Sábado de Aleluia violento em Caruaru: dois homicídios registrados

Pedro Augusto

Em tempos de novos coronavírus, com recomendações intensificadas para a prática de isolamento social, a violência não está dando trégua. Para se ter ideia, somente no Sábado de Aleluia (11), dois homens foram assassinados em Caruaru.

O primeiro crime de morte do dia foi computado pela manhã, no Bairro Severino Afonso. Por lá, um homem identificado como Danilo Silva, foi executado a facadas, segundo o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística. A suspeita é de que a vítima teria participado de uma tentativa de assalto na noite anterior (10), na cidade.

Já no período da noite, quem teve a vida ceifada foi um homem, até o presente momento, sem identificação. Ele foi executado à bala no Parque 18 de Maio morrendo antes mesmo da chegada do socorro do Samu. A vítima trajava uma camisa branca, bem como uma bermuda jeans, mas não portava documentos.

O corpo dele, assim como de Danilo, foi encaminhado ao IML. Até o fechamento desta matéria, nenhum suspeito foi preso. Com as confirmações destas duas últimas mortes, subiu para 40 o quantitativo de homicídios praticados, neste ano, na Capital do Agreste.

Confira pagamentos e tributos adiados ou suspensos durante pandemia

Terminar o mês escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa da pandemia do novo coronavírus. Para reduzir o prejuízo, o governo adiou e até suspendeu diversos pagamentos esse período. Tributos e obrigações, como o recolhimento das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ficarão para depois.

Em alguns casos, também é possível renegociar. Graças a resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), os principais bancos estão negociando a prorrogação de dívidas. Os agricultores e pecuaristas também poderão pedir o adiamento de parcelas do crédito rural. A Agência Nacional de Saúde (ANS) fechou um acordo para que os planos não interrompam o atendimento a pacientes inadimplentes até o fim de junho.

Além do governo federal, diversos estados estão tomando ações para adiar o pagamento de tributos locais e proibir o corte de água, luz e gás de consumidores inadimplentes. No entanto, consumidores de baixa renda ficarão isentos de contas de luz por 90 dias em todo o país. Os adiamentos não valem apenas para os consumidores. Em alguns casos, a Justiça está agindo. Liminares da 12ª Vara Cível Federal em São Paulo proibiram o corte de serviços de telefonia de clientes com contas em atraso. Diversos estados estão conseguindo, no Supremo Tribunal Federal, decisões para suspenderem o pagamento de dívidas com a União durante a pandemia.

Pernambuco registra 132 novos infectados e sete mortes pela Covid-19 em 24h

Pernambuco registrou 132 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 816 infectados pela doença. Destes, 443 estão em isolamento domiciliar e 256 estão internados, sendo 34 pacientes em regime de terapia intensiva e 222 em leitos de enfermaria. Ao todo, 45 pessoas infectadas já se recuperaram.

O número de mortes também aumentou em sete, sendo duas vítimas do sexo feminino e cinco do sexo masculino, com idades entre 41 e 89 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 2 e 10 de abril. Agora, o Estado soma 72 mortes pela Covid-19. Os dados foram atualizados no início da tarde deste sábado (11) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Segundo o secretário da pasta, André Longo, 227 profissionais da saúde que apresentaram sintomas de gripe e realizaram o teste para o novo coronavírus confirmaram a doença. Outros 194 profissionais tiveram o resultado negativo.

“Reforço que fomos o primeiro estado do Brasil a criar o protocolo para testar os profissionais de saúde, e que isso é muito importante para garantir a segurança dos que estão na linha de frente salvando a vida das pessoas. Sempre terão, os profissionais de saúde, o nosso máximo reconhecimento por todo esforço no dia a dia deste enfrentamento”, afirmou o secretário.

Longo ressaltou ainda que em menos de um mês foram criados 386 leitos para receber pessoas com suspeitas ou já com confirmação da Covid-19, sendo 161 UTIs.

