Daniel Finizola repudia atentado a Lula

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Nota

“É com muita tristeza que repudiamos a violência sofrida na noite da terça (27), pela comitiva do ex-presidente Lula, onde dois ônibus que faziam o transporte de membros da imprensa, acompanhando a caravana, foram atingidos por paus, pedras e tiros. Em vídeo, a senadora e presidenta do PT Nacional, Gleisi Hoffmann, denunciou os acontecimentos e questionou a total ausência de posicionamento das instituições responsáveis pelo mantimento da ordem no país.

É inadmissível que qualquer cidadão tenha ameaçado o seu direito de circular livremente em seu país, por medo de ataques como os que vêm acontecendo ao ex-presidente Lula, que atentam inclusive, contra a sua vida.

Um homem julgado sem provas e que segue de cabeça erguida, é exemplo de luta e resistência. É preciso que as autoridades tomem providências e que mais nenhuma vida seja ameaçada por grupos fascistas que dizem defender a democracia, mas que declaram agora, abertamente, que não têm estrutura para viver em uma.

Nosso mandato está onde sempre esteve: do lado da luta e não haverá ameaça que nos retire dela.”

Festival Comida de Feira oferece aula de gastronomia

Aula-Show_Foto Arnaldo Felix

A Feira de Artesanato vai servir de palco para uma aula-show, nesta quinta-feira (29), com os chefs Thiago das Chagas, Cláudia Luna e Yuri Machado, que participam da segunda edição do Festival Gastronômico Comida de Feira.

Gratuita e aberta ao público, a aula-show é mais uma ação do festival. A partir das 10h, os chefs irão ensinar o preparo de alguns pratos que fazem parte do cardápio do festival, além de participar de um bate-papo sobre insumos encontrados na feira.

A aula vai ser realizada no Espaço Popular Presidente Lucílio Souza, que fica no coreto entre a Feira de Artesanato e sua praça de alimentação.

Bolsonaro e o PSDB estimulam atentados contra Lula, acusa Humberto

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De Brasília, onde participava de sessão deliberativa do Senado, o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), acompanhou, por contato telefônico com integrantes da comitiva, o atentado a tiros contra a caravana de Lula no Paraná. Para o senador, as balas que atingiram os ônibus são de responsabilidade de milícias nazifascistas, estimuladas pelo apoio do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e do PSDB.

O líder da Oposição acusou Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, a estimular o ódio e a intolerância entre seus eleitores. Da mesma forma, criticou a decisão da PM do Paraná, comandada pelo então governador tucano Beto Richa, de se recusar a dar apoio à segurança da caravana, que contava com a presença de dois ex-presidentes do Brasil, Lula e Dilma.

“Some-se a isso o fato de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB, dizer que o PT colhe o que planta, em vez de repudiar veementemente esse atentado contra a vida. Alckmin mostra seu nanismo político. Os tucanos estimularam Bolsonaro para derrubar Dilma e, agora que se veem engolidos por ele, querem tomar seu lugar no discurso do ódio e da violência”, avaliou. “Que triste fim para o PSDB.”

Para Humberto, que na tarde dessa terça-feira havia denunciado a escalada da intolerância na corrida eleitoral, as ameças de morte a autoridades públicas, como as que relatou o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, e os repetidos atentados contra a caravana de Lula pelo Sul mostram que a violência pode resultar em mortes nas eleições deste ano. “O que houve, na noite dessa terça-feira no Paraná, foi uma clara tentativa de homicídio. Querem alvejar Lula e, com isso, a democracia. Temos que estancar essa onda de violência ou ela tomará o Brasil”, explicou.

