70% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular, mostram SPC Brasil e CNDL

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com 1.500 consumidores das capitais do país revela que 70% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular – seja ele individual ou empresarial, percentual ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E (77%). O estudo é uma parceria do SPC Brasil e da CNDL com o Instituto Ibope e busca investigar o impacto dos gastos com saúde no orçamento do consumidor brasileiro, além de avaliar o nível de satisfação com o serviço prestado pelas operadoras.

De acordo com o estudo, quando essas pessoas precisam de atendimento, 45% alegam utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante (25%) arca com dinheiro do próprio bolso para pagar pelos serviços necessários.

Entre quem paga o plano individualmente (11%), a média de valor gasto mensal é de R$ 439,54. Considerando tanto quem paga o plano quanto quem tem o plano pago por terceiros (6%), quatro em cada dez entrevistados (42%) escolheram pelo preço acessível, seguido pela qualidade dos hospitais e clínicas oferecidos (33%) e recomendação de outras pessoas (22%).

Quase a metade dos que possuem plano de saúde particular (47%) afirmam que são contratados com coparticipação – quando parte dos procedimentos e exames são pagos pelo associado. E quando o plano de saúde contratado não cobre toda ou parte das despesas necessárias com exames e procedimentos, 42% pagam particular e 14% recorrem ao SUS. “A dica para quem pretende contratar essa modalidade é estudar se o modelo de coparticipação realmente vale a pena, levando em consideração o perfil do usuário do plano, bem como a frequência de consultas e de exames necessários”, orienta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Outros 48% dos que pagam o plano individualmente alegam abrir mão de algo em seus orçamentos para pagarem o serviço de saúde.

“Os dados mostram que o plano de saúde é considerado uma prioridade para grande parte de seus usuários. É um serviço de primeira necessidade,
relacionado aos cuidados de um bem maior, que é a vida. É tanto que a taxa de inadimplência declarada é baixíssima”, afirma Kawauti. “A pesquisa mostra que 97% dos entrevistados estão com os pagamentos de suas mensalidades em dia”, revela.

25% tiveram o nome incluído em serviços de proteção ao crédito por motivos de saúde no último ano

De acordo com o levantamento, 74% não possuem nenhum tipo de reserva financeira para imprevistos e, entre os que possuem (26%), somente 4% é designada exclusivamente para saúde. Para o educador financeiro do SPC Brasil e do portal ‘Meu Bolso Feliz’ José Vignoli, reservas financeiras permitem que as pessoas possam encarar situações emergenciais com mais segurança e tranquilidade. “Reservar uma parte do rendimento mensal para criar um fundo de apoio pode ser fundamental para lidar com um imprevisto de saúde na família que demande medicamentos mais caros, cirurgias, internações ou procedimentos que não são cobertos pelo plano, no caso de quem possui o serviço. Uma coisa é certa: aquele que não poupa e não tem reserva acaba lidando com dois problemas delicados: o de saúde e o financeiro”, afirma.

A grande maioria (80%) afirma não fazer nenhum tipo de controle formal de gastos com saúde e 25% já tiveram o nome incluído em serviços de proteção ao crédito por motivos de saúde no último ano, sendo que 18% ainda estão nesta situação. O principal motivo para isso foi a perda do emprego (37%) e gastos fora do planejamento sem ter reserva financeira para pagar as despesas (19%).

Segundo o estudo, 73% das pessoas que possuem planos de saúde particular e pagam individualmente acompanham os reajustes de valores e 51% acham que esse reajuste é abusivo. O educador financeiro explica que os limites para reajustes anuais são estipulados pela tabela da ANS, a Agência Nacional de Saúde, responsável pela fiscalização do setor. “Sempre que um plano sofrer reajustes acima deste limite, o consumidor deve procurar um advogado especialista e orientar-se para rever o reajuste aplicado”, orienta Vignoli.

Gasto médio mensal com medicamentos é de R$ 138 – genéricos são os mais priorizados

Cerca de 27% dos entrevistados fazem uso de algum medicamento de uso contínuo ou periódico; sendo que 43% recebem do SUS e 51% pagam por eles, e o gasto médio mensal é de R$ 138,32. A pesquisa mostra que os genéricos são o medicamento priorizado por 68%.

