Seguro Aluguel é uma boa opção para universitários

Janeiro é o mês de férias escolares e também o período em que muitos estudantes preparam a mudança para cidades universitárias, já que começarão as aulas de um novo semestre.

É durante o início do ano que muitos jovens se deparam com a dificuldade de apresentar uma garantia locatícia no momento de fechar o contrato de aluguel. Um dos motivos é não possuir conhecidos na região onde vão estudar para serem fiadores e a disponibilidade imediata do dinheiro para fazer o “depósito antecipado”. Para solucionar essas situações, a Porto Seguro possui o produto Aluguel Universitário, que funciona como uma garantia ágil para o cumprimento do contrato, possibilitando, ainda, que os estudantes usufruam de serviços e benefícios com a adesão do seguro.

Com serviços de assistências emergenciais à residência, a modalidade garante a tranquilidade que os universitários precisam em casos de imprevistos. O produto oferece uma série de benefícios, como mão de obra hidráulica, elétrica, chaveiro e assistência para equipamentos eletrônicos, como computadores, notebooks, tablets, TVs com acesso à internet, videogames, celulares e smartphones.

“A Porto Seguro busca personalizar seus produtos com o objetivo de atender as necessidades de diferentes públicos. Com os universitários não é diferente. Nosso objetivo é fornecer todo o suporte e tranquilidade necessários para que o aluno se preocupe apenas com os estudos”, explica Nelson Aguiar, superintendente de Riscos Financeiros e Capitalização da Porto Seguro.

Os segurados também têm acesso exclusivo ao Clube Porto, que possui descontos em livrarias, academias, teatro, restaurantes, sites de compras, entre outros. Mais informações no site da Porto Seguro: https://www.portoseguro.com.br/seguro-fianca/aluguel-universitario.

Sobre a Porto Seguro

A Porto Seguro é uma empresa brasileira com mais de 70 anos de mercado e está entre as maiores seguradoras do País, ocupando a primeira posição nos ramos de Seguro Auto e Residência. Atualmente, são quase 8,5 milhões de clientes únicos, 13,2 mil funcionários, 12,5 mil prestadores e 36 mil corretores parceiros. A companhia tem ainda 103 sucursais e escritórios regionais em todo o Brasil. O Grupo Porto Seguro é formado por 27 empresas – entre elas Azul Seguros, Itaú Seguros de Auto e Residência, Porto Seguro Saúde e Porto Seguro Uruguai – que atuam nos mais diversos ramos como seguros, produtos financeiros, serviços de emergência e conveniência, proteção e monitoramento, plano de saúde para Pets, entre outros. Em 2018, o lucro líquido da companhia foi de R$ 1,3 bilhão.

Domingo (26) é dia de prévia carnavalesca em Bezerros

A Folia do Papangu 2020 começa a esquentar a cidade a partir deste domingo, 26 de janeiro, com muito frevo, cultura e pagode. Vamos fazer o grande arrastão e dar o pontapé inicial nos festejos de momo, levando a magia da cultura pernambucana pelas avenidas da cidade. Vista a fantasia da alegria e venha para a primeira prévia de Carnaval, junte a sua turma e traga a sua família.

A concentração será na Praça São Sebastião às 15h e logo após, iremos descer ao som das orquestras de frevo, dançando com as coreografias do Papanguarte e do FolcPopular e, claro, ao chegarmos na Praça da Bandeira, haverá o show do Pagodão do #Tipo3, encerrando a festa com muito samba e swing.

Sai acordo para combater surto em penitenciária de Roraima

Por Agência Brasil

O surto de uma doença de pele entre os presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) motivou as autoridades estaduais a propor uma medida pouco usual para enfrentar a infecção; em reunião, ainda, na terça-feira (21), representantes dos poderes Executivo e Judiciário assinaram um acordo que, entre outras coisas, autoriza parentes de detentos a levar para eles remédios, produtos de higiene e roupas. A Pamc é a maior penitenciária do estado

O acordo veio depois de denúncias da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB-RR) e do pedido de interdição parcial da penitenciária, feito pelo Ministério Público estadual. No pedido de interdição, protocolado nesta segunda-feira (20), a Promotoria de Justiça de Execução Penal cita não só a doença, mas também a superlotação da unidade prisional e as más condições do estabelecimento para justificar o pedido.

