Competições coletivas federadas estão liberadas em Pernambuco

Em anúncio feito na tarde desta segunda-feira (21), o secretário de Educação, Fred Amâncio, declarou que as competições de modalidades coletivas federadas podem voltar a acontecer em Pernambuco, a partir desta terça-feira (22). A notícia foi divulgada através de entrevista coletiva virtual do Governo do Estado.

Como relembrou o secretário, os treinamentos para as modalidades coletivas federadas, além de competições individuais, já estavam sendo realizadas no Estado, sob medidas de segurança contra a Covid-19.

“Vamos avançar mais uma etapa no nosso plano de esportes com a liberação de competições de modalidades coletivas federadas. Já tínhamos liberados os trabalhos com as modalidades individuais e também liberado os treinamentos das coletivas. A partir de amanhã (terça), dia 22, liberamos também as competições das modalidades coletivas envolvendo apenas atletas federados”, explicou o Amâncio.

Nesta segunda, o boletim divulgado pelo Governo de Pernambuco registrou 260 novos casos do novo coronavírus. Foram confirmadas também nove mortes pela doença. Agora, o Estado soma 8.025 óbitos, além de 141.777 casos de pessoas diagnosticas com o vírus.

Folhape

Bolsonaro deve abordar questões ambientais em discurso na ONU

Brazilian President Jair Bolsonaro attends the launch of the new housing program “Casa Verde e Amarelo” (Green and Yellow House) at Planalto Palace in Brasilia, on August 25, 2020. (Photo by EVARISTO SA / AFP)

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a 75ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) será realizada este ano de forma virtual.

Nesta terça-feira (22), em Nova Iorque, começa o debate com a participação de líderes mundiais. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a fazer um pronunciamento. O presidente Jair Bolsonaro enviou uma declaração gravada.

Em 2019, Bolsonaro fez sua estreia na reunião internacional com um discurso no qual negou o avanço dos incêndios florestais e defendeu a soberania brasileira sobre a Amazônia.

“O presidente vai tocar na Amazônia. A princípio vai mostrar aquilo que estamos fazendo. Temos ainda a criação do Conselho [da Amazônia], a criação da operação Verde Brasil 2, um esforço do governo em combater as ilegalidades, o que não é simples, não é fácil e elas continuam a ocorrer, infelizmente”, afirmou a jornalistas, nesta segunda-feira (21), em Brasília, o vice-presidente Hamilton Mourão. Ele coordena as ações do governo brasileiro no combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia.

Entre janeiro e agosto, o desmatamento – responsável por grande parte dos incêndios na Amazônia – foi reduzido em apenas 5% em relação ao mesmo período de 2019, quando atingiu números recordes.

Desde que o Bolsonaro chegou ao poder em 2019, “a devastação mudou de patamar. Antes de Bolsonaro, as taxas mensais médias de alertas (de desmatamento) nos meses de maio a setembro, auge da seca e das derrubadas, não ultrapassavam 600 km2. Nos últimos anos, elas dobraram”, ressalta Marcio Astrini, secretário-executivo da ONG Observatório do Clima.

Bolsonaro defende a exploração comercial e energética da Amazônia e ataca ONGs e defensores da preservação ambiental e das terras indígenas.

Transmissão pela TV Brasil
A abertura oficial da Assembleia Geral será transmitida pela ONU, e pode ser acompanhada no link, a partir das 10h. O discurso do presidente Bolsonaro será transmitido pela TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Pela ordem dos pronunciamentos informados pelo Palácio do Planalto, a primeira declaração será do novo secretário-geral da ONU, Volkan Bozkir.

Em seguida, o atual secretário-geral, Antonio Guterres, apresentará o relatório anual sobre as atividades da organização. O tema do encontro este ano é “O futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: reafirmar nosso compromisso coletivo com o multilateralismo – enfrentando a covid-19 por meio de uma ação multilateral efetiva”.

Outro ponto a ser abordado no discurso de Bolsonaro será a pandemia do novo coronavírus. O presidente deve reiterar sua posição de que as consequências econômicas da crise devem ser tratadas com a mesma prioridade das questões de saúde.

