Índice que reajusta aluguel acumula inflação de 5,87% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou deflação (queda de preços) de 0,32% na primeira prévia de maio deste ano. A taxa é inferior à observada na primeira prévia de abril, que havia registrado inflação de 1,05%.

O dado foi divulgado hoje (12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado da prévia de maio, o IGP-M acumula taxa de inflação de 5,87% em 12 meses.

A queda da taxa de abril para maio foi provocada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, teve deflação de 0,35% na prévia de maio. Na prévia de abril, o indicador havia tido inflação de 1,43%.

O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve deflação de 0,46% na prévia de maio. Em abril, o indicador havia tido inflação de 0,33%.

Por outro lado, a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,16% em abril para 0,18% em maio.

Agência Brasil

Salgueiro e Central iniciam vendas de ingressos virtuais para reexibição de jogos históricos

Depois da realização do “Jogo dos Sonhos”, entre os times campeões em 1987 e 2008 no Sport, a plataforma Estádio Lotado segue com outras vendas de ingressos virtuais para clubes pernambucanos. Entre eles, o Salgueiro, que reexibirá a partida do acesso à Série B, em 2010, e o Central, com a classificação à final do Pernambucano de 2018.

Dos valores arrecadados pelos clubes, 70% serão destinados ao pagamento dos salários do corpo de funcionários, enquanto os demais 30% vão para as medidas de combate ao novo coronavírus. No Salgueiro, a doação será à Universidade de Pernambuco, que também será beneficiada pelo Central, assim como o Instituto do Câncer Infantil do Agreste.

As vendas, porém, seguem baixas, com o time sertanejo tendo conseguido pouco menos de R$ 200, enquanto o agrestino ainda se aproxima dos R$ 150, na manhã desta segunda-feira. Números muito abaixo das vendas de Sport (R$ 36 mil) e Santa Cruz (R$ 23 mil) na plataforma.

OS JOGOS
O jogo histórico do Salgueiro aconteceu na Curuzu, em Belém do Pará. Após um empate em casa, os pernambucanos venceram o Paysandu, de virada, por 3 a 2, nas quartas de final da Série C de 2010, se sagrando o primeiro clube pernambucano a conseguir um acesso na Terceira Divisão, feito que foi repetido pelo Santa Cruz (2013) e pelo Náutico (2019).

Já para o Central, o jogo será válido pelo Pernambucano. Na campanha do vice-campeonato estadual de 2018, será relembrada a vitória na semifinal, contra o Sport. Em jogo único, de mando caruaruense, a Patativa derrotou o Leão por 1 a 0, chegando à final do torneio pela primeira vez.

Super Esportes

Presidente da FPF volta a garantir retorno do Estadual e diz que futebol é ‘medicamento’

No dia em que o governo do estado decretou quarentena nas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão, Camaragibe e São Lourenço da Mata, com a restrição na circulação de pessoas e veículos nas ruas para tentar conter a escalada do novo coronavírus, o presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, voltou a garantir a volta do Estadual, quando for possível. Procurado pelo Diario, o dirigente afirmou que a retorno das competições vem sendo tratada com atenção especial, inclusive, pelo governo federal por ser um “medicamento” para tentar minimizar possíveis efeitos depressivos causado pela pandemia.

No próximo sábado, o futebol brasileiro chega ao seu segundo mês de paralisação. “A primeira coisa que vai voltar no Brasil é o futebol. Isso é uma unanimidade, inclusive no ministério da saúde. O futebol é a única ferramenta, o único instrumento que vai precisar voltar para retomar o ânimo do país e tirar a população da depressão. O futebol vai ser o maior medicamento para isso”, afirmou Evandro

Ainda segundo o presidente da FPF, apesar do cenário ainda de completa indefinição, o planejamento da CBF é manter o calendário sem alterações, com as conclusões dos campeonatos estaduais antes do início do Campeonato Brasileiro, com os regulamentos devidamente mantidos.

“Pode ser em junho, em julho, em agosto. Mas vai voltar normal. Com os estaduais e depois o Brasileiro, assim que for autorizado pelas autoridades. Dar os campeonatos estaduais por encerrado não vai acontecer. Vamos admitir que ocorra uma guerra nuclear e o futebol só volte em 2021. Mesmo assim vamos terminar o campeonato desse ano. O Campeonato Pernambucano de 2021 só vai começar quando acabar o de 2020”

Para Evandro, o único torneio com risco de ser cancelado é a Copa do Nordeste. Segundo o cartola, por falta de datas. “Eu acho que não vai ter a Copa do Nordeste. Temos que fazer ainda o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil e com isso vamos ter um problema muito sério de malha aérea. Não tem como encaixar”, pontuou.