Considerado um “plano emergencial” para minimizar o problema, o acordo prevê que a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) de Roraima discrimine os produtos com que os parentes dos detentos poderão ingressar no presídio. A previsão é de que a entrega de roupas semelhantes ao padrão das fornecidas pelo estado (camisa de algodão e calça ou bermuda de tactel, todos de cor vermelha) e produtos de higiene seja liberada amanhã (22). A lista de remédios de uso não controlado permitidos deve ser divulgada em breve.

Segundo a Secretaria estadual de Comunicação, a medida vai vigorar enquanto o governo finaliza o processo licitatório para compra desses itens. “Aguarda-se apenas a abertura do orçamento referente ao ano de 2020”, diz a secretaria, em nota.

O acordo assinado hoje também prevê a transferência dos reeducandos doentes para um bloco onde poderão, de acordo com a necessidade, receber tratamento médico e psiquiátrico.

Os representantes das secretarias de Justiça e da Saúde, da Vara de Execução Penal, do Ministério Público estadual e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também acordaram que a penitenciária passe por um processo de higienização, a começar pela limpeza das alas prisionais. Ainda nesta semana, toda a unidade prisional será desinfetada.

Atendimentos odontológicos e mutirões de saúde deverão ser retomados por uma equipe médica que atenderá casos específicos, com consultas de manhã e à tarde. Os casos mais graves serão encaminhados para perícia médica.

Atendimento

Palco de uma rebelião, em janeiro de 2017, que deixou 33 detentos mortos, a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo está sob intervenção prisional da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária desde novembro de 2018. Coordenada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a força-tarefa reúne agentes federais de execução penal e agentes penitenciários de outros estados, mobilizados a pedido de governos estaduais para atuar, em conjunto com as forças locais, em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos.

Segundo a Secretaria de Comunicação, 29 reeducandos foram afetados pela infecção. Quinze estão recebendo cuidados médicos no Pronto Atendimento Airton Rocha e sete deles passam por tratamento de pele. Há 14 reeducandos internados no Hospital Geral de Roraima, tratando de outras doenças não relacionadas à bactéria.

A Secretaria de Saúde ressalta que as análises laboratoriais feitas pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde descartaram a hipótese de uma bactéria não identificada, conforme chegou a ser divulgado inicialmente. Os casos relatados são de piodermite, do tipo impedigo, que é “uma infecção de pele oportunista, que ocorre quando já existe uma lesão de pele tipo escabiose”, explica a nota.

Ainda de acordo com o governo estadual, os reeducandos foram atendidos por médico infectologista e dermatologista e estão recebendo tratamento com antibióticos e reposição de vitaminas. Exames diários e tratamento continuado estão sendo feitos.

Sobre o pedido de interdição parcial da penitenciária, o governo estadual diz que ainda não foi notificado e que somente após ter acesso ao documento que o Ministério Público de Roraima encaminhou à Justiça estadual se pronunciará sobre o caso.

Dólar ultrapassa R$ 4,20 e fecha no maior valor do ano

Em um dia tenso no mercado, a Bolsa de Valores caiu, e o dólar norte-americano fechou no maior valor em mais de um mês e meio. O dólar comercial fechou esta terça-feira (21) vendido a R$ 4,206, com alta de R$ 0,017 (0,4%). A divisa está no maior valor de fechamento desde 2 de dezembro (R$ 4,214).

O dólar operou em alta durante toda a sessão e fechou próxima do valor máximo do dia. A moeda norte-americana acumula valorização de 4,8% em 2020. A volatilidade também refletiu-se na cotação do euro, que fechou o dia vendido a R$ 4,67, com alta de 0,42%.

