Porto duela com Ypiranga na estreia da 2ª Divisão

Pedro Augusto

A bola vai voltar a rolar pelo Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão. Sete jogos movimentam, neste fim de semana, a primeira rodada da edição 2018. No sábado (25), o Vera Cruz recebe o Náutico, a partir das 16h, no Estádio Gonzagão. No domingo (26), o Sete de Setembro encara o Serrano, no Gigante do Agreste; o Petrolina pega o 1º de Maio, no Nilo Coelho; o Timbaúba mede forças com o Centro Limoeirense, no J. Ferreira Lima, bem como o Ypiranga duela com o Porto, no Luiz Lacerda. Todos os confrontos serão realizados a partir das 15h. Em paralelo, o Sport enfrenta o Íbis, na segunda-feira (27), a partir das 15h, na Arena Pernambucano.

De acordo com o regulamento, apenas o campeão garantirá a vaga para a elite do futebol pernambucano. Consciente das pedreiras que terá pela frente, o Porto está apostando na base para tentar a voltar a figurar entre os grandes do Estado. O time, comandado pelo técnico Janduir Lira, está sendo composto por atletas do Sub20 e ainda por alguns jogadores experientes com idades acima dos 23 anos. Exemplos disso são o zagueiro Alisson, o volante Vagner Rosa, o lateral esquerdo Jorge, o meia-atacante Clemerson, bem como o atacante Samuel.

Segundo o técnico Janduir, o Gavião do Agreste não espera vida fácil na partida de estreia. “Conhecemos vários jogadores que estão formando o elenco do Ypiranga e sabemos das suas qualidades. Será um confronto bastante difícil, haja vista que a Máquina se preparou bem, mas estamos confiantes de que poderemos estrear com os três pontos. Intensificamos os treinamentos no decorrer das últimas semanas, o plantel vem assimilando o que temos passado e é esperar o apoio da torcida de Caruaru para largarmos bem na competição”.

Ausente de competições oficiais nas últimas duas temporadas, a Máquina de Costura tenta juntar os cacos para seguir existindo no futebol. Para isso, contratou o técnico Cícero Monteiro e alguns atletas rodados, a exemplo de Fernando Pires (volante), Tarcísio (meia-atacante), Thomas Anderson (atacante) e Fernando (zagueiro e lateral). De acordo com o gerente de futebol, Laelson Lima, a meta é alcançar pelo menos dois objetivos.

“Primeiro, estamos imbuídos de garantir a sobrevivência deste clube, que já possui 80 anos, e, pela sua tradição, não pode acabar. Depois, queremos, sim, brigar pelo acesso. O nosso grupo é bastante difícil, mas nos preparamos para fazer uma boa campanha. Contamos com um treinador experiente, jogadores rodados e uma molecada boa de bola, que vem se esforçando muito para colocar novamente o Ypiranga em destaque no futebol local. É esperar que a nossa torcida venha até Caruaru e prestigie os nossos jogos”, comentou Laelson.

Chaves

O grupo A está sendo formado por 1º de Maio, Serrano, Petrolina e Sete de Setembro; o B por Porto, Ypiranga e Decisão; o C por Timbaúba, Centro Limoeirense, Vera Cruz e Náutico. Já o D está sendo composto por Íbis, Cabense, Ferroviário e Sport. Tanto o Leão como o Timbu só irão participar desta primeira fase.

“Boa mobilidade é sinal de desenvolvimento”

Nas últimas semanas, o assunto “Mobilidade” ganhou destaque em Caruaru devido aos investimentos que foram anunciados pela Prefeitura, no tocante à realização de alguns projetos como o da Via Parque. No intuito de deixar os leitores ainda mais por dentro deste tema, que é tão importante para uma cidade, VANGUARDA traz nesta edição entrevista com um especialista no assunto, o pós-graduado em Gestão de Mobilidade Urbana, Ricardo Henrique. Confira abaixo, a entrevista:

Pedro Augusto

Jornal VANGUARDA – O novo sistema do Transporte Público de Caruaru entrou em vigor no último mês de junho. De início, a população chegou a fazer alguns questionamentos, mas agora parece tudo estar entrando no seu curso normal. De que forma você avalia esse novo sistema?

