Educação: Começa hoje e segue até o dia 21 de maio o seminário online em diversas áreas do conhecimento

Com o tema, Criatividade e Inovação: Vencendo os Desafios em Tempos de Pandemia, a Faculdade Alpha realiza mais um Seminário Acadêmico 2021.1. O evento começa hoje (17), e segue até o dia (21) de maio no horário das 19h às 21h. O seminal com direito a certificado, é voltado para estudantes de graduação, pós-graduação, profissionais e público em geral. A transmissão do workshop será de graça, pelas redes sociais no Canal do Youtube e Instagram da Faculdade Alpha.

De acordo com a Diretora Acadêmica de Graduação, Jaqueline Moura, o foco é proporcionar trocas de conhecimentos entre profissionais e estudantes, compartilhar temas da atualidade, promover oficinas, palestras, roda de conversa e trabalhar a inteligência emocional em tempos de pandemia.

“Vamos ter ao decorrer da semana, um momento cultural com música oferecido por estudantes e professores da instituição, além de palestras com convidados de Pernambuco e de outros estados, debates sobre a nossa realidade fazendo um paralelo ao cenário de outras regiões e a tendência do mercado. Será um momento de muita interação entre os participantes de forma que seja relevante para a formação de nossos estudantes”. Ressalta Jaqueline.

Fagner Fernandes parabeniza Caruaru pelos 164 anos de emancipação política

Como cidadão e vereador a serviço do povo, temos a certeza de que Caruaru é terra de tradições, oportunidades e de gente forte e acolhedora. A cada ano a terra do Mestre Vitalino nos enche ainda mais de orgulho, por proporcionar tanta história e cultura.

Que possamos seguir juntos com esperança, acreditando em dias melhores para o nosso povo e pelo desenvolvimento da nossa querida Caruaru.

Parabéns Caruaru pelos seus 164 anos.

Vereador Fagner Fernandes.

COVID-19: por que é preciso trocar a escova de dente após a recuperação?

Muita gente sabe que o período para se usar uma escova de dente é de até três meses, tendo que substituir por uma nova logo em seguida. Mas, há outro detalhe muito importante, ainda mais neste período de pandemia, que precisa ser observado quando o assunto é a troca da escova dental: quando qualquer pessoa é diagnosticada com COVID-19 ou outras doenças virais, assim que recuperada, também é preciso fazer a troca imediatamente, como explica a dentista credenciada ao Cartão São Gabriel, Luédja Araújo.

“Após a recuperação de qualquer quadro viral ou infeccioso, faz-se necessário a troca da escova dental, mesmo que ela ainda esteja em condições viáveis de uso, assim evitando contaminação novamente pelos agentes patológicos instalados nela” , afirma a dentista, que também ressalta a importância de isolar a escova como medida de prevenção.

“Outra medida preventiva importante é que, durante o processo infeccioso, sua escova não encoste em outras escovas de familiares comuns à casa, para evitar que haja infecção cruzada, que é a propagação do vírus, bactéria ou fungo para outras pessoas através do contato das escovas”, orienta.

A porta de entrada de um processo infeccioso é o trato respiratório superior: boca (dentes, gengivas e língua), faringe (garganta) e pulmões. Fisiologicamente, a saliva abriga inúmeras bactérias, o que torna a boca um meio propício à proliferação e crescimento de outros micro-organismos, como o próprio coronavírus. Estudos mostram que fluidos orais e nasais são as maiores fontes de propagação do coronavírus, que podem sobreviver por mais de 24h em temperatura ambiente no metal, vidro e plástico, estando aí inclusas as superfícies plásticas da cabeça da escova, do cabo e das cerdas de nylon.

Caruaru Shopping sedia a exposição Arte e Barro

O Caruaru Shopping está sediando, até o dia 30 de maio, a exposição Arte e Barro, como parte da programação do aniversário da Capital do Agreste, que comemora 164 anos no dia 18 de maio. A mostra acontece em um espaço próximo à Praça de Alimentação, no mesmo horário de funcionamento das lojas.