No mercado de ações, o dia também foi de tensões. O Ibovespa, índice da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia em queda de 1,03%, aos 117.026 pontos. A Bolsa interrompeu uma sequência de três sessões de alta.

A sessão foi marcada pelo receio de que o novo vírus descoberto na China traga impactos para a segunda maior economia do planeta. O país asiático confirmou hoje a sexta morte pelo coronavírus, que provoca pneumonia. A China e países próximos adotaram medidas para conter a disseminação da doença.

A alta do dólar e a queda na bolsa intensificaram-se no meio da tarde, quando foi confirmado o primeiro caso de infecção pelo novo vírus nos Estados Unidos.

Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 35 milhões na quinta-feira

Nenhum apostador venceu o concurso nº 2.226 da Mega-Sena desta terça-feira (21). Foram sorteados os números 02 – 04 – 07 – 16 – 30 – 38. Segundo estimativa da Caixa, o concurso da próxima quinta-feira (23) deverá pagar R$ 35 milhões.

A quina teve 43 apostas ganhadoras e cada uma vai receber um prêmio de R$ 46.161,97. A quadra saiu para 3.798 apostadores, que receberão prêmio de R$ 746,62. A aposta mínima na Mega-Sena custa R$ 4,50. Nesse caso, a chance de acerto (probabilidade estatística) é de uma em mais de 50 milhões.

Habitualmente, os sorteios da Mega-Sena são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados, mas a Caixa também promove as “Mega-Semanas”, quando realiza três concursos – às terças, quintas e sábados.

PF realiza apreensão de droga no aeroporto e prende suspeita

A Polícia Federal em Pernambuco, prendeu em flagrante no dia 20/01/2020, por volta das 12h, no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, uma mulher de 18 anos proveniente de Rio Branco/AC-(não possui antecedentes criminais). A prisão aconteceu durante fiscalização de rotina destinada a reprimir o tráfico internacional e doméstico de entorpecentes bem como outros tipos de ilicitudes de competência federal no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre.

Os Policiais Federais através de um procedimento padrão, selecionaram algumas bagagens de passageiros para que fossem submetidas ao aparelho de raio x quando perceberam a existência de material suspeito em uma mala do voo procedente do Aeroporto de Rio Branco/AC com diversos materiais em formato de tabletes que, posteriormente, verificou-se estarem escondidos em meio a um cobertor.

Ao ser identificada a passageira, proprietária da bagagem, ela foi entrevistada previamente, tendo respondido com bastante insegurança aos questionamentos e entrando em contradição. Ao abrir a mala, na presença da passageira, foram encontrados 11 (onze) pacotes embalados em fita adesiva, totalizando um peso bruto de 7Kg (sete quilos), sendo 5.8Kg de pasta base de cocaína e 1.2Kg de cocaína em pó. Além da droga também foram apreendidos alguns documentos e um aparelho celular. Após, a suspeita foi conduzida para a Superintendência da Polícia Federal em Recife/PE, onde foi autuada pela prática dos crimes previstos nos artigos 33, 35 e 40 inciso V da Lei nº 11.343/2006 (tráfico interestadual e associação para o tráfico) e caso seja condenada poderá cumprir pena que varia de 5 a 25 anos de reclusão. Após a autuação, a presa foi apresentada para a audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça Estadual/PE.

Em seu interrogatório a suspeita disse apenas que foi aliciada por uma mulher em Rio Branco/AC, não dando maiores detalhes. Disse também que que pelo serviço de transporte iria ganhar a importância de R$ 5.000 (cinco mil reais). Disse ainda que quando desembarcasse em Recife/PE entregaria a droga num hotel (não deu detalhes) para uma pessoa que lhe identificaria pela cor da roupa. Por fim alegou que a motivação para transportar a droga foi devido sua situação financeira e que esta não seria a primeira vez que tentava transportar droga para outro estado.