Nesta segunda-feira, Pernambuco chegou a marca de 13.768 casos confirmados do novo coronavírus, com 1.087 mortes. No Brasil, são mais de 165 mil infectados, com um número superior a 11 mil óbitos pela doença.

Super Esportes

EUA registram menos de 900 mortes por Covid-19 pelo segundo dia seguido

O balanço diário de mortes pelo novo coronavírus nos Estados Unidos registrou cifras abaixo dos 900 pelo segundo dia seguido, com 830 falecimentos reportados em 24 horas nesta segunda-feira (11), segundo contagem feita até as 20h30 locais (21H30 de Brasília) pela Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos tinham registrado na véspera 776 mortes por Covid-19, segundo cifras atualizadas continuamente. Com estes novos óbitos, o número de mortos no país pelo coronavírus soma 80.352.

AFP

Coronavírus: Argentina prorroga quarentena até 24 de maio

 (Photo by JUAN MABROMATA / AFP)

A Argentina determinou a prorrogação do isolamento social, preventivo e obrigatório até o dia 24 de maio. Autoridades locais, no entanto, têm autonomia para definir quais atividades e serviços podem voltar a funcionar, sob algumas condições. As regras são distintas para cidades com mais de 500 mil habitantes e para a região metropolitana de Buenos Aires.

O governo argentino decretou quarentena total e obrigatória no dia 20 de março. Até o momento, o país tem 6.034 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus e 305 mortes. O presidente Alberto Fernández afirmou que, caso o número de contágios continue aumentando, poderá voltar a endurecer as medidas de restrição.

Autoridades locais ficam obrigadas a enviar relatórios de monitoramento epidemiológico ao Ministério da Saúde a cada 15 dias e, caso haja situação alarmante, devem comunicá-la imediatamente.

Para os departamentos (equivalentes aos estados brasileiros) com até 500 mil habitantes, o governador poderá autorizar novas atividades com a aprovação prévia das autoridades sanitárias. Para a retomada das atividades, é necessário que o tempo de duplicação de casos de Covid-19 não seja inferior a 15 dias; que o sistema de saúde tenha capacidade suficiente para dar respostas a uma potencial demanda; que as autoridades sanitárias avaliem positivamente os riscos sociais e sanitários em relação à densidade populacional; que o percentual de pessoas dispensadas do isolamento não ultrapasse os 75% da população do estado e que não haja transmissão local ou comunitária no estado.

Nos departamentos com mais de 500 mil habitantes (com exceção da região metropolitana de Buenos Aires), somente atividades com protocolo de segurança validado pelas autoridades nacionais podem ser autorizadas. A duplicação de casos de novo coronavírus deve ocorrer dentro de um período não inferior a 25 dias. Apenas serão liberadas atividades cujos empregadores garantam a transferência dos trabalhadores sem o uso de serviços públicos de transporte (ônibus e metrô).

No caso da região metropolitana de Buenos Aires, autoridades podem solicitar ao chefe do gabinete de ministros que autorize exceções para atividades industriais, de serviços ou comerciais. O empregador também terá que providenciar meios de deslocamento dos trabalhadores. Nos últimos 15 dias, 83% dos municípios argentinos não registraram casos de Covid-19. Todos os casos confirmados nas últimas duas semanas estão nos 17% dos municípios restantes, onde vive 41% da população total. Atualmente, o tempo de duplicação dos registros de covid-19 na Argentina é de 25 dias, e a maior proporção de casos (mais de 85%) está em grandes centros urbanos.

Permanece ainda proibida a volta às aulas em todos os níveis de ensino, bem como a realização de eventos públicos e privados sociais, culturais, recreativos, esportivos e religiosos, a abertura de centros comerciais, teatros, cinemas, bibliotecas, museos, bares, restaurantes, academias, clubes, além de atividades turísticas e frequência em parques ou praças.

O decreto de Fernández mantém a possibilidade de saídas para “espairecer” por 60 minutos, em um raio de até 500 metros de casa, em pequenas cidades. E continua proibida a entrada no país de cidadãos estrangeiros não residentes na Argentina.

“A medida é necessária para continuar controlando o impacto da epidemia em cada jurisdição e, ao mesmo tempo, possibilitar gradualmente a realização de novas atividades produtivas. Isso requer progresso na implementação de várias medidas que abordem as diversas situações locais que se manifestaram de maneira diferente em todo o país”, diz o texto do decreto.