Agência Brasil

Abertas as inscrições para o programa de trainees da Yduqs

Com o objetivo de revelar, formar e desenvolver futuros profissionais para o setor de educação, a Yduqs, uma das maiores organizações de ensino superior no país, que abrange 15 instituições de ensino, entre elas o Centro Universitário UniFavip, abriu inscrições para seu Programa Trainee 2021. O perfil dos candidatos é de pessoas inquietas e sempre em busca de desafios, e que queiram produzir impacto positivo na sociedade por meio de uma educação transformadora. Os profissionais selecionados irão trabalhar em uma das áreas da própria Yduqs, em projetos ligados ao ensino nas modalidades presencial, digital e em áreas de suporte à atividade.

A etapa de inscrição vai até o dia 30 de setembro e os interessados deverão fazer seus cadastros no link: https://traineeyduqs.gupy.io. Poderão concorrer a uma das vagas profissionais que concluíram o ensino superior de dezembro/2018 a dezembro/2020, nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Engenharias, Economia, Estatística, Letras, Ciências da Computação, Engenharias, Direito, Ciências Contábeis, Marketing, Publicidade e Propaganda, Matemática, Economia, Pedagogia e Psicologia. Após a contratação, os trainees poderão ser posicionados em cargos de liderança, especialistas e analistas nas áreas que foram previamente selecionados.

O programa terá duração de um ano e os selecionados serão acompanhados pela alta liderança da empresa nas áreas de Vendas e Marketing, Finanças, Conteúdos Digitais, Gente & Gestão, Ensino, Operações Digitais, Relações Governamentais e Comunicação e Transformação Digital. Eles também poderão ganhar bolsas de estudo para MBA, além de um salário compatível com o mercado, plano de saúde e odontológico, entre outros benefícios. O processo seletivo terá várias etapas, como triagem e testes, dinâmicas, painel com executivo, proposta profissional e, por fim, o mais esperado momento: a admissão. A partir dessa etapa, esse jovem profissional terá a oportunidade de trabalhar em novas soluções para ampliar a qualidade e a abrangência do ensino superior no país.

“Durante o ano do programa, os participantes passam por etapas de treinamento, integração, job rotation, e terão a oportunidade de tocar um projeto de alta relevância e impacto para nossa organização e nossos alunos. Além disso, o profissional, em razão desses projetos, terá contato com os principais líderes da nossa empresa, o que contribuirá com o crescimento profissional de suas competências. Por isso, buscamos os melhores talentos do mercado, que sejam protagonistas de sua carreira, com espírito empreendedor, curiosos e ambiciosos para promover as mudanças necessárias, que estejam dispostos a construir, junto com essa equipe, os próximos estágios da educação superior no Brasil.” comenta Larissa Colombo uma das responsáveis pelo setor de Atração e Seleção da companhia. Segundo ela, os trainees têm grandes chances de serem aproveitados internamente após o término do programa.

Renata Mendonça, gerente de Desenvolvimento Organizacional da Yduqs, destaca a importância do programa. “Nossa companhia tem uma combinação de solidez e segurança, mas está sempre inovando e elaborando produtos e ações diferenciadas todos os dias e em todo o Brasil. Estamos crescendo, diversificando nossa atuação e queremos fazer coisas inéditas no mercado de educação, o que transforma esse programa em uma oportunidade única de desenvolvimento profissional”.

UniFavip promove 4o Simpósio de Contabilidade com inscrições gratuitas

Com o tema central os “Tributos e seus Reflexos para com a Sociedade”, o Centro Universitário UniFavip promove, no dia 23 de setembro, o 4o Simpósio de Contabilidade. O evento elucidará temas emergentes perante o cenário econômico e fiscal do nosso país. Dessa forma, o evento será oportuno para estudantes e profissionais discutirem as Propostas de Emenda à Constituição em curso.
 
“Trata-se de um tema emergente diante da possibilidade de aprovação da Reforma Tributária no Congresso Nacional. Neste sentido o Simpósio elucidará o cenário fiscal e tributário do nosso país, discutindo a importância do Planejamento Tributário para as organizações e em comemoração ao Dia do Contador, destacou Maria Aparecida Barra Nova da Silva, coordenadora do curso de Ciências Contábeis do UniFavip.
 
