Mister Pernambuco, Renato Alves, está de malas prontas para representar o Estado no certame nacional

O jovem modelo e acadêmico de Fisioterapia, Renato Alves, 26 anos, é o atual representante da beleza masculina do Estado de Pernambuco e vai disputar o Mister Brasil CNB 2020, no próximo sábado (05), em Brasília-DF.

O mister é natural de Caruaru e venceu o concurso estadual no dia 03 de outubro, na capital pernambucana. Após a vitória, o mesmo tem se destacado pela sua influência em projetos sociais, e vem construindo uma história de representatividade no Estado. Como modelo, tem desempenhado campanhas para as maiores marcas do polo têxtil da região.

O concurso nacional acontece em Brasília-DF, e Renato Alves tem a missão de trazer o título, pela primeira, vez para Pernambuco.

O certame nacional tem a coordenação de Henrique Fontes, que realizará o concurso entre os dias 02, 03, 04 e 05 de Dezembro, no Manhattan Plaza Hotel, em Brasília-DF. O evento será fechado para o público, mas será transmitido a partir das 19h, do sábado (05), pelo canal oficial do YouTube/TvConcursoNacionalDeBeleza.

Cursos gratuitos a distância do SESI-PE estão com 200 vagas abertas

De olho em quem está em busca de encerrar o ano mais bem preparado e capacitado, o SESI-PE está com 200 vagas abertas para dois cursos gratuitos na modalidade de educação a distância (EaD): Comunicação Escrita e Empresário do Terceiro Milênio. As aulas são ministradas totalmente online, o que possibilita ao aluno escolher o melhor local e horário para assisti-las. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de dezembro em www.pe.sesi.org.br

Para realizar a matrícula, é necessário ter e-mail, acesso à internet e noções básicas de informática. Depois que a inscrição for confirmada, o estudante tem o prazo de 30 dias para acompanhar os conteúdos e concluir o curso desejado. Um dos benefícios é que todos os cursos do SESI são autoinstrucionais, logo, não carecem de acompanhamento de um tutor online.

Em Comunicação Escrita, o aluno aprenderá quais são os aspectos da redação técnica, além de organizar textos, se comunicar com mais clareza e entender melhor sobre as dificuldades gramaticais recorrentes.

Já o conteúdo do curso Empresário do Terceiro Milênio propõe reflexões sobre como criar medidas de responsabilidade social e ambiental que podem ser praticadas por empresários de micro, pequenas e médias empresas, assim como abordar cultura de inovação, controle de vendas, gerenciamento financeiro e atendimento ao cliente.

Depois de cumprir a carga horária total do curso escolhido, o aluno participará de uma avaliação na plataforma educacional e, se alcançar 70 pontos no exame, receberá a Certificação de Conclusão. Outras informações pelo e-mail educacao.distancia@pe.sesi.org.br.

ARTIGO: A SOMBRA PÁLIDA DO VELHO CAUDILHO

Por João Américo de Freitas

Lula e o PT já não assustam mais ninguém. Desde a redemocratização Lula foi durante mais de 30 anos, a figura mais importante da esquerda brasileira. Sua força hercúlea fez mover multidões e eleger legiões de filiados e aliados do PT, transformando o partido e o nome Lula da Silva em uma máquina imbatível, do ponto de vista eleitoral.

Nas eleições municipais deste ano, o PT encolheu em votos, prefeitos e vereadores, mesmo gastando 200 milhões do fundo eleitoral. Da eleição de 2020, podemos concluir que o PT e Lula saem menores, derrotados e com um horizonte de desolação a médio e longo prazo. O caso mais emblemático do fracasso do PT ocorreu em São Paulo. Pela primeira vez, desde 1988, um candidato do Partido dos Trabalhadores não fica em primeiro ou segundo nas eleições, além disso, o desempenho do candidato do PT, Tatto, deixou muito a desejar: ele obteve apenas 8,55% dos votos.

A falta de estratégia do PT, em São Paulo, em não escolher um nome conhecido e competitivo, projetou o nome de Guilherme Boulos, que adotou um tom mais moderado e se cacifa a ser o grande nome da esquerda, apesar de derrotado nas urnas.