Agência Brasil

Caixa espera resposta para mais 17 milhões de pedidos de auxílio

Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministério da Cidadania deve encaminhar até esta terça-feira (12) para a Caixa Economia Federal a resposta para o pedido de pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 feito por mais de 17 milhões de pessoas em todo o país.

De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os dados estão sendo analisados pelo ministério e por equipes do Dataprev.

Entre os novos beneficiados devem estar pessoas que tiveram inconsistência com a documentação entregue no mês passado, como CPF irregular, mas que conseguiram resolver o problema.

“Devemos receber do Ministério da Cidadania, entre hoje (segunda-feira) e amanhã (terça-feira) a resposta para mais 17 milhões de brasileiros. Alguns poderão ser pagos, outros poderão ser negados”, afirmou o presidente do banco.

De acordo com Guimarães, os novos beneficiados podem receber a primeira das três parcelas da ajuda ainda nesta semana, caso a entrega dos dados seja concretizada dentro do planejado previsto pelo ministério.

“Assim que recebermos do ministério precisamos de dois dias para começar a pagar o benefício”, disse Guimarães,em uma audiência com os parlamentares que integram a comissão especial para análise das ações de combate ao coronavírus.

Segundo o presidente da autarquia, até esta segunda-feira (11) cerca de 6% dos beneficiários que tiveram o auxílio aprovado ainda não haviam sacado os recursos.

Assim, 94% dos que receberam a ajuda movimentaram o dinheiro.

Ao todo, foram 20,9 milhões de transações por meio da poupança social digital, criada especificamente para pagamento do auxílio. Destes, 7,23 milhões foram saques presenciais. O restante dos beneficiários retirou o recurso por meio de outros bancos ou de contas já existentes na Caixa.

“[Dos que não sacaram] A gente tem de todos os grupos, do Bolsa Família, do cadastro único e dos informais que se inscreveram pelo aplicativo e pelo site. O dinheiro está disponível para que o beneficiário realize o saque”, destacou o vice-presidente da Rede de Varejo da Caixa, Paulo Henrique Angelo.

O número de cadastrados para receber o socorro chegou a 51,9 milhões.
A Caixa informou que, até o momento, 50 milhões de pessoas receberam a primeira parcela do benefício. Foram creditados R$ 35,5 bilhões nas contas.

Do total de beneficiários, 19,2 milhões são do Bolsa Família, 10,5 milhões estão no cadastro de programas sociais do governo federal e 20,3 são informais cadastrados no site da Caixa.

A expectativa inicial do governo era alcançar 54 milhões de pessoas com o auxílio, mas o número foi revisado para 70 milhões. O custo previsto do programa foi ampliado de R$ 98 bilhões para R$ 124 bilhões.

Folhapress

TSE: mais de 1 milhão de eleitores regularizaram pendências

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 1.040.323 eleitores solicitaram a regularização de pendências com a Justiça Eleitoral antes do prazo estabelecido, encerrado na quarta-feira (6).

A partir de agora, nenhuma alteração no cadastro eleitoral será permitida antes das eleições de outubro, quando serão eleitos prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

Segundo o TSE, os pedidos de regularização feitos pelo site do tribunal serão analisados até o dia 3 de junho, quando será divulgado o número de eleitores aptos a votar no pleito deste ano. Os pedidos envolvem solicitações de quem deseja mudar o local de votação, domicílio eleitoral, regularizar título cancelado, fazer alterações de dados pessoais e pelos jovens de 16 anos que vão votar pela primeira vez e querem solicitar o documento.

Devido ao fechamento dos cartórios eleitorais por causa da covid-19, o TSE permitiu a regularização eletrônica do documento. As consequências da pandemia também levaram o tribunal a suspender o cancelamento de 4,4 milhões de títulos de eleitores faltosos nas últimas eleições.

Agência Brasil

Aliança entre PSB e PT no Recife entra no debate de live

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, cobrou o apoio do PT na disputa pela Prefeitura do Recife nesta eleição, em live organizada pela Fundação João Mangabeira (FJM), do PSB, na noite desta segunda-feira (11). Com a participação da deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, Siqueira disse ter ficado “decepcionado” com o discurso do ex-presidente Lula, ao deixar a prisão, afirmando que o seu partido teria candidato à presidência em 2022 e candidatos em todas as capitais com possibilidade de segundo turno – incluindo o Recife. Vale ressaltar que enquanto os socialistas projetam a eleição do deputado federal João Campos (PSB), os petistas divergem entre a manutenção da aliança e a candidatura da deputada federal Marília Arraes (PT) na capital pernambucana.