A exposição reúne peças de artistas da Associação dos Artesãos em Barro e Moradores do Alto do Moura (Abmam), sendo elas utilitárias, decorativas e tradicionais. Todas estão disponíveis para venda.

“Diante do momento em que estamos vivendo, por conta da pandemia da Covid-19, onde muitos trabalhadores foram afetados, inclusive os artesãos, esta é uma oportunidade para ajudá-los e mostrar para todos o bem principal da nossa cidade maravilhosa, que é a cultura”, afirmou o gerente de Marketing do centro de compras e convivência, Walace Carvalho.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Paulo Câmara convoca 1.085 novos profissionais para fortalecer a segurança pública

O governador Paulo Câmara homologou, nesta sexta-feira (14.05), a convocação dos 1.085 aprovados que irão reforçar os quadros da Polícia Civil, Polícia Militar (PMPE), Polícia Científica e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBMPE). Ao todo, são 750 profissionais para os cargos de soldados da Polícia Militar; 100 para os cargos de soldados do CBMPE; 80 oficiais, sendo 60 da PMPE e 20 do Corpo de Bombeiros; além de 60 concursados para os cargos de delegado da Polícia Civil e 95 para compor a Polícia Científica.

“Nossa intenção é iniciar os cursos de formação nos próximos 30 dias. A maioria dos profissionais deve estar reforçando o Pacto pela Vida ainda em 2021. Ano que vem, serão convocados mais 840 profissionais”, frisou Paulo Câmara. As organizadoras dos concursos estão autorizadas a publicar em seus sites os editais com os cronogramas de matrícula.

“Esse número se soma aos mais de seis mil policiais nomeados desde o início da gestão do governador Paulo Câmara. Neste ano de 2021, são 1.085 servidores da área de segurança que serão convocados para realização de matrícula, apresentação de documentos e início do processo de capacitação nas nossas academias”, detalhou o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua.

Para possibilitar os cursos, as academias estão sendo preparadas dentro dos protocolos sanitários de distanciamento social estabelecidos pelo Governo de Pernambuco. Para proteger a saúde dos alunos, professores e funcionários das academias, as turmas serão menores e haverá higienização constante dos ambientes.

Padre Bianchi Xavier é homenageado em sessão virtual da Câmara

Na 36ª Sessão Plenária Virtual, que ocorreu no dia 13 último, o presidente da Câmara de Vereadores de Caruaru, Bruno Lambreta (PSDB), começou a sessão pedindo um minuto de silêncio em virtude do falecimento do Padre Bianchi Xavier. Na reunião, os parlamentares também prestaram condolências pelo falecimento do padre, vítima da atual pandemia.

Foram votadas na sessão 81 proposituras durante a sessão. Além disso, foram discutidos outros assuntos de interesse público, como: o Programa Terra Pronta; o Projeto de Lei 2564/2020, sendo tramitado no Congresso Nacional; e o rigor na condução das medidas de distanciamento social nos postos de vacinação da Covid.

Leonardo Chaves (PSDB) falou em defesa dos profissionais da saúde, sobre o PL 2564/2020, que institui o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira. Perpétua Dantas (PSDB) e Aline Nascimento (CIDA) também manifestaram apoio à tramitação. De acordo com Nascimento, os técnicos de enfermagem ganham menos de um salário mínimo por mês e por isso necessitam de outros vínculos para complementar a renda.

O parlamentar Bruno Lambreta (PSDB) apresentou requerimento, nº. 2018/2021, que propõe a demarcação do piso dos centros de vacinação da Covid-19, para garantia do distanciamento social nas filas. De acordo com Lambreta, no Espaço Cultural Tancredo Neves, onde está sendo realizada a imunização da população caruaruense, percebeu que a falta de demarcação no piso causa certa aglomeração de pessoas.

A vereadora Perpétua Dantas (PSDB) e o vereador Fagner Fernandes (PDT) falaram sobre a parceria no PL 8945/2021 que institui medidas de prevenção e de enfrentamento à importunação sexual de mulheres nos meios de transporte coletivo no âmbito do município.