Reajustes pequenos elevam demandas por pescados

Foto Leonardo Cícero (11)

Pedro Augusto

O chocolate ou o vinho podem até faltar na mesa, haja vista que nem todas as pessoas apreciam estes tipos de guloseima e de bebida. Mas quando o assunto é peixe, a tradição de consumo de itens alimentares durante a Páscoa parece soar mais forte não só devido ao aspecto religioso, mas também por conta da própria preferência entre os paladares. Sendo assim, não há como se fazer outra análise a não ser de que, na época atual, os estabelecimentos que comercializam pescados costumam vivenciar o melhor intervalo do ano em termos de vendas. E em 2018, segundo análises de representantes do setor, a tendência é de faturar um pouco mais em relação ao mesmo período de 2017.

De acordo com o empresário Edmilson Leal, que é proprietário do frigorífico O Pescador, a estimativa neste ano é de comercializar cerca de 20% a mais de pescados em comparação com a Páscoa do ano passado. “Embora em 2018 a Páscoa tenha caído no final do mês, quando muitas pessoas ainda estão à espera do pagamento do salário, projetamos um crescimento nas vendas de peixes em relação a 2017, isso porque a economia brasileira vem reagindo principalmente nos últimos meses, o que têm levado os caruaruenses a consumirem um pouco mais. Desta forma, deveremos ter uma Páscoa ainda mais lucrativa em comparação com os dois anos em que tivemos de enfrentar a crise (2016 e 2017)”, analisou Edmilson.

Com o certo fôlego retomado pela economia nacional, os preços dos pescados, segundo Edmilson Leal, não sofreram grandes reajustes em relação à Páscoa do ano passado. “Os peixes mais procurados neste período são os disponibilizados em postas, como o dourado, o atum, a albacora, dentre outros, e eles praticamente não sofreram aumento no que diz respeito aos seus valores. Consequentemente, os consumidores estão tendo a oportunidade de adquiri-los em volumes maiores e todos os comerciantes do setor vêm lucrando. Para conseguirmos dar conta da alta demanda, tivemos de contratar mais cinco pessoas”, acrescentou Edmilson.

No Armazém Lacerda – outro estabelecimento tradicional de Caruaru no que diz respeito à venda de peixes -, a procura por bacalhaus também se encontra satisfatória em comparação com o ano passado. De acordo com o gerente Moacir Trajano, a estimativa é de superar em até 10% a comercialização de peixes que foi contabilizada na Páscoa de 2017. “Com exceção do bacalhau Morhua, que aumentou em torno de 10%, as demais opções de peixe praticamente não sofreram reajustes, o que têm atraído bastante clientes até o nosso Armazém. Haja vista que outro produto pode até ser dispensado, mas, nesta época, o peixe jamais deixa de fazer parte da mesa dos cristãos”, destacou.

No Armazém, o quilo do bacalhau Morhua está sendo comercializado ao preço de R$ 45, já o quilo do bacalhau Saithe não está saindo por mais de R$ 17. De acordo ainda com Moacir, a alta procura por peixes deve se estender até o Sábado de Aleluia (31). “Iniciamos a compra de bacalhaus em outubro do ano passado. Desde o último mês de dezembro que temos atendido às demandas do atacado e, desde o início da Quaresma, que as nossas vendas têm sido mais voltadas para o sistema varejo. A economia brasileira se estabilizou um pouco mais e esse avanço também está se refletindo no nosso negócio”, finalizou Moacir Trajano.

Clientes

Muitos consumidores aproveitaram a manhã da última segunda-feira (26) para comprar o peixe da Páscoa 2018. Num dos estabelecimentos visitados, a reportagem VANGUARDA encontrou o aposentado José Pereira, que achou atrativo os preços dos produtos. “Não achei caro. Como praticamente não houve aumento em relação ao ano passado, deu até para comprar duas unidades de bacalhau”, comentou.

A aposentada Maria das Graças foi outra a não reclamar dos valores dos peixes. “Na verdade, tenho preferência pelos oferecidos em postas, que geralmente possuem preços mais baratos em comparação com o bacalhau. Este ano deu para comprar o peixe não só de casa, mas também das dos meus dois filhos”, disse.