A pesquisa de preços de medicamentos antes da compra é feita por 62% dos entrevistados, sendo mais frequente a pesquisa pessoalmente na farmácia (29%). Sete em cada dez pessoas (69%) tiveram algum gasto com saúde nos últimos três meses da realização da pesquisa, principalmente com remédios (45%) e exames (21%); e segundo os entrevistados, tais gastos estão dentro do orçamento para 57% e extrapolaram para 42%.

69% afirmam estar bem atendidos pelo plano de saúde

O levantamento também buscou avaliar o nível de satisfação do serviço prestado pelas operadoras de saúde com os que contratam o plano particular: 69% dizem que estão de alguma maneira bem ou muito bem atendidos em suas necessidades, sendo 8 a nota média para a satisfação com a qualidade dos serviços dos planos de saúde.

Entre aqueles que não possuem plano de saúde atualmente, 60% nunca tiveram este tipo de serviço e entre os 39% que já tiveram no passado, 32% relatam desligamento da empresa que pagava o benefício e 25% cancelaram por não terem mais condições de pagar as mensalidades.

Considerando os entrevistados que não possuem plano de saúde particular e costumam recorrer ao SUS, é grande a insatisfação quanto ao atendimento de forma geral. Em uma avaliação de 1 a 5 foram atribuídas as seguintes notas:

– Qualidade técnica do profissional que atende: 2,74

– Disponibilidade de medicamentos gratuitos: 2,32

– Presença de médicos especialistas: 2,14

– Estrutura física de atendimento dos hospitais e postos de saúde: 2,13

– Rapidez no atendimento de urgência/emergência: 2,06

– Facilidade para agendar consultas: 2,02

– Tempo de agendamento de consultas: 2,01

– Tempo de agendamento de cirurgias e exames: 1,79

Para mais da metade dos entrevistados (56%), a saúde pública no Brasil piorou nos últimos 12 meses. Para eles, o maior receio para o futuro da saúde no Brasil é não receberem tratamento adequado caso adoeçam (66%), seguido da piora da qualidade do atendimento médico (59%).

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Ibope e ouviu 1.500 consumidores em todas as capitais. A margem de erro é de no máximo 2,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.

Crianças agora devem tomar 2ª dose de vacina contra varicela (catapora)

vacina

Para o ano de 2018, o calendário nacional de imunização passa a incluir a segunda dose da vacina contra a varicela (catapora). A aplicação deve ser feita em crianças de 4 até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias). A primeira dose da varicela é ofertada aos 15 meses com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

A varicela é uma doença exantemática, ou seja, que apresenta lesões avermelhadas na pele. Ela é uma enfermidade viral aguda e de fácil contágio (vias aéreas), apresentando, normalmente, febre moderada. A imunidade é permanente após o primeiro contágio. Com mais esse reforço vacinal, objetiva-se evitar surtos principalmente em ambientes escolares.

Outra mudança no calendário vacinal é a ampliação da faixa etária para vacina meningocócia C, agora ofertada para adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) – antes era a partir dos 12 anos. Para este grupo, deve ser administrado um reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada. A vacina continua sendo aplicada, em duas doses, em crianças com 3 meses e 5 meses, além de um reforço aos 12 meses.

“É importante que toda a população, das crianças aos idosos, mantenha a caderneta de vacinação atualizada. Por meio da imunização, podemos evitar diversas doenças e também óbitos”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.

Pernambuco tem mais uma exposição no calendário agropecuário do Nordeste

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A partir deste ano, o município de Gravatá passa a fazer parte do calendário de exposições agropecuárias do Nordeste com a I Expoagro Gravatá que começa nesta quinta-feira (22) e vai até o próximo domingo, na rodovia PE 81, quilômetro 0,4, em Gravatá.

O evento deve reunir 200 expositores de cinco estados (Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará), que vão apresentar cerca de 700 animais entre equinos, caprinos e ovinos. A expectativa é de um público de 20 mil pessoas e uma movimentação de aproximadamente R$ 3 milhões em negócios.

“Apesar de se constituir um polo pecuarista importante, se destacando inclusive como maior centro de criação de equinos do Nordeste, Gravatá não possuía uma exposição nesse formato a exemplo de Recife, Limoeiro, Surubim, Carpina, Sertânia, Afogados da Ingazeira”, afirma o presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores, Emanuel Rocha, um dos organizadores do evento.