A vereadora também ressaltou a importância do dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, e fez uma provocação. “Será que as pessoas negras no Brasil receberam daquele 13 de maio de 1888 até hoje, políticas afirmativas de inclusão e igualdade? É só olhar para essa tela e ver quantas pessoas negras fazem parte dessa Câmara de vereadores”, afirmou Dantas.

Val Lima (PSL) trouxe o tema da gradeação de terra. De acordo com o parlamentar, há uma defasagem no Programa Terra Pronta, programa do Governo do Estado que possibilita a preparação da terra, permitindo o plantio. Somando-se à falta de atenção por parte da gestão municipal, os agricultores ficam impossibilitados de plantar. Outros parlamentares manifestaram apoio à pauta de Lima. Filipe José (PTB) falou sobre participação na reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural e disse que os agricultores compartilham do mesmo sentimento de Val, o de ver o inverno passar e não ter tido a oportunidade de plantar.

O vereador Lula Torres (PSDB) enfatizou a necessidade de uma maior assistência à classe artística, visto que o período junino está se aproximando, o São João da cidade foi cancelado e os músicos locais precisam de um espaço para expressar sua arte.

Siga acompanhando as atividades da Câmara, que também são transmitidas pelo canal 22.2 da sua televisão e pelo Facebook. Para mais informações sobre, acesse http://sapl.caruaru.pe.leg.br/

Empresas apostam em economia circular para reduzir impactos ambientais

 Na Reserva Mamirauá, pesquisadores e ribeirinhos buscam a sustentabilidade pelo manejo florestal  (Tomaz Silva/Agência Brasil)

As mudanças climáticas e o aquecimento global, com efeitos potencialmente destrutivos para a humanidade, têm demandado de governos e empresas a adoção de medidas robustas de mitigação de impactos ambientais na produção econômica. Nesse cenário, iniciativas em torno da chamada economia circular desenvolvem soluções tecnológicas e campanhas educativas que ajudam a “limpar” a cadeia produtiva e a melhorar a gestão de resíduos em diversos setores.

“De forma simplificada, economia circular é você tentar manter o recurso pelo máximo de tempo possível dentro da cadeia produtiva. Investir nos seus ciclos, que é a questão da reciclagem, o reuso, a remanufatura e, dessa forma, manter a durabilidade [do recurso] pelo maior tempo possível”, afirma Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para Bomtempo, com a ascensão da agenda ambiental ao centro das preocupações geopolíticas, a exemplo da Cúpula do Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no mês passado, fica mais evidente que a economia circular pode desempenhar um papel transformador para que os países consigam atingir as metas de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera.

“Se você tiver os princípios de economia circular implantados em um determinado país, com certeza passa a reduzir emissões e contribuir para o alcance dessas metas. É importante lembrar que há um contexto internacional muito forte. No acordo do Mercosul com a União Europeia, por exemplo, há um capítulo inteiro sobre desenvolvimento sustentável, onde o pilar central é a redução das emissões por meio do Acordo de Paris. E é dessa forma que a economia circular poderia entrar para contribuir”, argumenta.

Pesquisa feita pela CNI em 2019 mostra que 76,5% das indústrias desenvolvem alguma iniciativa de economia circular, embora a maior parte não saiba que as ações se enquadram nesse conceito. Entre as principais práticas estão a otimização de processos (56,5%), o uso de insumos circulares (37,1%) e a recuperação de recursos (24,1%). A pesquisa também mostra que 88,2% dos entrevistados avaliaram a economia circular como importante ou muito importante para a indústria brasileira. E não se trata apenas da busca por eficiência e economia.

Levantamento sobre o perfil dos consumidores brasileiros, também da CNI, mostra que 38% dos entrevistados sempre verificam ou verificam às vezes se os produtos foram produzidos de forma ambientalmente correta. A pesquisa revela ainda que os brasileiros também têm mais consciência sobre o destino do lixo. O número de pessoas que separa o lixo para a reciclagem cresceu de 47%, em 2013, para 55% no ano passado.

Para incentivar a circularidade na economia, a Organização Internacional de Normalização (ISO, na sigla em inglês) está elaborando uma norma técnica internacional de economia circular, com a participação de representantes de 70 países, incluindo o Brasil. A CNI representa o Brasil e a América Latina nesse processo. No próximo ano, o país deve sediar encontro para finalizar o texto do documento.