Ricardo Henrique – De forma positiva, haja vista que, além de estar cumprindo uma exigência legal, ou seja, atendendo a uma Lei Federal que determina que todo sistema de transporte público deve ser licitado, este novo sistema tem dado a oportunidade a Caruaru de reestruturar o seu atendimento em relação ao transporte por ônibus. Vale relembrar que este tipo de sistema foi iniciado na década de 70 e teve o seu primeiro contrato assinado apenas na década seguinte e, de lá para cá, o que houve foi o engessamento na questão justamente da prestação de serviços. A cidade cresceu bastante e este tipo de operação passou a ser insuficiente. Tão logo o novo sistema passou a vigorar, isso há 60 dias, algumas requalificações foram feitas no sentido de otimizar os horários dos ônibus, descobrindo também as melhores rotas a serem aplicadas. Até porque nós nos preocupamos bastante com a questão da pontualidade dos veículos. A população está se adaptando bem às reformulações que têm sido feitas.

JV – A população está prestes a ganhar um grande empreendimento na questão da mobilidade. O projeto Via Parque já se encontra avançando com o objetivo de oferecer uma extensa área de circulação e de lazer. Em sua opinião, quais são as contribuições que este projeto proporcionará aos caruaruenses?

RH – Não temos dúvidas de que este empreendimento, quando estiver todo implantado, será um divisor de águas para Caruaru, no que se refere à mobilidade ativa. A Via Parque é um projeto grandioso que, além de contemplar as questões de ciclovias, ainda possibilitará à população a utilização de outros equipamentos bastante importantes em relação à humanização e à qualidade de vida. Também comemoramos a sua elaboração e aprovação, porque a Via será implantada na linha férrea, que já se encontrava obsoleta já há vários anos. Ou seja, de leste a oeste, a cidade contará com uma área territorial muito importante no que diz respeito à circulação de pessoas, bem como à prática de esporte e lazer. Parabenizamos a iniciativa da Prefeitura!

JV – Em sua opinião como especialista, que desafios ainda necessitam ser superados no tocante à mobilidade em Caruaru?

RH – Os desafios ainda são enormes. No âmbito geral, é necessário que haja mais melhorias quanto à infraestrutura da cidade. Especificamente em relação ao serviço de transporte público, é imprescindível que sejam instalados mais pontos de ônibus e que mais bairros sejam contemplados com pavimentação, haja vista que vários pisos ainda não são adequados para comportar este tipo de serviço. Entendemos que o país vem passando por um período em que os investimentos se encontram escassos, porém existem alguns deles que possuem custos mais baixos, a exemplo dos binários. Algumas inversões e desobstruções de ruas também podem ser feitas para otimizar o nosso sistema de transporte público, qualificando, consequentemente, a nossa mobilidade.

JV – Em relação às ações do Conselho Municipal do Trânsito (Comut). De que forma este órgão vem contribuindo para com o desenvolvimento do sistema de trânsito local?

RH – Estamos há quatro anos no comando do Comut e, durante este período, tivemos a oportunidade de discutir e apontar soluções para o trânsito de Caruaru. Discutimos o sistema de táxi, o de URB, o de mototáxi e o de ônibus. No que se refere a este último, podemos exemplificar, como medidas a serem adotadas pelo poder público, a implantação de faixas exclusivas e a alteração nos sentidos de vias. Em relação a mototáxi, exploramos a questão dos mototaxistas clandestinos, a regularização da categoria, dentre outros aspectos. Neste momento, estamos voltados para debater a conclusão do Plano Diretor e a elaboração do Plano de Mobilidade da cidade.

JV – Está previsto reajuste no preço da passagem de ônibus para ainda este ano?

RH – Vale ressaltar que tivemos uma situação no início deste ano que chegou a ser comemorada por todos que fazem o sistema de transporte municipal de ônibus: a desoneração do ISS (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza). Na prática, isso acarretaria em custos mais baixos para os usuários em relação aos valores das passagens. Mas, infelizmente, na época, a Câmara de Vereadores acabou não aprovando essa desoneração. Quem perdeu foi o povo! Agora, estamos aguardando a próxima discussão sobre o assunto, que tradicionalmente costuma ocorrer a cada mês de janeiro, ou seja, até término de 2018 não haverá aumento nos preços.

