Governo estuda mudança na tributação de combustíveis, diz Meirelles

Agência Brasil

A definição dos preços da gasolina e do gás pela Petrobras é autônoma e baseada na realidade de mercado, mas o governo estuda mudanças na tributação sobre os combustíveis. A afirmação foi feita na quarta (7) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Nova York, em conversou com jornalistas, antes de participar de café da manhã com líderes empresariais, organizado pelo Council of the Americas.

“A política de preços da Petrobras – e eu deixei isso claro na minha fala – é autônoma, baseada na eficiência corporativa, na realidade do mercado”, disse o ministro, ao ser questionado sobre uma entrevista dada ontem (6) à Rádio CBN de Ribeirão Preto. Na entrevista, Meirelles informou que o governo está discutindo com a Petrobras uma nova política de reajuste de preços dos combustíveis.

Meirelles explicou, nesta quarta-feira, que o governo não pretende mudar a forma como a Petrobras define os preços, baseada na cotação internacional. O ministro ressaltou, entretanto, que “existem diversos fatores que adicionam preço”. Ele citou a margem de lucro das distribuidoras, no caso do gás, e disse que há possibilidade de ação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas destacou que o Cade é uma “entidade independente”.

Ainda “existe uma tributação grande” sobre os combustíveis, e o governo está começando a fazer uma avaliação sobre a necessidade, ou não, de “melhora na estrutura de impostos”, mas não há prazo para conclusão, acrescentou o ministro.

Questionado sobre a oscilação no preço das ações da Petrobras depois da entrevista que deu ontem, Meirelles respondeu que foi uma reação “normal” do mercado, que busca “ganhar” e depois se ajusta.

Grande Recife sobe seis posições e tem a 22ª maior taxa de homicídios do planeta

Folhape

Um estudo publicado na última quarta-feira (6) pela ONG mexicana El Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal A.C., voltada para questões de segurança pública, posiciona o Grande Recife como a 22ª região com a maior taxa de homicídios do planeta em 2017, com 54,96 mortes violentas a cada 100 mil habitantes. Em 2016, a Região Metropolitana do Recife (RMR) era a 28ª colocada e subiu seis posições no ranking. A taxa foi de 47,89, um incremento de 14,8% no período. No ano anterior, com o índice de 38,12, o Grande Recife estava na 37ª colocação.

Considerando apenas o Brasil, o Grande Recife aparece na 8ª posição, atrás de Natal/RN (102,56), Fortaleza/CE (83,48), Belém/PA (71,38), Vitória da Conquista/BA (70,26), Maceió/AL (63,94), Aracaju/SE (58,88) e Feira de Santana/BA (58,81). Os dados utilizados são os oficiais divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS): em 2017, 2.364 pessoas foram assassinadas na RMR, cuja população é de 3,97 milhões de habitantes. A lista considera as cidades de Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.

A publicação inclui cidades e regiões com mais de 300 mil habitantes e enumera as 50 com as taxas de homicídios mais elevadas do mundo. A escalada de seis posições no ranking coincide com o aumento no número de homicídios em Pernambuco no último ano.

No Estado, 5.427 assassinatos foram registrados em 2017, sendo o ano com a maior taxa desde que os dados passaram a ser contabilizados, em 1979. A ONG pede no estudo que “ninguém, nem governantes, nem governados, queiram que sua cidade ou cidades figurem no ranking e que, se já estão, façam o máximo esforço para que saiam o quanto antes”.

Lugares mais violentos
A lista é encabeçada por Los Cabos, um dos principais destinos turísticos do México, com 111,33 mortes a cada 100 mil habitantes. A cidade praiana de 328 mil habitantes registrou 365 homicídios em 2017 e apareceu no ranking pela primeira vez, depois de contabilizar apenas 61 mortes em 2016, um aumento de quase 500%. A segunda colocada é Caracas, na Venezuela, com uma taxa de 111,19. Na capital venezuelana, de 3 milhões de habitantes, 3.387 pessoas foram mortas no ano passado. Em terceiro lugar, está Acapulco, também no México, com uma taxa de 106,63.