“Gostaria de destacar que ficamos muito satisfeitos em saber que Pernambuco continua liderando o ranking nacional na transparência de dados sobre a Covid-19 no Brasil. Temos o compromisso de informar a real situação da doença para toda sociedade e precisamos do engajamento de todos com para frear o coronavírus. Esta avaliação aporta que estamos no caminho certo”, disse o secretário.

Os casos confirmados estão distribuídos em 47 municípios de Pernambuco. São eles: Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Ipojuca, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, Pombos, São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Bom Jardim, Carpina, João Alfredo, Lagoa do Carro, Limoeiro, Paudalho, Tracunhaém, Passira, Catende, Gameleira, Palmares, Quipapá, Belo Jardim, Caruaru, Cachoeirinha, Frei Miguelinho, Santa Cruz do Capibaribe, São Bento do Una, São Caetano, Toritama, Bom Conselho, Capoeiras, Garanhuns, Arcoverde, Sertânia, Salgueiro, Petrolina, Ipubi, Serra Talhada, Aliança, Goiana, Macaparana e Timbaúba, além do Arquipélago de Fernando de Noronha, além da ocorrência de pacientes em outros Estados e países.

Os novos óbitos foram:
1 – Mulher, 62 anos, residente do Recife. Óbito em 08.04. Tinha hipertensão e cefaleia crônica.
2 – Mulher, 59 anos, residente de Sertânia. Óbito em 06.04. Tinha mal de Chagas, hipertensão e diabetes.
3 – Homem, 89 anos, residente do Recife. Óbito em 08.04. Tinha hipertensão.
4 – Homem, 60 anos, residente de São Lourenço da Mata. Óbito em 08.04. Tinha hipertensão e doença hepática crônica.
5 – Homem, 95 anos, residente de Jaboatão dos Guararapes. Óbito em 10.04. Ainda não identificado se tinha algum tipo de doença crônica.
6 – Homem, 66 anos, residente de Olinda. Óbito em 02.04. Ainda não identificado se tinha algum tipo de doença crônica.
7 – Homem, 41 anos, residente em Gameleira. Óbito em 08.04. Ainda não identificado se tinha algum tipo de doença crônica.

Folhape

Boris Jonhson deixa o hospital

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson deixou, neste domingo (12), o hospital londrino onde estava internado há uma semana após ter sido infectado com o novo coronavírus, anunciou Downing Street.

“O primeiro-ministro foi liberado do hospital para continuar sua recuperação em Chequers”, sua residência no noroeste de Londres, disse Downing Street em comunicado, acrescentando que “não retomará imediatamente o trabalho, sob orientação de sua equipe médica”.

Polícia prende adolescente por morte de defensor público no Paiva

Um adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito de ser o autor dos disparos no roubo seguido de morte que vitimou o defensor público aposentado da Paraíba Levi Borges, 72 anos, na última quinta-feira (9), na saída de um condomínio na praia do Paiva, no município do Cabo de Santo Agostinho. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o jovem foi encontrado nesse sábado (11), no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.

Em nota, a Polícia Civil informou que o adolescente foi detido por meio de mandado de busca e apreensão, cumprido pela 13ª Delegacia de Polícia de Homicídios, sob titularidade do delegado Cláudio Neto. Não foram divulgados detalhes do depoimento do jovem, que foi encaminhado para o Centro de Internação Provisória (CENIP). A ação da apreensão do suspeito contou com a parceria do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) e do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB).

Um vídeo divulgado pela polícia mostra o momento em que Levi Borges é rendido ainda dentro do carro por um homem armado. Após descer do veículo, sem esboçar reação à abordagem, ele é baleado pelo criminoso. Levi estava acompanhado da esposa, a também juíza Mariza Borges de Lima. O vídeo foi gravado pelas câmeras na entrada do condomínio onde mora a filha do defensor público, no Cabo de Santo Agostinho.

Após o ato, o autor dos disparos entrou em um carro onde havia outra pessoa esperando por ele. A Polícia não informou sobre o paradeiro desse outro suspeito envolvido no crime. “As investigações prosseguem, e a Polícia Civil se pronunciará ao término das investigações”, disse em nota.