JV – A Eleição 2018 se aproxima e muitos candidatos, inclusive, presidenciáveis, já estão tocando bastante na tecla da mobilidade. Em relação ao âmbito estadual e, consequentemente, local, que aspectos devem ser percebidos e cobrados pelos eleitores em relação a este tema tão importante?

RH – Em todos os aspectos, inclusive o de mobilidade, é necessário que o Governo do Estado seja parceiro de cada município. Não adianta se ter bons projetos, boas ideias e intenções se não houver um bom entrosamento entre os poderes envolvidos. Além de prestar atenção neste fator, os eleitores devem ficar por dentro das propostas dos candidatos quanto às malhas viárias, às infraestruturas do Estado e de seus municípios, bem como ao próprio sistema de trânsito local e estadual. Boa mobilidade é sinal de desenvolvimento e é o que desejamos para Caruaru e todo Pernambuco.

Foragido é preso em Gravatá

Um foragido da Justiça pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo foi preso na última terça-feira (21), em Gravatá, no Agreste. De acordo com as informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem, de 29 anos, que não teve a identidade divulgada, tentou se passar pelo primo para tentar enganar a fiscalização. Aos policiais, o foragido admitiu ter utilizado os dados do parente para falsificar o documento e confirmou ter consumido maconha enquanto dirigia. Ele foi reconduzido ao sistema prisional.

Aberto, 17º Jogos Escolares de Caruaru

Os XVII Jogos Escolares Municipais de Caruaru, que já movimentam o meio estudantil da cidade, têm vasta programação a partir deste sábado (25). A abertura ocorreu na noite da última quinta-feira (23), no Sesc Caruaru. O evento, considerado como a maior competição esportiva do Interior de Pernambuco, inicia este ciclo superando os números do ano passado. Nesta edição, são mais de 5.000 atletas inscritos, de mais de 80 instituições de ensino das redes federal, estadual, municipal e particular, enquanto que em 2017 foram mais de 4.000 alunos de 69 instituições.

Nos Jogos, os estudantes irão competir nas categorias pré-mirim, mirim, infantil e juvenil, no feminino e masculino, em 14 modalidades: futsal, futebol de campo, voleibol, vôlei de praia, handebol, basquetebol, natação, atletismo, judô, caratê, xadrez, tênis de mesa, badminton e bocha paralímpica. A competição terá duração média de 45 dias e contará com a inserção de paratletas em diversas modalidades.

As disputas iniciam com o xadrez neste sábado (25), das 8h às 14h, no Colégio Criativo. A Prefeitura de Caruaru está à frente da realização do evento, através das secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, por meio da Gerência de Esportes e Lazer.

Desemprego continua em alta, mas já há luz no final do túnel

Pedro Augusto

De acordo com a pesquisa da Agência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, feita esta semana com exclusividade para o VANGUARDA, de janeiro de 2015 até junho de 2018, exatamente 7.381 trabalhadores com carteira assinada acabaram perdendo os seus respectivos empregos nos setores econômicos de Caruaru. O intervalo específico corresponde ao do agravamento, estagnação e certo declínio da crise política e financeira nacional, que, entre tantos efeitos negativos provocados para a população, também permanece sendo um dos principais responsáveis pela continuidade dos índices de desemprego em alta nas cinco regiões que formam o país.

Levando ainda em consideração o cenário local, segundo o levantamento do MTE, em 2015 – ano em que o Brasil vivenciou o seu maior período de crise -, ao todo foram desativados 3.666 postos de trabalho formais contra 3.256 no ano seguinte e 311 em 2017. De acordo com o auditor fiscal da Agência Regional de Caruaru, Francisco Reginaldo, tal queda no volume de demissões se deveu a alguns aspectos destacados por ele, em entrevista concedida na manhã da última segunda-feira (20) ao VANGUARDA.