O simpósio contará com a presença do Professor Dr. Sílvio Aparecido Crepaldi, que possui um vasto currículo no âmbito tributário e contábil. Ele é ainda perito contábil e avaliador do MEC e de diversas revistas da classe, além de ser autor de diversos livros da área tributária, de auditoria, contabilidade rural e de custos, entre outras obras distribuídas em mais de quatro editoras, os quais que são utilizados diversos na nossa graduação. Nesse sentido os participantes poderão tirar suas dúvidas quanto a gestão de tributos para as empresas e suas novas mudanças.  
 
Será realizada uma mesa redonda que tem como tema a “Reforma Tributária e seus reflexos para a contabilidade”, para discutir as recentes Propostas das Ementas Constitucionais para Reforma tributária em curso no Congresso Nacional (PECs 45/2019 (Câmara de Deputados) e 110/2019 (Presidencial). A mesa será composta pelo Professor convidado Paulo Venício Gomes da Silva, contador tributarista e empresário contábil, e pelos professores do curso Eddie Raoni, professor de gestão tributária e perito contábil e Vladênia Letieri advogada e contadora tributarista. 
 
Esta mesa dará um panorama sobre os tributos atuais e como poderá ser a execução dos mesmos, caso as propostas em curso sejam aceitas quais serão os impactos para a atividade contábil e empresarial. Devido à pandemia, o evento será online (via You Tube) e os interessados em participar do simpósio deverão fazer suas inscrições de forma gratuita pelo link: https://bit.ly/3hRxkoG.
 
Serviço
4o Simpósio de Psicologia
Acesso: Gratuito
Data: 23 de setembro
Inscrições: https://bit.ly/3hRxkoG
Transmissão: https://youtu.be/iJKyompNRjI

Proposta da Câmara pune com até 5 anos de prisão disseminação de fake news

A proposta apresentada pelo deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP) ao grupo que debate na Câmara o projeto de lei sobre fake news prevê prisão de até cinco anos a quem promover ou financiar disparos em massas de mensagens com conteúdo falso.

O texto foi encaminhado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e aos parlamentares que fazem parte do grupo informal constituído para construir um projeto alternativo ao do Senado, criticado por plataformas e especialistas em direito digital.

Agora, os parlamentares vão se debruçar sobre a minuta para acabar de desenhar o projeto que será apresentado aos demais deputados. Se aprovado, o texto ainda volta para o Senado, onde poderá ser modificado antes de seguir para sanção presidencial.

Na minuta, Silva propõe um capítulo para tipificar o crime de promover, constituir, financiar ou integrar ação coordenada, com a utilização de robôs ou outros meios não oferecidos pela plataforma, para disparo em massa de mensagens que veiculem conteúdo passível de sanção criminal ou fatos falsos “capazes de colocar em risco a vida, a integridade física e mental, a segurança das pessoas, e a higidez do processo eleitoral”.

A pena sugerida é de reclusão, de um a cinco anos, e multa. Para o deputado, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PC do B, é preciso combater os comportamentos da rede que produzem desinformação e “assassinato de reputação”.

“Isso interfere em eleições. Isso interfere, por exemplo, na saúde pública. O que acontece com vacinas é um crime. Você vê doenças que voltam a ter força em São Paulo por causa de pais que não vacinam seus filhos”, afirmou. “Esse tipo de comportamento tem que ser combatido. Têm estruturas criminosas que são organizadas para artificialmente influenciar a opinião pública. E tem gente pagando por isso.”

Orlando Silva também incluiu na minuta a possibilidade de remuneração às empresas jornalísticas e jornalistas por conteúdos usados por buscadores, exceto no caso de compartilhamento de links por usuários.