Circularidade de produtos eletrônicos

A multinacional Flex, que vende componentes eletroeletrônicos, como placas, computadores, celulares e impressoras, é uma das empresas que vislumbrou esse potencial do país e, desde 2013, criou uma nova frente de negócios que existe só no Brasil, voltada para a recuperação de resíduos eletrônicos próprios e de outras empresas. Naquele ano, foi fundado o Sinctronics, um centro de inovação da companhia localizado em Sorocaba (SP). Lá, diversos tipos de eletroeletrônicos são desmontados, descaracterizados e separados de acordo com suas propriedades.

“Hoje temos 300 toneladas de resíduo industrial da própria Flex e mais 300 toneladas de resíduos eletrônicos de clientes que levamos para o Sinctronics todos os meses, e 70% disso a gente consegue reinserir em cadeias produtivas. Uma boa parte volta para a Flex e outra vai para diferentes cadeias produtivas”, relata Leandro Santos, vice-presidente de Operação da Flex no Brasil. Para o restante de 30% de resíduos, que inclui itens como plástico, o Sinctronics desenvolveu tecnologia para triturar, derreter e granular as matérias-primas, que depois são reinseridas na cadeia sem necessidade de novas extrações.

Em 2018, o Sinctronics, da Flex, ganhou o certificado Zero Waste (resíduo zero, do inglês), por um processo de eliminação de 100% dos resíduos eletrônicos da HP, sua principal cliente, como a recuperação de cartuchos de impressora.

Alimentos e cosméticos

Presente em 16 países e referência na prestação de serviços ambientais para outras empresas, a Ambipar atua em vários projetos de reaproveitamento de matéria-prima da produção. Na indústria de alimentos, como chocolates e bolachas, por exemplo, a empresa usa as sobras para fazer um composto para nutrição animal, com alto valor energético, que é então absorvido em outras cadeias produtivas, evitando-se o descarte em aterros ou lixões.

Em outro projeto, as sobras de açúcar das sacas que ficam armazenadas no Porto de Santos, para exportação, são recuperadas e encaminhadas para uma usina de açúcar, a fim de serem fermentadas para se transformar em álcool. A companhia também atuou no processamento dos resíduos da barragem da Vale em Brumadinho (MG), rompida em 2019. Na pandemia, a Ambipar também tem atuado em serviços de descontaminação de ambientes coletivos, como aviões, centros médicos e outros espaços, para conter a propagação do vírus da covid-19.

“Nosso objetivo é sair daquele padrão linear de consumo, produção, consumo e descarte e fazer aquele conceito cíclico, de tentar sempre trazer o máximo desses resíduos, evitar que sejam descartados, evitando problemas ambientais e gerando custos. Além disso, retornar com matéria-prima de produtos e, com isso, aumentar o ciclo de vida desses materiais, diminuir os impactos, a questão do carbono e gerar receita”, diz Gabriel Estevam, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ambipar.

No setor de cosméticos, a Ambipar presta serviços de reaproveitamento de resíduos de produtos como shampoo, perfumes e cremes, que são transformados em base para produção de sabonetes, amaciantes e álcool. Na produção de celulose, um projeto da multinacional no Paraná ajuda a processar todos os resíduos da produção de papel, como folhas, lodo e casca, que são transformados em compostagem usada na própria adubação das florestas de eucaliptos.

Cimento mais limpo

Responsável por 7% de todas as emissões mundiais de carbono na atmosfera, atrás apenas da siderurgia, de acordo com a Associação Global de Cimento e Concreto, o setor tem buscado em matérias-primas alternativas a possibilidade de reduzir os impactos ambientais. Uma dessas iniciativas, consolidada no Brasil, é a adição de resíduos de outras indústrias – como a siderúrgica e as cinzas geradas por usinas termoelétricas -, na composição do clínquer (composto de calcário e argila aquecidos), que é o produto base da fabricação de cimento.