Das 50 cidades mais violentas do planeta, 42 estão na América Latina (das quais 17 são brasileiras), quatro nos Estados Unidos, três na África do Sul e uma na Jamaica. O top 10 tem apenas cidades latino-americanas, sendo cinco mexicanas, três brasileiras e duas venezuelanas.

O Grande Recife fica abaixo da média das 50 cidades, de 59,17. Ao todo, nas regiões que figuram no ranking, foram 41.430 homicídios entre 70 milhões de habitantes. Apenas as 16 primeiras superam a média.

O estudo desconsidera regiões em conflito bélico, como Síria, Iraque, Afeganistão, Sudão e Ucrânia. Nestes locais, a maioria das mortes violentas não corresponde à definição mundialmente aceita de homicídio, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que estão em operações de guerra.

Confira a lista completa:
1º Los Cabos, México – 111,33
2º Caracas, Venezuela – 111,19
3º Acapulco, México – 106,63
4º Natal, Brasil – 102,56
5º Tijuana, México – 100,77
6º La Paz, México – 84,79
7º Fortaleza, Brasil – 83,48
8º Victoria, México – 83,32
9º Guayana, Venezuela – 80,28
10º Belém, Brasil – 71,38
11º Vitória da Conquista, Brasil – 70,26
12º Culiacán, México – 70,10
13º Saint Louis, Estados Unidos – 65,83
14º Maceió, Brasil – 63,94
15º Cape Town, África do Sul – 62,25
16º Kingston, Jamaica – 59,71
17º San Salvador, El Salvador – 59,06
18º Aracaju, Brasil – 58,88
19º Feira de Santana, Brasil – 58,81
20º Juárez, México – 56,16
21º Baltimore, Estados Unidos – 55,48
22º Recife, Brasil – 54,96
23º Maturín, Venezuela – 54,43
24º Guatemala, Guatemala – 53,49
25º Salvador, Brasil – 51,58
26º San Pedro Sula, Honduras – 51,18
27º Valencia, Venezuela – 49,74
28º Cali, Colômbia – 49,59
29º Chihuahua, México – 49,48
30º João Pessoa, Brasil – 49,17
31º Obregón, México – 48,96
32º San Juan, Porto Rico – 48,70
33º Barquisimeto, Venezuela – 48,23
34º Manaus, Brasil – 48,07
35º Distrito Central, Honduras – 48,00
36º Tepic, México – 47,09
37º Palmira, Colômbia – 46,65
38º Reynosa, México – 41,95
39º Porto Alegre, Brasil – 40,96
40º Macapá, Brasil – 40,24
41º New Orleans, Estados Unidos – 40,10
42º Detroit, Estados Unidos – 39,69
43º Mazatlán, México – 39,32
44º Durban, África do Sul – 38,12
45º Campos dos Goytacazes, Brasil – 37,53
46º Nelson Mandela Bay, África do Sul – 37,53
47º Campina Grande, Brasil – 37,29
48º Teresina, Brasil – 37,05
49º Vitória, Brasil – 36,07
50º Cúcuta, Colômbia – 34,78

Remédio comprado de Cuba foi superfaturado, diz ministério

Agência Brasil

Um acordo entre Brasil e Cuba para aquisição e posterior produção de alfaepoetina, substância indicada para tratar pessoas com problema renal crônico, fez com que o Ministério da Saúde comprasse ao longo dos últimos 12 anos o medicamento com preços superfaturados, aponta a área técnica da própria pasta.

O caso gerou uma contenda entre o Ministério da Saúde e o instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz, vinculado à pasta, e foi parar no TCU (Tribunal de Contas da União). No centro da polêmica, permeada de informações conflitantes, está a questão da transferência de tecnologia de Cuba para o Brasil, prevista desde o primeiro governo Lula (2003).

“Após 14 anos da formalização do Termo de Cooperação [Brasil-Cuba], Bio-Manguinhos apenas realiza o envasamento dos produtos importados de Cuba, sem nenhuma demonstração de transferência de tecnologia”, afirmou a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério ao TCU, em documento de 16 de fevereiro obtido pela reportagem. “Resta claro o superfaturamento de preços por parte de Bio-Manguinhos/Fiocruz ao longo dos anos.”