“Nós não estamos sendo considerados”, disse Siqueira. Segundo ele, “o PT, contra uma posição do diretório municipal e estadual” está seguindo ao “pé da letra” o que diz Lula “para derrotar o candidato do PSB numa candidatura de cima para baixo”. “Isso nos impõe uma derrota no campo da esquerda, que deveria estar unida em todas as capitais”, lamenta.

Gleisi, por sua vez, respondeu que “essa cobrança não é de um todo correta” e que o discurso do ex-presidente Lula é uma estratégia de defesa. “Um momento importante para a defesa de um partido atacado como o PT é um processo eleitoral. (…) Nós fizemos um instituto de dois turnos para que o partido se coloque”, justificou. “Vamos ter o segundo turno para que a gente possa fazer as nossas alianças. Não foi isso que passou na cabeça dele (Lula). Não é desprezar os demais partidos, muito pelo contrário, que a gente preza e sabe da importância que tem para fazer aliança”, complementou.

A petista lembrou, ainda, a eleição de 2018. “A gente já tinha o nome da Marília para concorrer. Ela pontuava bem e nós entendemos que naquele momento (lançar a candidatura) não, porque estava no Governo, era eleição do governador (Paulo Câmara), era importante a gente caminhar junto”, disse. Por questões de tempo do próprio debate, a discussão não pode ser concluída, mas Gleisi garantiu que a conversa com Siqueira deve continuar. “A gente não coloca o interesse do partido acima do Brasil”, enfatizou ela.

Também participaram da transmissão online a presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol), o ex-governador do Paraná Roberto Requião (MDB) e o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, atual presidente da FJM.

Blog da Folha

Ex-assessor da família Bolsonaro ganha cargo de chefia no governo federal

Visto por mais de dois anos como uma ameaça à família Bolsonaro, o webdesigner e bacharel em direito Luciano Querido se reaproximou do clã presidencial. Na última quarta-feira (6), ele foi nomeado como presidente substituto da Funarte, órgão responsável por políticas públicas para estimular a arte no país.

Luciano foi por 13 anos funcionário do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), onde participou dos primeiros passos da família no mundo digital -uma das principais aliadas na ascensão do presidente na vitoriosa eleição presidencial de 2018.

O longo vínculo com a família de Jair Bolsonaro foi encerrado em dezembro de 2017, após ser desautorizado pelo então deputado federal, por quem foi chamado de “elemento”.

Desde então, aliados da família temiam que Luciano tivesse levado consigo arquivos e documentos que comprometessem o grupo do presidente, tanto sobre o dia a dia dos gabinetes como sobre as estratégias digitais usadas na pré-campanha.

Além das apurações sobre fake news, o gabinete de Carlos é alvo de investigação criminal e cível pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de empregar funcionários fantasma. O presidente substituto da Funarte teve a mulher e dois enteados nomeados nos gabinetes de Carlos e Jair.

Em 31 de março passado, porém, a preocupação da família com Luciano se encerrou. Ele foi nomeado diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte, com salário de R$ 10.373.

Na segunda-feira passada (4), somou outros R$ 3.250 ao contracheque ao ser promovido a diretor-executivo da fundação. Dois dias depois, passou a exercer o cargo de presidente substituto do órgão (R$ 16.944), após a anulação da nomeação de Dante Montovani. Ele não deve permanecer neste último posto.

Luciano conheceu Bolsonaro em 2002, quando foi contratado para fazer o material gráfico da campanha da família -era também a primeira eleição do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para a Assembleia Legislativa do Rio.

Luciano chamou a atenção do presidente ao conseguir baratear o custo do material
impresso, diminuindo o formato dos folders que distribuíam nas ruas. Em 1º de outubro daquele ano, foi nomeado no gabinete de Carlos.

Embora lotado na Câmara Municipal do Rio, o ex-assessor prestava serviços para todos os gabinetes da família. Chegou até a frequentar o plenário da Assembleia ao lado de Flávio, então deputado estadual.

Com o surgimento das mídias sociais, teve a iniciativa de dar os primeiros passos digitais de toda a família Bolsonaro. Criou os perfis de Flávio, Carlos e Jair Bolsonaro nas redes e administrou, por algum tempo, grupos no Facebook e WhatsApp de apoiadores do grupo.

Após a eleição de 2014, quando o presidente foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro e já sonhava com a candidatura presidencial, o ex-assessor abriu páginas do presidente com o nome de cidades a fim de monitorar a popularidade de Bolsonaro em cada região.