No Shopping Difusora, caça aos Ovos de Páscoa acontece a partir desta quinta (29)

Caça aos ovos_Divulgação

Quando se fala em Páscoa, o que logo vem à cabeça de muitos, sobretudo crianças, é o ovo de chocolate. Pensando nisso, o Shopping Difusora está trazendo uma ação super especial que promete dar o que falar entre os pequenos: a Caça aos Ovos de Páscoa. Tudo acontece da próxima quinta (29) até o sábado (31), a partir das 14h. Lembrando que a participação das crianças na Caça aos Ovos é gratuita.

Para participar, os pais têm de se dirigir a Casa do Coelhinho da Páscoa para realizar o cadastro, com número do CPF, e receber o mapa. Através dele, a criançada vai se guiar pelas indicações para achar os ovos. Pegadas de coelho pelos corredores também vão ajudar na trilha. A caça aos ovos possui sete etapas. À medida que as crianças vão completando cada uma das etapas elas recebem uma ‘tag’.

Ao fim do percurso da caça aos ovos, os pequenos vão receber a premiação, que são deliciosos ovos de chocolate. “Esse será um momento de muita alegria para os pequenos e também para os pais, que poderão participar da caça aos ovos junto com os filhos”, destaca o gerente de Marketing do Shopping Difusora Welter Duarte.

O ponto de partida da Caça aos Ovos de Páscoa é na casa do Sr. e Sra. Coelho. Por lá também, a criançada vai encontrar moradores especiais: coelhinhos de verdade que estarão esbanjando fofura. Além do mais, os pequenos também podem participar de atividades recreativas. Não deixe o seu filho de fora de mais essa ação que o Shopping Difusora oferece!

Inflação do aluguel acumula alta de 0,20% em 12 meses

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), avançou 0,64% em março, ante 0,07% no mês anterior. No ano, o índice acumula alta de 1,47% e nos últimos 12 meses, de 0,20%. O índice dos últimos 12 meses é a referência para a maioria dos reajustes de contratos imobiliários.

Em março de 2017, o índice havia subido 0,01% e acumulava alta de 4,86% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (28) pela Fundação Getulio Vargas.

Preços ao produtor

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,89% em março, após registrar queda de 0,02% no mês anterior. Os preços dos bens finais avançaram 0,57% em março, após recuarem 0,71% em fevereiro, com o principal destaque para o subgrupo de alimentos in natura, com a variação passando de -2,24% para 9,86%.

A taxa de variação do grupo bens intermediários passou de 0,87% em fevereiro para 0,69% em março, sendo o destaque para o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, com o percentual passando de -0,61% para -2,58%.

Os dados mostram também avanço de 1,54% no índice do grupo matérias-primas brutas. Em fevereiro, o índice havia registrado queda de 0,23%. As principais contribuições para a alta partiram de: soja em grão (-0,11% para 5,78%), milho em grão (0,15% para 11,41%) e leite in natura (-2,47% para 5,98%). Em sentido oposto, as principais quedas foram nos itens minério de ferro (0,38% para -1,88%), mandioca (7,82% para -2,39%) e suínos (-1,17% para -7,23%).

Preços ao consumidor

O estudo mensal da FGV mostrou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,14% em março, ante 0,28% em fevereiro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (1,16% para 0,40%), com destaque para a gasolina, cuja taxa passou de 2,10% para 0,18%.

Também apresentaram recuo em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e recreação (1,01% para -0,29%); alimentação (0,07% para -0,08%); saúde e cuidados pessoais (0,51% para 0,36%); comunicação (-0,05% para -0,17%) e despesas diversas (0,20% para 0,12%). As principais influências observadas partiram dos seguintes itens: cursos formais (2,05% para 0,00%), carnes bovinas (-1,24% para -2,26%), medicamentos em geral (0,24% para 0,00%), tarifa de telefone móvel (0,24% para -0,57%) e cartório (1,18% para 0,13%).

Por outro lado, tiveram aumento os grupos habitação (-0,21% para 0,19%) e vestuário (-0,56% para 0,53%). Os maiores aumentos ficaram por conta de tarifa de eletricidade residencial (-1,74% para 0,83%) e roupas (-0,46% para 0,79%).

