Travestis e trans precisam de políticas públicas em Pernambuco

 (Yane Mendes/ Divulgação)
Yane Mendes/ Divulgação

No Brasil, a expectativa de vida de uma pessoa travesti é de 35 anos. O país é o que mais mata pessoas trans, de acordo com a pesquisa Trans Murder Monitoring (monitoramento de assassinato de pessoas trans). Sophia Rivera, 23, estudante de serviço social pela UFPE e fundadora da Frente Trans de Pernambuco, compartilhou que essa realidade de violência começa desde cedo. “Eu cheguei a ser expulsa de casa somente por ter sido vista na rua conversando com um amigo que era gay”, cravou a estudante.

Hoje Sophia tem um trabalho de carteira assinada e uma rotina estabilizada, mas nem sempre foi assim. Aos 13 anos, foi expulsa de casa e, ao pedir abrigo a outro parente, encontrou mais rejeição e violência. “Eu não entendia sobre a minha dita sexualidade ou identidade de gênero, estava vivendo enquanto criança e me encontrando”, afirmou.  “Eu cresci vendo isso, quando me entendi quanto sujeita comecei a enfrentar [a realidade] e fui muito silenciada e podada, tinha que agir de determinadas formas e sofrendo com uma culpa que não era minha”, compartilhou. Ainda que a travesti Sophia Rivera tenha conseguido retornar para a sua casa poucos dias após a expulsão, as coisas mudaram para ela quando encontrou suporte nos braços de sua avó, que lhe deu espaço e incentivos para estudar e se encontrar como pessoa. “Isso foi um divisor de águas”, assinalou.

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“Eu tive muitas travas até botar para fora quem eu de fato era, passei por processos de muita violência e impedimento”, ponderou Sophia. A realidade apresentada por Rivera é compartilhada por mais pessoas, e tudo se agrava com a crise trazida pelo Covid-19. Uma moça que não quis se identificar afirmou que estava regressando em seu processo de transição para poder morar com a família na pandemia. “Era isso ou ir para as esquinas. Escolhi sobreviver, mesmo que fora de mim. Muitas de nós não têm a mesma opção”, ressaltou.

Para a codeputada Robeyoncé Lima (PSOL), mudar essa realidade é uma pauta urgente e precisa do apoio das forças políticas. “É necessário estreitar os diálogos com os movimentos sociais e os parlamentares”, afirmou. “Pernambuco é o sétimo estado mais violento contra a população travesti e trans, é uma série de violações dos direitos que não se restringe somente ao homicídio”, disparou a deputada. Robeyoncé destacou a necessidade de reparo em “toda uma estrutura social” que culmina no homicídio desenfreado de pessoas trans. “A gente pede segurança, a questão do nome social e a criação de um abrigo para pessoas LGBTQIA+, que são expulsas de casa por conta do preconceito dentro da família. A gente precisa de acesso à saúde, à educação e à empregabilidade, são demandas para além do direito à vida”, cravou. “O mínimo é uma moradia, três refeições do dia e ter acesso ao que está posto na própria constituição”, complementou Sophia Rivera.

De acordo com a parlamentar, além da criação de políticas públicas, é necessária a manutenção desses serviços. “As emendas parlamentares que a gente encaminha muitas vezes não são o suficiente para a manutenção do serviço”, afirmou. “A via da assistência social e as políticas de proteção são pontos fortíssimos para a gente, precisamos lutar o tempo inteiro para não perder esses aparatos”, concordou Sophia. Segundo Nêmesis Lima de Farias Melo, 20, estudantes de ciências sociais, artesã e também representante da Frente Trans de Pernambuco,  a garantia de vida digna para pessoas travestis e trans é urgente, mas para chegar lá várias atitudes precisam ser tomadas. “É preciso que haja um mapeamento geográfico e discussão com líderes parlamentares. A gente precisa de representantes que conheçam a pauta e procurem pessoas trans para dialogar sobre medidas efetivas de saúde, segurança, educação e capacitação”, assinalou a artesã.

 

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“A forma principal que o estado pode intervir é através da educação. Precisamos levar a discussão para dentro das comunidades, onde as pessoas estão dispostas a ouvir e aprender, a comunidade é o seio da solução”, disparou Nêmesis. De acordo com a estudante, a causa de toda essa violência está diretamente ligada à falta de diálogo e educação das pessoas. “A gente precisa investir em políticas e em diálogos árduos, pessoas trans e travestis precisam ser reconhecidas com urgência”, concluiu

Rio faz vacinação em massa de moradores de Ilha Grande

Ilha Grande

O estado do Rio de Janeiro e a prefeitura de Angra dos Reis, no sul fluminense, pretendem imunizar neste sábado (10) cerca de 2.450 moradores de Ilha Grande com a dose única da vacina da Janssen. Com as cerca de 2 mil pessoas que já receberam pelo menos uma dose da CoronaVac ou da AstraZeneca, espera-se que todos os moradores com mais de 18 anos tenham sido vacinados (com uma ou duas doses) até o fim deste sábado.

