Sua empresa pode estar morrendo por causa desses 3 custos invisíveis

O cenário é quase sempre o mesmo: a empresa começa a crescer, gerar novos negócios, abraçar diversos projetos, e os custos (fixos e variáveis) vão aumentando. “Isso é absolutamente normal. Eu sempre costumo dizer que para ganhar dinheiro, você precisa gastar dinheiro, investir. Agora, toda tomada de decisão empresarial precisa levar em conta o retorno sobre esse investimento. Se eu vou alocar determinada quantia em um projeto, precisa estar muito claro qual é a projeção de retorno sobre aquele investimento específico”, explica o especialista em gestão e aceleração empresarial, Marcus Marques.

Essa diferença entre o que é investido e a receita gerada a partir daquele investimento é determinante para a sustentabilidade das organizações. “Uma empresa precisa ter lucro para seguir adiante. Só assim ela consegue gerar mais empregos, beneficiar os stakeholders e impactar positivamente a sociedade como um todo”, diz Marques, que nos últimos anos ajudou a fazer do IBC (Instituto Brasileiro de Coaching) a maior escola de coaching do Brasil.

O especialista, no entanto, alerta: “Se tem uma coisa que pode colocar tudo a perder, sem que você se dê conta a tempo, é o que eu chamo de ‘custo invisível’”.

Segundo ele, “custo invisível” é toda despesa que sua empresa tem, mas que não aparece, necessariamente, nas planilhas e balanços porque não se trata de um boleto, uma guia ou cheque a ser compensado. “Não há nada que materialize o custo invisível, por isso ele é tão traiçoeiro. O turnover, por exemplo, é o maior foco de custo invisível nas empresas e poucas empresas se dão conta”.

1. Alto turnover. De fato, a alta rotatividade dos talentos chega a custar milhões de dólares anualmente para as empresa, em nível global. Em uma companhia de pequeno e médio portes, por exemplo, esse custo pode custar a sobrevivência do negócio. “O ciclo completo de um funcionário em sua empresa, pensando na contratação, ações de integração e treinamento, desenvolvimento de competências e posterior demissão, gera custos enormes e nada disso está tangibilizado na sua planilha financeira”, explica Marques.

2. Falta de engajamento. Outro custo invisível para o qual as empresas devem olhar é a falta de motivação e engajamento das equipes de trabalho. “Se a sua equipe não está engajada, muitos recursos são despendidos para a execução de determinada tarefa e nem sempre o resultado está à altura. Isso drena dinheiro das empresas”.

3. Processos desalinhados. A falta de organização nos processos corporativos podem custar muito caro, mas nem sempre isso é percebido. “Processos mal desenhados geram erros, retrabalho e tempo perdido. Todo líder empresarial precisa evitar esse desperdício ou a margem de lucro acaba sumindo”.

Para Marcus Marques, é impossível eliminar completamente os custos invisíveis, mas os empreendedores têm a missão de minimizar os seus impactos negativos a todo momento. “Tem que ficar muito atento. Em uma empresa, é preciso cortar custos a toda hora porque eles sempre estão crescendo”, arremata.

Sobre Marcus Marques

Empreendedor e Empresário, publicitário com pós-graduação em Gestão de Pessoas, Psicologia Positiva e Coaching e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas – FGV e pela Ohio University. Possui formação e certificação multidisciplinar em PNL, Liderança, Marketing Digital, Empreendedorismo, Modelo de Gestão Disney, Perfis Comportamentais (DISC), Andragogia e Treinamento Comportamental. É mentor e coach de donos de pequenas e médias empresas e diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Coaching – IBC, a maior empresa de Coaching & Desenvolvimento Humano do Brasil.

Prefeitura de Caruaru trabalha no enfrentamento da violência contra as mulheres

A Secretária de Políticas para Mulheres, Perpétua Dantas, receberá, nesta quarta-feira, 20, a delegada Gleide Ângelo, chefe do Departamento de Polícia da Mulher de Pernambuco e autoridades ligadas a Rede de Enfrentamento de Violência contra a Mulher. O encontro acontecerá na Escola Municipal Josélia Florêncio, a partir das 9h.

