Presidente iraniano diz que política americana é causa de insegurança

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, criticou a contínua política hostil de Washington em relação a Teerã, dizendo que ela é a causa do aumento das tensões militares entre seu país e os Estados Unidos.

A mensagem foi transmitida por Rouhani em conversa telefônica com o premiê britânico Boris Johnson, nessa quinta-feira (9).

O escritório presidencial do Irã informou que o presidente disse a Johnson que a recente situação de insegurança tem suas raízes na retirada de Washington do acordo nuclear e que a política americana é irracional.

O porta-voz de Boris Johnson afirmou que, durante a conversa por telefone, o premiê pediu o fim das hostilidades e destacou “o contínuo comprometimento do Reino Unido” com o tratado nuclear.

O presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitou o discurso feito na quarta-feira (8) para expressar a esperança de que diminuam as tensões no Oriente Médio após o ataque de míssil pelo Irã a bases iraquianas que abrigam as forças lideradas pelos Estados Unidos. Teerã diz que o ataque foi uma retaliação pelo assassinato de um alto comandante iraniano, Qassem Soleimani, em Bagdá, na semana passada, por parte dos Estados Unidos.

Contudo, Trump descreveu o acordo nuclear de 2015 como “muito falho” e fez um apelo ao Reino Unido, à Alemanha, França, Rússia e China a juntarem esforços para criar um novo pacto.

O Irã espera melhorar as relações econômicas com países europeus e outras nações sob o atual acordo nuclear.

Agência Brasil

Inflação oficial fecha 2019 em 4,31%

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro, o IPCA ficou em 1,15%, acima do 0,51% de novembro e do 0,15% de dezembro do ano anterior. Esse é o maior resultado para o mês desde 2002 (2,10%).

Agência Brasil

MEC apresenta balanço das ações e dos programas de 2019

Melhoria da qualidade de ensino, capacitação dos professores e modernização de processos. Esses foram os pilares que nortearam as ações, os programas e os resultados de 2019 do Ministério da Educação (MEC), que foram oficialmente apresentados nesta quinta-feira, 9 de janeiro, na sede da pasta, em Brasília (DF).

O primeiro tema tratado na apresentação feita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi a alfabetização. O destaque foi o programa “Conta pra Mim”, que visa incentivar a leitura para crianças no ambiente familiar. “É comprovado cientificamente que crianças que passam pelo processo de leitura com os pais, tios e avós têm melhor desempenho escolar”, afirmou.

Em 2020, a iniciativa vai receber R$ 45 milhões de investimento em 500 cantinhos (creches, museus, pré-escolas e bibliotecas) para famílias de baixa renda.

A alfabetização é o primeiro passo, mas não o único, da educação básica. Esté o principal foco da atual gestão do MEC. Uma das prioridades do ministério no ano passado foi destinar recursos para conectar escolas à internet. Com o programa Educação Conectada, 70 mil escolas urbanas e 8 mil rurais terão acesso à web. Foram repassados, ao todo, R$ 284 milhões pelo programa em 2019.

Ainda na educação básica, destaca-se o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Neste ano, 54 escolas municipais e estaduais estão contempladas na iniciativa. A previsão é que até 2023 sejam 216 escolas. “A expectativa é de uma expansão mais rápida a partir do modelo estável, este ano é um piloto”, disse o ministro. Em 2020, a pasta destinará R$ 54 milhões para adaptar as instituições à gestão de excelência cívico-militar.

Nenhuma etapa de ensino ficou de fora. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo maior do mundo de acesso à educação superior, obteve o maior índice de participação nos dois dias: 76,9% no primeiro e 72,8% no segundo. Ao todo, foram 5,1 milhões de inscritos.

Na educação superior, Weintraub citou o Future-se, programa lançado em julho para dar maior autonomia financeira a universidades e institutos por meio do fomento à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo. Atualmente, a proposta está em consulta pública.