Pertencente ao município de Angra dos Reis, a Ilha Grande é um tradicional destino turístico que recebe não apenas moradores do Rio de Janeiro como também turistas de outros estados e países.

“São cinco pontos fixos [de vacinação] e mais três lanchas volantes, com mais de 70 profissionais envolvidos, fazendo uma grande ação para que a gente possa ter 100% [da população adulta] de Ilha Grande vacinados. Com um morador mais protegido, a gente pode buscar um turismo mais responsável, numa ilha que recebe gente do mundo inteiro”, afirmou o secretário municipal de Saúde de Angra dos Reis, Glauco Fonseca de Oliveira.

A ideia não é apenas permitir um turismo mais seguro na ilha, mas também usar a imunização em massa como um objeto de estudo epidemiológico. A Secretaria Estadual de Saúde deve acompanhar a situação da covid-19 no local depois da vacinação dos moradores.

Na cidade do Rio de Janeiro, experiência semelhante foi feita no bairro da Ilha de Paquetá, que fica no meio da Baía de Guanabara e o acesso é apenas por meio de embarcações

Ash Barty encerra espera australiana por título feminino em Wimbledon

Wimbledon

A tenista número um do mundo, Ash Barty, se tornou a primeira mulher australiana a vencer o título de simples em Wimbledon em 41 anos neste sábado, ao derrotar a tcheca Karolina Pliskova por 6-3, 6-7(4) e 6-3 na final do Grand Slam disputado na grama.

Barty, de 25 anos, que venceu seu primeiro torneio de Grand Slam em Roland Garros em 2019, imitou com a conquista Evonne Goolagong, de quem é fã e que conquistou um segundo título no All England Club em 1980.

“Espero ter deixado Evonne orgulhosa”, disse Barty ainda na quadra durante a apresentação do troféu. “Isso é incrível.”

Dez anos depois de vencer o torneio juvenil em Wimbledon quando tinha 15 anos, Barty chegou à final deste sábado com um histórico de cinco vitórias em sete jogos contra Pliskova.

Ela abriu 4-0 no primeiro set contra a tcheca ex-número um do mundo com duas quebras de serviço. Pliskova parecia fora de sintonia contra a australiana, mas conseguiu se recolocar no jogo devolvendo as duas quebras. Entretanto, uma terceira quebra conseguida por Barty deu à australiana o primeiro set.

A australiana manteve o controle no segundo set, quebrando o saque de Pliskova no terceiro game para abrir 3-1, mas Pliskova voltou a se recuperar para empatar em 3-3. Com Barty servindo para o jogo, Pliskova, que havia sofrido uma quebra, devolveu-a imediatamente para forçar o tie-break e então mostrou confiança para empatar a partida.

A australiana conseguiu se recompor e abriu 3-0 no set decisivo com uma quebra no início, que se mostrou o suficiente para vencer a partida e o torneio. Barty converteu seu primeiro match point, quando Pliskova cometeu um erro não forçado em um backhand, o 32º dela no jogo.

A australiana caiu de joelhos e começou a chorar, dizendo mais tarde não se recordar do que aconteceu no match point.

“Ela tirou o melhor de mim hoje”, disse Barty.

Covid-19: Brasil registra mais 48,5 mil casos e 1,2 mil mortes

Vacinação Covid ubs asa sul Brasília-DF, 11/06/2021 Foto: Walterson Rosa/MS

Dados divulgados neste sábado (10) pelo Ministério da Saúde indicam 48.504 novos diagnósticos de covid-19 no país. Com isso, o número de casos da doença registrados chega a 19.069.003. Na sexta-feira (9), o painel de estatísticas marcava 19.020.499 casos acumulados.

As mortes causadas pelo novo coronavírus durante a pandemia somam 532.893. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 1.205 novos óbitos. Na sexta-feira, o painel de informações marcava 531.688 mortes acumuladas.

Segundo o balanço, há 1.005.741 pacientes em acompanhamento e 17.530.369 pessoas recuperadas da doença.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (10/07/2021).
Divulgação/Ministério da Saúde

O balanço divulgado diariamente pelo Ministério da Saúde também traz os dados por estado. São Paulo é o que registra mais casos de covid-19 (3.860.960), seguido de Minas Gerais (1.862.425), do Paraná (1.324.251), Rio Grande do Sul (1.251.502) e da Bahia (1.155.841).