“Algumas medidas adotadas ao longo destes anos acabaram influenciando na certa recuperação econômica, conforme temos observado no Brasil. Poderíamos destacar a liberação por parte do governo em relação ao saldos das contas do FGTS para quem havia pedido demissão, à redução de algumas taxas de juros, bem como ao aumento dos índices de confiança em relação às empresas. Tudo isso, somado a outros fatores, possibilitaram um melhor desempenho por parte da nossa economia, que acabou resultando na redução dos postos de trabalho desativados na Capital do Agreste”, avaliou Francisco.

De acordo ainda com o estudo da unidade do Ministério do Trabalho e Emprego, durante este intervalo, de pouco mais de três anos, os setores econômicos locais que foram mais afetados com a crise em relação às demissões corresponderam ao comércio, com 2.454 postos de trabalho fechados; à construção civil, com 1.620 reduções de quadro; à indústria, com 1.578 desativações, e ao serviço, com 1.123 demissões.

A notícia boa é que este ano, para surpresa de alguns, o volume de exonerações no cenário local se encontra quase quatro vezes menor em relação a 2017. Se até o primeiro semestre do ano passado, 500 postos haviam sido fechados, no mesmo período de 2018, apenas 148 desativações ocorreram no mercado de Caruaru. “É claro que o desemprego ainda continua em alta na Capital do Agreste, assim como vem acontecendo em todo o país, porém ele se encontra menor em comparação com os outros anos de crise. Exemplo disso é a construção civil, setor este que foi o segundo a mais demitir durante a época de crise e já vem apresentando números positivos”, acrescentou Francisco Reginaldo.

Tomando como parâmetro os dados colhidos pelo MTE, a expectativa é de que, até o término de 2018, o quantitativo de demissões contabilizadas tenha diminuído na cidade. “Isso mesmo. A tendência é de que, ao fim deste ano, o nível de desativações sofra um decréscimo significativo em relação aos anos anteriores. Reiteramos que o desemprego permanece em alta no município, porém, aos poucos, a situação vem melhorando no âmbito local”, finalizou Francisco Reginaldo.

Grave acidente deixa dois mortos

Um acidente grave resultou na morte de duas pessoas e deixou ainda duas feridas, na manhã da última segunda-feira (20), no quilômetro 24 da BR-104, em Toritama, no Agreste do Estado. De acordo com informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal, um automóvel, que estava conduzindo quatro pessoas, acabou se deslocando para a contramão e bateu de frente com um caminhão caçamba.

Com o impacto, Silvio Alves dos Santos, de 32 anos, e Moisés Ribeiro Bispo, de 37, respectivamente, o motorista e o passageiro do automóvel, morreram no local. Em contrapartida, os outros dois ocupantes do veículo, identificados como Tiago César do Nascimento, de 20 anos, e Gilberto Rodrigues de França, de 38, ficaram feridos e acabaram sendo socorridos para o HRA, em Caruaru.

Já o motorista do caminhão não se feriu, conforme informou a polícia. Ele realizou o teste do bafômetro e foi liberado após o resultado ser constatado normal.

Programa de Embaixadores tem inscrições abertas até setembro

Estão abertas as inscrições para o Programa de Embaixadores da Brazil Conference at Harvard & MIT. Em sua quarta edição, a iniciativa traz uma novidade. Desta vez, ao invés de cinco jovens, serão selecionados dez universitários brasileiros, dois de cada região do país, para serem disseminadores dos debates realizados na Brazil Conference 2019, que ocorrerá em Boston, Estados Unidos, nos dias 5 e 6 de abril do próximo ano. As inscrições podem ser feitas até o dia 24 de setembro na página do evento na internet.

Pode concorrer qualquer brasileiro com 18 anos completos até o dia 28 de fevereiro de 2019, estudante de graduação e devidamente matriculado em uma universidade no Brasil, seja pública ou privada. Os candidatos escolhidos terão os custos com emissão de visto e passaporte, passagens aéreas, hospedagem, alimentação e entrada patrocinados pela organização do evento.

