Brasil chega a 2 milhões de casos acumulados de covid-19

Moradores de Águas Claras enfrentam filas enormes para teste do Covid-19 no estacionamento do Centro Universitário Euroamericano (Unieuro).

Nesta quinta-feira (16), o Ministério da Saúde divulgou que o novo coronavírus atingiu 2.012.151 de pessoas no Brasil desde o início da pandemia. Desse total, 1.296.328 pacientes conseguiram se recuperar da covid-19, doença que causou a morte de 76.688 brasileiros. Atualmente, 639.135 pacientes estão em tratamento.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 45.403 novos casos da doença e confirmou mais 1.322 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,8 %. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 36,5. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 957,5.

Covid-19 nos estados

São Paulo é o estado mais atingido pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, acumula 402.048 casos da doença, que resultaram em 19.038 óbitos. Em seguida, os estados que mais registraram casos confirmados são Ceará (144.000), Rio de Janeiro (134.573), Pará (133.039) e Bahia (116.373).

Rio de Janeiro é segundo estado que mais registrou número de mortes (11.849), seguido por Ceará (7.127), Pernambuco (5.836) e Pará (5.385).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde

Sarampo: prorrogada até 31 de agosto vacinação de adultos de 20 a 49 anos

O Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o sarampo, da população de 20 a 49 anos, para até 31 de agosto, em todo o país. Dados preliminares das secretarias estaduais de saúde, registrados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, apontam que desde o início da ação (16/3) até o dia 15 de julho, foram vacinadas 3,7 milhões de pessoas nessa faixa-etária. Nesta quarta etapa da Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, a população-alvo nesta faixa-etária totaliza mais de 90 milhões de pessoas. A principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, disponível durante todo o ano na rotina de vacinação dos serviços de saúde do país.

Para viabilizar a estratégia de vacinação, foram enviadas 4,3 milhões de doses da vacina, além do quantitativo para o atendimento de rotina. Também está em andamento a aquisição emergencial de 29 milhões de seringas e agulhas para apoiar os estados no andamento da operacionalização da vacinação.

O Ministério da Saúde tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo, mesmo com a pandemia da Covid-19 em evidência no país. O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade. Uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.

A vacinação contra o sarampo é uma estratégia do Ministério da Saúde para interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus no Brasil. As duas primeiras etapas ocorreram em 2019, com a realização de ações nacionais, em outubro, para crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. E, a segunda etapa, foi realizada em novembro para a população de 20 a 29 anos. A terceira etapa, que ocorreu entre 10 de fevereiro a 13 de março deste ano, teve como público-alvo a população de 5 a 19 anos.

Diante da atual situação, o Ministério da Saúde tem desenvolvido ações em conjunto com os estados com o objetivo de interromper a circulação do vírus do sarampo. Encontra-se em processo de elaboração o ‘Plano de Ação para Interrupção da Circulação do Vírus do Sarampo no Brasil, 2020’. Este plano tem como objetivo elencar as atividades fundamentais e necessárias aos três entes federativos, envolvendo vigilância, imunização, laboratório e assistência, para que se possa alcançar a eliminação do sarampo no país.

CENÁRIO
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano, até 27 de junho, foram confirmados 5.642 casos de sarampo em 21 estados, entre eles: Pará (3.237 casos – 57,4%); Rio de Janeiro (1.192 casos – 21,1%); São Paulo (688 casos – 12,2%); Paraná (248 casos – 4,4%); e Santa Catarina (111 casos – 2%).

O Brasil permanece com surto de sarampo nas cinco regiões, com 11 estados com circulação ativa do vírus. Os estados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concentram o maior número de casos confirmados de sarampo, totalizando 5.476 (97,1%) casos. No momento, o país registra cinco óbitos por sarampo, sendo três no Pará, um no Rio de Janeiro e um em São Paulo. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica (SE) de 1 a 25 de 2020 (até 20 de junho).