ESTATÍSTICAS DE APREENSÕES NO AEROPORTO DOS GUARARAPES: Essa é a primeira apreensão de cocaína feita pela Polícia Federal este ano no Aeroporto Internacional dos Guararapes. No ano passado 10 pessoas foram presas – sendo 3 homens e 7 mulheres e apreendidos 60,2Kg de cocaína e 30Kg de skunk.*

MPF denuncia Glenn e mais 6 por invasão de celulares de autoridades

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou ontem (21) à Justiça Federal denúncia contra sete pessoas, incluindo o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, no âmbito da Operação Spoofing, que apura a invasão de celulares de autoridades. São apontados indícios dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e interceptação telefônica ilegal.

Segundo a denúncia, assinada pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira, Greenwald teria auxiliado, orientado e incentivado as atividades criminosas do grupo. O teor da denúncia está na página do MPF, na internet.

O jornalista não chegou a ser investigado pela Polícia Federal (PF). Uma liminar (decisão provisória) concedida em agosto do ano passado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Greenwald não fosse investigado ou responsabilizado por receber, obter ou publicar informações de interesse jornalístico. O pedido de liminar havia sido feito pelo partido Rede Sustentabilidade. Desde junho do ano passado, o Intercept tem publicado mensagens trocadas por autoridades da República. Glenn afirma ter obtido o material de uma fonte anônima.

Denúncia
Na denúncia, o procurador Divino de Oliveira ressalta que, em respeito a tal decisão, não houve investigação contra Greenwald, mas que ainda assim resolveu denunciá-lo, após ter sido encontrado em um computador na casa de Luiz Henrique Molição, acusado de ser um dos hackers invasores de celulares de autoridades, um áudio em que o jornalista orienta a destruição de mensagens, segundo a acusação.

A orientação para que mensagens que ligavam os hackers ao Intercept fossem apagadas teria sido dada por Greenwald depois das primeiras notícias sobre a invasão do celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, diz a denúncia. Para Divino de Oliveira, isso caracterizaria “clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção à fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos”.

O procurador diz entender não ser crime somente a publicação do material obtido de forma ilícita, mas argumenta que Greenwald teria ido além ao orientar sobre como dificultar a investigação dos crimes. O MPF informou que a denúncia foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR) para eventual pedido para que seja revogada a liminar do Supremo que impede o jornalista de ser investigado.

Além de Greenwald e Molição, foram denunciados: Walter Delgatti Netto e Thiago Eliezer Martins Santos, apontados como mentores e líderes do grupo; Danilo Cristiano Marques, acusado de ser testa de ferro de Delgatti na obtenção de materiais para o cometimento dos crimes; o programador Gustavo Henrique Elias Santos, que teria desenvolvido as técnicas para a invasão dos celulares de autoridades; e Suelen Oliveira, esposa de Gustavo que teria atuado como laranja.

Fraude bancária
O grupo ainda deve ser alvo de outra denúncia pelo crime de fraude bancária, que ainda segue em investigação, de acordo com o MPF.

A denúncia apresentada nesta terça-feira (21) à 10ª Vara Federal de Brasília diz ter ficado provada a ocorrência de 126 interceptações telefônicas, telemáticas ou de informática e 176 invasões de dispositivos informáticos de terceiros, resultando na obtenção de informações sigilosas. Entre os envolvidos, somente Greenwald não foi acusado pelo crime de lavagem de dinheiro.

Defesa
A defesa do jornalista Greenwald disse, em nota, que recebeu a informação sobre a denúncia “com perplexidade”. “Trata-se de um expediente tosco que visa desrespeitar a autoridade da medida cautelar concedida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 601, do Supremo Tribunal Federal, para além de ferir a liberdade de imprensa e servir como instrumento de disputa política”, diz a nota, ao citar a liminar de Gilmar Mendes.