Com o fracasso nas eleições de 2020, Lula e o PT são um escombro barulhento para o projeto político de 2022. Sem renovação em método, pautas e diálogos, o PT e Lula propõem o mais do mesmo, uma oposição sistemática, virulenta contra Bolsonaro, com base no velho tripé de sustentação eleitoral: movimentos sociais, sindicatos e movimentos de base da igreja.

O PT começa a perder o protagonismo como opositor natural do Presidente Bolsonaro e do seu movimento nacional, o “Bolsonarismo”, que também foi rejeitado em todo o país, como método político eficiente. A luta “antibolsonaro” é a mesma de outros atores políticos nacionalmente importantes, tais como: Ciro, Doria, PSOL e até partidos de centro direita, como o DEM e o PSDB.

O PT e Lula deixaram claro, nessa eleição, que não são mais a encarnação dos projetos da esquerda, e perdem a voz dos diversos movimentos que dão sustentação à esquerda no país. Deve ficar claro, porém que a eleição municipal possui vicissitudes, dimensões, idiossincrasia e particularidades que não podem ser automaticamente exportadas para o plano nacional. Para se ter uma ideia, é só voltar no tempo, quando, nas eleições de 2000, dois anos antes da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o PT teve desempenho parecido com o atual.

Mas o que chama a atenção nessas eleições é o fato de o PT não eleger um único prefeito em capitais, o que pode ser considerado um desastre avassalador para os projetos futuros de Lula e de seu partido.
Sem reformulação no horizonte, o PT pode amargar mais uma derrota em 2022. A esquerda necessita, com certo senso de urgência, de construir uma aliança em torno de ideias e valores e não em torno de um nome, o que, provavelmente, não irá ocorrer.

E um verso de uma música atemporal de Belchior, imortalizada na voz inesquecível de Elis Regina, pode retratar o atual momento de Lula e do PT:

“Mas é você que ama o passado
E que não vê
É você que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem”

João Américo de Freitas é advogado e comentarista político da Caruaru FM

China anuncia pouso de espaçonave na lua para recolher material

A China aterrissou com sucesso uma espaçonave na superfície lunar, nessa terça-feira (1º), em uma missão histórica para recolher amostras, informou a mídia estatal chinesa.

A sonda Chang’e-5 foi lançada em 24 de novembro. A missão não tripulada, em homenagem à mítica deusa chinesa da Lua, visa a coletar material para ajudar os cientistas a saber mais sobre as origens da Lua.

A missão tentará coletar 2 quilos de amostras em uma área anteriormente não visitada, em uma planície de lava conhecida como Oceanus Procellarum, ou Oceano de Tempestade.

Se a missão for concluída conforme o planejado, a China será a terceira nação a ter extraído amostras lunares, depois dos Estados Unidos e da União Soviética.

O veículo que pousou na superfície da Lua foi uma das várias espaçonaves implantadas pela sonda Chang’e-5.

Ao aterrissar, o veículo perfura o solo com um braço robótico e, em seguida, transfere as amostras de solo e rocha para um veículo ascensor que decolará e atracará em um módulo orbital.

A emissora estatal CCTV disse que a coleta de amostras na superfície lunar começará nos próximos dois dias. As amostras serão transferidas para uma cápsula de retorno à Terra, pousando na região da Mongólia Interior.

A China fez seu primeiro pouso lunar em 2013. Em janeiro do ano passado, a sonda Chang’e-4 pousou no outro lado da Lua, a primeira sonda espacial de qualquer país a fazer isso.

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio acumulado de R$ 7 milhões

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A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (2) o prêmio acumulado de R$ 7 milhões. As seis dezenas do concurso 2.323 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50. De acordo com a Caixa, o valor do prêmio principal, caso aplicado na poupança, renderia no primeiro mês R$ 8,1 mil.

Mega da Virada
O concurso especial da Mega da Virada tem prêmio estimado em R$ 300 milhões e já está com as apostas abertas. O sorteio será realizado na noite de 31 de dezembro de 2020.

Como nos demais concursos especiais das Loterias Caixa, a Mega da Virada não acumula. Se não houver ganhadores na faixa principal, com acerto de seis números, o prêmio será dividido entre os acertadores da segunda faixa,com cinco acertos, e assim por diante.