Ele adianta que nas próximas edições também estarão participando os criadores de bovinos. Este ano, além da premiação dos animais nos julgamentos das características morfológicas de caprinos, ovinos e equinos, também haverá comercialização de animais de alta qualidade com preços iniciais entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, que poderão ser parcelados em 10 vezes. Haverá ainda uma Copa de Marcha de cavalos da raça Manga Larga Marchador.

Além disso, também serão realizados negócios na área de estandes onde os expositores de diversos segmentos apresentarão máquinas, tratores, veículos, rações e implementos agrícolas. Nessa área também haverá uma praça de alimentação com restaurantes e lanchonetes.

Ainda faz parte da programação a I Expo Jipe Gravatá, evento no qual os principais grupos de off-road de Pernambuco e da Paraíba estarão participando em um rally no sábado com mais de 50 veículos, que percorrerão as trilhas da região.

Também participam da organização do evento a Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador de Pernambuco, Associação dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador de Gravatá, Associação de Pilotos e Navegadores de Rally de Pernambuco. O apoio é da Prefeitura Municipal de Gravatá.

Governo vai rastrear dinheiro de facções criminosas

Agência Estado

O governo decidiu incluir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no combate ao crime organizado. O colegiado rastreará o dinheiro do tráfico de drogas e de armas que circula dentro e fora do Brasil. “O grupo que comanda as operações no Rio terá de colocar o Coaf para fazer a descrição da rota do dinheiro”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.

O Palácio do Planalto avalia que é preciso mobilizar todas as esferas institucionais para enfrentar a batalha contra o crime e suas conexões internacionais, além de “revisitar” a política de segurança pública. A atribuição do Coaf já é identificar movimentações financeiras atípicas e informá-las à Polícia Federal e ao Ministério Público, responsáveis por investigar a origem dos recursos.

Para Moreira Franco, o ideal é que haja uma força-tarefa formada pela polícia e também pelos Ministérios da Justiça, da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional, com participação do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública e do Judiciário. “O importante é somar forças porque o cidadão precisa ter garantido o seu direito de ir e vir. Não pode ser coagido, ameaçado ou tirado de sua casa, de seu templo… Muitas áreas, hoje, estão sob controle do crime organizado. Não dá para ser assim”, disse o ministro, que ajudou o presidente Michel Temer a tirar o plano do papel.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o governo tem informações sobre todas as facções criminosas e o grau de corrupção que atinge a polícia no Rio. Moreira Franco, porém, não quis dar detalhes. “O general Braga Netto não entrará lá com espírito de Sherlock Holmes”, afirmou ele, em uma referência ao interventor Walter Braga Netto. “Não há espírito de vingança. Os que estão no desvio serão punidos, mas os adversários estão do outro lado da fronteira.”

Ao ser lembrado de que, quando era governador do Rio (1987-1991) prometeu, sem sucesso, resolver o problema da segurança em seis meses, Moreira Franco justificou ter sido movido pela impetuosidade. “Eu tinha 40 anos e a impetuosidade era maior. Hoje, tenho 73. A violência não acaba nem em seis meses nem em seis décadas.”

Veto ao Refis será apreciado pelo Congresso dia 6 de março

A derrubada do veto ao Refis das micro e pequenas empresas será prioridade da sessão do Congresso Nacional no dia 6 de março. A previsão foi assegurada na terça-feira (20) pelo presidente da Casa, senador Eunício Oliveira, e pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá, durante encontro com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, representantes da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e de entidades empresariais. Mais de 600 mil empresas inadimplentes com a União aguardam a derrubada do veto para terem as mesmas condições, concedidas às grandes corporações, de renegociar dívidas com a Receita Federal em até 180 meses.

“Aprovamos, ao longo dos últimos 10 anos, 17 refis para diversos segmentos, para empresas, bancos, todo mundo. Quando chegou a hora do micro e do pequeno, não acho justo que a matéria tenha sido aprovada e depois vetada”, argumentou o presidente do Senado. “Vou antecipar a pauta e vou defender a derrubada desse veto. Como vou deixar de pautar o veto de uma atividade que ESTOU defendendo, que é a microeconomia”, questionou Eunício Oliveira.

Para Afif, que lidera a articulação, é importante manter a mobilização com parlamentares em prol da derrubada do veto ao Refis. “Não podemos e não vamos baixar a pressão nem a temperatura, para não deixar que outro assunto desvie do nosso objetivo, que é fazer valer a Constituição e garantir o tratamento diferenciado aos empresários de pequenos negócios”, apelou Afif aos integrantes da comitiva que foram ao Senado.