Para os advogados Rafael Borges e Rafael Fagundes, o objetivo da denúncia “é depreciar o trabalho jornalístico de divulgação de mensagens realizado pela equipe do The Intercept Brasil”. A defesa também diz que vai recorrer da decisão e pedir apoio à Associação Brasileira de Imprensa.

Em nota, a defesa de Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Oliveira afirma que a denúncia apresentada pelo procurador confirma que as acusações “são de cunho político, desprovidas de qualquer embasamento técnico”. Para o advogado Ariovaldo Moreira, que assina o texto, a denúncia desrespeita diversas garantias constitucionais e legais.

A Agência Brasil tenta contato com demais envolvidos e suas defesas e está aberta às suas manifestações.

Repercussão
Durante a tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, usou o Twitter para classificar a denúncia contra Greenwald como uma ameaça à liberdade de imprensa. “Jornalismo não é crime. Sem jornalismo livre não há democracia”, disse Maia.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também divulgou nota após a denúncia do procurador. Para a federação “o MPF ignora a Constituição Brasileira, que assegura a liberdade de imprensa. Ignora também decisão de 2019 do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que o jornalista não fosse investigado no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal, destinada a investigar invasões de celulares de autoridades”.

DF, ES, GO, MG e RJ têm risco de tempestades a partir desta quarta

 Brasília com Sol e  muitas nuvens, pancadas de chuva à tarde e à noite

O governo federal emitiu na noite de ontem, (21) um alerta conjunto para a possibilidade de chuvas intensas, com altos índices pluviométricos, nos estados do Espírito Santo, de Goiás, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. O informe foi emitido por alerta conjunto do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR); do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); e do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).

Existe previsão de que os índices pluviométricos nesses estados podem variar entre 150 e 400 milímetros, o que pode resultar em problemas para a população, como a possibilidade de ocorrerem desastres naturais como inundações, enxurradas, alagamentos, deslizamentos de terra em áreas de risco.

A projeção é que as chuvas mais intensas deverão começar a cair nesta quarta-feira (22) e podem prosseguir até o final de semana.

Entre os estados que receberam o alerta conjunto, há locais que já estão sofrendo com fortes chuvas desde sexta-feira (17), como a região metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata Mineira e o estado do Espírito Santo.

As agências federais orientam as defesas civis dos estados e municípios a remeterem o alerta aos demais órgãos que compõem seus sistemas de proteção e defesa civil, além de compartilharem as informações com institutos locais de previsão de clima e tempo. Caberá às defesas civis que atuam nas localidades o envio de alertas aos gestores municipais e às populações vulneráveis.

A Defesa Civil Nacional orienta que as pessoas que moram em áreas de risco, ou que já tenham registrado desastres anteriormente, procurem os órgãos locais de defesa civil para ter acesso ao plano de contingência para suas regiões. É importante conhecer as rotas de fuga e os pontos seguros para utilização em momento prévio aos desastres.

Alertas
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) envia alertas aos órgãos competentes sobre riscos de desastres naturais, assim como para a população, por meio de SMS nos celulares e mensagens nas TVs por assinatura. Os moradores dos estados afetados devem ficar atentos a esses canais de comunicação e, caso não tenham se cadastrado para receber os avisos pelo celular, devem fazer a inscrição.

Para se cadastrar, basta enviar um SMS com o CEP de interesse para o número 40199. De imediato, a seguinte mensagem confirmará o êxito da operação: “Cadastro realizado com sucesso. O celular está apto a receber alertas e recomendações de defesa civil. Para cancelar, envie SAIR e o CEP para 40199”. É permitido cadastrar mais de um CEP.

Os alertas em TV por assinatura são enviados diretamente aos televisores. O serviço é gratuito, está disponível em todos os estados do Brasil e não há necessidade de cadastro prévio.

Conluio entre Vale e Tüv Süd levou à tragédia de Brumadinho, diz MPMG

Ao apresentar hoje (21) detalhes da investigação sobre a tragédia de Brumadinho (MG) que levou à denúncia contra 16 pessoas por homicídio doloso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustentou que houve um conluio entre a mineradora Vale e a consultoria alemã Tüv Süd. Conforme a acusação, ambas as empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem que se rompeu, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos.