Up Digital Sebrae ajuda pequenos negócios a venderem mais durante a crise

A crise provocada pelo novo coronavírus atingiu em cheio os pequenos negócios, que tiveram que se reinventar para continuar no mercado. Neste momento, o uso das tecnologias digitais se tornou mais importante do que nunca. Para apoiar os empreendedores que desejam ingressar ou expandir a sua presença no ambiente online e aprender sobre o uso de ferramentas digitais para impulsionar os negócios, foi lançado o programa Up Digital Sebrae. No Paraná, 90 empresas já se cadastraram para serem atendidas pelo programa. Outras empresas interessadas em participar podem fazer a pré-inscrição, gratuitamente.

Ao longo de uma jornada de aceleração de 10 dias, os empresários participam de encontros coletivos e mentorias individuais sobre tecnologia e marketing digital direcionados para o negócio. Eles são divididos em pequenos grupos fechados no WhatsApp, de acordo com o segmento e a maturidade digital do negócio, ou seja, o nível de aplicação das tecnologias digitais no dia a dia da empresa para promoção e vendas.

O empresário Wesley Piva, gerente comercial da Gabriela Materiais de Construção, fundada há 30 anos, em Curitiba, participou do Up Digital Sebrae. Ele conta que a primeira experiência com mídias digitais ocorreu há aproximadamente dois anos, mas que não foi positiva. Com a pandemia do novo coronavírus, ele diz que a necessidade de estar presente de forma digital se acentuou.

“Além do conhecimento adquirido nós colocamos em prática as ações. Fizemos o Instagram da empresa, refizemos nossa página no Facebook e contratamos os serviços de um webdesigner para melhorar nossa página institucional. Já tivemos resultados de vendas provenientes do curso, pois entendemos que é importante concentrar as buscas nos seguidores de qualidade e não na quantidade”, pontua o empresário.

A empresária Jaqueline Kulik, proprietária da Hidrocolombo, também recorreu ao Sebrae para obter mais conhecimento. Apesar da empresa estar presente no Instagram e Facebook, ela conta que a maior interação com os clientes ocorria via Whatsapp. “Fizemos algumas adaptações, lançamos uma campanha no Instagram e duplicamos a quantidade de seguidores”, relata. Antes da pandemia da Covid-19, segundo ela, a empresa já estava em um marketplace, mas a estimativa é começar as vendas online através do site institucional da empresa.

Conforme a consultora do Sebrae/PR, Adriana Kalinowski, as turmas são formadas por até 12 empresas do mesmo segmento e não precisam ser do mesmo município. “Desde maio já atendemos turmas com proprietários de padarias, confeitarias, materiais de construção, farmácia de manipulação, entre outros”, conta.

“O uso das redes sociais é fundamental principalmente com a pandemia do novo coronavírus. Estar presente nas mídias digitais é uma questão de sobrevivência para os negócios, pois dá ainda mais visibilidade e facilita o acesso ao cliente”, pontua. No entanto, ela enfatiza que o uso das mídias digitais deve acontecer de forma estruturada, assertiva e profissional.

Os donos de pequenos negócios interessados em participar do Up Digital Sebrae podem realizar a pré-inscrição. As vagas são para microempreendedores individuais (MEI), microempresa (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e artesões. São 10 dias de jornada online ágil, com três encontros coletivos e dois individuais. O programa é totalmente gratuito. Após a pré-inscrição, uma equipe do Sebrae fará contato com o empresário para entender o nível de maturidade digital da empresa e incluí-lo em um dos grupos formados para iniciar a jornada.

 

Câmara promove novo debate sobre Lei de Combate às Fake News nesta sexta (17)

A Câmara dos Deputados, por meio das secretarias de Participação, Interação e Mídias Digitais (Semid) e de Comunicação Social (Secom), com apoio da Frente Parlamentar Mista da Economia e Cidadania Digital e da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia e dos Direitos Humanos com Participação Popular, promove, nesta sexta-feira (17), mais um encontro do Ciclo de Debates Públicos para discutir a lei que trata do combate à disseminação de notícias falsas, conhecidas como fake news. O evento ocorrerá das 9h às12h e será transmitido pelo canal da Câmara no YouTube.