O Programa de Embaixadores é composto por três fases. A primeira consiste no preenchimento do cadastro que, além de perguntas pessoais, também traz questões de perfil, histórico de iniciativas, um teste de lógica e um vídeo curto de apresentação dos candidatos. A segunda é um breve questionário para avaliar se o concorrente está alinhado com a missão da Brazil Conference e entender como ele irá agregar ao programa e ao evento. Os que satisfizerem esses critérios serão escolhidos para a terceira etapa, onde são entrevistados por dois membros da organização, saindo os dez selecionados.

Os nomes dos selecionados na primeira fase serão conhecidos no dia 12 de outubro. A divulgação dos aprovados na segunda fase, que participarão da seleção dos finalistas, ocorrerá dia 4 de novembro. A seleção dos embaixadores, aprovados na terceira fase, será apresentada em 12 de janeiro de 2019.

Programa – Uma iniciativa da Brazil Conference at Harvard & MIT, o Programa de Embaixadores foi criado devido à necessidade e importância de trazer jovens universitários do Brasil para aproximá-los dos debates realizados na conferência. Com isso, os participantes se tornam multiplicadores, em suas regiões, do conteúdo discutido durante o evento, além de também serem reconhecidos pelo papel de protagonismo que têm em suas cidades.

A primeira edição do Programa de Embaixadores aconteceu na Brazil Conference de 2016, ano em que mais de 1.400 candidatos foram inscritos e quatro jovens foram escolhidos para irem até Boston. No ano seguinte, foram mais de 8.600 inscrições e, dessa vez, cinco foram selecionados. Em 2018, alinhado com a maior estrutura do evento foram mais de 16 mil inscritos e, novamente, cinco foram escolhidos. Desde então, as responsabilidades aumentaram e, além de se comprometerem a levar para o Brasil novos pontos de vista e a continuidade do diálogo, os embaixadores ajudam na parceria com suas universidades para que transmitam ao vivo as palestras, além de realizarem um evento nos mesmos moldes da conferência gerando novos debates após o retorno dos Estados Unidos.

Conferência – Desde 2015, a Brazil Conference at Harvard & MIT é organizada pela comunidade brasileira de estudantes em Boston para promover o encontro com líderes e representantes da diversidade do Brasil, com a missão de encontrar soluções inovadoras para o futuro do nosso país. Com o objetivo de encorajar jovens brasileiros a desempenharem papel ativo e transformador frente à realidade brasileira, de envolver alunos de graduação no Brasil nos debates da Conferência e de criar lideranças que instigarão discussões em universidades no Brasil, a Brazil Conference realiza o Programa de Embaixadores.

Abrem nesta sexta (24) inscrições para o Prêmio Calouro Destaque

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, receberá novas inscrições para o Prêmio Calouro Destaque a partir desta sexta-feira, 24. Os interessados poderão se inscrever entre 10h, horário de Brasília, e 23h59 do dia 2 de setembro, exclusivamente pela internet, na página do prêmio. Os participantes inscritos até 19 de agosto ficam dispensados de realizar nova inscrição. O Inep anunciou a nova etapa e as novidades em regulamento publicado nesta quinta-feira, 23, no Diário Oficial da União.

A data da prova também foi alterada para não coincidir com o tradicional feriado do calendário escolar. A aplicação do Prêmio Calouro Destaque agora será em 21 de outubro. O critério de distribuição de prêmios também foi aprimorado, mantendo o equilíbrio regional. A principal mudança, entretanto, foi a inclusão dos estudantes de instituições de ensino superior privadas atendendo à solicitação de centenas de estudantes recém-chegados ao ensino superior.

O Inep ampliou o universo de estudantes aptos a participarem do prêmio, iniciativa para valorizar aqueles com destacado grau de desenvolvimento de competências cognitivas e para subsidiar estudos e pesquisas quantitativas e qualitativas do Instituto. O prêmio é uma parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Serão distribuídos prêmios de R$ 5 mil para mil estudantes que obtiverem os melhores resultados em uma prova de conhecimentos gerais de 80 questões, por Unidade da Federação, de modo que estudantes de todo Brasil sejam reconhecidos pelo seu desempenho.

Pode participar o estudante que cumprir, concomitantemente, três requisitos: ter concluído o Ensino Médio, ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e ser estudante brasileiro ingressante no Ensino Superior no ano letivo de 2018, regularmente matriculado em curso de graduação vinculado a qualquer área do conhecimento, na modalidade presencial, em Instituição de Ensino Superior pública ou privada.