A tragédia completa um ano no próximo sábado (25) e, desde então, 259 corpos foram resgatados. Onze pessoas permanecem desaparecidas. A maioria dos mortos eram trabalhadores da própria Vale ou de empresas terceirizadas que atuavam na Mina Córrego do Feijão. A estrutura que se rompeu operava respaldada por auditorias da Tüv Süd, que assinou a declaração de estabilidade.

Entre os 16 denunciados, está o então presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e mais 10 funcionários da mineradora. Os outros cinco ocupavam cargos na Tüv Süd. Eles foram acusados por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso duplamente qualificado, levando em conta que as vítimas não tiveram possibilidade de defender suas vidas. Caso sejam condenados, apenas para o crime de homicídio, as penas podem variar entre 12 e 30 anos. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais e podem ser penalizadas com diversas sanções.

General view from above of a dam owned by Brazilian miner Vale SA that burst, in Brumadinho, Brazil January 25, 2019. REUTERS/Washington Alves
Tragédia de Brumadinho completa um ano no dia 25 de janeiro – REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados
Sistema de pressão

De acordo com o promotor de Justiça, Willian Garcia Pinto Coelho, o crime não ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, mas teria se iniciado em novembro de 2017. Ele afirma que foi identificado um mecanismo de pressão sistematicamente utilizado pela Vale contra empresas de auditoria.

“Baseava-se na retaliação e recompensa. As empresa que não aceitavam entrar no conluio e demonstravam eventualmente discordância com os objetivos corporativos do trabalho eram retaliadas e afastadas dos contratos. Em sentido contrário, a Tüv Süd cedeu ao ser pressionada pela Vale. Ela optou deliberadamente por adentrar no conluio ilícito e foi recompensada por isso. A Tüv Süd passou a adotar um protagonismo na gestão de riscos daquela barragem, numa posição contraditória à independência e autonomia que deveria se dar numa auditoria”, disse o promotor.

O conluio resultou, segundo Coelho, na emissão de declarações de condição de estabilidade falsas que tinham como objetivo servir de escudo para que as atividades da Vale permanecessem sigilosamente arriscadas. O promotor afirma ainda que houve uma “ditadura corporativa”, na qual a Vale impôs à sociedade suas decisões tomadas a partir informações internas que não foram compartilhadas com o poder público e com a população.

No curso das investigações, foi descoberto um sistema interno que o promotor classificou de “caixa-preta da Vale”. Ele trazia a lista das “top 10”, isto é, uma tabela mantida em sigilo na qual estavam mencionadas 10 barragens classificadas “em situação inaceitável de segurança”. A estrutura que se rompeu em Brumadinho era uma delas. A lista fazia referência ainda a barragens que, após a tragédia, tiveram seu nível de emergência elevado e demandaram a evacuação de comunidades . Tais estruturas são as mesmas que aparecem em outros documentos classificadas como “em zona de atenção“.

Segundo o MPMG, a mineradora fazia previsões econômicas em torno de eventuais desastres e chegava ao ponto de calcular o valor de um colchão de uma cama de casal para as classes C, D e E. A denúncia cita, como noticiado em primeira mão pela Agência Brasil em fevereiro de 2019, que um estudo interno da Vale  apresentava metodologias para calcular o valor de uma vida humana e uma delas chegava ao resultado de US$ 2,56 milhões.

Os detalhes da investigação e da denúncia foram apresentados nesta tarde em uma coletiva conjunta do MPMG e da Polícia Civil de Minas Gerais, que anunciou a conclusão do inquérito. As duas instituições explicaram que adotaram uma metodologia inédita no estado. Em um processo usual, cada uma delas realizaria suas apurações de forma paralela e, uma vez concluído, o inquérito policial é remetido ao MPMG, a quem cabe efetuar a denúncia. Dessa vez, optaram por trabalhar em conjunto, compartilhando recursos e estruturas. Por esta razão, o inquérito e denúncia foram concluídos ao mesmo tempo.