O instituto, em nota à reportagem, rebateu o ministério. “A transferência de tecnologia já se completou. O que se aguarda neste momento é o término da validação das instalações da planta industrial, uma exigência regulatória da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para que a tecnologia de produção do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) possa ser implementada”, afirmou.

Em 2016, depois de anos do contrato firmado com Cuba pelos governos petistas, o governo de Michel Temer (MDB) decidiu comprar o medicamento no mercado privado. Em licitação em novembro passado, o frasco da alfaepoetina de 4.000 UI (o tipo mais comprado, que respondeu por 91% da demanda) saiu por R$ 11,50.

Venceram o pregão as farmacêuticas Blau (que importa o insumo ativo e o envasa no Brasil) e Chron Epigen (que importa o medicamento pronto), para suprir 75% e 25% da demanda, respectivamente.

O valor obtido na recente licitação é inferior ao preço unitário pago pelo medicamento vindo de Cuba desde o início do acordo, que começou em R$ 16,81 em 2005 e subiu para R$ 23,86 em 2016 e 2017 (em valores não atualizados).

Um estudo interno do ministério mostra que era possível encontrar o mesmo frasco no mercado em 2005 por R$ 5,85. De 2005 a 2017, o Ministério da Saúde pagou R$ 1,85 bilhão para adquirir 102,1 milhões de frascos de alfaepoetina (de 4.000 UI). Num cálculo simples e conservador, se tivesse pago os R$ 11,50 obtidos na licitação, teria gasto no mínimo R$ 680 milhões a menos.

Bio-Manguinhos contestou esses dados e afirmou que o ministério pagava R$ 91,13 pelo frasco em 2005. A Folha voltou a questionar a pasta, que informou que não tem registro do valor citado pelo instituto. “As compras de alfaepoetina localizadas pelo ministério em 2005 se referem a demandas judiciais de um total de 30 frascos na apresentação de 4.000 UI, no valor de R$ 76,33”, afirmou. Quanto menor o número de frascos comprados, maior o preço.

A reportagem também perguntou a Bio-Manguinhos quanto do valor ia para Cuba. “Os preços unitários pagos a Cuba não podem ser divulgados por força de cláusula de confidencialidade do contrato de transferência de tecnologia”, respondeu o instituto.

Tecnologia
Especialistas consultados, um do setor público e outro do privado, disseram ser aceitável pagar mais caro por um medicamento por um determinado prazo quando se tem a perspectiva de passar a produzi-lo por um preço mais baixo mediante transferência de tecnologia.

O Ministério da Saúde considera que esse prazo se esgotou. Segundo a pasta, a transferência acertada com Cuba, no contrato entre Bio-Manguinhos/Fiocruz e o Centro de Inmunologia Molecular cubano, previa três etapas que deviam ter sido encerradas em 2007. “Ocorre que, passados 11 anos da data prevista para a finalização da última etapa, Bio-Manguinhos realiza até o momento o envase, a embalagem e o controle de qualidade do produto, permanecendo estagnado na 1ª etapa do plano de trabalho”, disse o ministério ao TCU.

A pasta apontou ainda que os preços praticados por Bio-Manguinhos/Fiocruz foram subindo ao longo dos anos, quando deveria ter ocorrido o contrário, à medida que a tecnologia fosse sendo compartilhada. Após a licitação de novembro, Bio-Manguinhos enviou ofício ao ministério oferecendo o frasco por R$ 11,49, um centavo a menos do que o preço obtido no pregão. Até aquele momento, o instituto cobrava R$ 23,86 pela unidade. Ao TCU o ministério afirmou que “causa estranheza a drástica redução dos preços” e acusou o instituto de “litigância de má-fé”, com objetivo de garantir o monopólio da venda do medicamento ao governo federal.