Seis milhões de pessoas pediram empréstimo na pandemia, diz IBGE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios da Covid-19 (Pnad Covid19) de outubro, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, entre os 68,7 milhões de domicílios avaliados, em cerca de 6 milhões (8,7%), algum morador solicitou empréstimo. Destes, em 5,2 milhões (7,5%) a solicitação foi atendida, mas em 801 mil (1,2%), o empréstimo não foi concedido.

Em comparação com o mês de setembro. houve alta de 0,8 ponto percentual no número de domicílios que pediram empréstimo. Isso corresponde a uma elevação de cerca de 533 mil no número de domicílios nos quais algum morador solicitou crédito.

A Pnad Covid19 de outubro, divulgada hoje (1º) pelo IBGE, mostra que a Região Norte registrou a maior taxa de recusa de empréstimos. Lá foram cerca de 17,5% dos domicílios com solicitações recusadas. A maior procura por empréstimos foi na Região Sul (9,7%). O Sul também foi onde houve a menor taxa de recusa de empréstimo, aproximadamente, 10,0%.

Afastamento do trabalho

Segundo o IBGE, o afastamento das pessoas do trabalho por causa do distanciamento social continua em queda. Entre os 84,1 milhões de ocupados no país, 4,7 milhões estavam afastados do trabalho por algum motivo, que pode ser licença médica, de maternidade ou férias, e 2,3 milhões afastados devido ao distanciamento. Isso significa recuos de 12,7% e de 22,0%, respectivamente, na comparação com setembro. Desde o início da pandemia, tais indicadores acumulam quedas de 75,3% e 85,1%, respectivamente.

Em consequência da pandemia, as pessoas com 60 anos ou mais de idade constituíam, proporcionalmente, o maior grupo de afastados do trabalho. Esse padrão tem se repetido desde maio quando começou a pesquisa. Em setembro, o índice ficou em 8,7%, mas, no mês seguinte, a proporção caiu para 7,2%. Em todos os grupos etários o percentual de afastamento por esse motivo recuou.

Conta própria

Os trabalhadores por conta própria e os empregadores registraram o menor percentual de pessoas afastadas em função da pandemia. As duas categorias ficaram em 1,3%, seguidas pelos trabalhadores do setor privado sem carteira (1,8%) e os empregados do setor privado com carteira (2,5%). Entre os trabalhadores domésticos, foram 3,3% no grupo dos sem carteira e 3,4% no dos com carteira.

No setor público com carteira eram 7%)e, entre militares e servidores estatutários, 7,9%. “Frente a setembro, houve redução na proporção de pessoas afastadas em todas as categorias”, informou o IBGE.

O total de pessoas afastadas do trabalho sem remuneração caiu para aproximadamente 900 mil. Isso representava 19,2% do contingente de pessoas afastadas do trabalho que tinham. “Em setembro, o percentual era de 19,8% e vem caindo consistentemente ao longo da pandemia”. O menor percentual foi na Região Sul (16,3%) e o maior (26,8%). no Norte. “Frente a setembro, houve redução do percentual de pessoas nestas condições no Nordeste, Sul e Centro-Oeste, com estabilidade no Sudeste e aumento no Norte”, indicou o IBGE.

Rendimento

A massa de rendimento médio real normalmente recebido caiu de R$ 195,5 bilhões em setembro para R$ 194,0 bilhões em outubro. Para o IBGE, considerando o rendimento efetivo, se constatou um aumento da massa de rendimento de 1,8% em termos reais passando de R$ 178,3 bilhões em setembro para R$ 181,5 bilhões em outubro. Os trabalhadores por conta própria (83,9%) e os empregadores (90,2%) tiveram as maiores diferenças entre os rendimentos habitual e os efetivamente recebidos.

Também em outubro, o rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido em reais no Brasil ficou em R$ 1.310, ou 1,7% abaixo de setembro em termos reais, quando registrou R$ 1.332. As regiões Nordeste (R$ 877) e Norte (R$ 900) apresentaram os menores valores.

Auxílio

A proporção de domicílios brasileiros que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia passou de 43,6% em setembro para 42,2% em outubro. O valor médio do benefício ficou em R$ 688 por domicílio. “Ele tinha sido de R$ 864 em maio, ficou em R$ 900 de junho a setembro e agora houve redução de valor para R$ 688 em outubro”, informou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lúcia Vieira.