Fator de segurança

Ao todo, foram apreendidos mais de 90 máquinas, entre computadores e celulares que reuniam informações técnicas de engenheiros e geólogos das duas empresas. A investigação ouviu ainda especialistas internos e envolveu mandados de prisão temporária, embora todos os alvos tenham sido soltos, posteriormente beneficiados por habeas corpus.

Segundo o delegado Eduardo Vieira Figueiredo, ao longo das investigações, constatou-se que a Vale não atendeu normas estabelecidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) associadas ao Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM ). Ele afirmou que a existência de um potencial de comprometimento de segurança na estrutura minerária deve ser comunicada à ANM como situação de emergência.

Um dos depoimentos considerados centrais foi o de Fernando Lima, sócio da Potamos, empresa que presta serviços similares à Tüv Süd. Ele reiterou o que já havia dito durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG): o fator de segurança da barragem de Brumadinho deveria ter sido considerado para que fosse negada a declaração de estabilidade.

“A própria Vale já tinha conhecimento de que o fator de segurança da barragem era de 1.3. A Tüv Süd, quando prestava consultoria para outras mineradoras, declarava em seus relatórios técnicos que, para declarar a condição de estabilidade, o fator de segurança mínimo deveria ser de 1.3. E elas tinham conhecimento de que a barragem não apresentava fator de segurança de 1.3, o que por si só já configura potencial comprometimento da estrutura. Portanto, já demandaria o acionamento do nível 1 do PAEBM. E esse acionamento significaria, no mínimo, que o poder público teria conhecimento da situação de criticidade daquela barragem”, disse o delegado.

Figueiredo disse ainda que as duas empresas chegaram a discutir medidas para melhorar o fator de segurança. No entanto, as recomendações de curto prazo apresentadas pela Tüv Süd foram ignoradas pela Vale, que empreendeu esforços apenas em ações de médio prazo.

Rescue workers are seen after a dam, owned by Brazilian miner Vale SA, burst in Brumadinho, Brazil January 26, 2019. REUTERS/Washington Alves
Na tragédia de Brumadinho, 259 corpos foram resgatados e 11 pessoas permanecem desaparecidas – REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

De acordo com a denúncia, o então presidente Fábio Schavartsman teve participação no crime ao canalizar esforços corporativos para atingir uma das metas de sua gestão: alcançar a liderança mundial em valor de mercado entre as empresas do setor. Para tanto, segundo o MPMG, foram assumidos riscos inaceitáveis e sua atuação foi determinante para que o rompimento ocorresse.

“Ele confirmou que sabia da existência de barragens na zona de atenção. E num cenário de gestão crítica de barragens, com diversas delas em situação reconhecidamente inaceitável pela própria empresa, ele não adotou as medidas necessárias. Mas mais do que isso, ele atuou diretamente para manter sensação de segurança da Vale”, disse o promotor.

A denúncia reuniu declarações corporativas consideradas falsas. “O presidente se manifestava em público, incluindo aí eventos voltados para acionistas e investidores, nos quais afirmava que as barragens estavam em condição impecável de segurança, quando internamente ele já sabia que isso não era verdade”, acrescentou o promotor.

Competência

O MPMG e a Polícia Civil defenderam que o julgamento seja conduzido pela justiça mineira. De acordo com promotor, os argumentos favoráveis à competência estadual estão incluídos na denuncia. “O crime dói no mineiro. E a sociedade mineira, através de suas instituições, está preparada para dar uma resposta ao final do julgamento”.

O caso, no entanto, também é tratado na esfera federal. A Polícia Federal desmembrou sua investigação e, em setembro do ano passado, indiciou 13 pessoas  por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A apuração de crimes ambientais e contra a vida tiveram sequência.