Sob a relatoria do ministro Augusto Nardes, o TCU deu ganho a Bio Manguinhos/Fiocruz no ano passado, ao analisar licitação anterior à de novembro que acabou suspensa. Nardes considerou, entre outras coisas, que interromper as compras do instituto causaria um descarte dos medicamentos que já estavam no estoque, e autorizou o ministério a adquirir de empresas privadas só o que Bio-Manguinhos não conseguisse suprir. O Ministério da Saúde e a farmacêutica Blau recorreram. O TCU julgará um dos processos referentes ao tema nesta quarta-feira (7).

Outro lado
O instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz afirmou em nota que não procede a informação de que a transferência de tecnologia não ocorreu, e informou datas diferentes das declaradas pelo Ministério da Saúde para o início da produção no Brasil. “O contrato [com Cuba] foi assinado em 2005 e previa um acordo de quatro anos, renováveis por mais quatro [até 2013, portanto]. […] Vale ressaltar que no projeto original da transferência estava prevista a produção de 2 milhões de frascos/ano. Ao longo dos primeiros anos a demanda aumentou significativamente, passando para cerca de 12 milhões de frascos/ano, demandando um redimensionamento dos equipamentos e instalações de produção”, afirmou.

“O prédio [da fábrica] foi inaugurado em fins de 2016 e encontra-se em fase de pré-operação.” Sobre a repentina diminuição no valor do seu medicamento, oferecida ao Ministério da Saúde após a licitação de novembro, o instituto disse que ela foi possível porque foi feito acordo com a pasta para retirar do preço o custo da nova fábrica e obter financiamento em separado para essa operação. “Adicionalmente, negociações recentes com a empresa cubana permitiram redução no preço pago na aquisição do ingrediente”, informou. Segundo Bio-Manguinhos, o laboratório cubano é referência e fornece também para outros países.

“É preciso considerar que esta parceria não deve ser vista apenas sob a ótica do menor preço no curto prazo. A absorção da tecnologia propiciará domínio tecnológico para aplicação em novas tecnologias, além de garantia de fornecimento permanente aos programas do ministério”, afirmou.

O Ministério da Saúde disse, também em nota, que, apesar de interromper a compra de alfaepoetina de Cuba, ainda investe na conclusão do processo de transferência tecnológica. “Até 2019, serão investidos R$ 50 milhões na fábrica. A intenção é voltar a adquirir a medicação junto à Fiocruz assim que a obra do Centro Henrique Pena [nova fábrica] estiver finalizada, homologada pela Anvisa e apta para a completa produção do fármaco.”

Doença renal atinge 195 milhões de mulheres no mundo

Folhape

Nesta quinta-feira (8), Dia Mundial do Rim e Dia Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) direciona as atenções para a saúde renal feminina. Nesse público, segundo o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington (IHME), a insuficiência renal crônica é a oitava causa de morte. São 195 milhões de mulheres sofrendo com a doença no mundo, totalizando 600 mil mortes por ano. No Brasil, 43% dos pacientes renais em hemodiálise são mulheres de acordo como Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica 2016.

Para lembrar a coincidência de datas, a SBN promoveu atividades de conscientização no Sítio da Trindade, nessa quarta (7), e atraiu a atenção de mulheres como a costureira Janete Félix, de 59 anos, que viu uma oportunidade de tirar dúvidas. “Estou com umas dores na barriga e fiz vários exames, mas nada apareceu. Vi que ia ter esses exames de rins e vim fazer. É sempre importante cuidar da saúde”, afirmou. Assim como ela, Ivanilda Maria, 42, que é hipertensa e tem cálculo renal, aproveitou o serviço gratuito. “Eu vim porque tem uma especialista renal e isso é muito importante pra gente”.

As atividades continuam nesta quinta com um ciclo de palestras no auditório do Banco Central, no Bairro do Recife, a partir das 8h, com profissionais de saúde da Atenção Básica da Prefeitura do Recife. O Real Hospital Português (RHP) também promove uma ação educativa hoje no Ambulatório de Beneficência Maria Fernanda, das 9h às 11h, com o tema: “Saúde da Mulher – Cuide dos seus Rins”.