Nesta terça-feira, a articulação teve início durante café da manhã com parlamentares da Frente para definir a estratégia e os próximos passos pela derrubada do veto ao Refis. No evento, com a participação de mais de 60 integrantes, foi consensual a urgência da apreciação do veto a fim de manter a sobrevivência das micro e pequenas empresas e a geração de emprego no país, pois elas são responsáveis por gerar mais de 54% dos postos de trabalho.

O senador José Pimentel lembrou que as empresas optantes do regime tributário do Simples Nacional geram mais de 11 milhões de empregos e criticou a postura da equipe econômica do governo. “Setores do governo federal pediram para que não fosse votado projetos que tenham impacto orçamentário, mas isso vai comprometer a sobrevivência das micro e pequenas empresas sobrevivam”, ressaltou.

Fernando Bezerra cita aumento da violência em Pernambuco

Plenário do Senado

Vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) subiu à Tribuna da Casa, na tarde da terça (20), para afirmar que a intervenção federal no Rio de Janeiro é “necessária e corajosa”, motivada pela rotina de descontrole da segurança pública e o comprometimento da ordem pública naquele estado. Ao defender que o decreto de intervenção (nº 4/218) seja apoiado pelo Senado – a exemplo da aprovação da matéria pela Câmara dos Deputados, nesta madrugada – Fernando Bezerra observou que as medidas adotadas no Rio sinalizam para a abertura de precedentes a ações similares em outras regiões do país, como em Pernambuco.

“No meu estado, por exemplo, a criminalidade tem avançado de modo alarmante, com indicadores até piores”, destacou o senador, reforçando que a questão da segurança pública é um problema “que precisa ser encarado de frente, com seriedade, sem demagogia”. Conforme pontuou o vice-líder, Pernambuco registrou o recorde histórico de mais de 5,4 mil homicídios, ano passado. Para Bezerra Coelho, o atual cenário no estado também não demonstra melhorias em curto prazo. “Este foi o segundo janeiro mais violento na história do Pacto pela Vida, criado em 2007”, ressaltou.

Na Tribuna, o senador ainda analisou o que ele classificou de “acentuada deterioração da segurança pública” em Pernambuco, também ocasionada pela “ineficiência da atividade investigativa” no estado. “Somente 32% dos quase 5,1 mil inquéritos de homicídios abertos em 2017 foram solucionados”, observou Fernando Bezerra, reafirmando incondicional apoio a ações que possam melhorar a segurança pública pernambucana. O Decreto 4/2018 está na pauta do Senado para ser votado, esta noite, em sessão extraordinária.

MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – Pela manhã, o senador Fernando Bezerra Coelho presidiu, pontualmente, audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). O colegiado discutiu processos de privatizações previstas em resoluções do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Presidência da República. Participaram do debate na CI do Senado, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa; o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Marcio Felix; o secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do PPI, Tarcísio Freitas; o secretário de Fomentos e Parcerias do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Dino Antunes Batista; e o integrante do conselho de Administração da Cemig, Nelson Hubner.

Confira, abaixo, a íntegra do pronunciamento de Fernando Bezerra, na Tribuna do Senado, sobre a violência no Rio de Janeiro e em outros estados:

“Sr. presidente, srªs e srs senadores, o decreto de intervenção federal no estado do Rio de Janeiro para a área de segurança pública é medida necessária e corajosa. Necessária, porque todas as medidas anteriormente tomadas se mostraram insuficientes para conterem a onda crescente de criminalidade e violência. Corajosa, não apenas porque é a primeira vez, desde a promulgação da Constituição de 1988, em que se decreta uma intervenção federal, mas porque é um recurso extremo, sob diversos aspectos, sendo o mais evidente o de que, durante sua vigência, o Governo Federal avoca parcela da competência conferida, por força da Constituição, ao Governo Estadual.

A grave rotina de absoluto descontrole da segurança pública e comprometimento da ordem pública no estado do Rio de Janeiro impõe uma medida dessa natureza.

A segurança pública é um problema que precisa ser encarado de frente, com seriedade, sem demagogia. Torna-se fundamental a cooperação entre os entes da Federação, como a intervenção federal iniciada no Rio de Janeiro.

Na tarde da segunda-feira, houve reunião do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, ambos com posição favorável à intervenção.