Depois de ser baleado, o defensor público aposentado chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada, em Jaboatão, onde deu entrada com vida, mas não resistiu aos ferimentos. Levi Borges também era jornalista e estava em Pernambuco para visitar a filha, a juíza Andréa Rose Borges Cartaxo, que mora no condomínio na praia do Paiva.

Folhape

Ministério quer aumentar testes para até 50 mil ao dia, mas oferta não será a todos

O Ministério da Saúde informou, no último sábado (11) que pretende ampliar a capacidade de testes para o novo coronavírus de 4.200 para até 50 mil amostras por dia, por meio da instalação de “centros de coleta de emergência” e do uso de novas máquinas em parceria com a rede privada. Ao mesmo tempo em que pretende ampliar a testagem, o Brasil ainda não terá oferta de testes para toda a população, afirma o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.”Teremos testes em quantidade suficiente para avaliação do cenário epidemiológico. O que posso garantir é que não teremos testes para todas as pessoas. Os testes são para conhecer a epidemia e para algumas regiões do país”, disse.

Segundo ele, a pasta deve iniciar em breve uma estratégia para testagem de casos leves em cidades maiores. A ideia é direcionar pessoas com sintomas a centros de coleta de emergência, espécie de postos volantes que devem ser instalados em cidades acima de 500 mil habitantes. A orientação para ida aos postos deve ser feita por meio de um sistema de teleatendimento, já em funcionamento. O resultado será informado em até 24h.
De acordo com Oliveira, um projeto-piloto para acelerar a testagem deverá ser iniciado em Curitiba e no Rio de Janeiro. Ele não deu detalhes da medida. Ao mesmo tempo, um centro de testes em conjunto com a rede privada também deve ser instalado em São Paulo. O projeto aguarda finalização de contratos.

A declaração ocorre em um momento em que o ministério enfrenta críticas pela baixa oferta de testes, restritos a casos graves e a amostras coletadas em unidades sentinela, que visam verificar a circulação do vírus.”Não é verdade que estejamos testando pouco. Estamos fazendo o máximo possível com a realidade de insumos nesse momento”, afirma Oliveira. “O que nós vamos fazer é testar mais, baseado numa estratégia de centros de coleta de emergência, com postos volantes para os casos leves.”

Atualmente, há 151 mil amostras à espera de testes. O volume corresponde a casos de síndrome respiratória aguda grave, quadro que pode ser causado por diferentes vírus respiratórios, incluindo o novo coronavírus, e casos leves com amostras coletadas em unidades de saúde sentinelas. Entre essas amostras, estão 2.176 de pacientes que morreram com síndrome respiratória grave. “Os potenciais casos de coronavírus estão dentro dos 2.176. O sistema está sensível e notificando [os casos]”, afirma Oliveira, para quem o número de casos em investigação deve crescer com a entrada da fase de maior circulação de vírus respiratórios no país.

A ampliação dos testes é hoje um dos gargalos enfrentados pelo país

Outro desafio é aumentar a oferta de leitos e respiradores usados para assistência de pacientes graves em UTIs. Um contrato para importação de 15 mil respiradores foi cancelado. Agora, o ministério busca outros fornecedores e aguarda a entrega de 6.500 respiradores que devem ser produzidos em até 90 dias por empresas nacionais.

Um segundo contrato, para produção de mais 7.000 respiradores, é previsto para esta semana, de acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis. Segundo ele, a pasta também deve iniciar o monitoramento da ocupação de leitos em hospitais. Portaria publicada na quinta-feira prevê que essa informação seja enviada duas vezes por dia para monitoramento pelo governo federal. Caso isso não ocorra, a pasta poderá suspender o envio de recursos. Em último caso, a Polícia Federal também poderá ser acionada, afirma.

Folhapress

Páscoa do coronavírus: famílias separadas e fé renovada

Esta será uma Páscoa diferente com celebrações sem o formato tradicional, de grandes reuniões em torno de uma mesa farta. Para todos, mas, em especial, para muitas famílias de profissionais que trabalham na linha de frente do sistema de saúde e que precisaram deixar suas residências, encontrar um outro local de apoio nos últimos dias para – em ato de amor – preservar algum parente integrante do grupo de risco à exposição ao coronavírus. O médico cardiologista Edmar Freire Borba Jr. – que atende nos hospitaisl das Clínicas, Procape, Jayme da Fonte e Santa Joana – planeja neste domingo deixar ovos de chocolate para os dois filhos à beira da porta de casa, mas limitará o contato apenas ao visual, por meio de mídias eletrônicas.