As doenças renais que têm como fatores de risco – para ambos os sexos – o diabetes, a hipertensão e a obesidade encontram nas mulheres alguns gatilhos a mais como as doenças autoimunes, que acabam sendo mais prevalentes no público feminino. São exemplos, a nefrite do lúpus e as infecções renais ou pielonefrites. “Estamos esclarecendo sobre essas doenças e é imprescindível que se preste atenção nos rins, pois essas são doenças silenciosas. Como o rim é um órgão vital, precisamos realizar a prevenção”, destacou a presidente da regional Pernambuco da SBN, Maria de Fátima Carvalho. O Dia Mundial do Rim é comemorado desde 2006 sempre na segunda quinta-feira dos mês de março.

Jair Bolsonaro se filia ao PSL para disputar o Planalto

Folhapress

O deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) se filiou na quarta-feira (7) ao PSL, sigla pela qual pretende disputar a Presidência. O parlamentar aparece em segundo lugar nas pesquisas do Datafolha, com 16% a 18%, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem o petista, o deputado sobe para primeiro, com 19%.

Em seu discurso, o parlamentar defendeu uma agenda econômica liberal, de privatização das estatais e redução de impostos, e conservadora nos costumes, com críticas ao casamento gay e à decisão do STF que permite que transexuais mudem o registro civil sem cirurgia.

“Um pai e uma mãe preferem chegar em casa e encontrar o filho de braço quebrado por ter jogado futebol, ao invés de brincando de boneca por influência da escola”, afirmou, depois de afirmar não ter “nada contra homossexuais”.

Bolsonaro voltou a defender que o Ministério da Defesa seja ocupado por um general e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, além de criticar o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a quem chamou pejorativamente de “desarmamentista”.

O pré-candidato disse que terá “15 vagas” em seu ministério e que apresentará os nomes no início da campanha eleitoral. “É gente capacitada que nós temos que ter aí, com civis e com militares.”

Ele também afirmou “não conhecer economia”. “É uma virtude reconhecer o que você não sabe, melhor reconhecer do que fazer errado.” Segundo o presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), além de Bolsonaro, devem se filiar ao partido ao menos outros sete parlamentares. Caso isso se confirme, a bancada saltará de 3 para 11 deputados na janela partidária, que se inicia nesta quinta (8) e vai até 7 de abril.

Bolsonaro chegou ao evento acompanhado pelos filhos Flávio (RJ) e Eduardo (SP), deputados estadual e federal, respectivamente. Ovacionado na entrada, foi recebido com gritos de “eu quero Bolsonaro presidente do Brasil”. Rostos conhecidos da militância direitista se juntaram ao ato. Pulularam gravatas com o adesivo “melhor Jair se acostumando”, coros de “mito!” e “glória a Deus!”. A rede de wi-fi foi batizada de “Bolsonaro Presidente”.

“Ex-feminista e boa cristã”, Sara Winter era uma delas. Hoje no PSC, vai se filiar ao PSL. “Foi Bolsonaro quem fez minha iniciação política”, conta. “Ele é o que chamo de ‘sunny people’, pessoa ensolarada, sabe? Ri o tempo todo”. Outra que ria o tempo todo na reunião que sacramentou o “casamento” entre Bolsonaro e PSL era Carla Zambelli -idealizadora do Nas Ruas, movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff-, que concorrerá à Câmara.

MEIs que receberam acima do teto da Receita também devem declarar o IR

Está aberta a temporada do leão e os contribuintes já podem enviar a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIPF) 2018. O programa gerador do documento pode ser baixado no site da Receita Federal. Além dos funcionários de empresas públicas e privadas, os microempreendedores individuais (MEI), dependendo de seus rendimentos, também estão obrigados a enviar a declaração do IR, sob pena de multa caso não o façam.

O prazo final para o envio é o dia 30 de abril. Assim como nos exercícios anteriores, os contribuintes que, este ano, enviarem sua declaração utilizando o Certificado Digital ICP-Brasil e-CPF têm significativas facilidades, como a declaração pré-preenchida, na qual é preciso apenas conferir os dados previamente informados pelo Fisco.