Seguindo rigorosamente o previsto no Texto Constitucional, o decreto está sendo apreciado pelo Congresso Nacional, já tendo sido aprovado na Câmara dos Deputados, e agora examinado neste Senado Federal.

Embates político-partidários e divergências menores devem ceder ante o exame responsável da matéria por todos os parlamentares. O que está em jogo não se resume a um mero apoio do governo federal a um determinado estado da federação, mas sim uma sinalização firme e inequívoca de que o Estado brasileiro combaterá incessantemente a criminalidade, com os recursos financeiros disponíveis e humanos necessários, com atividades de inteligência e cooperação entre os entes federativos.

A pauta da segurança pública é nacional e prioritária, pois, lamentavelmente, a criminalidade intensificou-se por diversos estados.

Em Pernambuco, sr. Presidente, houve uma explosão de violência por diversas regiões, atingindo o triste recorde histórico de 5.427 homicídios em 2017.

O cenário atual não sinaliza melhorias no curto prazo: este foi o segundo janeiro mais violento na história do Pacto pela Vida, criado em 2007, com 448 homicídios confirmados.

A ineficiência da atividade investigativa também impressiona: somente 32% dos quase 5.100 inquéritos de homicídios abertos em 2017 foram solucionados.

É preocupante que, após uma redução tão significativa na criminalidade de Pernambuco, com a implantação do Pacto pela Vida, a partir de 2007, o que se observe nos últimos anos, sobretudo de 2015 em diante, seja uma acentuada deterioração da segurança pública.

No Editorial da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, foi sinalizado que a intervenção no Rio de Janeiro “abre precedentes para ações similares em outras regiões do país. Em Pernambuco, por exemplo, a criminalidade tem avançado de modo alarmante, com indicadores até piores”.

De modo geral, a criminalidade se consolida na ausência do poder público. É preciso, primeiro, mapear as áreas críticas, para então retomá-las, principalmente por meio de políticas sociais e ações de cidadania que revertam esse quadro. Também uma adequada regulamentação legal e disseminação de canais de denúncia, inclusive com previsão de recompensas a cidadãos que comuniquem crimes.

Em suma, sr. presidente, quero enfatizar que considero absolutamente prioritário o combate à criminalidade, em suas diversas frentes.

A intervenção federal ao Rio de Janeiro merece o apoio desta Casa Legislativa. E dirigindo-me aos pernambucanos, certamente aflitos com o quadro atual, quero reafirmar o meu incondicional apoio a ações que melhorem a ação da segurança pública no nosso estado.

Muito obrigado, sr. presidente.”

CBF divulga grupos e tabela básica da Série D

Estadão Conteúdo

O departamento de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na noite da terça-feira os grupos e a tabela básica do Campeonato Brasileiro da Série D. O futebol paulista será representado por cinco clubes: Linense, Mirassol, Novorizontino, Ferroviária e Mogi Mirim. A competição tem seu início previsto para 21 de abril e terá a participação de 68 clubes.

A CBF disponibilizou três vagas para os clubes paulistas via Estadual, que ficaram com Linense, Novorizontino e Mirassol, e uma para o campeão da Copa Paulista, neste caso, a Ferroviária. O Mogi Mirim disputará por ter sido rebaixado na Série C de 2017.

Entre os paulistas, o Linense caiu teoricamente no grupo considerado mais forte por contar com Caldense, Maringá e Madureira. O Novorizontino enfrentará Atlético-ES, Uberlândia e Americano.

O Mogi Mirim enfrentará o Prudentópolis, São José-RS e Brusque. A Ferroviária terá pela frente Cianorte, Novo Hamburgo e Tubarão. O Mirassol também pegará um adversário tradicional no futebol nacional: o Caxias. Além de Internacional de Lages-SC e Nova Iguaçu-RJ.

REGULAMENTO
O campeonato será disputado em seis fases. Na primeira, os 68 clubes formarão 17 grupos regionalizados quatro clubes cada, de onde se classificarão 32 clubes para a etapa seguinte – os primeiros colocados de cada grupo e os 15 melhores segundos colocados.

A partir daí, os clubes se enfrentarão no sistema mata-mata até ser conhecido o campeão. Os quatro mais bem colocados – os semifinalistas – conquistarão o acesso à Série C para 2019.

Confira os Grupos da Série D do Campeonato Brasileiro:
Grupo A1 – Rio Branco-AC, Manaus-AM, Macapá-AP Baré-RR.