Prova – Com quatro horas de duração, a prova de conhecimento gerais será aplicada em 21 de outubro, domingo, das 14h30 às 18h30 (horário de Brasília – DF), em 60 cidades do país. A Política de Acessibilidade do Inep garantirá a realização dos testes com os seguintes recursos de acessibilidade: prova ampliada; auxílio na leitura da prova (ledor); intérprete de Libras; sala de fácil acesso e sala para amamentação.

Estudo aponta que 29% dos brasileiros são analfabetos funcionais

Interpretar textos e entender ou expressar-se por meio de letras e números em situações cotidianas é uma grande dificuldade na vida de muitos brasileiros. Segundo conclusão do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2018, 29% (cerca de 38 milhões de pessoas) da população em território nacional é analfabeta funcional. Diante do problema, a EduQC, metodologia de estudo autodidata com base em inteligência artificial, oferece curso gratuito para medir e melhorar o nível de português.

Engana-se quem acha que essa dificuldade não atinge também quem é formado no ensino superior. De acordo com a EduQC, 35% dos cadastrados na plataforma – pessoas que estudam para concursos públicos jurídicos, fiscais, tributários, etc – possuem um nível de português entre rudimentar e elementar, o que é inaceitável para estudar os assuntos relacionados ao edital.

A plataforma aponta, ainda, que um em cada três candidatos a concursos públicos deveria estudar apenas português. Além de ser a disciplina mais importante dos conhecimentos básicos, o domínio da língua influencia como a pessoa aprende as demais disciplinas, a forma como interpreta questões e escreve discursivas.Para solucionar esse problema, a plataforma criou um curso voltado só para a melhoria do nível de português das pessoas.

“Vendo que essa dificuldade atinge um número expressivo de pessoas em todo o Brasil, decidimos criar um curso, totalmente gratuito, só de português. Qualquer pessoa, que tenha acesso à internet, pode cadastrar-se na EduQC e melhorar seu entendimento e utilização das palavras”, explica Victor Maia, CEO da startup.

Por meio do curso, em algumas semanas já é possível medir um bom nível do aumento de aprendizado. Os alunos recebem todas as instruções do que é preciso estudar, de quanto tempo precisa dedicar-se (de acordo com sua rotina) e por meio de simulados constantes consegue enxergar essa evolução. “Ao iniciar os estudos com um escopo reduzido e aumentá-lo progressivamente, de acordo com o avanço, é esperado que o aluno evolua mais rapidamente”, explica Victor Maia.

A EduQC atende as áreas administrativa, bancária, contabilidade, controle, diplomacia, engenharia civil, exame da OAB, fiscal, jurídica, legislativa, policial, tributária e T.I. Para cadastrar-se para esses planos e para o curso de português basta acessar o site maquinadeaprovacao.com.br.

Sobre EduQC

Fundado em 2013 por Victor Maia e Jonas Fagundes, a EduQC é uma plataforma que utiliza inteligência artificial e metodologia exclusiva para aumentar as chances de aprovação em concursos públicos, identificando a proficiência dos candidatos em cada matéria e criando planos de estudo sob medida. A tecnologia está disponível para provas relacionadas a 10 áreas, incluindo Fiscal, Jurídica e Policial, e também para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A empresa ainda oferece um serviço B2B destinado a universidades.

Artigo: Precisamos restaurar o orgulho de nossos professores

(*) David Marcelo P. Berto

Professor: profissão das mais nobres, cujo exercício no passado era motivo de extremo orgulho, respeito e apreço. Pois bem; pelo que temos visto, não é mais assim. Hoje a profissão passa longe dos sonhos da maioria de nossos jovens. Por que tamanho desdém pela arte responsável por transmitir o saber que nos possibilita abrir a janela para o mundo? Podemos enumerar diversas razões, mas a que mais me chama atenção – e do Censo Escolar também – é a desvalorização profissional em todos os aspectos. E não estou falando apenas do aspecto financeiro.