“Quanto menos clínquer a gente colocar no cimento, melhor em termos de impactos ambientais. Então, a gente pode produzir um cimento com 80% de clínquer e 20% de adições, ou 60% de um e 40% de outro. No futuro, nosso objetivo é chegar a uma proporção de 50% de clínquer com 50% de produtos alternativos”, afirma Gonzalo Gonzalo Visedo, chefe de Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Industria do Cimento (SNIC).

Outra mudança estrutural na indústria do cimento é o uso de resíduos alternativos ao coque, um subproduto do refino de petróleo usado no fornos das fábricas. Atualmente, o nível de substituição do coque por resíduos chega a cerca de 21% e a projeção é chegar a 55% até 2050. Entre os materiais coprocessados nessa queima, estão cerca de 600 mil unidades de pneus por ano e biomassas típicas de cada região, como açaí, casca de arroz, casca de babaçu, cavaco de madeira, além de resíduos industriais e lixo doméstico.

“O coprocessamento nada mais é do que destinação de diversos tipos de resíduos provenientes de diversas fontes geradoras, como plástico, borracha, vidro, medicamentos. Os fornos das fábricas, que aquecem as matérias-primas a 1,5 mil grau Celsius, têm capacidade de destruição térmica extremamente eficiente”, explica Daniel Mattos, chefe do setor de coprocessamento da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Durante o vazamento de 5 mil toneladas óleo que atingiu todo o litoral do Nordeste em 2019, a indústria do cimento desempenhou papel importante no coprocessamento desses resíduos que eram retirados das praias e incinerados nos fornos. As fabricantes de cimento também têm atuado no coprocessamento de cerca de 120 mil toneladas por ano de resíduos sólidos urbanos na Paraíba e em São Paulo. Nos próximos dez anos, a meta é expandir o serviço para outros estados do país e chegar a um patamar 2,5 milhões de toneladas/ano de lixo urbano coprocessado.

Tampinha Legal

Além da mudanças de padrões produtivos da própria indústria, campanhas educativas impulsionadas por empresas ajudam a mobilizar o envolvimento da comunidade, gerando renda e incentivando a circularidade de matérias-primas. É o caso do projeto Tampinha Legal, promovido pelo Instituto Sustenplást, em Porto Alegre. O programa estimula a entrega de tampinhas de plástico de garrafas pet em centenas de pontos de coleta espalhados pela cidade.

Participam do projeto entidades assistenciais do terceiro setor devidamente regularizadas como Apaes, escolas, asilos, associações civis, hospitais, entre outras. Com os recursos obtidos por meio do Tampinha Legal, as entidades assistenciais podem adquirir medicamentos, alimentos, equipamentos e materiais, além de custear tratamentos e exames de saúde e reformas.

“Somente em 2020, foram geradas receitas de R$ 1,2 milhão e a coleta de 350 milhões de tampinhas, cerca de 670 toneladas”, afirma o presidente do Instituto Sutenplast, Alfredo Schimitt.

Desafios regulatórios

Para melhorar o ambiente de negócios da economia circular no país, os especialistas ouvidos pela Agência Brasil defendem mudanças regulatórias para criar estímulos, principalmente em relação à tributação.

“Lá fora, no exterior, você tem subsídios para a economia circular. Aqui a gente compete por igual com os setores extrativistas, muitos deles contemplados com desonerações tributárias. Esse é um ponto em que valeria uma discussão nesse sentido, pensar alguma linha de fomento, alguma linha que alavanque o segmento”, diz Gabriel Estevam, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ambipar.

“No Brasil e no mundo, o pensamento ainda é o de punir quem não faz. Precisamos de modelos que premiam quem faz produção no formato circular. Esse custo deveria voltar como benefício”, diz Leandro Santos, da Flex.

Há um otimismo em torno do marco regulatório do saneamento básico, aprovado no ano passado, que prevê maior participação de empresas privadas na oferta de serviços. Na opinião de Daniel Mattos, da ABCP, a nova legislação deve ter potencial impacto na economia circular.

“Nossa expectativa é que isso traga maior segurança jurídica para a abertura de novos investimentos pela iniciativa privada, além de trazer recursos financeiros, a partir da criação de taxas municipais de gestão de resíduos, a exemplo do que já acontece no setor de energia e esgoto”.