A educação superior pública federal terminou o ano em alta. Ao longo de 2019, foi necessário contingenciar recursos das instituições. Ainda no ano passado, o MEC liberou 100% do orçamento das universidades e dos institutos federais. E foi além: liberou R$ 219 milhões extras para serem usados nas obras em andamento e na instalação de usinas fotovoltaicas em universidades.

Os institutos federais também receberam recursos para levar a tecnologia das usinas fotovoltaicas: R$ 79,1 milhões. E a pasta pretende reerguer a educação profissional e tecnológica. Por meio do programa Novos Caminhos, o MEC objetiva aumentar em 80% o número de matrículas. Em 2019, era 1,9 milhão. A meta é aumentar para 3,4 milhões até 2023.

Entre lançamentos de programas e continuidade de iniciativas existentes em outros governos, o MEC conseguiu números expressivos. “Foram executados 98% do orçamento discricionário (despesas não obrigatórias)”, destacou o secretário executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel.

Central faz lançamento de campanha de sócio

Na noite da quinta-feira (09), na praça de alimentação do Shopping Difusora, o Central Sport Club lançou o plano de Sócio Avante em parceria com a Data Click, empresa com Know how de aproximadamente 40 clubes de futebol no país.

O evento contou com a participação da diretoria do clube Alvinegro, o representante da Data Click, Daniel Alcântara, o zagueiro Allan Miguel, os atacantes Leandro Costa e Bambam e a torcida Centralina, que lotou o 3º piso do centro de compras. O lançamento do plano de sócio também teve o show, voz e violão, do artista local Laranjinha.

Sócio Campeão, Sócia Mestra Professora Natália, Sócio Patativa e Sócio Centenário são as modalidades que os associados poderão optar.

Todas as categorias de sócio contam com um clube de vantagens, o que proporciona descontos em vários estabelecimentos comercias em todo o Brasil.

O lançamento do plano de Sócio Avante, em parceria com a empresa Data Click representa um novo patamar para o Central de Caruaru no relacionamento com o seu maior patrimônio, o apaixonado (a) torcedor.

Atenciosamente: Departamento de Comunicação do Central Sport Club.

OAB entra na Justiça contra nova norma do cheque especial

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal na quinta-feira (9) contra as novas regras do cheque especial, imposta pelo Banco Central.

A ação vem com um pedido de medida provisória para invalidar o pagamento da tarifa de 0,25% para todos os consumidores cujo limite excede R$ 500, regra prevista nas novas normas do cheque especial, que foram trazidas pelo BC e entraram em vigor na segunda-feira (6).

Além disso, a ação da OAB também pede que os bancos devolvam ou provisionem o total de valores cobrados como tarifa pela disponibilização do cheque especial, com correção monetária e de juros.

O órgão já havia enviado um ofício ao Banco Central em 2 de janeiro, solicitando que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, revogasse as novas normas. O Banco Central não quis comentar o assunto.

A principal motivação para o pedido da OAB está na afirmativa de que a cobrança de produto que não é utilizado fere o Código de Defesa do Consumidor.

Além da cobrança da tarifa, as novas regras do cheque especial impostas pelo Banco Central também impõem um limite de 8% nos juros cobrados pelos bancos que oferecem a modalidade. A média do mercado era de 12,4% ao mês em novembro de 2019.

Com juro de 8% ao mês, o cheque especial volta a ser o segundo crédito mais caro do sistema financeiro, atrás apenas do cartão de crédito. Na comparação anual, o cheque especial custa 151%, ante Selic (custo do dinheiro para os bancos) a 4,5%.

De acordo com o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, em conversas anteriores da Ordem com o BC, a justificativa dada pela autoridade monetária para a cobrança da tarifa é de que seria para “compensar” o risco das instituições financeiras em disponibilizar cerca de R$ 300 bilhões em forma de limite nas contas correntes.