Custo da Construção

O estudo da FGV apontou também que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% em março, contra 0,14% em fevereiro. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,50%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,32%. O índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação entre fevereiro e março.

Governo anuncia recursos para implementação do Mais Alfabetização

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

Em cerimônia hoje (28), no Palácio do Planalto, foi anunciada a implementação do Programa Mais Alfabetização com investimentos de R$ 523 milhões nos próximos dois anos. O programa do Ministério da Educação (MEC) busca fortalecer e apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes no 1° e 2° anos do ensino fundamental.

Neste ano serão liberados R$ 253 milhões, sendo R$ 124 milhões de forma imediata para escolas de estados e municípios de todo o país, de acordo com o MEC. A segunda parcela dos recursos será liberada no segundo semestre deste ano, de acordo com o monitoramento e avaliação da execução do programa.

Um dos destaques do programa é a garantia de um assistente de alfabetização ao professor em sala de aula. O professor regente contará com o apoio do assistente para o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

No evento, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância de reforçar a alfabetização no país para garantir o avanço das crianças no processo educativo. “Infelizmente o desempenho da alfabetização no país é muito precário, distante do que seria razoável, o que compromete a vida educacional de milhões de crianças. Sabemos que uma criança mal alfabetizada acumulará dificuldades ao longo de todas as etapas de sua vida educacional. E uma criança bem alfabetizada terá outro desempenho”, disse.

O presidente Michel Temer disse que o governo tem feito grandes esforços para ampliar a qualidade da educação no país. “O Brasil é um país que tem povo talentoso, trabalhador, e pode muito bem atingir um nível de justiça e bem-estar dos países desenvolvido. E para tudo isso a chave fundamental é educação para todos e educação de qualidade”, disse.

O Ministério da Educação aponta que a adesão de estados e municípios ao programa foi de 49 mil escolas atendendo assim 3,6 milhões de estudantes em 156 mil turmas dos dois primeiros anos do ensino fundamental.

O Mais Alfabetização foi lançado para reverter a estagnação na aprendizagem constatada pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em 2016. Os resultados mostraram que 54,73% dos estudantes acima de 8 anos – faixa etária de 90% dos avaliados – permanece em níveis insuficientes de leitura.

Reajuste no repasse para transporte escolar

Durante o discurso, o ministro da Educação anunciou reajuste de 20% no repasse da União para o transporte escolar. “É um item relevante pelo custo de manutenção a estados e municípios”, disse Mendonça.

Discurso de Despedida

Mendonça Filho, que vai deixar a pasta da educação para se candidatar nas eleições de outubro, terminou o discurso em tom de despedida. Após dizer que esse deve ter sido seu último discurso no Palácio do Planalto. Ele agradeceu a confiança do presidente Temer e disse que exercer o cargo de ministro da Educação foi um dos períodos mais instigantes e desafiadores de sua carreira pública.

“De todas as funções que ocupei, e já fui governador do meu estado, essa tocou me tocou em profundidade” disse.

Temer desejou sorte a Mendonça Filho em sua vida pública e política e acrescentando que pela “vida pública extraordinária” que tem no momento, ele continuará discursando por todo o Brasil nos cargos que venha ocupar.

Cordel do Fogo Encantado prepara show especial para seu retorno no Recife

O grupo Cordel do Fogo Encantado anunciou recentemente as primeiras datas da turnê Viagem ao Coração do Sol pelo Brasil e confirma show no Recife no dia 12 de maio no Clube Português. Os ingressos já estão a venda pela plataforma Sympla, meia entrada do primeiro lote a R$40,00.