Norte (58,4%) e Nordeste (56,9%) foram, mais uma vez, as regiões com os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílios, entre os quais o emergencial e a complementação do governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Conforme a pesquisa, em setembro e outubro, 19 unidades da Federação tiveram queda no percentual de domicílios onde um dos moradores recebe auxílio emergência. Os demais estados ficaram estáveis. Os maiores índices são os do Amapá (68,6%), do Pará (62,2%), do Maranhão (61,4%), de Alagoas (60,3%) e do Acre (59,6%). As unidade com menor proporção são os estados de Santa Catarina (22,9%), e do Rio Grande do Sul (28,8%) e o Distrito Federal (30%).

Escolaridade

Em outubro, 46,4 milhões de pessoas de 6 a 29 anos frequentavam escola ou universidade. O número era equivalente a 60,1% da população nessa faixa etária. Entre elas, 84,7% tiveram atividades escolares a realizar, 13,2% não tiveram e 2,1% fizeram porque estava de férias. O contingente de pessoas que frequentavam escola, mas não tiveram atividades, ficou em 6,1 milhões, e o de pessoas que tiveram atividades foi de 39,3 milhões.

No ensino fundamental, 11,8% dos alunos não tiveram atividades escolares. No ensino médio, foram 16,7%; e no nível superior, 13,9%. Conforme a pesquisa, as diferenças regionais foram grandes.

No Norte, 27,9% das crianças do ensino fundamental e 33,8% dos adolescentes do ensino médio não tiveram atividades, enquanto no ensino superior, o percentual ficou em 28,8%. No Sul, os percentuais foram bem menores: 3,5%, 5,1% e 9,5%, respectivamente. O Centro-Oeste e o Sudeste ficaram mais próximos do Sul e o Nordeste, embora tenha registrado percentuais acima desses, teve índices menores que no Norte.

A Pnad Covid19 revelou ainda que as pessoas de classes mais baixas, com rendimento domiciliar per capita em salários mínimos, tiveram percentuais maiores de crianças e adolescentes sem atividades. Entre as que viviam em domicílios com rendimento per capita de até meio salário mínimo, 17,9% não tiveram atividades escolares. Na faixa de domicílios com rendimento domiciliar per capita de 4 ou mais salários mínimos, o percentual era bem menor (5,8%).

Internação na pandemia

De acordo com a Pnad Covid19, mulheres e pessoas pretas e pardas foram as que mais ficaram internadas. Entre as pessoas que procuraram atendimento em hospitais e apresentaram algum dos sintomas pesquisados em outubro, 14,2% ou 116 mil precisaram ficar internadas.

De acordo com o IBGE, esse índice apresentava tendência de queda desde julho, mas voltou a crescer em outubro. Houve viés de alta também entre aqueles que apresentaram algum dos sintomas conjugados e procuraram atendimento em hospital. Em outubro, 17,1% ou 44 mil precisaram ficar internados, enquanto em julho eram 71 mil em julho, em agosto 52 mil e em setembro 40 mil.

Entre as pessoas que precisaram ficar internadas, as mulheres foram 53,7% entre as com algum sintoma e 58,8% entre as com algum sintoma conjugado. As pessoas que se declararam de cor preta ou parda foram as que mais precisaram ficar internadas: 56,0%, entre as com algum sintoma e 59,1%, entre as com sintomas conjugados.

MP prorroga Plano Nacional de Cultura por dois anos

A exposição Sob a Potência da Presença, com curadoria de Keyna Eleison, traz obras de arte contemporânea de mulheres negras ao Museu da República

A vigência do Plano Nacional de Cultura (PNC), que teria duração até dezembro deste ano, foi prorrogada por mais dois anos. É o que consta em uma Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta terça-feira (1º). 

“Diante desse cenário, caso não haja lei vigente após dezembro de 2020, o Sistema Nacional de Cultura perderá sua principal norma balizadora, o que poderá prejudicar a gestão da cultura brasileira em todo território nacional”, informou, em nota, a Secretaria Geral da Presidência.

O PNC foi construído a partir a partir da realização de fóruns, seminários, consultas públicas e Conferências de Cultura, iniciados em 2003, e posteriormente foi avaliado Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), antes de ser transformado em lei em 2010.

Segundo a Secretaria Especial da Cultura, órgão vinculado ao Ministério do Turismo, o Plano é um conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, estratégias e metas que devem orientar o poder público na formulação de políticas culturais. Com a prorrogação, o PNC vale até dezembro de 2022.