Desde que as autoridades anunciaram há cerca de três semanas que a Covid-19 passou a ter transmissão comunitária, ele saiu da residência onde mora com a esposa Ana Karina e os filhos, Júlia e Edmarzinho. Júlia tem asma, por isso o cuidado maior do pai zeloso. Neste período, o cardiologista esteve uma única vez no apartamento, apenas para deixar uma feira. “O distanciamento de quem a gente ama é muito difícil porque a gente está tão perto e ao mesmo tempo tão afastado. Chega a ser constrangedor”, diz, acrescentando que sua dor se estende em virtude do isolamento social da mãe idosa – a quem visitava duas vezes por semana e agora não tem prazo para vê-la novamente.

Se o médico sofre de lá, Ana Karina, a mulher dele, sofre de cá, pela ausência e preocupação: “Vivemos muitas inseguranças, mas temos de ser fortes”, afirma Ana, compreensiva com o modelo do domingo de Páscoa deste ano. Ela chegou a organizar uma campanha para ajudar outras famílias de médicos a conseguirem vagas em hotéis com tarifas menores ou concessão de leitos. “Consegui me alojar na casa de um parente que também trabalha em serviços essenciais, mas minha condição não é comum entre meus colegas”, diz o cardiologista.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antônio, afirma que este pode ser um momento de oportunidade para as famílias cristãs. “Na hora do ôba-ôba é muito bom, mas, no momento de crise, é outra coisa. É aí que a fé se torna mais forte. Agora vamos celebrar o principal: o amor a Deus e à família. Muitas vezes, a gente fica na periferia, a gente não chega ao coração”, analisa. A Páscoa deste ano, de modo especial, diz ele, “fará a gente chegar ao coração da liturgia. Com isso, certamente, estaremos mais perto do essencial”.

Segundo dom Limacêdo, o importante neste período é entrar em comunhão com Cristo naquilo que foi seu objetivo. “Assim vamos entrando no mistério da fé, que é o valor da vida. Aí lembro João 13, onde está escrito ‘Jesus, tendo amado aos seus, amou-os até o fim’”. É assim, destaca ele, “amar sem limite, cuidar das pessoas.” Às famílias, ele lembra que Jesus quis celebrar a ceia. Sendo assim, apela para que as pessoas estejam juntas em celebrações, seja diante do computador ou televisão, e se sintam naquele cenário da ceia do Senhor. “Nunca estivemos tão unidos, e isso é fantástico isso. Quando a gente quer bem, nem sempre a pessoa está perto, mas continua querendo bem. Então, o querer ao outro transcende o lugar, o espaço. A fé também”.

O duro momento enfrentado pela sociedade pede, segundo ele, reflexão: é quando as pessoas devem se questionar sobre ao quê está sendo dedicada a sua vida. Ao bem? À justiça? Ou à partilha?, indaga ele. “Que todos aproveitem a oportunidade. Que a gente possa repensar a vida. Era um corre-corre, um frenesi tão grande…Que neste domingo de Páscoa a gente pense: para que a gente corre tanto? E para onde?”.

Diario de Pernambuco

Governo Bolsonaro ameaça de novo tomar medidas contra ações de governadores e prefeitos na pandemia

Em mais um movimento do governo Jair Bolsonaro contra as medidas de isolamento social, a AGU (Advocacia-Geral da União) afirmou, no último sábado (11), que recorrerá à Justiça se governos estaduais ou municipais impuserem “medidas restritivas de direitos fundamentais”. A nota do órgão não cita nenhum caso específico, mas mira o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que vem protagonizando embates com Bolsonaro e afirmou que o estado poderá prender quem descumprir as regras de isolamento.