“Eu me convenci, no debate, que você enfrenta desinformação com mais informação e educação. Por isso nós estamos propondo remuneração de conteúdo jornalístico indexado em sites de busca, que é um debate que está acontecendo no mundo inteiro”, disse o deputado.
“Nós queremos fortalecer o jornalismo. O que está se vendo é a morte de empresas de jornalismo. Estamos querendo que o potencial econômico que plataformas digitais produziram sirva para fortalecer o jornalismo profissional.”

O texto elaborado por Silva altera ainda o dispositivo sobre rastreabilidade das mensagens aprovado no Senado e que gerou discussões sobre potencial violação à privacidade dos usuários.

O projeto chancelado pelos senadores prevê que registros das mensagens encaminhadas por mais de cinco usuários e que alcançassem mais de mil usuários, em um período de 15 dias, deveriam ser guardados por três meses.

Silva propõe que as interações entre usuários, pelo mesmo prazo de 15 dias, só poderão ser preservadas e disponibilizadas após determinação judicial e com o objetivo de constituir prova em investigação e instrução penal.

O dispositivo prevê o armazenamento de dados de envio e recebimento de mensagens da conta do usuário e devem incluir data e hora de sua ocorrência, e que a polícia ou o Ministério Público podem prorrogar a preservação do registro por mais 15 dias. Depois disso, o aplicativo de mensagem pode eliminar os registros.

A proposta do deputado veda o funcionamento de contas automatizadas (robôs) não identificadas e exige a identificação, inclusive por documento válido, dos anunciantes e responsáveis por contas que impulsionam conteúdos que tenham sido distribuídos após pagamento ao provedor de redes sociais.

Se isso não acontecer, o texto de Orlando Silva prevê que a plataforma tenha responsabilidade solidária pelos danos provocados pelo conteúdo difundido – algo que o presidente da Câmara vem defendendo desde que o projeto passou pelo Senado.

“É acompanhar, a partir do patrocínio, o comportamento inautêntico de quem financia. A plataforma vai ser obrigada a identificar, com documento válido, todos os anunciantes. Porque se um anunciante produziu dano, se cometeu crime contra a honra de alguém, você tem como chegar ao autor do anúncio”, afirmou Silva. “Se a plataforma não fizer isso, ela vai ser responsável solidariamente.”

Outro dispositivo inserido pelo deputado é a vedação de remuneração para detentores de cargos eletivos por contas de redes sociais durante o exercício de seu mandato. “Nós proibimos que agentes públicos utilizem recursos públicos para atuar nas redes e recebam por isso. Isso é um escândalo.”

Por fim, Orlando Silva fez alterações no tópico de autorregulação regulada e decidiu que as próprias plataformas se associem e definam as regras de moderação.

Mendonça Filho critica gestões do PSB por queda de renda do trabalhador no estado

O candidato a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM), utilizou os dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontou que a renda do trabalhador caiu 29,5% no Recife e 26,9% em Pernambuco, durante a pandemia da Covid-19, para criticar as administrações do PSB no estado. “Isso é o retrato da gestão do PSB, tanto no Recife quanto em Pernambuco”, definiu o democrata.

Ele disse, ainda, que “o Recife se tornou a capital do desemprego no Brasil desde 2019 e esse levantamento só confirma a falta de políticas de empregabilidade e o descaso com o trabalhador, já massacrado por altas taxas, impostos e multas. Sabiam que a pandemia iria atingir o mercado de trabalho e não fizeram nada para proteger os trabalhadores”, pontuou Mendonça Filho. Os percentuais, conforme destacou a assessoria do candidato, foram as maiores quedas entre todas as capitais e estados do Brasil, segundo a FGV.

De acordo com a equipe do candidato, o resultado desastroso é fruto da pesquisa “Efeitos da Pandemia no Mercado de Trabalho Brasileiro: desigualdades, ingredientes trabalhistas e o papel da jornada”, coordenada pelo economista Marcelo Neri, da FGV, e que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), considerando trabalhadores formais, informais e desocupados, durante os últimos seis meses do isolamento social causado pela Covid-19.