Covid-19: plano nacional de vacinação terá quatro fases

vacina contra a covid-19

O plano nacional de vacinação contra a covid-19 terá quatro fases. Em cada etapa serão atendidos determinados tipos de públicos, escolhidos a partir do risco da evolução para quadros graves diante da infecção, da exposição ao vírus e de aspectos epidemiológicos da manifestação da pandemia no país.

A proposta preliminar foi discutida em reunião realizada hoje (1º) com a participação do Ministério da Saúde e outras instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto Butantan, o Instituto Tecnológico do Paraná e conselhos nacionais de secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de saúde.

A primeira fase terá como prioridade trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais e idosos em instituições de longa permanência (como asilos), bem como povos indígenas. Na segunda fase a imunização será focada nos idosos de 60 a 74 anos. Pacientes a partir de 60 anos são considerados grupo de risco pelo risco maior da contaminação evoluir para uma morte.

Na terceira fase estarão pessoas com comorbidades, condições médicas que também favorecem um agravamento do quadro a partir da covid-19. Entre as doenças crônicas incluídas neste grupo estão as cardiopatias e doenças renais crônicas.

A quarta fase vai focar em professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. O conjunto destes segmentos soma 109,5 milhões de pessoas, que deverão receber, cada um, duas doses. No comunicado do Ministério sobre a reunião não há informações sobre o restante da população.

O Brasil já firmou acordo para compra de 100,4 milhões de doses com o consórcio Oxford/Astrazeneca e 42,5 milhões no âmbito do grupo Covax Facility, que reúne governos e empresas de diversos países.

De acordo com o ministério, o planejamento apresentado pode sofrer alterações no decorrer dos debates sobre o esforço de imunização contra a covid-19. Os representantes da pasta informaram durante a reunião que estão negociando a aquisição de mais seringas e agulhas. O órgão está providenciando a aquisição de 300 milhões de seringas no mercado nacional e 40 milhões no internacional.

O Ministério da Saúde manteve reunião nas últimas semanas com outros grupos desenvolvendo vacinas, como Pfizer e Biontech (EUA e Alemanha), Instituto Gamaleya (Rússia), Baharat Biontech (covaxin).

Governo estaduais firmaram parcerias próprias, como o de São Paulo com Sinovac para a Coronavac e os governos do Paraná e da Bahia com o Instituto Gamaleya para a Sputinik V, mas não houve anúncio de planos específicos. Nenhuma destas vacinas obteve ainda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Flamengo perde nos pênaltis para o Racing e se despede da Libertadores

O Flamengo se despediu da Copa Libertadores nesta terça-feira (1), após ser derrotado por 5 a 3 na disputa de pênaltis pelo Racing (Argentina) em pleno estádio do Maracanã no jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. As equipes ficaram no 1 a 1 nos 90 minutos.

Após empate em 1 a 1 na partida de ida, realizada na última terça no estádio Presidente Perón, o Rubro-Negro tinha a vantagem de se classificar em caso de igualdade em 0 a 0, pois o gol fora de casa é critério de desempate nas competições organizadas pelo Conmebol.

Primeiro tempo do Flamengo

Mesmo com a possibilidade de avançar para as quartas de final com o empate sem gols, jogando em casa o Flamengo partiu para o ataque na etapa inicial. A estratégia adotada pelo técnico Rogério Ceni foi adiantar as linhas de sua equipe, pressionando a saída de bola dos argentinos e valorizando a posse de bola.

O resultado foi um Racing que pouco criou no primeiro tempo (teve apenas uma chance clara em contra-ataque) e um Flamengo que até criou, mas não conseguiu transformar as oportunidades em gols. E a principal delas surgiu aos 44 minutos, quando Arrascaeta lançou Vitinho, que ficou na cara do goleiro Arias, mas o camisa 11 bateu rasteiro para fora.

Expulsão de Rodrigo Caio

Na segunda etapa, o time argentino começou a sair mais para o jogo, pois precisava de uma vitória para avançar. Mas a partida começou a mudar de cara mais por um apagão do time brasileiro do que por mérito do Racing.

Havia muita expectativa em torno do retorno de Rodrigo Caio ao Flamengo, pois o zagueiro estava desde setembro afastado da equipe. Mas foi justamente em um lance do defensor que o gol do Racing saiu.

