ARTIGO — O fim do dinheiro como conhecemos

Por Christian Geronasso e Patrick Silva

Entre tantas revoluções pelas quais o dinheiro já passou, desde as moedas de ouro e prata ao cartão de crédito, voltamos agora a atenção para um movimento de mudança radical. Graças aos avanços tecnológicos, chegamos às criptomoedas. Tal qual as convencionais, as criptomoedas podem ser compradas e negociadas, e, a partir daí, serem utilizadas para adquirir desde serviços online até apartamentos, matéria-prima etc. No Brasil os estabelecimentos comerciais ainda resistem, mas ao redor do mundo alguns países já estão inclusive regulando a utilização da moeda.

A criptomoeda é considerada uma moeda fiduciária, ou seja, não possui lastro em metal, não tem representação física e é controlada por meio da tecnologia blockchain, que garante a segurança do sistema. Especialistas estimam que até 2027 cerca de 10% do PIB mundial estará armazenado em tecnologia blockchain.

Exemplo das criptomoedas, os bitcoins são virtuais, independentes e sem regulação de qualquer entidade, não existem em locais virtuais, como correios eletrônicos ou armazenamentos em nuvem, e muito menos em locais físico/virtuais como hard drivers ou pen drivers. Para “materializar” um bitcoin ou visualizar o balanço de sua conta corrente é necessário relacionar diferentes registros de transação dispostos em uma rede de bloco virtual (blockchain), que só podem ser consolidados mediante uma chave privada. No Fórum Econômico Mundial de 2017 as criptomoedas e o blockchain foram relacionados com temas como confiança nas negociações, mudanças nos serviços financeiros e outros impactantes para o cenário econômico mundial. A discussão se iniciou principalmente pelo potencial que essa tecnologia tem para dificultar tentativas de esconder ou disfarçar transações.

Apesar de uma pesquisa da consultoria PwC apontar que menos de 5% dos bancos estão bem familiarizados com o assunto, em agosto de 2016 os bancos Bank of America e HSBC revelaram ter construído uma aplicação para melhorar transações com letras de crédito. A atenção das instituições financeiras tem motivos, pois o blockchain permite que grandes volumes monetários sejam arrecadados, sem taxas ou desvios e em tempo real. Sem dúvida o blockchain irá impactar bancos, seguradoras e intermediadoras de pagamentos, mas existem infindáveis possibilidade em marketing, serviços sociais, vendas, a exemplo do que ocorreu como Uber, Airbnb e eBay.

Se esse modelo for aplicado, atividades hoje muito presentes tendem a desaparecer. Muitos dos especialistas que anteciparam e antecipam movimentos do mercado, como Don e Alex Tapscott, autores do livro Blockchain Revolution, apontam grandes mudanças em modelos de negócio que exigem intermediação, como os cartórios, que realizam atividades para garantir que as informações apresentadas por cada uma das partes em uma negociação sejam verdadeiras.

Em breve ao adquirir um imóvel, automóvel ou uma laranja orgânica poderemos consultar um blockchain que possuirá todas as informações históricas, sem a necessidade de uma entidade intermediadora. Será possível, a partir de um smartphone, realizar a leitura de um QR Code que detalhará todas as manutenções realizadas no imóvel, todas as vezes que o seguro de um automóvel foi acionado e até mesmo se a fazenda que vende orgânicos realizou recentemente a aquisição de agrotóxicos.

Como se não bastasse, a criptomoeda já é uma possibilidade disseminada de investimento, e vemos o reflexo disso nos seus preços. A cotação da moeda virtual bitcoin em comparação com o real, saiu do patamar negociados abaixo de R$ 1 mil reais, em 2015, para a cotação de R$18.000, mais de 1.800% em apenas dois anos. Ao que tudo indica, o título deste artigo não contém exageros.

Fundos de Investimentos Imobiliários voltam a ficar atrativos em 2017

Com a perspectiva de continuidade de queda da Selic – atualmente em 9,25% e com projeção para fechar o ano em 7,5% – os títulos que pagam rendimentos atrelados à taxa devem permanecer atrativos. Entre os papéis que começam a se tornar mais interessantes para investidores que buscam um rendimento complementar estão os fundos de investimentos imobiliários.