Com a baixa empregabilidade, houve um aumento considerável da informalidade e as pessoas tiveram que se reinventar para conseguir sobreviver. Ou seja, um quadro de recessão excludente, cuja renda cai para todos, mas com mais força para os mais pobres. A análise da FGV apontou que a queda na renda média do trabalhador brasileiro atingiu 20,1% e o principal vetor foi a diminuição na jornada de trabalho média, de 14,34%, enquanto a taxa de ocupação caiu 9,9%.

Em valores, isso equilaveu a uma redução de R$ 1118 para R$ 893. As mulheres foram as que mais sentiram o baque no período, com queda de 20,54% na renda, contra 19,56% de redução dos homens. A metade mais pobre da população perdeu 27,9% (de R$ 199 para R$ 114) e os 10% mais ricos 17,5% (de R$ 5.428 para R$ R$ 4.447). Os principais grupos que perderam renda foram: indígenas (28,6%), anafalbetos (27,4%) e jovens entre 20 e 24 anos (26%).

No texto enviado à imprensa, a equipe da campanha de Mendonça fez questão de ressaltar que o levantamento constatou, ainda, que o cenário não foi ainda mais grave por conta de medidas adotadas pelo Governo Federal, como a suspensão dos contratos de trabalho parcial ou total, assim como o Auxílio Emergencial criado para socorrer a camada mais carente da população brasileira, pago entre R$ 600 e R$ 1.200, que ajudou milhões de trabalhadores a se manterem ativos.

No entanto, o documento alerta que os contrates sugerem que quando a pandemia acabar, atraves do “efeito anestesia” do benefício pago, a situação social pode piorar muito se os resultados trabalhistas nao forem revertidos.

Diario de Pernambuco

TCE disponibiliza ao público informações sobre contas rejeitadas

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/PE) lançou, nesta segunda-feira (21), uma nova ferramenta que permite o acesso às informações de processos dos gestores públicos que tiveram contas rejeitadas ou julgadas pelo TCE nos últimos oito anos. A plataforma online vai possibilitar ao público consultar, entre outros dados, as irregularidades da gestão, identificadas no relatório de auditoria das equipes técnicas do TCE, e a decisão do Pleno e das Câmaras julgadoras, sobre a rejeição das contas dos gestores públicos.

“É um serviço ao cidadão”, afirmou o presidente do TCE, conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior. “Ao disponibilizar essas informações detalhadas ao público, o Tribunal de Contas estimula o controle social e tenta contribuir para que a sociedade exerça o direito do voto com mais conhecimento sobre o seu candidato nas eleições de 15 de novembro”, ressaltou o presidente do TCE.

“É importante que a sociedade conheça o perfil do gestor, entenda como foi o seu desempenho e analise as decisões dos julgadores que levaram à rejeição das contas, para saber se é o caso de votar ou não naquele determinado candidato”, complementou o conselheiro.

O acesso à página com as informações dos processos pode ser feito pelo site do TCE. No campo de busca, é possível fazer a consulta pelo nome do gestor, município ou unidade gestora, que pode ser do estado ou município. Ao fazer essa busca, o sistema vai informar os números dos processos julgados e direcionar para a decisão que levou à rejeição das contas pelo Tribunal.

A página traz, ao todo, os nomes de 1.499 gestores públicos, e de 432 unidades gestoras, além de informações sobre 2.391 processos de contas julgadas irregulares pelo TCE. Todos os processos listados na página já transitaram em julgado, ou seja, sem possibilidade de recursos no âmbito do TCE.

“Mais uma vez o Tribunal de Contas de Pernambuco inova ao colocar à disposição do público uma ferramenta voltada para a efetividade do controle social”, afirmou o conselheiro Ranilson Ramos, vice-presidente do TCE. “Com acesso fácil no nosso portal, o cidadão vai poder acompanhar os resultados da gestão do seu candidato e saber se ele está em dia com o controle externo de contas públicas. Isto, sem dúvida, é uma contribuição de grande importância para o exercício da cidadania”, frisou Ranilson.

Diario de Pernambuco

Ministério Público pede a TCU que investigue Damares

Futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fala à imprensa no CCBB. Ela também ficará responsável pela Funai.