O debate abordará o tema “Moderação de conteúdos e liberdade de expressão”. A coordenação da mesa é do deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e a moderação será feita pela deputada Angela Amin (PP-SC).

Convidados

João Guilherme Bastos dos Santos – coordenador do laboratório de dados do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital; pesquisador em pós-doc na mesma instituição; membro do comitê científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política; doutor em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com estágio doutoral na School of Media and Communication (University of Leeds – Reino Unido); e bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UERJ (2013), mestre em comunicação pela UERJ (2015);

Juliana Nolasco Ferreira – gerente de políticas públicas e relações governamentais do Google no Brasil; graduada em Administração de Empresas e mestre em Administração Pública e Governos pela Fundação Getúlio Vargas, onde foi pesquisadora do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação da escola de Direit; e atuou como assessora do Comitê Gestor da Internet no Brasil;

Tai Nalon – diretora-executiva e cofundadora do Aos Fatos, vencedor do Prêmio Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados na categoria Inovação em 2019; jornalista pela UERJ, foi finalista dos Online Journalism Awards 2019 e obteve menção honrosa nos prêmios de excelência de 2019 da Sociedad Interamericana de Prensa; e foi repórter e redatora de política e administração pública na Folha de S.Paulo em Brasília, Rio e São Paulo entre 2008 e 2014;

Rony Vainzof – advogado, professor e árbitro especializado em Direito Digital e Proteção de Dados; é coordenador e professor do MBA em Direito Digital da Escola Paulista de Direito (EPD) e do curso de extensão em Proteção de Dados da FIA; e mestre em Soluções Alternativas de Controvérsias Empresariais pela EPD;

Carlos Affonso Souza – advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio); doutor em Direito Civil na UERJ; diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio); professor visitante na Faculdade de Direito da Universidade de Ottawa; e pesquisador afiliado ao Information Society Project, da Yale Law School; e-

Beatriz Barbosa – jornalista; especialista em Direitos Humanos pela USP e mestre em Políticas Públicas pela FGV, onde pesquisou políticas de regulação de conteúdo; e integra a Coalizão Direitos na Rede e foi eleita recentemente para representar a sociedade civil no Comitê Gestor da Internet no Brasil.

DESTRA realiza ação educativa na rua São Sebastião

A Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA) realizou ações educativas para divulgar a nova sinalização de trânsito na rua São Sebastião. O objetivo é orientar a população e comerciantes do local, explicando as novas sinalizações adotadas após as obras de requalificação realizadas na via.

Os lojistas foram informados sobre as novas normas aplicadas no local, como velocidade para transitar no local, além das normas para carga e descarga das lojas. A rua possui mais de 80 estabelecimentos comerciais.

Polo Gastronômico receberá consultoria de arquitetos caruaruenses

Os restaurantes do Polo Gastronômico da Feira de Artesanato de Caruaru, projeto que já está em execução e foi apresentado à população no início do mês de julho, receberão decorações temáticas, assinadas por arquitetos da cidade. Os espaços serão ocupados pelos restaurantes que já atuam na feira e deverão ser abertos assim que o Parque 18 de Maio for liberado a funcionar. Hoje, as atividades no local estão suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus.

Ao todo, sete profissionais da arquitetura ajudarão no processo de decoração dos seis restaurantes do polo: Lúcio Omena, Morgana Monteiro, Felipe Valadares, Silvia Pessoa, Thiana Melo, Gabriela Amorim e Dayanne Azevedo. O time vai trabalhar de forma voluntária.

De acordo com José Pereira, responsável pela Secretaria Extraordinária da Feira, a exigência é que todos os restaurantes sejam temáticos e preservem a tradição e a cultura local. “A população vai receber um espaço de primeiro mundo, adequado para a comercialização dos produtos e abraçado pelo universo cultural que só Caruaru tem”, explica Pereira.