“Por meio do Certificado Digital os dados vinculados ao CPF do contribuinte são automaticamente inseridos na declaração, o que diminui as chances de erros e, por consequência, a malha fina. O preenchimento manual é mais suscetível a falhas. Um único número errado já é o suficiente para ter problemas”, explica Julio Cosentino, vice-presidente da Certisign, Autoridade Certificadora. O uso do Certificado permite, ainda, que o contribuinte retifique seus dados em tempo real, diminuindo a possibilidade dele cair nas garras do leão.

Certificado Digital tem validade

É importante lembrar que o Certificado precisa estar válido para que o contribuinte possa usufruir da declaração pré-preenchida. “Por ser um documento de identificação, o Certificado tem validade assim como os documentos físicos CNH e passaporte, por exemplo. A renovação deve ser solicitada no site de uma Autoridade Certificadora”, complementa Cosentino.

Quem deve enviar a declaração do IR

Devem enviar a declaração todos aqueles que receberam, no ano anterior, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70. No caso dos trabalhadores rurais, devem declarar aqueles cuja receita bruta superou os R$ 142.798,50.

Sesc Caruaru oferece serviços gratuitos de saúde no Dia Internacional da Mulher

Marco Zero_Caruaru

Teste de glicose, aferição de pressão arterial, orientações sobre saúde da mulher e saúde bucal, prevenção ao diabetes e a hipertensão, avaliação nutricional, encaminhamentos sociais e jurídicos e cuidados com a beleza fazem parte da programação especial que o Sesc Caruaru oferece na feira de saúde para as mulheres. Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março, todos os serviços estarão disponíveis gratuitamente para a população feminina na Praça do Marco Zero de Caruaru, das 8h às 11h30.

O Sesc Caruaru conta com a parceria do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Unifavip/DeVry), do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O 8 de março é um marco histórico das conquistas das mulheres a partir do século XX. Além de uma homenagem a elas, a data continua simbolizando a luta feminista pelos seus direitos, por respeito e oportunidades iguais.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Input Criativo chega a Caruaru

Carlo Franzato

O Input Criativo chega a Caruaru para propor um ambiente estratégico favorável ao encontro de pessoas e tecnologias, buscando, através do design, orientar uma visão transdiciplinar de desenvolvimento para a cidade e projetar futuros possíveis para um crescimento sustentável. O seminário acontece no Armazém da Criatividade, de 14 a 16 de março de 2018. O projeto conta com incentivo do Funcultura.

Constam na programação mesas de diálogo e palestras criadas para trazer novo fôlego para a sociedade questionar e rever ideias, práticas e comportamentos.
Professores, estudantes e profissionais da área do design e moda, mas também todas as pessoas interessadas em refletir e trocar experiências em prol da construção de cenários colaborativos, todos estão convidados a participar de uma troca de experiências, reflexões e debates com expoentes nacionais e internacionais.

O contexto local
A Mesorregião do Agreste Pernambucano, onde se localiza Caruaru, apresenta condições própriaspara se pensar em modelos de cidades criativas e sustentáveis. Possui importantes polos industriais e artesanais, como o polo de confecções e jeans, o polo moveleiro e o polo do artesanato. Conta também com um Núcleo de Design, onde se oferecem habilitações em Produto, Gráfico e Moda, articulado com as graduações em Comunicação e Engenharia de Produção, todas da UFPE.

CONVIDADOS
Ezio Manzini (Politecnicodi Milano – ITA)
Há mais de duas décadas trabalha no campo do design para a sustentabilidade. Mais recentemente, seus interesses se concentraram na inovação social, considerada como o principal motor de mudanças sustentáveis. Nesta perspectiva, ele iniciou o DESIS: uma rede internacional de escolas de design especificamente ativa no campo do design para inovação social e sustentabilidade (http://www.desis-network.org).
Atualmente, é Professor Distinguido em Design para Inovação Social da Elisava-Design School e Engineering, em Barcelona; Professor honorário do Politecnicodi Milano; e Professor convidado da Universidade de Tongji (Xangai) e da Universidade de Jiangnan (Wuxi).
Além de seu envolvimento contínuo na área de design para sustentabilidade, ele explorou e promoveu potencialidades de design em diferentes campos, tais como: Design ofMaterials, nos anos 80; Design Estratégico, nos anos 90 (iniciando um Mestrado em Design Estratégico); Design de serviços, nos últimos dez anos (iniciando os cursos específicos em Design de Serviços).
Seu livro mais recente é “Design, WhenEverybody Designs. Uma Introdução ao Design para Inovação Social “, MIT Press 2015.