O subprocurador geral Lucas Rocha Furtado pediu nesta segunda (21) que o Tribunal de Contas a União investigue se a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, violou o princípio constitucional da laicidade do Estado ao valer-se das prerrogativas de seu cargo para tentar impedir a realização de aborto legal pela menina capixaba que engravidou após ser estuprada. Argumenta ainda que, ao fazê-lo, a ministra deixou de cumprir a responsabilidade de proteger a criança.

A representação tem por base a reportagem publicada nesta segunda pela Folha de S.Paulo sobre a operação o envio à cidade de São Mateus (ES), pela ministra, de representantes do ministério e aliados políticos que tentaram impedir a interrupção da gravidez.

O objetivo da operação, que envolveu pressão e oferta de benfeitorias ao conselho tutelar local, era transferir a criança para um hospital em Jacareí (SP), onde ela aguardaria a evolução da gestação e teria o bebê, apesar do risco de vida.

A peça assinada pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, a qual a Folha teve acesso, questiona também se “a Administração Pública Federal, mesmo ante a laicidade constitucional do Estado brasileiro, vem deixando contaminar os atos oficiais do governo por convicções religiosas pessoais de seus integrantes”.

“O objetivo é que haja uma discussão. Não pode algo de tamanha importância ficar calado”, afirmou Furtado à Folha. “A questão principal é separação da religião do Estado. Afinal, a Constituição defende a laicidade. Defende que o Estado deve ser separado da religião para que todas sejam praticadas, ou eventualmente nenhuma, ou seja, liberdade total.”

Furtado questiona também a função do Estado: “Haveria ou não omissão do Estado, que deveria proteger uma menina, no caso? Não me parece correto o Ministério dos Direitos Humanos não defender a vítima, que é uma criança”.

O TCU, que tem competência constitucional de controle externo de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Administração Pública Federal, pode acatar ou indeferir o pedido. Caso seja aceito, um relator será designado.

“Para o Estado, tratando-se de procedimento permitido legalmente, o aborto realizado pela menina (…) não constituía ato a requerer qualquer intervenção, senão os necessários para a proteção da vítima”, afirma o texto.

“Em vez disso, o aparato estatal foi posto em ação meramente para dissipar angústias pessoais da ministra Damares Alves, que tem, relativamente à questão do aborto, uma postura contrária ao ordenamento jurídico brasileiro, o qual permite clara e expressamente hipóteses de exceção à regra geral de criminalização do procedimento.”

Damares contestou a reportagem e afirmou que enviou a equipe para “fortalecer a rede de proteção à menina”.

A menina cumpria as duas condições previstas no Código Penal brasileiro para a realização de um aborto legal: gravidez resultante de estupro e risco de vida para a mãe. A terceira, introduzida pelo Supremo Tribunal Federal, é anencefalia do feto.

O subprocurador aponta também a suspeita de que “a atuação da ministra, mesmo se buscasse apenas dissuadir a família da menina da realização do aborto permitido pela lei, acabou por provocar sua exposição”.

Relatos ouvidos pela reportagem indicam que partiu da equipe de Damares o vazamento da identidade da criança logo antes de ela ser levada ao Recife para a realização do procedimento – o hospital em Vitória se recura a fazer o aborto, amparando -se em normativa federal que recomenda avaliar o atendimento em casos de mais de 20 semanas de gestação ou peso fetal superior a 500 gramas.

A exposição fez com que a criança e sua responsável fossem inscritas no Programa de Proteção a Testemunhas, tendo seu nome e endereço alterados.

“O órgão público [o ministério] foi conduzido não de acordo com o que lhe impõe a Constituição e a lei, mas, sim, de acordo com as convicções morais e religiosas de sua dirigente, não só dificultando ato protegido pelo ordenamento jurídico, bem como favorecendo ocorrências que esse mesmo ordenamento jurídico procura evitar”, diz a representação.

O caso veio à tona em 7 de agosto, e a ministra manteve silêncio público quanto ao aborto, afirmando apenas que mandaria representantes à cidade capixaba para acompanhar o caso. Porém, em entrevista na semana passada ao jornalista Pedro Bial, Damares afirmou discordar da realização do procedimento e considerar que o correto seria aguardar duas semanas e antecipar o parto.