“Mas ainda que tenhamos procurado em diversas normas e resoluções, nenhum lugar mostra que esse crédito disponível gere qualquer despesa ao setor bancário, uma vez que não há nenhum compulsório em cima dele”, afirmou.

“Era uma demanda da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos, estrutura paralela à Febraban, Federação Brasileira dos Bancos] que o mercado já tinha parametrizado, mas acaba sendo danoso ao cliente”, completa Santa Cruz.

De fato, os bancos defendem há anos a possibilidade de cobrança de tarifa. A justificativa, segundo um livro publicado pela Federação com medidas para baixar os juros no Brasil, seria de que a taxa reduziria o subsídio cruzado no sistema bancário e ajudaria na cobrança de taxas mais baixas.

Após a resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre as novas regras do BC, a Febraban não fez menção direta à autorização para que bancos cobrem tarifas. Disse, porém, que os bancos “são aliados nas iniciativas para remover obstáculos que dificultam a ampliação dos cortes de juros”.

Na mesma nota, criticou o teto para juros do cheque especial, afirmando que “a adoção de limites oficiais e tabelamento de preços de qualquer espécie era preocupante”.

Dentre os cinco maiores bancos do país, apenas o Santander já está cobrando a tarifa de 0,25% sobre novos contratos de cheque especial.

Folhapress

Novo marco do Saneamento poderá favorecer pequenos municípios

Os municípios pequenos de Pernambuco terão mais chance de serem atendidos pela rede de saneamento básico. O texto base do Novo Marco Legal do Saneamento (PL 4.162/2019) prevê a criação de blocos de municípios que poderão ser atendidos em conjunto pela prestadora de serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos. O texto base foi aprovado, em dezembro de 2019, pelos deputados federais, e está entre as prioridades de votação do Senado Federal em 2020.

Pesquisa do IBGE de 2018 aponta que cerca de 2,5 milhões de domicílios pernambucanos (77,3% do total) são abastecidos por água da rede geral de distribuição e 1,8 milhões (55,3%) tem esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede. Ou seja, quase metade da população não tem acesso a tratamento de esgoto.

No estado, vigora a maior parceria público-privada (PPP) de saneamento básico do Brasil, entre a empresa privada BRK Ambiental e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A parceria beneficia quatro milhões de pessoas em 15 cidades, o que faz de Pernambuco o estado do Nordeste com mais municípios a receber investimentos privados em saneamento, de acordo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Até 2028, o investimento previsto no projeto de expansão dos serviços é de R$ 3 bilhões.

Para o deputado federal Ricardo Teobaldo (PODE-PE), o atendimento a uma parte maior da população está diretamente relacionado aos recursos investidos. “Isso precisa ser priorizado. Ou seja, ter mais investimento para mudar o quadro atual que está aí. Precisa focar na questão do saneamento”, pontua.

A proposta de juntar os municípios pequenos em blocos viabilizará economicamente o atendimento em cidades que acabam ficando esquecidas, acredita a pesquisadora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CERI), Juliana Smirdele.

“É necessário mudar o ambiente de negócios de saneamento para promover investimentos. E as propostas, resumidamente, buscam propiciar maior uniformidade regulatória e ampliar a concorrência e competitividade”, afirma Juliana.

Os blocos de municípios seriam atendidos por uma mesma empresa, definida por meio de licitação. Entre os critérios que poderão ser utilizados para a composição dos blocos está o pertencimento a uma mesma bacia hidrográfica, vizinhança geográfica ou mesmo uma combinação entre localidades superavitárias e deficitárias.

Já deputado Fernando Monteiro (PP-PE) destaca a necessidade de uma transição entre o modelo atual e o novo. “Não estou preocupado em quem vai fazer. Estou preocupado que [saneamento] chegue às pessoas. Não pode ficar do jeito que está. Vai ter que ter uma solução. Não pode ser acabando as empresas estatais, tem que ter uma transição, com tempo”, afirma Monteiro.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) aponta para a importância de as mudanças não afetarem o bolso do consumidor. “Temos que trabalhar bastante para levar o saneamento básico para a maioria da população. Precisamos buscar condições para que isso aconteça e não prejudicar o consumidor na hora de pagar a conta de água no final do mês”, defende.