Aos 17 minutos Rodrigo Caio entra de forma dura em um adversário. Como resultado ele recebe o cartão amarelo, o problema é que ele já havia sido penalizado com outro amarelo na etapa inicial. Assim, ele é expulso por acumulação de penalizações.

Esta infração foi cobrada apenas dois minutos depois. O volante Leonel Miranda levantou a bola na área, o zagueiro Gustavo Henrique falhou ao tentar afastar, e Sigali aproveita a sobra para vencer o goleiro Diego Alves.

Pressão do Flamengo

Com um a menos, e a desvantagem no marcador, Rogério Ceni promove algumas mudanças para tornar sua equipe mais ofensiva, entre elas a entrada do artilheiro Pedro, que também retornava de lesão muscular.

Aos 35 o lateral chileno Isla levanta na área e Bruno Henrique cabeceia com muito perigo para defesa de Arias. E o goleiro do Racing volta a aparecer muito bem dois minutos depois, quando Willian Arão finaliza de cabeça após cobrança de escanteio de Vitinho.

Mas aos 47 da etapa final o Flamengo consegue o empate que garantia a disputa de pênaltis, Diego cobra escanteio para gol de cabeça de Willian Arão na primeira trave.

Disputa de pênaltis

Nos pênaltis, o Racing foi perfeito (com gols de Lisandro López, Rojas, Sigali, Alcaraz e Fabricio Domínguez), enquanto pelo Flamengo Filipe Luís, Gerson e Pedro marcam, e Willian Arão tem sua cobrança defendida pelo goleiro Arias. Vitória de 5 a 3 dos argentinos sobre o time da Gávea, que assim se despede da Libertadores.

Veja a tabela atualizada da Copa Libertadores.

23o Festival de Percussão PercPan acontece agora em dezembro

 

Nos dias 4, 5 e 6 de dezembro acontece o 23ª Panorama Percussivo Mundial (PercPan), principal festival de percussão do Brasil. Por conta da pandemia, esta será a primeira edição totalmente online, com transmissões via YouTube e Instagram. O evento conta com patrocínio da Leroy Merlin, por meio de Lei de Incentivo do Governo de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural – ProAC ICMS.

Desde 2014 sob curadoria e direção musical do produtor paulista Alê Siqueira, colaborador de influentes nomes da MPB como Marisa Monte, Tom Zé, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, e produção de Igor Cayres, filho de Beth Cayres, criadora do PercPan e falecida em abril de 2019, esta será uma edição especial em homenagem ao seu legado e trazendo o conceito idealizado por ela, de fazer uma conexão Brasil-França. “Por mais de 20 anos vivi momentos marcantes ao lado da minha mãe e de artistas de todos os cantos do planeta, unidos na diversidade dos palcos do festival. Hoje abraço a grande responsabilidade dar seguimento ao seu legado para a cultura do Brasil. Em plena pandemia, realizar esse projeto tem um significado especial para mim, primeiro pelo tema das interseções musicais com a França, país onde nasci e, também, por manter sua memória viva”, conta Igor.

Alê Siqueira revela que a escolha dos grupos se tornou uma versão modesta do projeto inicial, mas que mesmo assim é importante ser realizada para manter a energia e a percussão em pauta em momento ainda tão fluido para todos. “Essa na verdade é uma edição simbólica porque se tornou inviável ser diferente. Mas a Beth foi uma socióloga muito ativa que concebeu um festival focado na percussão que hoje tem reconhecimento mundial. Eu mesmo me lembro de ter assistido ao PercPan no ano 2000 e mal sabia eu que poderia um dia colaborar com ele. É uma honra poder manter essa chama viva”, conta.

PROPOSTA

Como o Brasil e a França possuem laços culturais e musicais históricos, a 23ª edição do PercPan acontece com transmissão simultânea em São Paulo e em Paris, e pretende despertar interesse junto ao público por reunir importantes artistas dos dois países se apresentando juntos e trocando experiências estéticas em performances originais criadas especialmente para a ocasião.

PROGRAMAÇÃO

No dia 04/12, às 14h horário do Brasil, 18h na França, o percussionista cubano Pedro Bandeira abre a programação ministrando ao vivo um workshop de percussão.