“Os médicos do Espírito Santo não queriam fazer o aborto, eles estavam dispostos a fazer uma antecipação de parto. Não era a criança ir até o nono mês”, afirmou. “Mais duas semanas, poderia ter sido feita uma cirurgia cesárea nessa menina, tirar a criança, colocar numa incubadora. Se sobreviver, sobreviveu. Se não, teve uma morte digna.”

No programa de Bial, Damares declarou também que “põe a mão no fogo” de que não foram seus assessores enviados a São Mateus que vazaram a identidade e a localização da menina.

Ainda nesta segunda, o ex-ministro da Saúde e senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou que ingressará com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a ministra responda por crime de responsabilidade pelo caso de São Mateus.

Folhapress

Clubes aumentam pressão por ‘Lei do Mandante’, mas perdem apoios

A menos de um mês de a Medida Provisória 984 perder a sua validade, o movimento Futebol Mais Livre, que reúne dirigentes de 46 clubes favoráveis a mudanças nas regras dos direitos de transmissão, tenta dar suas últimas cartadas para que o texto seja votado no Congresso. Entre as medidas estão intensificação do corpo a corpo com deputados federais, publicações em massa nas redes sociais e até mensagens estampadas nas camisas dos times durante as partidas. O resultado, porém, tem sido até agora pouco animador para eles.

Os dirigentes demonstram desânimo diante da falta de interesse dos parlamentares em lidar com o assunto e veem o grupo se enfraquecendo, com debandadas de representantes do Atlético-MG, Corinthians, Internacional e Sport. Dos 20 clubes da Série A do Nacional, 12 estão unidos pela aprovação do texto que dá ao time de futebol mandante do jogo o direito exclusivo de transmiti-lo ou negociar a sua transmissão. Até então, a Lei Pelé exigia a anuência das duas partes envolvidas numa partida. A MP, que ficou conhecida como Lei do Mandante, foi editada no dia 18 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro. Para continuar valendo após 120 dias da publicação, ou seja, a partir do dia 16 de outubro, precisa ser aprovada por Câmara e Senado.

Caso isso não ocorra, cenário tido como o mais provável atualmente, ela perderá sua validade. Nesse caso, voltará a valer o texto da Lei Pelé e que foi usado como base para quase todas as negociações de contratos que estão vigentes entre times e empresas detentoras de direitos de transmissão. “Com o passar dos dias fica mais difícil convertê-la em projeto de lei. Nos comprometemos em conversar com os deputados de nossa região”, diz Robinson de Castro, presidente do Ceará, um dos 46 clubes que integram o movimento Futebol Mais Livre.

Até segunda-feira (21), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não havia nomeado um relator para a proposta. Na pandemia, medidas provisórias seguem diretamente para votação nos plenários das duas Casas e não precisam ser submetidas a uma comissão mista de deputados e senadores. Caso o Senado altere o texto, a Câmara terá até dois dias úteis para apreciá-lo novamente.

Para pressionar o presidente da Câmara, os clubes criaram, há uma semana, a hashtag #EntraEmCampoMaia. Alguns times, entre eles o Flamengo, Fortaleza e Palmeiras, entraram em campo nas últimas rodadas do Brasileiro com mensagens de apoio à MP nas camisas, entre elas “Futebol mais Livre” e “#PelaLeidoMandante”. Entre os argumentos dos que defendem a MP estão o estímulo à concorrência por direitos de transmissão e a possibilidade do fim dos “apagões” que ocorrem quando o jogo não é exibido em nenhum canal, porque uma emissora tem os direitos de um time e outra emissora os de seu adversário.

“Cabe ao presidente da Câmara dar segmento nesse processo. A gente sabe que tem influência externa, o peso da Globo tem relevância, mas seria uma grande conquista para os clubes”, afirma o presidente do Vasco, Alexandre Campello.
Desde junho, a MP resultou em conflitos comerciais entre emissoras e alimentou uma guerra jurídica entre a Globo, contrária à medida e principal detentora dos direitos de jogos do futebol brasileiro, e times como Athletico e Flamengo.
O Flamengo usou o texto para exibir partidas do Estadual do Rio (torneio em que não tinha acordo com a Globo) em seus canais na internet, e o Athletico chegou a fazer o mesmo no Brasileiro (por não ter fechado negócio para o pay-per-view), mas sofreu derrota na decisão judicial mais recente.