Grupo A2 – Plácido de Castro-AC, Santos-AP, Independente-PA e Barcelona-RO.

Grupo A3 – Nacional-AM, São Raimundo-PA, Real Desportivo-RO e São Raimundo-RR.

Grupo A4 – Ferroviário-CE,Cordino-MA, 04 de Julho-PI e Interporto-TO.

Grupo A5 – Moto Club-MA, Altos-PI, Assu-RN e Sparta-TO.

Grupo A6 – Guarani-CE, Imperatriz-MA, Belo Jardim-PE e América-RN.

Grupo A7 – ASA-AL, Jacuipense-BA, Central-PE e

Sergipe-SE.

Grupo A8 – Murici-AL, Fluminense-BA, Campinense-PB e Flamengo-PE.

Grupo A9 – Santa Rita-AL, Vitória da Conquista-BA,

Treze-PB e Itabaiana-SE.

Grupo A10 – Brasiliense-DF, Iporá-GO, Corumbaense-MS e Dom Bosco-MT.

Grupo A11 – Ceilândia-DF, Aparecidense-GO,

Novoperário-MS e Sinop-MT.

Grupo A12 – Espírito Santo-ES, Itumbiara-GO, URT-MG e Macaé-RJ.

Grupo A13 – Atlético-ES, Uberlândia-MG, Americano-RJ e Novorizontino-SP.

Grupo A14 – Caldense-MG, Maringá-PR, Madureira-RJ e Linense-SP.

Grupo A15 – Nova Iguaçu-RJ, Caxias-RS, Internacional-SC e Mirassol-SP.

Grupo A16 – Cianorte-PR, Novo Hamburgo-RS, Tubarão-SC e Ferroviária-SP.

Grupo A17 – Prudentópolis-PR, São José-RS, Brusque-SC e Mogi Mirim-SP.

Confira a primeira rodada:

21/04 ou 22/04

Macapa-AP x Rio Branco-AC

Baré-RR x Manaus-AM

Barcelona-RO x Independente-PA

Plácido de Castro-AC x Santos-AP

Nacional-AM x São Raimundo-RR

São Raimundo-PA x Real Desportivo-RO

04 de Julho-PI x Interporto-TO

Cordino-MA x Ferroviário-CE

Assu-RN x Moto Club-MA

Sparta-TO x Altos-PI

Guarani-CE x Belo Jardim-PE

Imperatriz-MA x América-RN

Sergipe-SE x ASA-AL

Jacuipense-BA x Central-PE

Flamengo-PE x Murici-AL

Campinense-PB x Fluminense-BA

Vitória da Conquista-BA x Treze-PB

Santa Rita-AL x Itabaiana-SE

Dom Bosco-MT x Brasiliense-DF

Iporá-GO x Corumbaense-MS

Novoperário-MS x Aparecidense-GO

Ceilândia-DF x Sinop-MT

Espírito Santo-ES x URT-MG

Itumbiara-GO x Macaé-RJ

Americano-RJ x Novorizontino-SP

Uberlândia-MG x Atlético-ES

Madureira-RJ x Linense-SP

Maringá-PR x Caldense-MG

Internacional-SC x Caxias-RS

Mirassol-SP x Nova Iguaçu-RJ

Tubarão-SC x Cianorte-PR

Ferroviária-SP x Novo Hamburgo

Prudentópolis-PR x Mogi Mirim-SP

São José-RS x Brusque-SC

Adolescente sofre estupro coletivo no Case da Funase de Garanhuns

Folhape

O estupro coletivo de um adolescente de 16 anos dentro do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Funase. O caso aconteceu na última sexta-feira (16).

Quatro internos, todos com menos de 18 anos, são apontados como os responsáveis. O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Garanhuns.

Por meio de nota, a Funase informou que “todas as medidas necessárias foram tomadas pelo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Garanhuns, no sentido do atendimento médico psicossocial, além do que se refere às providencias policiais e judiciais cabíveis”. Tanto a vítima como os acusados foram identificados, e são todos menores de idade. No documento, o órgão enfatizou que irá, por meio de sua Corregedoria, apurar as circunstâncias e responsabilidades pelo fato.