A consultoria também vai orientar os proprietários de cada restaurante os utensílios que mais que devem seguir a decoração temática. Outra novidade é o fardamento dos funcionários, que seguirá também a linha temática, com trajes regionais. A criação e confecção ficará a cargo dos alunos do Curso de Moda do SENAC Caruaru.

Covid-19: Caruaru registra mais três óbitos

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta quinta (16), que até o momento foram realizados 8.209 testes, dos quais 3.527 foram através do teste molecular e 4.682 do teste rápido, com 3.442 confirmações para a Covid-19, incluindo três óbitos no período 09 de junho a 11 de julho, sendo eles: Mulher, 78 anos, com comorbidades; homem, 56 anos, com comorbidades e um homem, 31 anos, com comorbidades.

Em investigação estão 530 casos e já foram 4.237 descartados.

Também já foram registrados 15.303 casos de síndrome gripal, dos quais 1.803 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

A secretaria informa ainda que 2.951 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.

Faleceu, na manhã de hoje (16), seu Genésio da Farmácia

O ex-vereador Genésio da Farmácia morreu na manhã de hoje (16), no Hospital Santa Efigênia, onde estava internado na UTI devido a complicações após uma infecção urinária.

Nascido na cidade de Correntes (PE), Genésio Guedes tinha 82 anos e foi vereador em Caruaru por três mandatos (1988, 1992 e 1996). Mas ele não se destacou só nas áreas de saúde e política, era referência também na música, sendo autor de mais de 200, entre elas “Trupé de Cavalo” e “Barra dos Coqueiros”. Ainda ganhou discos de ouro e platina com as composições de “Briga no Casamento” e “Vitamina D”.

Seu Genésio deixa viúva Maria Bernadete de Melo Guedes, com quem estava casado havia 50 anos, e quatro filhos: João Paulo de Melo Guedes, Paulo André de Melo Guedes, Fabiana Maria de Melo Guedes e Fabíola Maria de Melo Guedes.

Foto: Caruaru Agora

Pernambuco registra aumento de 46% em negociação de dívidas

A pandemia da Covid-19 desencadeou uma crise econômica que tem assustado o mundo inteiro. Com a possível recessão global batendo à porta, milhares de pessoas veem a renegociação de dívidas como uma forma de amenizar os impactos na vida financeira. A QuiteJá , plataforma 100% digital de recuperação de crédito, registrou no estado de Pernambuco um aumento de 46% em números de acordos realizados nos últimos meses.

De acordo com dados da Confederação Nacional de Comércio (CNC), a taxa de endividamento entre brasileiros chegou a 66,5%. Dentre as principais dívidas, estão as de cartão de crédito, cheque especial, crédito pessoal, consignado e financiamento de carros e imóveis.

De acordo com o CEO da plataforma, Luiz Henrique Garcia, mesmo vivendo um momento de crise e com o quadro econômico frágil, a época é boa para renegociar dívidas e manter o nome limpo na praça. “Posso afirmar que o momento é sim o ideal para negociar, talvez seja o melhor dos últimos tempos. Com este quadro de forma geral, praticamente, todos os bancos ou redes varejistas estão com excelentes opções e ofertas de desconto, prazos para pagamento e taxas de juros favoráveis. Portanto, se o cliente possui hoje condição de negociação, o ideal é não perder tempo e correr para aproveitar, pois, é uma ótima oportunidade de negociar dívidas”, declarou.

A procura pela startup tem um principal motivo, as ofertas de flexibilização para o pagamento, além de facilidades para entrada e prestação a prazo. A startup já alcançou a faixa de de 2 milhões de boletos pagos.

Criada em 2016 por Luiz Henrique Mensch Garcia e Rafael Abreu, a QuiteJá oferece suporte durante todo o processo de pagamento, apresentando oportunidades e planos de negociação, e sugerindo descontos que beneficiem todos os envolvidos. Com atuação nacional, a empresa já ajudou mais de 600 mil brasileiros a regularizarem os seus débitos. Em um cenário com 63,8 milhões de inadimplentes no país, a empresa estima dobrar o crescimento ao longo de 2020.