Maia, entusiasta do projeto de lei para incentivar o modelo de clube-empresa, não pretende se desgastar com a discussão sobre os direitos de transmissão. O momento de eleições municipais também joga contra a tentativa dos clubes de pressionar parlamentares. Um acordo entre os congressistas e Bolsonaro previa que alterações em leis relacionadas ao futebol deveriam ser discutidas por meio de projetos de lei. Desde o dia em que a medida provisória foi publicada no Diário Oficial, Maia questiona a urgência e a relevância do assunto, prerrogativas que o governo federal deveria levar em conta ao editar uma MP.

Antes das saídas de Atlético-MG, Corinthians, Internacional e Sport do grupo, Botafogo, Fluminense, Grêmio e São Paulo já nem haviam entrado no manifesto. “Temos que discutir todo um processo, sem ranço cultural, sem interesse de clube. Não podemos fazer de maneira açodada, mas de modo que equilibre as competições, e não que o dinheiro drene dois, três, quatro times”, disse o presidente gremista, Romildo Bolzan.

Assinaram o documento, naquela ocasião: Athletico, Atlético-MG, Atlético-GO, Bahia, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fortaleza, Goiás, Inter, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, Sport e Vasco. Alguns dirigentes se mostraram decepcionados por Bolsonaro ter editado a MP um dia após almoçar com Rodolfo Landim, mandatário do Flamengo e que não teria empreendido grandes esforços junto a deputados e senadores governistas.

Segundo Lásaro Cândido, vice-presidente do Altético-MG, o seu clube desistiu de apoiar a MP após avaliar que ela interessaria apenas ao Flamengo e aos oito times da Série A que possuem contratos de TV fechada com a Turner (Palmeiras, Santos, Internacional, Athletico, Coritiba, Bahia, Fortaleza e Ceará). “A presidência do Atlético apoiava desde que tivesse uma regra clara na MP 984/20 definindo que a negociação dos direitos de transmissão deverá ser feita coletivamente por liga ou entidade dos clubes, mas não teve”, diz Cândido. “Ficou claro que é a MP do Flamengo, porque tem briga pessoal com a Globo, e dos oito times com contratos com a Turner, que passariam a ter mais jogos [exibidos].”

Foram apresentadas 91 propostas de emendas ao texto original da MP. Segundo o advogado Wladimyr Camargos, especialista em direito esportivo, há sugestões deslocadas do mérito do texto, o que poderia travar ainda mais o debate. “Não é impossível que [a MP] seja convertida em lei, mas não tem unidade no Congresso, e o governo federal não prioriza a matéria. Consequentemente, seus líderes não estão trabalhando pela aprovação”, afirma. As vendas de cotas de transmissão são a principal fonte de receitas dos integrantes da elite nacional e respondem por mais de 50% da sua arrecadação -com exceção de Fortaleza e Palmeiras. Procurados pela reportagem, Landim, Maia e a Globo não quiseram se manifestar sobre o tema.

Folhape

Projeto de lei prevê punição para quem hostilizar profissionais de imprensa

Projeto de Lei apresentado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pretende criminalizar a hostilização aos profissionais de imprensa. De acordo com o PL 4.522/2020, hostilizar um profissional de imprensa com o objetivo de impedir ou dificultar sua atuação, deve ser um ato punido com pena de detenção, de um a seis meses e multa. 

Para o senador Contarato, essa medida é importante pois a liberdade de imprensa é fundamental para o exercício da democracia, mas esse cenário de ofensas, ameaças e violência contra esses profissionais está se agravando por todo o país. O parlamentar lembrou o caso do fotógrafo do Estadão, Dida Sampaio, que foi agredido fisicamente em maio, durante manifestação na frente do Palácio do Planalto, em Brasília.