Em relação ao número de mortes, São Paulo também ocupa o primeiro lugar no ranking, com 132.065 óbitos. Depois, aparecem Rio de Janeiro (56.755), Minas Gerais (47.942), Paraná (32.398) e Rio Grande do Sul (32.196).

Esportes Argentina vence Brasil na Copa América e quebra jejum de títulos

Argentina comemora vitória no Maracanã

Pela primeira vez desde 1993, a seleção principal da Argentina conquistou um título. E foi em grande estilo. Na final da Copa América, em pleno Maracanã, Messi e companhia derrotaram o Brasil por 1 a 0 e encerraram um jejum que atravessou gerações. O gol de Di Maria possibilitou aos argentinos conquistarem o seu 15º troféu na competição, igualando-se ao Uruguai como maior vencedor na história.

O lance crucial da partida aconteceu aos 21 minutos da primeira etapa. De Paul fez longo lançamento pela direita. Renan Lodi aparentemente tinha a situação sob controle, mas errou o tempo para cortar a bola, que ficou limpa para Di Maria. Ele entrou na área e com um toque encobriu o goleiro Ederson.

Pouco inspirado, o Brasil só foi encontrar um melhor futebol e melhores chances na segunda etapa. Richarlison, em jogada pela direita, chegou a marcar, mas foi identificado impedimento do atacante no início da jogada.

Na reta final, Gabriel Barbosa, uma das várias substituições do técnico Tite, pegou uma sobra de levantamento pela esquerda e chutou forte, mas o goleiro Martinez colocou para escanteio.

A Argentina também teve a chance de matar o jogo, mas o craque Lionel Messi, ao receber dentro da área, de cara para o gol, se enrolou tentando driblar o goleiro Ederson.

O lance desperdiçado acabou não fazendo falta, já que pouco depois a Argentina confirmou o triunfo e um título histórico, muito comemorado pelos atletas em campo e pelos torcedores argentinos que compareceram ao Maracanã (a prefeitura do Rio liberou a presença de 10% de público).

A seleção argentina voltou a comemorar um título com sua equipe profissional (foi campeã olímpica em 2004 e 2008) depois de 28 anos. A última conquista havia sido justamente em uma Copa América, em 1993, quando derrotou o México na decisão da edição sediada pelo Equador.

Para Messi, o triunfo no Maracanã representou o primeiro troféu pelo país, depois de derrotas nas finais das Copas Américas de 2007, 2015 e 2016 e também na decisão da Copa do Mundo de 2014, curiosamente disputada também no estádio carioca.

Partidos divulgam nota em defesa da democracia e do sistema eleitoral

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os presidentes de oito partidos divulgaram nota neste sábado (10) reafirmando a importância das instituições brasileiras, dos valores democráticos e do sistema eleitoral do país. 

Segundo Lira, as instituições brasileiras não se abalarão com declarações públicas e oportunismo. “Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”, disse.

Arthur Lira disse que “em uma hora tão dura como a que vivemos hoje, saibamos todos que o Brasil sempre será maior do que qualquer disputa política. Tenhamos todos, como membros dos poderes republicanos, responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros”.

As manifestações ocorrem após declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes nas eleições de 2014. Bolsonaro disse que, sem voto impresso auditável, o Brasil pode não ter o pleito de 2022.

A nota é assinada pelo MDB, PSDB, Novo, PSL, PV, Solidariedade e Cidadania.

“Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição”, afirma o documento.

Congresso Nacional

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco reiterou, nessa sexta-feira (9), a independência entre os Poderes e afirmou que o Parlamento “não admitirá qualquer atentado a essa independência”.

“Quero afirmar a independência do Parlamento brasileiro, do Congresso Nacional, que não admitirá qualquer atentado a essa independência e, sobretudo, às prerrogativas dos parlamentares. [Prerrogativas] de palavras, opiniões e votos que, naturalmente, devem ser resguardados numa democracia.”, disse.

CPI

As declarações dos partidos foram feitas após episódio que gerou atrito entre Executivo e Legislativo nesta semana. Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre suposto envolvimento de militares em suspeitas de fraude na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.

Horas depois, o ministro da Defesa, general Braga Netto, e os comandantes das três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – divulgaram nota condenando as declarações de Aziz. Na nota, afirmaram que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

Aziz se defendeu, afirmando que não fez uma generalização às Forças Armadas, tendo, na verdade, referido-se a uma minoria.

No dia seguinte, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ter esclarecido o assunto em conversa com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

“Ressaltamos a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições, base do Estado democrático de direito, que não permite retrocessos. Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, destacou Pacheco.

Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos

.vacina CoronaVac - Butantan - produção

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que o esquema vacinal completo contra covid-19 (duas doses) garante taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos.