Além de músicas do álbum que será lançado dia 06 de abril, incluindo o single já divulgado, Liberdade, A Filha do Vento, a banda vai apresentar também alguns dos clássicos dos discos Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006). A luz do palco estará sob responsabilidade de Jathyles Miranda de Souza, que também assina a cenografia e acompanha a banda desde o início. “A minha escola é o teatro e no Cordel consegui por em prática muito da experiência que tenho, pois a banda permite esse processo criativo como se fosse uma peça. Então, quando chega o momento de montar a luz do palco, trabalhamos semelhante à uma peça, ou seja, nada é aleatório, tudo é marcado, discutido”, conta o iluminador. E nos shows da nova turnê Gabriel Furtado foi convidado para fazer o video mapping e Isadora Gallas o figurino.

SERVIÇO:

Local: Clube Português
Data: 12 de maio
Abertura da casa: 21h30
Ingressos: 1º lote – R$40,00 (meia) / R$50,00 (social) / R$80,00 (inteira) / R$90,00 (camarote Open Bar)

Venda online: https://www.sympla.com.br/cordelemrecife

Paulo Maluf é internado em hospital particular em Brasília após passar mal na Papuda

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Congresso em Foco

O deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP) foi internado, na madrugada desta quarta-feira (28), em um hospital particular de Brasília. Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido por Kakay, informou que o congressista sofreu complicações em seu quadro de saúde e deverá ficar internado por pelo menos três dias.

O advogado de Maluf também ressaltou que o quadro de saúde do parlamentar é grave, com “permanente risco de óbito”. O Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (Home) confirmou a internação do deputado. No entanto, não deu detalhes sobre seu estado de saúde, por não ter sido autorizado pela família.

O parlamentar cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde 22 de dezembro, após ter sido condenado por corrupção pelo STF. Desde então, os advogados de Maluf acumulam sucessivas negativas da Justiça para que ele cumpra sua pena em regime domiciliar.

Essa semana, a defesa ingressou com novo apelo ao STF sob a justificativa de que ele “corre o risco de ficar cego”. No pedido, a defesa anexou um relatório oftalmológico que “aponta a possibilidade de perda total da visão do único olho funcional” do parlamentar, caso não seja feito o necessário tratamento que, de acordo com eles, Maluf “não tem à sua disposição”.

O relatório aponta ainda que ele perdeu a visão do olho direito em abril de 2017. No caso do olho esquerdo, “apresenta também degeneração macular e pode rapidamente desencadear quadro irreversível com perda da visão do seu olho único”.

Além disso, a defesa ressalta argumentos já usados em pedidos anteriores como a idade de Maluf, que atualmente está com 86 anos, além de suas complicações de saúde como os problemas cardíacos, o câncer de próstata, o diabetes e a hérnia de disco. Os advogados também alegam que não houve trânsito em julgado no caso da condenação de Maluf, ainda havendo um recurso para ser analisado.

Leia a nota do advogado de Maluf na íntegra:

“O Dr Paulo Maluf teve uma complicação séria no seu quadro de saúde esta madrugada e foi internado as pressas no hospital HOME perto da meia-noite. A informação é que terá que ficar sob observação por pelo menos 3 dias. A defesa não obteve ainda maiores detalhes e também se preserva o direito de respeitar a dor e a preocupação da família, que não quer maior exposição. Como é do conhecimento de todos o quadro de saúde do Dr Paulo é grave ,com constante e diário comprometimento , inclusive com permanente risco de óbito. O que cabia a defesa técnica foi feito, agora são os médicos que estarão responsáveis pela saúde. Kakay”

“Bolsonaro não vai se esvair do nada”, avalia diretor do Instituto Ipsos

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Congresso em Foco

Líder nas pesquisas de intenção de voto em que o ex-presidente Lula é excluído da disputa, cenário mais provável devido à condenação em segunda instância, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é um concorrente a ser levado a sério pelos demais candidatos, a despeito de suas inúmeras controvérsias, adverte o diretor do terceiro maior grupo de pesquisas do mundo, o francês Ipsos. Responsável pelo setor de Public Affairs (assuntos públicos) do instituto francês no Brasil, Danilo Cersosimo explica que, além de elevados índices de intenção de voto, Bolsonaro acumula percentual considerável na avaliação de sua imagem. Seu nível de aprovação varia entre 20% e 24%.