No Brasil, ainda são 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta e ao tratamento adequado de esgoto, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional.

NOVO MARCO LEGAL

Aprovado no dia 11 de dezembro, o Projeto de Lei 4.162/2019, do Poder Executivo, atualiza o Marco Legal do Saneamento. A norma irá modificar a forma como as empresas que prestam serviços ligados ao saneamento nos municípios são contratadas, além de abrir o mercado para a livre concorrência. Empresas públicas e privadas terão que passar por licitação.

Atualmente, estados e municípios assinam “contratos de programa” com empresas estaduais, sem que haja um controle da capacidade econômico-financeira dessas empresas. O texto aprovado na Câmara dos Deputados diz que os atuais contratos poderão ser renovados, por mais 30 anos, até 31 de março de 2022.

Os novos contratos deverão apresentar a comprovação da capacidade econômico-financeira da contratada, com recursos próprios ou por contratação de dívida. A metodologia para comprovar essa capacidade será regulamentada por decreto do Poder Executivo.

Toffoli revê própria decisão e restabelece valor mais baixo do DPVAT

 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Diário de Pernambuco
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, atendeu a um pedido da União e restabeleceu nesta quinta-feira (9) a redução de valores do seguro obrigatório DPVAT, prevista pelo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados), ligado ao Ministério da Economia.
Toffoli reconsiderou uma decisão liminar (provisória) sua, do último dia 31, que havia suspendido a resolução do conselho. Com isso, o valor do seguro passa a ser de R$ 5,21 para carros de passeio e táxis e R$ 12,25 para motos, uma queda de 68% e 86%, respectivamente, em relação a 2019.
O valor praticado no ano passado foi de R$ 16,21 para carros e R$ 84,58 para motos.
No pedido de reconsideração, a União afirmou a Toffoli que não é verdade que a redução torna inviável o DPVAT, como alegara a seguradora Líder, consórcio de empresas que administra o seguro obrigatório.
Segundo a União, a Líder omitiu “a informação de que há disponível no fundo administrado pelo consórcio, atualmente, o valor total de R$ 8,9 bilhões, razão pela qual, mesmo que o excedente fosse extinto de imediato, ainda haveria recursos suficientes para cobrir as obrigações do Seguro DPVAT”.
A União apresentou ao ministro o cálculo feito para chegar aos valores reduzidos, que considerou haver nos cofres do seguro obrigatório um excedente de reserva técnica acumulado nos últimos anos, o que viabiliza, segundo o governo, as reduções.
“O cálculo elaborado é decorrência da conjugação das duas etapas […]: a) inicialmente se estimou o valor dos prêmios para 2020 como se não houvesse qualquer excedente […] e b) em seguida, promoveu-se o ajuste atuarial decorrente da inclusão no cálculo do efetivo excedente de reserva técnica existente -da ordem de R$ 5,8 bilhões, possibilitando a redução do prêmio a ser pago”, afirmou a União.
“O objetivo da utilização do excedente técnico de R$ 5,8 bilhões consiste em promover uma compensação com o excedente de pagamentos realizado pela população ao longo dos anos, sem que haja intenção de esvaziamento do Seguro DPVAT ou de sua extinção obliquamente”, disse o governo.
Na nova decisão, Toffoli considerou que a União, “no exercício do contraditório, logrou apresentar justificativa, apoiada em elementos de prova, no sentido da existência de critérios atuariais do sistema a amparar a modificação da sistemática do seguro DPVAT” implementada por meio da resolução do CNSP.
O ministro observou que, conforme os argumentos da União, está garantida a continuidade da cobertura de danos pessoais sofridos em acidentes de trânsito e não faltarão recursos para amparar os gastos projetados para o período.