Pedro Bandeira é formado em Educação Musical pelo Instituto Superior Pedagógico em Havana (Cuba), e tem especialização em percussão cubana e afro cubana no mesmo instituto. No Brasil se especializou em percussão afro-brasileira na UFBA, participou dos projetos musicais Agô e Siguaraya da ONG, Sambatá, que dirige o seu trabalho ao intercâmbio cultural entre Cuba e Brasil, com quem tem realizado apresentações no Brasil e no Japão. Em 2008 coordenou a turnê da Banda Sepultura por Cuba, além de participar de vários projetos com artistas brasileiros e cubanos.

No dia 05/12, às 19h Brasil (23h França), é a vez do grupo francês de jazz-funk Cotonete se apresentar em duo com a cantora Amanda Roldan.

Fundado em 2005 pelos franceses Frank Chatona e Florian Pellissier, o grupo Cotonete nasceu com o sonho de trazer um repertório funky dos anos 70 para o Brasil. Eles começam uma turnê passando pelo Jazzmix em Vienne (2015), New Morning e Duc des Lombards (Paris) e Dingwalls (Londres). Eles gravaram o segundo álbum da cantora brasileira Simone Mazzer (CAJA / Prado Records), lançaram 3 maxis 33T em 2017 (incluindo Phil Asher, Hugo LX, remixes de DJ Deep) e produziram uma faixa com o amigo Dimitri From Paris, «Parribean Disco» que foi extensamente tocada em todos os clubes e festivais no verão de 2018 e definiu de vez a banda como a referência do funk jazz francês. Eles finalmente lançam seu primeiro álbum «Super-Vilains» graças ao produtor Melik Bencheikh em fevereiro de 2019. Três meses depois, Cotonete lançou um segundo álbum com a famosa cantora brasileira Di Melo (Favorite Recordings), cuja faixa A.E.I.O.U é tocada em todo o mundo por grandes DJs como Gilles Petterson, Sadar Bahar e Folamour.

Brasileira radicada em Paris, Amanda Roldan canta oficialmente com o grupo Cotonete desde 2016, quando participou do disco Baile Black. Nascida no Rio de Janeiro, Amanda passou a juventude em uma família de músicos, viveu em Recife, onde moldou sua cultura musical, principalmente com ritmos como frevo e maracatu, e mudou para Paris em 2013, onde vive desde então.

O encerramento, no dia 06/12, às 19h30 Brasil (23h30 França), fica por conta da banda paulista Aláfia, em parceria com Boris Reine-Adelaide.

Percussionista da Martinica, Boris Reine-Adélaïde começou a aprender os sons e ritmos dos tambores Bèlè e Ka (tambores do caribe) desde a infância. Multidisciplinar, Boris trabalha em várias percussões do mundo e investe em produções onde o tambor está no centro. Ele viajou pelo mundo com artistas como Kassav, Charlotte Dipanda e Dédé Saint-Prix, entre África, Europa e Caribe.

O grupo paulista Aláfia estreou em 2011 com produção musical que surge da digestão de influências diversas, do ponto de encontro entre rap, música de terreiro, MPB e funk. Ritmos e melodias dão forma a uma lírica sofisticada que questiona a sociedade atual e não deixa indiferente. Após lançar um primeiro disco homônimo em 2013, Aláfia percorreu boa parte do estado de São Paulo, cidades brasileiras até sua primeira apresentação fora do país na Plaza de la Revolución em Havana, Cuba. Em maio de 2014, Aláfia lançou o single Quintal acompanhado do seu primeiro videoclipe, com mais de 4000 visualizações em dois dias. 2015 marca o lançamento do segundo disco, “Corpura” (YB Music) contemplado pelo programa Natura Musical. Produzido por Alê Siqueira e Eduardo Brechó, o disco traz o compromisso da banda não só com a ancestralidade e matrizes brasileiras, mas também com a necessidade do diálogo sobre a realidade cultural e social do país. Em 2016 lançou o Corpura em vinil e a música “Pera lá” fez parte da abertura das Olimpíadas. Em 2017 lançam “SP NÃO É SOPA, NA BEIRADA ESQUENTA”, produzido e dirigido por Eduardo Brechó, como um desdobramento de todo o trabalho realizado nos 6 anos de estrada. Ainda em 2017 Aláfia faz sua primeira turnê na Europa, apresentando-se em festivais e casas de shows de renome na Dinamarca, Finlândia, Portugal, França e Turquia.