Para Danilo, a intenção de votos, somada à aprovação da imagem, demonstra que Bolsonaro tem uma base consistentes e não será desidratado facilmente ao longo da campanha, mesmo dispondo de menos tempo de rádio e TV e de recursos que boa parte de seus adversários em outubro. “Ele já tem base, não é apenas um fenômeno que vai se esvair do nada. Do ponto de vista da corrida eleitoral, é preciso saber como esse jogo vai acontecer, muito provavelmente sem Lula”, diz o diretor da Ipsos em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco.

Danilo considera que, mesmo tendo quase 30 anos de mandatos na Câmara, Bolsonaro projeta para parte do eleitorado o sentimento “antipolítico” e tende a ser o grande beneficiário se nomes que poderiam ocupar esse espaço, como o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e o apresentador de TV Luciano Huck, ficarem de fora da disputa.

“A desidratação do nome do Bolsonaro pode favorecer alguém com esse perfil. A tal desidratação de Bolsonaro pode ocorrer se vier um nome desse perfil. Os debates serão decisivos para ele. Vai depender de quem serão os interlocutores, isso vai ser fundamental para tomada de decisão durante a campanha, que é relativamente curta pela importância que tem.”

Na entrevista abaixo, o diretor da Ipsos também aposta que o PT ficará fora do segundo turno da eleição, devido à fragilidade dos cotados para substituírem Lula caso se confirme o indeferimento de sua candidatura, casos do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e do ex-governador baiano Jaques Wagner. Para Danilo Cersosimo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é um nome que tem todas as condições de chegar à rodada final de votação com grandes chances de vitória. “Se for Alckmin, é muito grande a chance pela força partidária do PSDB, ainda que internamente continue em fragmentação. Hoje vejo mais força no PSDB do que no PT para chegar ao segundo turno. Um segundo turno entre ambos é quase impossível”, considera.
Desde novembro do ano passado, a Ipsos desenvolve com o jornal O Estado de S. Paulo o Barômetro, levantamento que mede a popularidade das principais figuras públicas do país. A iniciativa ouve mensalmente cerca de 1.200 pessoas em 72 municípios e faz parte do Pulso Brasil, pesquisa da Ipsos que monitora a opinião pública sobre política, economia, consumo e questões sociais.

Congresso em Foco – Que características o senhor antevê para a eleição presidencial? O que deve haver de diferença em relação à eleição passada?
Danilo Cersosimo – Parece-me que vamos de novo presenciar essa crescente onda dos últimos anos de absenteísmo, de votos nulos e brancos no país. Isso se dá muito pela falta de identificação da população com as lideranças que aí estão. Existe um vácuo de liderança, que não foi preenchido. Não creio que teremos o efeito do novo na política. O discurso do gestor, do novo, como foi o efeito Doria, muito possivelmente não se replicará no Brasil. Existe uma carência por lideranças, um sentimento de antipolítica que não será preenchido por esse perfil que o Doria, em algum momento, sugeriu ocupar. Por outro lado, existe um flanco para um outsider no perfil antipolítica, mas “à la Bolsonaro”, tanto que ele está aí. Ele tem entre 14% e 15% de votos em pesquisas espontâneas. No nosso monitoramento do Barômetro ele tem tido constante aprovação de imagem, de 20% a 24%. Se, por um lado, aprovação de imagem não significa conversão de voto, quando a gente olha os dados do Bolsonaro e os dados eleitorais eles são relativamente consistentes.

Bolsonaro têm fôlego para ir adiante?
Tem imagem consistente num núcleo de eleitores e consegue entre 14% e 15% de intenções de voto. Ele já tem base, não é apenas um fenômeno que vai se esvair do nada. Do ponto de vista da corrida eleitoral, é preciso saber como esse jogo vai acontecer, muito provavelmente sem Lula – suas chances de concorrer são quase inexistentes – e pensando nos nomes mais prováveis pelo PT, como Fernando Haddad e Jaques Wagner… Por outro lado, em 2016, o PT se enfraqueceu demais, por conta do que estava por vir com a Lava Jato e o impeachment da Dilma. Perdeu muitas prefeituras, perdeu musculatura. Conseguirá Lula fazer sucessor mesmo estando inelegível ou encarcerado? Acredito que não, por causa da força que o PT deixou de ter como máquina política. Está longe dos grandes centros de poder.