Alguns resultados da QuiteJá em 2020:

Acordos pagos pela QuiteJá: 600 mil

Valor aproximado recebido e repassado aos credores: R﹩ 220.000.000,00 (duzentos e vinte milhões de reais), sendo mais de R﹩ 55.000.000,00 (cinquenta e cinco milhões), só nos 4 primeiros meses de 2020.

Média de boletos pagos por mês: 110 mil boletos.

Desconto concedido: R﹩ 1,2 bilhões de reais em desconto já concedidos aos usuários.

Anvisa: Novas orientações para empresas que manipulam alimentos

Não existem evidências de contaminação pelo novo coronavírus por meio de alimentos, no entanto, é preciso ter muita atenção com a segurança daqueles que os produzem, bem como seus ambientes de trabalho. Assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou as orientações para empresas do setor no que diz respeito às boas práticas de fabricação e manipulação de produtos alimentícios durante a pandemia.

As medidas, que visam proteger tanto os empregados quanto os consumidores, estão presentes em três notas técnicas: a nota técnica 47/2020, sobre uso de luvas e máscaras nos estabelecimentos; a nota técnica 48/2020, sobre boas práticas de fabricação, acrescentando e reforçando medidas para a adequada manipulação dos alimentos; e a nota técnica 49/2020, que traz recomendações para os serviços de alimentação com atendimento ao cliente.

Os parâmetros reforçados pela Anvisa têm foco na higiene e a qualidade em toda a cadeia do processamento. O fortalecimento das boas práticas pode adicionalmente contribuir para diminuir a transmissão direta da Covid-19 de pessoa a pessoa no ambiente de produção, garantindo maior segurança no ambiente de trabalho no momento em que o Brasil ainda vive estado grave de pandemia.

Atenção com o empregado

A empresa deve traçar estratégias para a rápida identificação de casos suspeitos entre seus empregados, de modo a impedir a transmissão no ambiente de trabalho. Os funcionários devem ser instruídos a comunicar imediatamente qualquer suspeita, para que possam ser afastados das atividades e cumprirem as recomendações das autoridades de saúde.

Outra recomendação é aumentar o espaço físico no ambiente de trabalho. O risco de um colaborador transmitir o vírus para outro depende da distância entre eles, da duração da exposição e da eficácia das práticas de higiene adotadas. Assim, a recomendação da Anvisa é de que o espaçamento físico entre os funcionários seja de, pelo menos, um metro de distância. Também é aconselhável fazer uma maior divisão dos turnos de trabalho.

José Raimundo é dono de um Empório em Aracaju e trabalha com panificação, um ramo que não parou durante a pandemia. O empresário conta que precisou fazer diversas adequações no ambiente de trabalho para proteger seus funcionários e garantir a entrega dos produtos.

“Em relação aos funcionários, tem o uso obrigatório de máscara, foi disponibilizado recipientes de álcool na área de produção, isolei a área de convivência e no refeitório só ficam dois funcionários por horário. A cada 15 minutos, são dois funcionários”, explica José Raimundo.

O empresário diz que todos do ramo alimentício acabaram aprendendo com a adversidade e precisam se preparar para conviver com elas por bastante tempo ainda. “É uma questão de adaptação. Todo mundo teve de se adaptar para encarar essa nova realidade”, aponta.

Limpeza constante

A Anvisa reforçou a importância da limpeza das mãos no ambiente de trabalho como uma das estratégias para reduzir o risco de transmissão e de contaminação pelo novo coronavírus. Todos os funcionários devem lavar cuidadosa e frequentemente as mãos, principalmente após tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz, coçar os olhos ou tocar na boca, preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas, manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos, ir ao sanitário e após retornar dos intervalos.

A limpeza e desinfecção do ambiente também devem ser frequentes e sistematizadas. A recomendação é de que a empresa aperfeiçoe suas rotinas de limpeza, bem como a frequência. É necessário ficar atento não apenas com superfícies, mas com equipamentos e utensílios que entram em contato direto com o alimento. Banheiros, vestiários, vias de acesso, maçanetas das portas e corrimãos devem ter atenção redobrada.