Carlo Franzato (UNISINOS-RS)
Designer, professor de design estratégico e decano da Escola da Indústria Criativa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo e Porto Alegre, RS). Sua pesquisa e prática de design se concentra nas redes de projeto que articulam os ecossistemas criativos, fomentando processos de colaboração, elaboração de cenários alternativos para o futuro, inovação cultural e social.

Carla Cipolla (UFRJ-RJ)
Atua nas áreas de Design para a Inovação Social e Design de Serviços. Suas atividades integram as duas áreas e tiveram início em 2004, e posteriormente consolidaram-se em uma das primeiras teses de doutorado no tema, realizada no Politecnicodi Milano, Itália. Atua como professora na COPPE/ UFRJ onde é coordenadora do grupo DESIS – Design de Serviços e Inovação Social. Na UFRJ coordena o projeto USIS – Unidade de Suporte à Inovação Social da UFRJ, que é atividade do projeto internacional LASIN – Latin American Social Innovation Network.

PROGRAMAÇÃO
14 de março
14 às 15h – Apresentação do Input Criativo
15h às 17h – Palestra Ezio Manzini – “A criação de cidades colaborativas”
19h às 21h – Mesa redonda: Design e Cidades

15 de março
15 às 17h – Mesa redonda: Design e Pessoas
19h às 20h – Palestra – Carla Cipolla – “Inovação social e design no Rio de Janeiro e perspectivas internacionais”
20 às 21h – Palestra – Carlo Franzato – “Coletivos criativos informais: novos cenários para o empreendedorismo na indústria criativa”.

16 de março
15h às 17h – Lançamento do livro: “Design quando todos fazem design”, de EzioManzini
19h – Mesa Final – “Design para um mundo complexo onde todos fazem design”.

Contatos para entrevista
Cecilia Pessoa – [81] 98788.4346
Arthur Braga – [81] 99520.7462
Eva Duarte –assessora de imprensa – [81] 99173.8073

Sesc Ler Surubim realiza Feira de Saúde em homenagem ao Dia da Mulher

feira mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma comemoração estabelecida pelas Nações Unidas e é historicamente celebrado em 8 de março. A data remete às lutas das mulheres em favor de seus direitos desde o século XIX e reafirma a força e a determinação da mulher na atualidade. Por isso, o Sesc Ler Surubim promove, nesta quinta-feira (08/03),a Feira de Saúde. O evento será realizado das 8h às 12h, no Pátio das Carretas da unidade, que fica na Rua Frei Ibiapina, no bairro São José.

A ação será realizada em parceria com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e a Rede de Farmácias Pague Menos, que oferecerão serviços de saúde, como aferição de pressão arterial e teste de glicose. No local, profissionais da área de psicologia, nutrição, educação física e fisioterapia vão realizar palestras e estarão disponíveis para atender a população e esclarecer dúvidas.O Grupo Hinode e o Instituto de Beleza também são parceiros do projeto e vão oferecer serviços de embelezamento para as mulheres, como corte de cabelo, design de sobrancelhas, manicure e tratamentos para a pele.

De acordo com a assistente social do Sesc Ler Surubim, Amanda Roberta, a ação é reflexo do compromisso do Sesc com a saúde e o bem estar das mulheres.”A Feira de Saúde da Mulher, por meio das ações e serviços ofertados neste dia, visa promover a prevenção de doenças, o autocuidado e a valorização das mulheres de todas as idades”.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Governo confirma crédito de R$ 10 bi para municípios investirem em segurança

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou hoje (7) que o governo vai destinar R$ 100 milhões do orçamento da pasta para ações de combate à violência e projetos de prevenção a crimes, principalmente os que são cometidos contra as mulheres. O anúncio foi feito pelo ministro depois da reunião entre a equipe do governo e prefeitos de 23 capitais para tratar de segurança.