O que muda sem Lula?
Com Lula, ele certamente iria para o segundo turno com chance considerável de ser eleito. Sem Lula o cenário muda muito. Nesse cenário abre-se possibilidade enorme para nomes vindos de fora. Mas nomes vindos de fora com discurso de gestão perderam um pouco a força. Abre-se espaço para um outsider como Luciano Huck e Bolsonaro pela necessidade de liderança mais carismática. É preciso pensar quais são as carências da população, desemprego, violência e corrupção, como cada um desses nomes vai ocupar esses territórios. Corrupção resvala em outra esfera que é de administrar bem o recurso público. Teria espaço para o discurso do bom administrador, mas ninguém parece querer ocupá-lo.

Quais serão os grandes temas desta eleição?
Pela ordem, desemprego, segurança pública, corrupção e boa gestão dos recursos públicos. Corrupção até mais que boa gestão, especialmente em classes mais altas. As classes sociais mais baixas, com situação de emprego mais fragilizado, demandam muito mais soluções em relação a emprego. Emprego e saúde sempre são os principais itens da agenda. Seriam no atual contexto de crise econômica, de cinco anos de economia ruim, mais de 12 milhões de desempregados, isso só está mais forte em 2018 do que em 2010 e 2014. Quando olhamos para questões do plano econômico, em todos os países, as pessoas entendem as questões do campo econômico como inflação e emprego. Há um ano e meio a inflação era item muito presente nas demandas da sociedade. Hoje não é vista mais como grande problema a ser resolvido. Desemprego continua a ser. Era pior há um ano, mas continua como principal problema a ser resolvido, acima das demais questões.

Que erro será fatal para um candidato à Presidência em 2018?
Uma campanha deveria ser conduzida de maneira construtiva e propositiva. Mas isso quase nunca ocorre. Um erro estratégico será não se colocar no lugar do brasileiro. Candidatos terão de falar a língua do brasileiro para serem compreendidos. As vezes a ideia é muito boa, mas se ela não for bem transmitida, não terá sucesso. Ainda que tenha perdido eleições, Lula sempre foi um fenômeno por saber criar laço com o povo, especialmente quando o brasileiro está mais vulnerável. Não dá pra tratar de grandes questões num país fragilizado de maneira distante. Principalmente emprego e violência. Pegando ambas como exemplo, elas precisam de solução em curto, médio e longo prazo. Grande deficiência que temos no Brasil hoje é tratarmos só de curto prazo. Isso não vai mudar, mas seria erro fatal. O Brasil tem problemas a serem resolvidos hoje. Isso precisa ser comunicado de maneira calorosa, se colocando no lugar do brasileiro que está sofrendo há anos. Em 2013, quando estouraram as manifestações, ficou clara a percepção de que o brasileiro paga muito imposto e o dinheiro não é utilizado e escoa pelos ralos da corrupção. É preciso ter sensibilidade para tratar dessas questões. Todo nome da política é visto com um pé atrás. Quem não estiver envolvido em escândalos tem credibilidade maior para tratar de coisas delicadas.