Considerando-se uma média daqueles que receberam o esquema vacinal completo e aqueles que tomaram apenas a primeira dose, as taxas de efetividade ficam em 73,7% em idosos com até 79 anos e de 63% em pessoas com 80 anos ou mais.

O estudo considerou os imunizados com CoronaVac e AstraZeneca e foi feito com base em registros de hospitalização e morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que permitiu avaliar a efetividade em relação à redução de casos graves e óbitos.

As duas vacinas têm, no entanto, taxas diferentes. Na CoronaVac, por exemplo, a taxa de efetividade para pessoas com esquema vacinal completo é de 79,6% para pessoas com 60 a 79 anos e de 68,8% em idosos com 80 anos ou mais.

Se forem considerados todos os imunizados, ou seja, aqueles com esquema vacinal completo e os que tomaram apenas a primeira dose, as taxas são de 70,3% em pessoas com 60 a 79 anos e de 62,9% em idosos com 80 anos ou mais, no caso da CoronaVac.

Para a AstraZeneca, no entanto, não foi possível avaliar a efetividade com o esquema vacinal completo, já que a segunda dose só é aplicada três meses depois da primeira. Portanto, a Fiocruz trabalhou com estimativas.

A taxa de efetividade da AstraZeneca com aqueles que receberam pelo menos a primeira dose chegou a 81,7% para pessoas com 60 a 79 anos e de 62,8% naqueles com 80 anos ou mais.

“A efetividade da vacinação continuará a ser avaliada, buscando estimar os dados de efetividade das vacinas com sua utilização no mundo real, no contexto epidemiológico e das variantes circulantes. Nesse sentido, os dados obtidos até o momento refletem principalmente as evidências de proteção vacinal frente à variante gama, preponderante no país neste período”, informa nota técnica divulgada pela Fiocruz.

A nota destaca ainda que medidas restritivas e o uso de máscaras podem influenciar no aumento de infecções por covid-19. “O relaxamento de medidas não farmacológicas após a vacinação, como uso menos frequente de máscara e aumento nas interações sociais presenciais sem os devidos cuidados de distanciamento e ventilação, induzem a maior risco de infecção”.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 10.07.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este sábado (10), 97,25% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 36 novos casos, 23 pessoas recuperadas da doença e três óbitos.

O número de testes realizados subiu para 100.348 dos quais 37.885 foram através do teste molecular e 62.463 pelo teste rápido, com 30.388 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 69.422.

Também já foram registrados 115.794 casos de síndrome gripal e 1.383 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 538 casos, 41 pessoas em isolamento domiciliar e 32 internamentos.

“Presidente não decide se vai ter ou não eleição”, diz Daniel Coelho

O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) criticou o recente posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as eleições de 2022. Nesta quinta-feira (8), o chefe do Executivo federal afirmou que “ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”. A declaração foi vista como uma ameaça do gestor ao processo eleitoral.

Em suas redes sociais, o parlamentar pernambucano afirmou que a Constituição é responsável por determinar quando serão realizadas as eleições e que a tentativa de ameaça ao texto constitucional é crime de responsabilidade.

“Bolsonaro não tem o direito de dizer que só tem eleição se for com a regra que ele deseja. O presidente não decide se vai ter ou não eleição. A Constituição Federal determina que tenha eleição. E vai ter!!! Tentar impedir: artigo 4º da CF é claro! O artigo 4º que me refiro é o da Lei da 1079. Lei do Crime de Responsabilidade. A lei diz o que acontece com quem ameaça a Constituição”, afirmou.

Blog da Folha

Fiocruz entrega mais 4 milhões de doses da vacina AstraZeneca

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entrega nesta sexta-feira (9) mais 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 ao Ministério da Saúde.

A liberação do lote semanal de vacinas faz com que a fundação se aproxime da marca de 70 milhões de doses entregues, com 69,9 milhões. Desse total, 4 milhões foram importadas prontas do Instituto Serum, na Índia, e as demais foram produzidas por Bio-Manguinhos.

Das doses entregues, 212 mil ficarão para o estado do Rio de Janeiro, e as outras devem seguir para São Paulo, de onde serão distribuídas para as demais unidades da Federação.

A Fiocruz aguarda a chegada dos últimos lotes de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) prevista no acordo de encomenda tecnológica, assinado no ano passado com a farmacêutica europeia. O acordo prevê que a fundação receberá IFA para produzir 100,4 milhões de doses.

Segundo a Fiocruz, o quantitativo do insumo já entregue a Bio-Manguinhos garante as entregas de vacinas até 23 de julho, mas é inferior à capacidade produtiva do instituto, que é capaz de fabricar mais de 1 milhão de doses por dia.

Agência Brasil