Dólar tem maior alta diária desde início de novembro

Apesar da diminuição das tensões no mercado financeiro internacional, o dólar teve a maior alta diária em dois meses e a bolsa de valores voltou a cair no Brasil. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (9) vendido a R$ 4,086, com valorização de 0,85% (R$ 0,035). Em valores percentuais, essa foi a maior subida para um dia desde 8 de novembro, quando a divisa se valorizou 1,83%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou aos 115.946 pontos, com recuo de 0,26%. Em queda pela quarta sessão consecutiva, o indicador encerrou abaixo dos 116 mil pontos pela primeira vez no ano.

O desempenho do mercado financeiro no Brasil contrastou com o dos mercados externos. A divulgação, pelo governo canadense e por oficiais de inteligência norte-americanos, de que um míssil iraniano atingiu o avião ucraniano que caiu logo após a decolagem em Teerã não alterou os indicadores. No fim da tarde, a cotação do barril de petróleo do tipo Brent estava em US$ 65,43, praticamente estável em relação a ontem (8).

Nas bolsas internacionais, o dia foi novamente marcado pela calma. As principais bolsas europeias fecharam em alta: 1,31% em Frankfurt, 0,31% em Londres e 0,19% em Paris. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, de Nova York, operava em alta de 0,68% perto do fim das negociações.

Toffoli autoriza Netflix a exibir Especial de Natal do Porta dos Fundo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu nesta quinta-feira (9) decisão liminar que autorizar a Netflix a exibir o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo. O especial teve sua veiculação suspensa pela Justiça do Rio de Janeiro, ontem (8), atendendo ao pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. O especial do Porta dos Fundos dá a entender que Jesus Cristo teve uma experiência homossexual ao passar 40 dias no deserto.

“Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”, afirmou o ministro Dias Toffoli.

A decisão de Toffoli é provisória e foi tomada em função do recesso do Judiciário. A relatoria do pedido ficou com o ministro Gilmar Mendes, mas foi redistribuída ao presidente da Corte, em caráter liminar.

Decisão
Ontem (8), Abicalil determinou que a Netflix retire do ar, imediatamente, o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo, assim como trailers, making of, propagandas, ou qualquer alusão publicitária ao filme. A decisão estabelecia ainda que a produtora e distribuidora Audiovisual Porta dos Fundos se abstivesse de autorizar a exibição e/ou divulgação do especial por qualquer outro meio, sob pena de multa diária de R$ 150 mil.

A Netflix argumentou que a decisão violaria a autoridade do STF além de ser inconstitucional. “[A Corte deixou] claro que são inconstitucionais quaisquer tipos de censura prévia, inclusive judicial; e quaisquer outras restrições à liberdade de expressão não previstas constitucionalmente, inclusive quanto à obrigação de veiculação de aviso que não a classificação indicativa”.

Papa: 2020 será crucial para concretizar um mundo sem armas nucleares

Papa Francisco fala no Vaticano

O papa Francisco disse que 2020 será um ano crucial para a concretização de um mundo sem armas nucleares.

Nessa quinta-feira (9), o pontífice fez o seu discurso de Ano-Novo voltado aos embaixadores no Vaticano. Ele comentou a visita que fez a Nagasaki e Hiroshima no mês de novembro. Francisco foi o primeiro chefe da Igreja Católica Romana a visitar o Japão em 38 anos.

Ele disse que as histórias que ouviu dos sobreviventes das bombas atômicas lançadas naquelas cidades renovaram seu desejo de conseguir um mundo sem armas nucleares. Acrescentou que se tornou claro para ele que a verdadeira paz não pode ser obtida enquanto existirem armas nucleares.

O papa observou que este ano será vital para a concretização de um mundo sem armas nucleares, uma vez que a conferência para a revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que é realizada a cada cinco anos, acontecerá entre abril e maio. Ele expressou esperanças de que a comunidade internacional chegue a um firme acordo para implementar o tratado.