A disparidade de recursos e tempo de TV será decisiva nesta eleição?
É um grande desafio. Certamente será um problema. Candidatos com maior tempo de TV, como Alckmin, mesmo não tendo até aqui desempenho positivo, isso pode mudar favoravelmente pra ele. A questão que fica é qual será o papel da internet e das redes sociais para balançar esse cenário. Num país em que a internet não tem a força que a gente imagina, talvez não resolva tudo. Isso pode mudar um pouco o cenário eleitoral. A gente vê, não só no Brasil, esse exército de seguidores, mas boa parte é bots. Vamos ter resposta de influência da internet este ano. Não vejo a internet ainda no Brasil com capacidade de influenciar uma campanha a ponto de eleger um candidato. Bolsonaro talvez seja o maior exemplo de bom uso de estratégica de comunicação na internet. Ficou bem mais conhecido pela internet. Ele sabe que precisa ultrapassar essa fronteira. Não se ganha eleição no país sem o voto das classes mais baixas, do interior do país. Existe massa alijada desse debate da internet. Pode ser que nos próximos anos que isso cresça. O corpo a corpo, o líder político local nas pequenas e médias cidades ainda conta muito pra encorpar uma campanha. A internet não vai eleger ninguém.

MDB, PT e PSDB ficarão com mais recursos e tempo de TV, tem estrutura nos municípios e estados. Bolsonaro e Marina são grandes perdedores nesse cenário?
Nesse sentido sim. Marina muito mais porque não tem a força de comunicação do Bolsonaro. Vai ser muito interessante olhar como será uma campanha se Luciano Huck e Joaquim Barbosa concorrerem. A depender da sigla, enfrentariam mesmos problemas de Marina, mas são figuras de muito alcance. Isso é um problema, mas é um problema maior porque nos últimos quatro anos não foi construída nenhuma alternativa nesse sentido. Tivemos quatro anos para que alternativas fossem construídas. Isso não aconteceu. O fato concreto é que temos uma eleição que tende a ser pulverizada, com serie de nomes concorrendo, mas que no final das contas, cm essas regras, nem todos terão igualdade de alcance. Olhar pra trás e ver o tempo perdido é penoso.

O eleitor se cansou da polarização PT e PDSB?
Ela tenderia a se repetir num cenário com Lula. Por não haver possivelmente esse cenário essa polarização vai ser certamente impactada. Não vejo o PT indo para o segundo turno nem despontando candidato forte com condição de de polarizar. Quando olho para o PDSDB, de novo sinalizando fragmentação interna, vejo chances de um candidato no segundo turno. Se for Alckmin, é muito grande pela força partidária do PSDB, ainda que internamente continue em fragmentação. Hoje vejo mais força no PSDB do que no PT para chegar ao segundo turno. Um segundo turno entre ambos é quase impossível.

Quais as chances de Ciro ser o antagonista de Alckmin?
Baseado no que a gente tem de dados sobre aprovação de imagem, acredito que Ciro tenha teto não muito alto, sem grandes chances de segundo turno. Fatos novos e arranjos podem surgir. Mas baseado no próprio histórico, no que temos de dados, acho pouco provável que ele desponte como alguém que vá para o segundo turno. A segunda vaga está bem aberta. Quando a gente olha para o cenário eleitoral, Bolsonaro é colocado no segundo turno porque tem, de maneira consistente, seus 14% ou 15% em pesquisa de intenção de voto espontânea. Hoje Bolsonaro aparece indo para o segundo turno. Hoje a segunda vaga é teoricamente do PSDB se vier com candidato forte. A incógnita é: qual será a força de um nome vindo de fora, como Joaquim Barbosa e Luciano Huck? Amoêdo é um nome de fora, mas não é conhecido, não é percebido assim. Esse perfil gestor perdeu um pouco força. Existe flanco para uma celebridade… Como esse tabuleiro vai mudar se Joaquim Barbosa ou Huck entrar na briga? Acredito que ambos têm muito potencial eleitoral para crescer, com base em dados de pesquisa. Se estiverem no jogo, esse cenário muda, pode mudar inclusive para o próprio Bolsonaro. A desidratação do nome do Bolsonaro pode favorecer alguém com esse perfil. A tal desidratação de Bolsonaro pode ocorrer se vier um nome desse perfil. Os debates serão decisivos para ele. Vai depender de quem serão os interlocutores, isso vai ser fundamental para tomada de decisão durante a campanha, que é relativamente curta pela importância que tem.