Isso porque os fundos da categoria distribuem no mínimo 95% do resultado financeiro via rendimentos mensais e livre de imposto de renda para pessoas físicas. Em média, os FIIs têm distribuído 0,75% nos últimos meses, frente ao CDI líquido de 0,68% (considerando a alíquota de 15% do IR) e mais de 400 pontos comparados ao cupom da NTNB-26.

De acordo com o Boletim do Mercado Imobiliário divulgado pela B3 referente ao mês de julho de 2017, a maior fatia de investidores nos FIIs é de pessoa física, com 84,90%. O volume de estoque também acompanha o mesmo tipo de investidor, com 77,69%. “Os fundos imobiliários se destacam para este público por serem bastante acessíveis (negociado em bolsa) e apresentarem vantagens em relação ao aluguel de um imóvel, como a possibilidade de diversificação por tipo e região”, afirma o gerente de investimentos da Concórdia Corretora, Mauro Mattes.

O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário – IFIX, indicador do desempenho médio das cotações de 74 fundos, aponta uma alta de 16,92% nos últimos 12 meses. De acordo com o relatório da B3, em 2013, quando a taxa de juros registrou o menor patamar da história – 7,25% –, a procura pelos FIIs aumentou consideravelmente. Mas em 2014, com o aumento da Selic, a demanda diminuiu (custo oportunidade renda fixa). Entretanto, desde o 2º semestre de 2016, com a queda da taxa, a procura vem aumentando novamente.

Segundo Mattes, este é um momento de oportunidade para os investidores “Com a tendência de mais queda de juros, os fundos imobiliários se tornam mais atraentes. Participamos de uma oferta pública de cotas da 5ª emissão de um fundo, o Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (VRTA11). Os investidores estão atentos a esta movimentação. Tanto é que a demanda superou a oferta. O volume da captação chegou a R$ 60 milhões, bem superior ao da 4ª emissão, de R$ 47 milhões” – completa.

Caruaru Cidade Limpa vai instalar 600 lixeiras até o fim do ano

lixeira

A Campanha Caruaru Cidade Limpa, coordenada pela Gerência de Limpeza da Secretaria de Serviços Públicos, conta com mais uma operação: a colocação de lixeiras. Até o fim do ano serão instaladas 600 novas lixeiras nas praças e vias mais movimentadas da cidade. A ação teve início na última quarta-feira (20), na Praça Chico Porto.

Confira as ruas, avenidas e praças que serão contempladas nesta primeira etapa da colocação de lixeiras:

Avenidas:

-Agamenon Magalhães

-Rio Branco

– Rui Barbosa

-Joaquim Nabuco

-Oswaldo Cruz

-XV de Novembro

-Portugal

-Lourival José da Silva

-Caruaru

Ruas:

-Duque de Caxias

-Treze de Maio

-Djalma Dutra

-Vigário Freire

-Silva Filho

-Cleto Campelo

-Frei Caneca

-Coronel Limeira

-Capitão João Velho

-Silvino Macedo (Rua da Má Fama)

-Limeira Rosal

-Tupy

Praças:

-Chico Porto

-Estação Ferroviária

-do Rosário

-Coronel Rodrigues Porto

-Marco Zero

-do Estudante Dr Heleno Torres (Asces)

Caruaru Cidade Limpa

A Secretaria de Serviços Públicos iniciou a campanha Caruaru Cidade Limpa no início de março. Até o dia 31 de julho, quando houve o balanço da primeira etapa, haviam sido limpos 38 bairros; 1.278 ruas; removidas 3.945 caçambas de entulhos (equivalente a 23.670 m³ ou 35.505 toneladas) e emitidas 963 notificações, que geraram apenas 213 multas. Cumpriram a notificação, (quando não é gerada multa), 750 pessoas. O bairro que mais cooperou foi o Salgado.

Gerência de Limpeza

Mais informações e denúncias podem ser repassadas para a Gerência Municipal de Limpeza, através do telefone 3701-1455 ou na própria Secretaria de Serviços Públicos, localizada no Bloco C da Prefeitura, rua Rafael Cavalcanti, S/N, Bairro Pinheirópolis (em frente ao antigo Forrozão), ou pelo App Mobiliza Caruaru, disponível para Android.

Unifavip promove semana com serviços gratuitos para a população

Com o objetivo de prestar serviços à população caruaruense, o Centro Universitário Vale do Ipojuca (Devry | Unifavip) promove, entre os dias 18 e 23 de setembro, a sua Mostra de Responsabilidade Social 2017. A iniciativa, que faz parte do programa Devry Indo Bem, Fazendo o Bem, contará com uma série de atendimentos na área de saúde, orientações jurídicas, palestras e oficinas para a comunidade. As ações são gratuitas, abertas ao público e serão realizadas no campus do Centro Universitário e no Caruaru Shopping.