A pesquisa “Profissão Docente”, realizada pelo Ibope Inteligência e divulgada recentemente, comprova o que estou dizendo. Dos 2160 professores de educação básica ouvidos, 33% afirmaram estar totalmente insatisfeitos com a profissão. O motivo mais citado? A desvalorização profissional. Ela é tanta que quase metade desses docentes não recomenda a própria atividade para um jovem. Os outros motivos também não são novidade: excesso de trabalho, falta de reconhecimento e baixa remuneração. Infelizmente, esses fatores só reiteram a quão menosprezada vem sendo a arte de educar em nosso país.

Os professores são fundamentais na nossa formação enquanto cidadãos pensantes e essa depreciação tem efeitos no desenvolvimento do Brasil. A falta de uma política de investimentos na área pode estagnar ou atrasar um país, uma vez que uma nação não pode ser considerada social e economicamente desenvolvida sem ter um padrão educacional decente. O educador precisa ser o elemento central de um plano de gestão que valorize a educação. Ele precisa ser ouvido, pois é quem faz o dia a dia, conhece seu público e todas as peculiaridades das áreas em que atua. Ele precisa ser tratado com dignidade, pois é o principal agente transformador, motivador e passível de referência para seus alunos. É preciso valorizar essa atividade, uma vez que ainda temos pessoas apaixonadas pela arte de ensinar. A pesquisa citada acima comprova nossa percepção quando aponta que a maioria daqueles que decidiram continuar na carreira o fizeram pelo prazer de transmitir conhecimento.

Disseminar essa paixão, porém, tem sido difícil, admito. O problema começa ainda nos anos de formação básica do futuro docente que, uma vez aluno de uma escola pública, como 80% dos estudantes brasileiros hoje, sofre com a falta de professores especializados. Quantas histórias ouvimos de alunos que nunca tiveram aula de geografia, física ou química. Mesmo nestas condições precárias este aluno se torna professor movido somente pela vontade de fazer diferente, de levar aos alunos algo que ele não teve. Ele geralmente inicia sua carreira também em escolas públicas e se depara com uma vasta dimensão de desafios inerentes ao outro lado da carteira. A baixa remuneração, que faz com que ele tenha que complementar sua renda; a falta ou atraso no repasse de recursos; estruturas de trabalho sucateadas, que não oferecem espaços e materiais adequados para desenvolver as atividades que tanto ansiou em tirar dos livros que passou anos estudando. Ao longo dos anos, a motivação vai por água abaixo; o dia a dia estressante finda com o sonho e ele acaba por procurar emprego em outras áreas ou fora do país.

Sobreviver no magistério é difícil no Brasil, mas tem solução. Não se sobrevive por mágica, mas a receita é simples. A meu ver, programas de educação continuada alinhados à realidade escolar e ao cenário tecnológico que vivemos são os pontos-chave. Em todo o país, e não só nas zonas mais carentes como se pensa, há profissionais com déficit de conteúdo e eles têm consciência disso. Tanto que 76% dos participantes da pesquisa acreditam que é necessário, sim, passarem por atualizações frequentes. A implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vem como a grande promessa para uma nova era na educação brasileira, já bate à nossa porta e o que tem sido feito para qualificar os docentes?

A educação mudou, os meios mudaram e o conteúdo a ser transmitido precisa acompanhar tudo isso. O Brasil tem quase 50 milhões de alunos matriculados em pouco mais de 180 mil escolas particulares e públicas e é o professor quem vai preparar esses jovens para mudar a sociedade. A qualidade da educação só vai melhorar quando se investir na melhoria da qualidade dos professores.

(*) David Marcelo P. Berto é graduado em Letras pela Faculdade Anhanguera de Taubaté/SP, tradutor-intérprete de Libras pela IMOESC – Caçapava/SP, professor de língua inglesa, formador internacional do método Kagan Cooperative Learning (San Diego University – California/USA), palestrante da plataforma YouTube Edu sobre habilidades socioemocionais na educação, além de especialista em construção de identidade da sala de aula, identidade do grupo e aprendizagem baseada no cérebro. É coordenador do Programa Línguas Estrangeiras do Planneta Educação, uma empresa do grupo Vitae Brasil.