Segundo a AGU, “diante da adoção ou ameaça de adoção” de medidas nesse sentido, o órgão prepara as ações judiciais cabíveis e aguarda apenas informações do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para entrar com o processo.

A nota é assinada pelo advogado-geral da União, ministro André Mendonça, que diz que qualquer medida deve ser respaldada na Constituição. “Medidas isoladas, prisões de cidadãos e restrições não fundamentadas em normas técnicas emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa abrem caminho para o abuso e o arbítrio”, afirma.

O texto diz ainda que, para casos como esse, a prisão não é a solução adequada. “Medidas de restrição devem ter fins preventivos e educativos -não repressivos, autoritários ou arbitrários”, diz.

A ameaça de Doria de mandar prender as pessoas que desrespeitarem a quarentena ocorreu na última quinta-feira (9), quando o governador comentava a redução dos índices de pessoas em isolamento social em São Paulo e disse não querer endurecer as regras da quarentena no estado. “Eu queria evitar isso, porque medidas mais rígidas significam que as pessoas poderão receber não só advertência, multa mas também voz de prisão”, disse o governador. Este é mais um movimento do governo federal para tentar limitar os poderes de estados e municípios em impor regras da quarentena. E ocorre dois três depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidir que os governos locais têm competência em matérias de saúde pública e, portanto, também podem impor medidas restritivas.

A decisão da última quarta-feira (8) endosso a linha adotada pelo ministro Marco Aurélio Mello, que, em outra ação, também tinha garantido que governadores e prefeitos têm autonomia para determinar a quarentena. Moraes foi além e deixou claro que a decisão vale independentemente de posterior ato de Bolsonaro em sentido contrário. O despacho do ministro ocorreu no âmbito do pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que o Supremo obrigasse o presidente a seguir as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde). Nele, o magistrado afirmou que o governo federal não pode “afastar unilateralmente” decisões sobre o tema de outros entes da federação.

Neste sábado, o próprio Ministério da Saúde afirmou, em entrevista coletiva, que não é hora de São Paulo abrandar as medidas de isolamento social. “São Paulo tem observado que, para se ter um efeito mais significativo do isolamento social, ele deveria estar em 70% [de isolamento]. Não está no momento de um relaxamento mais efetivo em São Paulo”, afirmou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.

O comentário de Oliveira fez referência aos dados de operadoras de telefonia que apontaram uma queda na adesão à quarentena em algumas cidades do país. O secretário listou as regiões que mais chamam a atenção da pasta, como Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. O discurso de Oliveira vai na contramão do que tem afirmado o presidente Bolsonaro. O chefe do Executivo não esconde a divergência em relação às decisões estaduais e municipais de restringir a circulação de pessoas e o funcionamento de estabelecimentos comerciais. Para flexibilizar o isolamento, ele ampliou, recentemente, as atividades consideradas essenciais que podem funcionar durante a quarentena e incluiu lotéricas e igrejas nessa classificação.

O STF tem imposto limites às tentativas de Bolsonaro de flexibilizar o isolamento. A prisão de quem sair às ruas durante esse período, porém, não foi abordada nas decisões proferidas pela corte até o momento e contam com a resistência de alguns ministros.
O presidente do Supremo, Dias Toffoli, por exemplo, já se declarou contrário à punição de pessoas que furarem o isolamento. Outros integrantes da corte também têm dito nos bastidores que a detenção das pessoas não é o melhor caminho, além de ser questionável do ponto de vista constitucional.

Folhapress

Os perigos da automedicação contra o coronavírus

Ainda não há medicamentos ou vacinas para conter o avanço do coronavírus. Um exemplo uso da cloroquina que ainda está em fase de testes e estudos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro medicações de medicamentos que estão sendo testados em 74 países. Ainda segundo a OMS, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar o Covid-19.

“E diante desse quadro de incertezas, muitas pessoas podem se automedicar”. O alerta é do o membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médico do Departamento de cardiologia da Rede Mater Dei e do Hospital Belo Horizonte, dr. Augusto Vilela.

Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês. O estudo revelou também que a automedicação é um ato comum para 77% dos brasileiros.