Durante a semana, entre os dias 18 e 22, haverá atividades como minicursos sobre gerenciamento de resíduos sólidos (19/09, no Espaço de Convivência do Devry | Unifavip) e fabricação de sabão a partir de resíduos de óleo de cozinha (22/09, no Laboratório de Química). Na quarta-feira (20), os estudantes de Direito do Devry | Unifavip estarão no Caruaru Shopping ofertando orientações e atendimentos em direito do consumidor.

Já neste sábado (23), as ações estarão concentradas das 10h às 18h no Caruaru Shopping, em frente à Le Biscuit. Entre os serviços ofertados, estarão aferição de pressão arterial, avaliação postural, avaliações físicas e orientações e atendimentos profissionais, psicológicos e jurídicos (Direito do Consumidor, Civil e Direito de Família). Também estão previstas palestras e informações sobre arboviroses, cardiopatias, Hipertensão Arterial, Diabetes e alimentação.

Além da função social de aproximar a comunidade acadêmica da sociedade caruaruense, a Mostra também cumpre a função pedagógica de aliar a teoria vista em sala de aula à prática.

Campanha de Entrega Voluntária de Animais Silvestres será realizada nesta sexta (22) em Caruaru

CAMPANHA ENTREGA ANIMAIS CPRH

Nesta sexta (22) em que se comemora o Dia Nacional da Fauna, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) junto com a Secretaria de Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural de Caruaru (Suder), estará promovendo em Caruaru a Campanha de Entrega Voluntária de Animais Silvestres. A ação será realizada na sede da Suder, que fica no Bloco “C” da Prefeitura, localizado na Rua Rafael Cavalcanti, nº 200, no bairro Pinheirópolis. O horário é das 09h às 16h.

Como a campanha tem caráter educativo e de conscientização, não há nenhum tipo de punição para quem colaborar fazendo a entrega de animais como aves (papagaios, araras, tucanos), pequenos primatas (macaco, sagui), felinos ou mamíferos selvagens (gato selvagem, tatu), répteis (lagarto, iguana, camaleão) e quelônios (tartarugas, cágados, jabutis). Eles devem ser transportados em gaiolas até o local do recolhimento.

Os animais recolhidos serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH, que fica na Zona Norte do Recife. No local os animais passarão pelo processo de readaptação para posterior reintrodução ao habitat natural.

Cerest realiza capacitação sobre Vigilância em Saúde do Trabalhador

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O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Caruaru (Cerest), em parceria com o mesmo órgão do estado, realizou nos dias 18 e 19, uma capacitação para os servidores das Unidades de Pronto Atendimento do município, além do Hospital Unimed e Hospital Regional do Agreste, acerca da importância das notificações de acidentes nos locais de trabalho.

As atividades aconteceram na sede do Cerest, no bairro São Francisco, durante o período da manhã. Durante a capacitação, mais de 11 temas foram apresentados e debatidos com os participantes, com o foco na importância das notificações de acidentes de trabalho.

De acordo com o coordenador do Cerest Caruaru, Hermes Rocha, os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho são evitáveis e passíveis de prevenção. “Com a notificação, é possível identificar o motivo pelo qual os trabalhadores adoecem ou morrem, associando esses dados aos ramos de atividade econômica e aos processos de trabalho, para que possam ser feitas intervenções sobre suas causas e determinantes.” destacou.

Artigo: Siga o dinheiro – o que está por trás da “cura gay”

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Por Leonardo Rossetto*

Eu quero apresentar um aspecto bem menos moral e mais pragmático da questão da “cura gay”. Chama “follow the money“. O Pastor Malafaia tem um escudeiro na Câmara: o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Isso nem é segredo.

A coitadinha da psicóloga que entrou com a ação pela “cura gay” não é só psicóloga: é assessora do deputado Sóstenes.