Aláfia é formado por Eduardo Brechó (voz e guitarra), Xênia França (voz), Jairo Pereira (voz), Alysson Bruno (percussão), Pedro Bandera (percussão), Lucas Cirillo (gaita), Pipo Pegoraro (guitarra), Gabriel Catanzaro (baixo), Gil Duarte (trombone e flauta), Filipe Gomes (bateria), Fabio Leandro (teclado).

HISTÓRIA BRASIL-FRANÇA

Na história da música, os laços do Brasil com a França são notórios. Bem antes da MPB dos anos 1960, por exemplo, o maestro erudito Heitor Villa-Lobos morou em Paris e conviveu com compositores como Varèse e Honegger. E ele foi muito influenciado pela obra de Fauré e Debussy, pegando a cor da orquestração francesa. Podemos ver elementos dos franceses em diversos compositores brasileiros, como em Tom Jobim, que também mostrou-se influenciado pela estética de Debussy em algumas de suas obras, como a Sinfonia da Alvorada. O violonista Baden Powell também foi outro marcado pela cultura francesa por ter morado vários anos na França.

O próprio choro nasceu, no Rio, da mistura da música africana com a europeia (polca, valsas e schottish), que, com certeza, tem elementos da música francesa. Pixinguinha fez uma temporada de apresentações em Paris, em 1922, com os Oito Batutas, e trouxe o seu saxofone dessa lendária viagem.

A música francesa também sofreu influência da música popular do Brasil. Nos anos 1950 e 1960, Darius Milhaud trabalhou no consulado francês no Rio de Janeiro e escreveu a peça O Boi no Telhado, que teve uma compilação de vários trechos de choros da época para o espetáculo. Nos anos 1970, vários cantores da França usaram melodias da bossa nova com letras francesas, como Michel Fugain e Henry Salvador. Claude Nougaro tem parcerias com Baden Powell e compôs uma letra francesa para o clássico Berimbau. Michel Legrand também foi marcado pela trilha sonora do filme Orfeu Negro (1959), de Marcel Camus, composta por Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Esta edição do PercPan, portanto, pretende reafirmar e atualizar essas conexões musicais.

SOBRE O PERCPAN

Panorama Percussivo Mundial (Percpan) é um festival de música realizado anualmente em Salvador desde 1994, dedicado especialmente a músicos que exploram instrumentos de percussão. O evento, concebido pela antropóloga Beth Cayres, já na primeira edição conseguiu reunir no palco do Teatro Castro Alves, em Salvador, músicos do porte de Harmonites Internacional Steel Orchestra (Antigua), Karnataka (Índia) e os brasileiros Naná Vasconcelos, Carlinhos Brown e Olodum, sob a direção musical de Arrigo Barnabé.

No ano seguinte, Naná Vasconcelos assumiu a direção musical. Em 1996, Gilberto Gil se uniu a Cayres na organização do evento. Somente em 2001 o Percpan não foi realizado em Salvador. Naquele ano, as apresentações aconteceram no Marco Zero do Recife. Em algumas ocasiões, a capital baiana dividiu os shows com o Rio de Janeiro (cidade), São Paulo e Paris.

O PercPan já apresentou mais de 300 atrações de vários países, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Gilberto Gil, Hermeto Pascoal, Marisa Monte, Naná Vasconcelos, Milton Nascimento,  Egberto Gismonti, Jorge Ben Jor, Lenine, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Olodum, Ilê Aiyê,  Carlinhos Brown, Mano Brown, Sly and Robbie, Rita Marley, Beirut, Doudou N’Diaye Rose, Trilok Gurtu, Savion Glover, Dhol Foundation, Sayon Bamba, Leilía e Hypnotic Brass Ensemble.

O Panorama Percussivo Mundial (PercPan) firmou-se como irradiador de tendências da percussão mundial, reunindo expoentes do gênero em concertos idealizados especialmente para o festival e promovendo a universalidade da linguagem rítmica, em todas as suas nuances, e a aproximação de culturas distintas por meio da música. E mais: juntou percussionistas com cantores em espetáculos em teatros e ao ar livre, com reconhecimento do público e da crítica brasileira e internacional.