Outra atenção é com o transporte de alimentos e suas matérias-primas, que também devem obedecer às boas práticas orientadas pela Anvisa. A recomendação é de que se faça a higienização dos transportes, para garantir a saúde e proteção dos colaboradores envolvidos nessa etapa.

Equipamentos de proteção

O principal aspecto abordado em uma das notas técnicas da Anvisa é o uso de luvas e máscaras por parte dos empregados dos estabelecimentos que trabalham com alimentação. A publicação lembra que nos restaurantes, lanchonetes e indústrias de alimentos o uso de luvas descartáveis não é uma exigência e não isenta o manipulador da lavagem das mãos.

As luvas passam uma falsa sensação de segurança, assim, as pessoas acabam negligenciando a constante lavagem das mãos. É preciso ficar atento, por exemplo, com outras atividades que podem ser feitas com a mesma luva que foi utilizada para preparar alimentos, como por exemplo manipular dinheiro ou fazer limpeza do balcão.

Em relação às máscaras, é possível o uso de produto caseiro, desde que confeccionado com material adequado, como algodão, usado de forma apropriada, trocado com frequência e, se reutilizado, deve ser previamente higienizado.

A frequência de troca da máscara deve considerar uma série de fatores, incluindo a extensão da jornada de trabalho e o tipo de atividade desenvolvida pelo funcionário. De maneira geral, recomenda-se a troca a cada 2 ou 3 horas de uso.

Hemerson Luz, infectologista, explica que as regras que estão sendo impostas devem ser seguidas com rigor para que essas atividades continuem ocorrendo. Segundo o especialista, os funcionários devem aprender como ocorre a transmissão do coronavírus, saber reconhecer os sintomas, inclusive alguns que até pouco tempo não eram citados, como a perda do olfato e do paladar, e ficar atento a detalhes que muitas vezes passam despercebido, como o trajeto até a empresa.

“Aqueles funcionários que pegam transporte público para chegar ao trabalho devem ser orientados a trocar de roupa, para quando chegar ao posto não usar a mesma vestimenta que foi utilizada no transporte público”, explica Hermerson.

Segundo o infectologista, tanto os empresários quanto os funcionários devem ficar atentos aos cuidados não só agora, no pico da pandemia, como também nos próximos meses, quando podem surgir focos isolados do novo coronavírus.

“Temos que considerar que o vírus ainda está circulando no nosso meio e o que se espera mais à frente, em uma fase mais avançada, é que apareçam focos de infecção em locais específicos, em escritórios e empresas, por exemplo. E nestes casos, medidas de isolamentos dessas áreas devem ser implementadas”, ressalta.

Vigilância

As normas que devem ser seguidas pelos estabelecimentos que manipulam alimentos são fiscalizadas pelos departamentos de Vigilância Sanitária de cada município, que neste momento de pandemia, além das inspeções de rotina, em datas programadas, também observam as orientações das boas práticas para evitar maiores problemas de contágio.

Denilda Santana, coordenadora da Vigilância Sanitária de Aracaju, conta que os estabelecimentos são sempre orientados quanto as novas diretrizes e são passíveis de notificação caso haja descumprimento. A coordenadora lembra que o sistema de delivery aumentou bastante neste momento de pandemia e que o setor deve estar atento a cuidados específicos.

“As entregas devem ser cobertas com embalagens que possam ser higienizadas, para que o cliente possa proceder com esse procedimento e diminuir a proliferação do vírus”, destaca.

Denilda explica que a Vigilância trabalha em conjunto com o consumidor, ou seja, as próprias pessoas devem fazer, também, a inspeção dos estabelecimentos, verificando se os funcionários estão cumprindo com as orientações. Caso não estejam, os consumidores podem fazer a denúncia por meio da ouvidoria da Secretaria de Saúde do município ou até mesmo diretamente com a vigilância sanitária, que de posse do alerta, verifica o local indicado.

Fonte: Brasil 61