Agora vamos fazer uma breve cronologia:

2011 – Malafaia investe numa rede de clínicas de recuperação;

2012 – Silas Malafaia investe mais ainda em clínicas de recuperação;

2013 – Marco Feliciano (PSC-SP) entra na chefia da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara (meu Deus do céu, PT…) e por pedido de Malafaia aprova o projeto da cura gay. Sim, foi NO MEIO daquela bagunça das manifestações;

2014 – Pr. Eurico (PHS-PE), outro da bancada jihadista evangélica, reapresenta o projeto da cura gay;

2015 – com Cunha presidente da Câmara, Marco Feliciano reapresenta DE NOVO o projeto da cura gay.

Depois de terem o mesmo projeto arquivado três vezes, a bancada evangélica decidiu que o jeito seria apelar pro Judiciário. E daí finalmente acharam um juiz que fosse conservador o suficiente pra tomar uma decisão que os agradasse

Bem, mas o que isso tem a ver com as clínicas de recuperação do Malafaia? É relativamente simples:

Vocês lembram no começo do ano quando o Dória queria levar a Cracolândia inteira pra clínicas de recuperação pagando diária para as clínicas? Isso geralmente ocorre com o conveniamento de clínicas para recuperação de dependentes junto à prefeitura ou ao estado. A clínica apresenta documentação, é conveniada e o estado paga mensalmente a quantidade de diárias de internação estabelecidas em contrato.

Pois bem, qual é o pulo do gato? Com a cura gay, pessoas poderão ser levadas pelos pais ou parentes num Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou num Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) buscando tratamento de reversão sexual. Daí o governo vai ter que credenciar clínicas que façam esses tratamentos, afinal é um direito de todos e dever do Estado.

Na hora de credenciar essas clínicas, quem estará lá todo feliz credenciando suas clínicas em busca de grana pública pra cura gay?

SILAS MALAFAIA

Não é coincidência que o lobby pela cura gay tenha começado logo após Malafaia montar a sua rede de clínicas de recuperação.

Vocês entenderam que Malafaia é muito mais perigoso que um mero pastor extremista? Ele quer usar a cura gay para captar dinheiro público. Por trás de todo moralismo há um motivo tacanho e hipócrita, não adianta. O do Malafaia é ganhar mais dinheiro.

Jesus: “é impossível servir a Deus e ao dinheiro”.

Paulo: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”.

Esses trechos da Bíblia Malafaia não lê

Enfim, tá aí o esquema exposto.

* Leonardo Rossetto é cientista social, mestre em Planejamento Territorial e especialista em Políticas Públicas. Define-se como cristão.

Campanha de Multivacinação termina nesta sexta

A Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização de Caderneta de Vacinação segue até esta sexta-feira (22.09). O objetivo da ação é atualizar a situação vacinal de rotina das crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (14 anos 11 meses e 29 dias). Para o público infantil, o calendário de vacinação oferta 14 vacinas. Já para adolescentes, são 5.

“É importante que os pais ou responsáveis levem as crianças e adolescentes para os postos de saúde munidos da caderneta de vacinação. Os profissionais irão analisar o documento e aplicar as doses que forem necessários. Precisamos lembrar que as vacinas podem proteger contra diversas doenças. Além disso, é preciso finalizar os esquemas vacinais para que haja a efetiva proteção”, afirma a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.

As vacinas disponibilizadas pelo SUS podem proteger contra sarampo, coqueluche, difteria, tétano, HPV, meningite, poliomielite, hepatites A e B, entre outras doenças.

Romário enterra proposta de criminalizar o funk

O Senado decidiu cortar na raiz a discussão de tornar o funk uma prática criminosa. Por unanimidade, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) rejeitou a sugestão popular que pretendia tornar o funk um crime à saúde pública de crianças, adolescentes e à família. A rejeição foi liderada pelo senador Romário (Pode-RJ), que deu parecer contra a transformação da ideia em proposta legislativa. O entendimento dele foi acompanhado pelos demais integrantes do colegiado, que puseram um ponto-final na discussão: o texto não tramitará no Senado.

Os senadores consideraram que o texto era inconstitucional por cercear a livre manifestação cultural e de pensamento. Romário também criticou o mérito da sugestão legislativa ao lembrar que gêneros musicais hoje consagrados como o samba e o jazz também já sofreram tentativas de criminalização ao serem tratados como coisa de “gente impura” e “ralé”.

Para o relator, não há qualquer fundamento na vinculação entre o ritmo musical e a prática de estupros ou assaltos, feita pelos autores da proposta. “Infelizmente a prática de crimes ocorre nos mais diversos ambientes da sociedade brasileira, inclusive nos bailes funk. Para isso, já existem aparatos de repressão e judiciais que devem cumprir seu dever”, defendeu.