Dr. Augusto Vilela explica que aí está o problema. “Não se sabe os efeitos das medicações contra o Covid-19, já que estamos diante de um vírus novo. E isso pode causar mais danos à saúde”, afirma.

Para o médico cardiologista o ideal é seguir as recomendações da OMS, seguir o isolamento social, e evitar a infecção pelo vírus. “Não sabemos se haverá remédio para o coronavírus. O certo é evitar a contaminação”, enfatiza.

Coronavírus: professor do UniFavip|Wyden dá dicas de finanças e oferece curso gratuito

A pandemia do coronavírus tem causado diversas mudanças na rotina da população, seja no trabalho, nos estudos, nas práticas esportivas, nos cuidados com a saúde e na socialização de uma forma geral. Mas, além de tudo isso, outro ponto que mexe de forma direta diz respeito às finanças das famílias. Portanto, é preciso ter cautela para saber lidar com este momento que requer atenção para evitar problemas como ficar no vermelho e perder o controle na hora de honrar os pagamentos.

“Diante de uma pandemia mundial que levou o País a parar, não é raro encontrar pessoas desesperadas não somente pela ameaça do vírus, mas também pela perspectiva de não ter dinheiro para manter os compromissos em dia e para garantir o sustento. Temos uma grande parcela de autônomos e trabalhadores informais que devem sentir a crise de uma maneira mais árdua e terão suas receitas drasticamente afetadas”, destacou Ricardo Galvão, doutor em finanças e professor do UniFavip|Wyden.

Ele ressalta também sobre a importância de ter uma reserva financeira em todo tempo, para suportar momentos como este, além de incentivar a prática de investimentos, seja em ações ou em poupança.

“Qualquer pessoa que não separe uma reserva financeira para imprevistos está exposta a riscos imensos. Mais arriscado do que investir em ações é não investir em nada, nem mesmo na caderneta de poupança. Muitos me perguntam se investir em ações é arriscado: afirmo que o maior risco é viver sem nenhuma reserva. Logo, o nosso povo, tão avesso a investimentos no mercado financeiro, está sob um risco muito maior do que qualquer investidor em ações. Afinal de contas, o investidor poderá vender suas ações, mesmo que por um preço mais baixo do que desejaria. Mas, o cidadão que não poupa, não tem nada com que contar” afirmou.

O professor deixa algumas dicas sobre como preceder durante e depois da pandemia do coronavírus e oferece um curso gratuito sobre finanças pessoais para colaborar com aqueles que querem se organizar melhor, neste momento.

Segure o dinheiro na conta

A primeira dica durante a pandemia é segurar o dinheiro na conta. Não se recomenda a realização de compras parceladas em condições normais. Mas, neste momento, pode ser muito útil parcelar sem juros uma vez que o dinheiro não vai sair da conta todo de uma vez e você poderá se manter capitalizado.

Não compre nada que não seja essencial

A segunda dica envolve uma ressalva e complementa a primeira: Não comprar absolutamente nada que não seja essencial. O tédio que envolve ficar em casa pode se aliar às ofertas de produtos na internet, o que levaria a gastos desnecessários. Você deve fugir deste tipo de situação e não comprar absolutamente nada durante os momentos de tédio. O objetivo é o mesmo da primeira dica: manter o dinheiro na conta.

Sempre separe parte de sua receita

A terceira dica é para quando a quarentena acabar: sempre separe, assim que receber o salário, algum valor e deixe guardado. Pode ser na caderneta de poupança ou em qualquer outro instrumento, mas separe ainda no início do mês. Desta forma, no mês seguinte, você estará um pouco mais rico.

Estude sobre finanças

A quarta dica serve para todos os momentos: Estude um pouco sobre finanças pessoais. É semore bom descobrir maneiras de fazer seu dinheiro render um pouco mais. Isso pode fazer uma enorme diferença na sua vida e no seu futuro.

O professor Ricardo Galvão, doutor em finanças, está disponibilizando um curso objetivo, simples e rápido sobre o tema e que, durante o mês de abril de 2020. Todos os interessados terão acesso completamente gratuito. Para se inscrever, basta acessar www.rgalvao.com e fazer sua matrícula.