Na semana passada, a PF informou que novos indiciamentos só devem ocorrer após junho . Isso porque está em andamento uma perícia de engenharia que pretende esclarecer qual foi o gatilho da liquefação, isto é, o que fez com que o rejeito, que estava sólido dentro da barragem, se convertesse em fluido.

Para o MPMG, é preciso separar questões de interesse acadêmico e científico das questões de interesse da apuração penal. O promotor sustenta que a identificação da responsabilidade penal não seja deslocada para um debate meramente técnico de engenharia ou geologia. Segundo ele, especialistas têm dito que estudar o gatilho da liquefação será uma tarefa que ocupará pesquisadores pelos próximos anos.

“Dentro da nossa linha investigativa, há provas que as pessoas denunciadas detinham um pacote de informações sobre a segurança da estrutura e chegaram à conclusão de que o risco era inaceitável. E mesmo assim, cada qual executou tarefas omissivas ou comissivas, levando as empresas a se omitirem em deveres de transparência, emergência e segurança”.

Outro lado

Em nota, a Vale informou confiar no completo esclarecimento das causas da ruptura. “Sem prejuízo de se manifestar formalmente após analisar o inteiro teor da denúncia, a Vale desde logo expressa sua perplexidade ante as acusações de dolo. Importante lembrar que outros órgãos também investigam o caso, sendo prematuro apontar assunção de risco consciente para provocar uma deliberada ruptura da barragem”, acrescenta o texto.

A Tüv Süd informou que está cooperando com as autoridades e reiterou o “compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos”.

Cartilha do MPPE orienta na identificação de violência contra mulher

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lançou a cartilha com orientações sobre a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha. O objetivo central da ação é garantir que seja de conhecimento público as principais informações acerca de casos de violação de direitos da mulher. Desta forma, o documento reúne orientações
práticas sobre a temática que vão desde a identificação dos tipos de violência sofridas pela mulher até contatos que podem ser acionados em casos de emergência.

Chantagem, xingamentos, isolamento dos amigos e da família, ou até mesmo empurrão. São formas de violência doméstica previstas na Lei Maria da Penha, mas muitas vezes não identificadas por quem sofre com elas. Fazer com que a própria mulher se perceba vítima é um dos desafios no enfrentamento a este tipo de crime.

“Conhecimento é poder. Lendo a cartilha, uma vítima pode começar a refletir sobre seu relacionamento. Ou alguém pode identificar o relacionamento de uma amiga e conversar com ela. Precisamos dar conhecimento não só às vítimas, mas à população em geral. Até pouco tempo, a violência contra a mulher era algo do âmbito
privado. Hoje, por força de lei, é assunto da sociedade. É um problema de todos nós, que gera consequências”, disse a procuradora de Justiça do MPPE, Sineide Canuto.

Com textos e ilustrações, a intenção é de que esse material
seja compartilhado pelas redes sociais e aplicativos. “Os filhos dessa violência têm uma tendência de reproduzir os atos violentos, não só com as companheiras, mas com a sociedade. Essas mulheres vão lotar o serviço de saúde, necessitando de serviços de psicologia e psiquiatria. Elas também terão problemas no trabalho. A gente precisa falar sobre isso. A gente tem de meter a colher”, disse a promotora de justiça, Geovana Belfort, uma das autoras da cartilha.

Nas informações contidas, destacam-se: os tipos de violência, onde a mulher pode pedir ajuda, o que está previsto na Lei Maria da Penha e como se dá o ciclo da violência.

A cartilha está disponível para download na página oficial  do MPPE. “No plano da repressão criminal, no ataque aos crimes que já ocorreram, como na prevenção, os índices são muito altos. Como em qualquer crime, não temos esperança de erradicar completamente, mas precisamos reduzir a incidência”, reforçou Sineide Canuto.
Participaram do processo de elaboração, promotoras de Justiça, psicólogas e assistentes sociais do MPPE.