O senador ressaltou que o funk é uma das principais formas de lazer para parte da população do país e representa uma manifestação artística e cultural importante para jovens, sobretudo em lugares de população de baixa renda. “E estes bailes também são uma alternativa de diversão para milhões de jovens em nosso país, e nas áreas mais carentes, é muitas vezes a única”, lembrou Romário.

“O samba, outrora, foi considerado ritmo lascivo e pertencente à gente da ‘ralé’. No mesmo sentido, o jazz já foi considerado um estilo musical degenerado, de gente ‘impura’. Embora se tenha tentado, o Estado nunca conseguiu proibir a manifestação da cultura popular. A sabedoria do tempo ensinou que não se consegue algemar o pensamento; ele sempre encontrará um caminho para se libertar”, escreveu o senador em seu parecer.

No pedido para transformar a sugestão em proposta legislativa, os defensores da criminalização do funk atacaram o movimento como uma “falsa cultura”, e os “pancadões” como um recrutamento organizado nas redes sociais para “atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o menor adolescentes ao uso, venda e consumo de álcool e drogas, agenciamento, orgia e exploração sexual, estupro e sexo grupal entre crianças e adolescente, pornografia, pedofilia, arruaça, sequestro, roubo e etc.”.

Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Paim (PT-RS) disse que se fosse para proibir todos os eventos onde ocorrem violências e abusos, “então todo o carnaval teria que ser cancelado no Brasil”.

A sugestão legislativa foi apresentada pelo empresário Marcelo Alonso no portal e-Cidadania, que prevê o envio do texto à Comissão de Legislação Participativa caso ele alcance o apoio de pelo menos 20 mil pessoas. Foi o que ocorreu. Mas a conversão da sugestão em projeto de lei dependia da aprovação do colegiado, o que não houve.

Fonte: Congresso em Foco

Moreira e Padilha receberam R$ 13,3 milhões em propina da Odebrecht, aponta PGR

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Depois de recuperar dados contidos no sistema de registro de informações do “setor de propinas” da Odebrecht, a Procuradoria Geral da República (PGR) diz ter provas de que os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, receberam, em dinheiro vivo, R$ 13,3 milhões do grupo. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, Padilha é identificado no sistema como “Fodão”, “Primo” e “Bicuíra”. Moreira é apontado como o “Angorá”, alusão ao apelido dado a ele, de maneira pejorativa, pelo ex-governador Leonel Brizola (PDT). Os repasses foram confirmados por perícias feitas sobre os dados extraídos do chamado sistema Drousys. Segundo o jornal carioca, os dados que comprometem Moreira e Padilha fazem parte da primeira leva de dados periciados, a cargo do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Novos dados serão repassados à nova procuradora, Raquel Dodge.

Um dos relatórios, segundo o Globo, detalha a entrega de R$ 200 mil a Padilha, identificado no caso como “Fodão”, em Porto Alegre, mediante a senha “comida”. Com o codinome “Bicuíra”, de acordo com a reportagem, o atual chefe da Casa Civil foi contemplado com sete pagamentos no total de R$ 1,49 milhão em 2010. Em 2014, outros R$ 4 milhões foram entregues com a senha “sardinha”, conforme o sistema Drousys.

Como “Angorá”, Moreira Franco recebeu sete pagamentos da Odebrecht que totalizaram R$ 7 milhões, conforme o documento da PGR. “Conclui-se, portanto, que os documentos obtidos no Drousys indicam pagamentos no montante de R$ 4 milhões destinados ao codinome ‘Primo’ e R$ 7 milhões destinados ao codinome ‘Angorá’, que, segundo executivos e funcionários da Odebrecht, referem-se, respectivamente, a Eliseu Lemos Padilha e Wellington Moreira Franco.”

Em resposta ao Globo, Eliseu Padilha diz que não tem detalhes sobre a acusação. “Quando lhe for oportunizada sua defesa, o ministro rebaterá as acusações que ainda restarem.” A defesa de Moreira Franco desqualificou o documento: “Toda prova proveniente de uma delação fraudada, de delatores assumidamente criminosos, não merece credibilidade”.

Os dois ministros foram denunciados na semana passada pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF) por organização criminosa, ao lado do presidente Michel Temer e outros peemedebistas. Em razão disso, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu dois procedimentos contra Moreira e Padilha.

Fonte: Congresso em Foco