “Estamos empenhados no âmbito do Ministério da Justiça em concretizar uma solução definitiva para um acolhimento humanitário da população afegã que tem chegado ao nosso país. É fundamental fortalecer as políticas de refúgio para o atendimento desse fluxo migratório, com um olhar humanitário para as necessidades dessas pessoas que chegam de um território com essa grave e generalizada violação de direitos humanos”, disse Sheila de Carvalho, presidenta do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), durante a visita ao local.

Também na semana passada, o governo de São Paulo inaugurou um novo espaço para acolher os afegãos que continuam chegando ao Brasil. A Casa de Passagem foi chamada de Terra Nova e passou a oferecer 50 vagas para famílias, homens e mulheres solteiros.

“É uma ação humanitária importantíssima para pessoas que foram obrigadas a deixar seu país. Muitas delas enfrentam os dias mais desafiadores de suas vidas. Ao acolhê-las, o governo do estado de São Paulo oferece a esses refugiados e suas famílias todo suporte e uma oportunidade de recomeçar”, disse o secretário estadual do Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento, em nota.

Segundo o governo de São Paulo, a Casa de Passagem oferece abrigo, alimentação e vacinas. No espaço, os acolhidos também contam com serviço de emissão de documentos e são incluídos no Cadastro Único (CadÚnico) para acesso a programas e benefícios socioassistenciais. A permanência no local é inicialmente de 90 dias, mas o período pode ser estendido. A ideia é que os acolhidos conquistem sua autonomia e deixem o local quando conseguirem se manter por conta própria. A secretaria, no entanto, informa que a maioria dos afegão que chegam ao Brasil não permanecem no país.

Histórico

Essas pessoas têm fugido do Afeganistão desde que os radicais do Talibã assumiram o poder, em 2021. O Brasil passou a se tornar destino destes afegãos quando foi publicada uma portaria interministerial, em setembro de 2021, autorizando o visto temporário e a residência por razões humanitárias.

De posse desse visto humanitário, os afegãos começaram a desembarcar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, imaginando que, pela Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017), teriam também assegurados seus direitos a moradia, trabalho, assistência jurídica, educação e acesso a programas e benefícios sociais. Mas não foi o que ocorreu. Chegando ao Brasil, esses imigrantes ficaram sem qualquer amparo assistencial ou política pública de acolhimento. Recebiam apenas alimentação fornecida pela prefeitura e, principalmente por voluntários, que os visitavam diariamente. Alguns desses imigrantes conseguiram vagas em abrigos, mas muitos tiveram que dormir no aeroporto, situação que vinha ocorrendo até a semana passada.

Segundo o Ministério da Justiça, o Brasil expediu 6.302 vistos humanitários aos afegãos entre os dias 1º de setembro de 2021 e 6 de dezembro de 2022. Desse total, 3.367 desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos entre janeiro e outubro do ano passado.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) atendeu 1.035 pessoas afegãs. A maioria é composta por homens entre 18 e 59 anos (490) e mulheres na mesma faixa etária (248). Dessas 738 pessoas, 50,4% têm formação universitária e 6,5% são pós-graduadas.

Senado irá criar comissão para acompanhar situação dos yanomami

Plenário do Senado 2023

O Senado irá criar uma comissão externa para acompanhar a crise humanitária enfrentada pelos yanomami e a retirada dos garimpeiros ilegais da área indígena em Roraima. O requerimento para criação da comissão foi aprovado pelo Plenário nesta quarta-feira (8).

A comissão fará o acompanhamento pelo período de 120 dias. “É preciso contribuir com o Poder Executivo para que haja a solução definitiva dessa crise gravíssima, seguramente a maior crise humanitária vivida no Brasil atualmente”, destacou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A comissão será composta pelos três senadores de Roraima, Mecias de Jesus (Republicanos), Chico Rodrigues (PSB) e Dr. Hiram (PP), além da participação de três deputados federais do estado e dois senadores de outros estados, que ainda serão definidos.

A previsão é que o grupo viaje nesta quinta-feira (9) para a terra indígena, conforme informações divulgadas pelo Senado.

O governo federal iniciou nesta semana ações para retirada do garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Equipes do Ibama, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública destruíram, nesta terça-feira (7), um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas que serviam de apoio logístico aos garimpeiros.

Metade dos juízes brasileiros afirma já ter sofrido ameaça à vida

Metade dos juízes brasileiros afirma já ter sofrido ameaça à vida ou à integridade física. A constatação é de um estudo inédito realizado em 11 países da América Latina pelo Centro de Pesquisas Jurídicas da Associação dos Magistrados do Brasil, em pareceria com a Federação Latinoamericana de Magistrados e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

A pesquisa Perfil da Magistratura Latinoamericana mostra que, com esse percentual, o Brasil fica à frente apenas da Bolívia, onde 65% dos juízes reportaram ter sofrido ameaças à vida ou a integridade física em decorrência do exercício da função pública. Nos demais países, a média oscila entre 30% e 40%. As exceções ficam com Chile e Equador, onde o nível é inferior a 25%.

O levantamento aponta ainda que, no Brasil, apenas 20% dos magistrados se sentem totalmente seguros, patamar que despenca para 3% na Bolívia e sobe para 46% no Chile. Já os que se sentem totalmente inseguros somam 15% no Brasil, 42% na Bolívia e somente 3% no Chile.

Vanessa Mateus, coordenadora da Justiça estadual da Associação dos Magistrados do Brasil, ressalta que essa insegurança reflete em toda a sociedade.

“Isso é muito preocupante, porque sem um Poder Judiciário livre e independente, um Poder Judiciário acuado, com medo, isso é um prejuízo para toda população, e não para a pessoa física do juiz”.

A representante da Associação dos Magistrados do Brasil avalia que esse diagnóstico aponta para necessidade de se enxergar a magistratura como uma atividade sujeita a riscos e busca por mecanismos de segurança. “A gente precisa enxergar a magistratura como atividade que sujeita seus membros ao risco e tomar providencias para protegê-los. Uma delas são os julgamentos colegiados, é você não personalizar a decisão de condenação”, disse Vanessa Mateus.

Na pesquisa, entre as providências apontadas pelos juízes brasileiros para melhorar a segurança durante o exercício profissional estão a efetivação de colegiados para análises de crimes de maior gravidade, blindagem dos veículos, escolta pessoal, alteração no horário de trabalho e mudança de localização do fórum para zonas centrais.