Jungmann não informou quando o dinheiro será liberado para os estados e municípios, mas enfatizou que os recursos devem priorizar programas de prevenção e não apenas de repressão à criminalidade. “A maior parte será aplicada em programas de combate à violência contra a mulher e o feminicídio, que é um problema que nós temos que combater. É uma cultura de violência que muitas vezes acontece no lar. Nós temos mulheres que, seja por conta de seus filhos, seja por conta da dependência de renda, vivem uma situação absolutamente inaceitável, inadmissível na mão de covardes violentos e criminosos, e temos que combater isso”, declarou Jungmann.

Linha de financiamento

O ministro relatou ainda que durante a reunião foi confirmado aos prefeitos o acesso a uma linha de financiamento de R$ 10 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimento na área de segurança pública. O montante já havia sido anunciado na semana passada, quando o governo liberou R$ 42 bilhõespara reforço do policiamento e do investimento em tecnologia de segurança nos estados e municípios.

Os prefeitos avaliaram o a medida como positiva e “um ponto de partida”, mas alguns ressaltaram que também necessitam de apoio para manter o custeio fixo da segurança das cidades. Questionados sobre o risco de o endividamento com o BNDES piorar a situação fiscal dos municípios, alguns responderam que o financiamento apresenta condições acessíveis, mas ainda é necessário esclarecer os critérios de acesso ao crédito para saber o impacto da medida.

Eles sinalizaram também que o governo se mostrou aberto a ampliar o valor ao longo do ano, caso os recursos sejam insuficientes para atender os projetos que serão apresentados pelas prefeituras.

“Se você me perguntar: esses R$ 10 bilhões são suficientes? Não, mas é um começo, nós não podemos deixar de reconhecer. Há também agora uma tarefa dos prefeitos de apresentarem projetos para ter acesso a esses financiamentos, começar a utilizar esses recursos e, caso esses recursos se mostrem insuficientes depois, as prefeituras buscarem mais”, explicou o prefeito de Salvador, ACM Neto.

Os critérios de acesso ao financiamento não foram detalhados. O assunto ainda deve ser tratado em nova reunião entre a equipe do governo federal com secretários estaduais de segurança, no dia 15 de março e outra com os prefeitos, prevista para o dia 21.

Tecnologia

Mais cedo, Temer sugeriu aos prefeitos que mobilizem as guardas municipais para reforçar as ações de segurança das cidades. Pela legislação, as guardas municipais são responsáveis pela segurança patrimonial dos municípios.

ACM Neto relatou que durante a reunião foi discutida a possibilidade de ampliação da utilização de tecnologia com o uso de câmeras para controle e monitoramento dos patrimônios e o deslocamento do efetivo das guardas municipais para reforço do policiamento das ruas.

O prefeito de São Paulo, João Dória, afirmou que utilizará o financiamento para investir em tecnologia, armamento e em um programa de uso de drones no monitoramento de áreas sensíveis e de risco onde há concentração de comércio ambulante ou consumo de entorpecentes.

“Nós vamos utilizar basicamente em tecnologia. São Paulo está fazendo um esforço muito grande em monitoramento eletrônico, nós já temos 10 mil câmeras doadas que estão sendo instaladas gradualmente, porque o custo não é apenas da câmera, mas também da instalação e do seu funcionamento e, para isso, a fonte de financiamento do BNDES será muito útil. Caiu em 70% a incidência de crime onde há monitoramento eletrônico com iluminação.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, sugeriu também que o governo reforce os recursos humanos das forças de segurança, principalmente da Polícia Rodoviária Federal, além da modernização dos armamentos e outras tecnologias de combate ao crime. “Os prefeitos receberam de maneira muito positiva, sobretudo no sentido de usar esse dinheiro para criar uma muralha digital, com equipamentos de reconhecimento de placas de veículos, da face dos infratores nas salas de gestão para cidades que já tem e na montagem de salas de gestão de segurança nas cidades que não tem”, disse Greca.