Chuvas de verão também castigam Pernambuco

chuvas

Folhape

Até por volta das 20h da terça-feira (20), Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) já havia medido 79 mm de chuvas em Bezerros, no Agreste, município do Estado onde mais choveu no dia. Segundo a meteorologista da Apac, Maria Aparecida Fernandes, a média para todo o mês de fevereiro em Bezerros é de 54 mm. A chuva foi um dos fatores para os transtornos registrados na cidade: alagamento de ruas e de um trecho da BR-232 (que chegou a interromper o tráfego na via na tarde de ontem), casas danificadas e famílias desalojadas. Até as 20h de terça, 23 casas e 85 pessoas foram atingidas. Esta quarta-feira (21), a previsão da Apac para o Agreste é de chuva fraca a moderada entre a tarde e a noite.

Segundo a Prefeitura de Bezerros, não houve danos a prédios públicos. Já o Hospital Jesus Pequenino (que pertence a uma fundação e à rede privada), localizado no bairro do Retiro, teve parte do estacionamento inundado. O bairro de Irmã Júlia foi um dos mais atingidos e, de acordo com a prefeitura, “a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos encaminhou (ao hospital) uma equipe de assistentes sociais onde farão levantamento dos prejuízos junto as famílias”. “Será providenciada alimentação para quem ficou impedido de entrar em casa e já se sabe que ninguém ficará na rua hoje. Todos foram deslocados para casa de parentes”, informou a gestão, por nota.

No Laboratório de Análises Clínicas do município a rotina foi suspensa. Por causa da água que escorria pelas paredes e vazava pelas tomadas, os aparelhos foram desligados. O teto de gesso da recepção da unidade ficou danificado.

No município de Sairé, também no Agreste, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou o transbordamento do rio Ipojuca e registrou um acidente com vítima fatal. Um carro, por volta das 14h15 de ontem, no km 94 da BR-232, saiu da pista e colidiu contra uma parada de ônibus. Uma das passageiras faleceu na hora.

Zona da Mata
A Câmara de Vereadores de Nazaré da Mata teve as atividades suspensas ontem, também por causa das chuvas. Segundo a presidente da Câmara, a vereadora Maristela Maribel, houve pane elétrica. “Se continuar chovendo, vamos programar para repor a sessão na próxima segunda-feira”, disse. A água infiltrou a agência do Banco do Brasil, localizada no centro da cidade. Segundo a assessoria de imprensa do banco, a manutenção garante a abertura da agência normalmente hoje.

No Cabo de Santo Agostinho houve o registro de quatro famílias desalojadas, que estão em casas de parentes, sendo duas do bairro da Charneca e duas do São Francisco.

RMR e Sertão
No Recife, as chuvas ficaram mais concentradas no bairro do Pina, na Zona Sul, segundo a Apac, registrando precipitação de 25 mm.

Em Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista também choveu: 4 mm, 8 mm e 11 mm, respectivamente.

No Sertão do Estado, também segundo a Agência, choveu e há previsão de chuva isolada, de fraca a moderada.

Vara da Infância e Juventude firma parceria

O juiz da Vara Regional da Infância e Juventude de Petrolina, Marcos Bacelar, assinou termo de parceria com representantes de entidades da rede cultural e esportiva da cidade, na segunda-feira (19/2). A finalidade é fornecer vagas para jovens atendidos pela unidade judiciária para que possam ter qualificação profissional ou participação em atividades esportivas e culturais por meio do Programa Ampliando Medidas, Ampliando Horizontes.

Participaram do encontro os representantes da Escolinha Millenium de Futebol e Escolinha de Futebol Sindsemp, da Escolinha de Balé do Cemam e da Associação das Mulheres Rendeiras. O programa avalia o interesse e perfil de crianças e adolescentes para adequabilidade à iniciativa, inserindo nas atividades mais compatíveis.

De acordo com o juiz Marcos Bacelar, a expectativa é que o número de parceiros e vagas cresça e o índice de atos infracionais entre jovens seja reduzido. “Estamos trabalhando para captar o maior número de parceiros junto à sociedade petrolinense, obviamente, com foco no processo de ressocialização desses jovens, garantindo-lhes direitos essenciais aos seus desenvolvimentos”, explica o magistrado.

O Programa pretende formar banco de vagas com os parceiros e o encaminhamento deve ser avaliado pelos profissionais da Vara da Infância e Juventude. As entidades interessadas devem procurar a unidade judiciária no centro da cidade, ao lado do Fórum ou ligar no telefone (87) 3866-9781 para mais informações.