A interlocutores disse ter criado e administrado cerca de 10 mil grupos no Facebook e Whatsapp por meio de diferentes perfis. O avanço no meio digital chamou a atenção de Carlos, que passou a se interessar e comandar o setor.

Descrito como um ex-assessor ambicioso, Luciano queria manter um papel de destaque e proximidade com o agora presidente. No início de 2017, propôs a Bolsonaro que fosse a Campo Grande (MS) mapear possíveis candidatos para a eleição do ano seguinte. Recebeu sinal verde para atuar a 1.400 km da Câmara carioca onde estava lotado.

Em Mato Grosso do Sul, participou de encontros com apoiadores se apresentando como o responsável pela estruturação da candidatura de Bolsonaro no estado, além da montagem de uma chapa para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

“Ele falou que Bolsonaro estava estruturando a campanha no estado e buscava nomes de conduta ilibada”, disse o delegado Cleverson Alves do Santos. Segundo Cleverson, Luciano incluía em seu currículo a administração de grupos e da páginas de Bolsonaro nas redes sociais destinada aos eleitores do estado.

A movimentação do ex-assessor de Carlos incomodou alguns dos políticos locais que também tinham proximidade com Bolsonaro. Em outubro, chegou aos ouvidos do presidente que o ex-assessor estava pedindo dinheiro para sua pré-campanha. O presidente gravou um vídeo desautorizando a prática.

“Há poucos dias passou por aí um elemento de nome Luciano usando do meu nome. Pediu dinheiro para muito de vocês para financiar sua viagem, bem como material de campanha. Deixo bem claro: essa não é a forma de captar recursos. Fere a lei eleitoral e eu jamais autorizaria alguém a fazer isso”, afirmou Bolsonaro em vídeo distribuído aos seus eleitores de Campo Grande em outubro de 2017.

Luciano retornou ao Rio de Janeiro apenas para ser demitido, em 1º de dezembro de 2017. Ele voltou em seguida a Mato Grosso do Sul para trabalhar na campanha derrotada de Cleverson. Em 2019, foi morar em sua cidade natal, Araruama (RJ), onde abriu uma empresa de marketing digital.

Bolsonaro foi alertado por pessoas próximas preocupadas com a forma traumática com que o ex-assessor deixou o cargo. Falava-se da existência de um HD com informações sobre os gabinetes da família, informação nunca confirmada.

Um dos que expressaram preocupação para aliados do presidente foi Fabrício Queiroz, policial militar aposentado amigo do presidente, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador da “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia do Rio.

A assessoria de imprensa da Funarte afirmou que Luciano não daria entrevistas sobre o tema. A Presidência da República e o Ministério do Turismo, responsável pela nomeação na fundação, não responderam aos questionamentos da reportagem.

Folhapress

IBGE: safra de grãos deve fechar 2020 com alta de 2,3%

Armazém com soja recém-colhida em Sorriso (MT)

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2020 em 247 milhões de toneladas, 2,3% acima da produção de 2019, ou seja, 5,5 milhões de toneladas a mais. A estimativa de abril, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é também 0,8% maior do que a previsão feita pela pesquisa de março (1,9 milhão de toneladas a mais).

A área colhida deve ser de 64,5 milhões de hectares, ou seja, 2% acima da área de 2019 e 0,2% acima da previsão de março.

Entre as principais lavouras de grãos do país, na comparação com 2019, são esperados aumentos de 6,7% na produção de soja (que deverá fechar o ano em 121 milhões de toneladas) e de 3,5% no arroz (10,6 milhões de toneladas). Estimam-se ainda altas de 5,9% na produção de sorgo e de 19,4% na produção de trigo.

Por outro lado, são esperadas quedas de 3,4% na produção do milho (97,1 milhões de toneladas) e de 2% no algodão herbáceo (6,8 milhões de toneladas). Também deve ter queda o feijão (-1,9%).

Outros produtos

Além dos grãos, o IBGE também faz estimativa para outros produtos importantes na matriz agrícola brasileira, como a cana-de-açúcar, que deve fechar o ano com produção de 670,6 milhões de toneladas (alta de 0,5% em relação a 2020) e o café, que deve ter produção de 3,46 milhões de toneladas (alta de 15,5%). Outros produtos com previsão de alta são laranja (4,4%) e uva (0,4%).

Por outro lado, são esperadas quedas na produção de banana (-3,8%), batata-inglesa (-2,1%), mandioca (-1,1%) e tomate (-4,8%).