A visita tem como objetivo desenvolver um trabalho preventivo de enfrentamento a violência doméstica e familiar. A programação contará com palestra e a apresentação do Eurobus que oferecerá orientações sobre a Lei Maria da Penha e também acerca dos direitos das mulheres vítimas de violência.

O evento trata-se de uma ação integrada entre a Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru e a Delegacia da Mulher de Pernambuco. Também participarão do encontro o Secretário de Ordem Pública, Cel. Luís Aureliano, além de representantes das políticas Civil e Militar, Secretaria de Educação, Poder Judiciário e Ministério Público.

O Eurobus está atendendo cidades de Pernambuco e atingiu em média 4 mil mulheres. Os trabalhos, deste ano, iniciaram no mês de agosto, em alusão aos 11 anos da Lei Maria da Penha. Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) sinalizam que entre os anos de 2012 e 2016, mais de 115 mil mulheres foram vítimas da violência de gênero no estado de Pernambuco. Entre os meses de janeiro e julho, deste ano, já foram registrados mais de 15,8 mil casos.

Mais duas escolas recebem ações em combate ao mosquito Aedes

As gerências de Atenção Básica e Vigilância em Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação do município, estiveram durante a terça-feira (19), realizando mais uma ação conjunta do Programa Aprender com Saúde, agora na Escola Maria Cândida, na comunidade de Pau Santo. Os temas abordados com os alunos foram referentes ao combate contra o mosquito transmissor das arboviroses. As atividades terão continuidade nesta quarta-feira (20), pela manhã, na escola Santa Inês, no Xicuru.

A ação foi promovida para cerca de 130 estudantes de três escolas municipais de Pau Santo, Maria Cândida, Antônio Martins e Nossa Senhora Aparecida. Os alunos foram orientados sobre como combater o mosquito transmissor da dengue, zyca e chikungunya, nas suas casas e nos locais que frequentam. Além de assistirem às peças de teatro com os arte-educadores, e tirar dúvidas com a equipe de vigilância da Secretaria de Saúde.

Esta é a segunda comunidade que recebe à ação, anteriormente realizada nas escolas da localidade de Terra Vermelha.

A coordenadora do programa Aprender com Saúde, Carina Toscano, destacou que esse tipo de ação, além do caráter preventivo para arboviroses, promove saúde, tendo em vista que capacita os alunos a serem multiplicadores de informação em saúde, o que perpassa para outros setores como limpeza urbana e vigilância.

Durante a manhã, as equipes de vigilância, também visitaram as residências da comunidade, realizando a prevenção de vetores.

Senador propõe campanhas mais baratas

Foto 2 Roberto Stuckert Filho

Integrante da comissão de reforma política criada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), na terça-feira (19), o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), declarou que vai trabalhar para propor alternativas mais baratas de financiamento de campanhas, com regras mais claras e transparentes, a fim de melhorar o sistema eleitoral.

Segundo ele, o PT, que defendeu o fim das doações de pessoas jurídicas a candidaturas políticas no Congresso Nacional em 2015, mesmo ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu declarar inconstitucionais as contribuições de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais, irá buscar um caminho aceitável pela sociedade.

“A nossa preocupação é de que o financiamento privado não volte a existir, conforme se cogitou semanas atrás. Acreditamos que o uso de recursos públicos é bem-vindo para a volta da democracia, desde que sejam utilizados de maneira mais eficiente, com produções de conteúdo mais baratas e com rigor na fiscalização”, resumiu Humberto.

O senador entende que o dinheiro poderia ser usado de maneira mais igualitária entre os candidatos, sendo retirado de emendas parlamentares individuais e coletivas, sem onerar ainda mais os cofres da União. A verba seria utilizada nos dois programas partidários anuais de 10 minutos.

Ele lembra que a implementação da cláusula de barreira, matéria já aprovada no Senado e que aguarda apreciação na Câmara, vai reduzir o exorbitante número de partidos que hoje existe no país e, assim, possibilitar a exibição dos programas.

“Também sou favorável à continuidade do horário eleitoral no rádio e na TV, com regras que o torne mais barato. Temos de ter regras para que as gravações sejam feitas em estúdios fechados, por exemplo. Isso as torna mais baratas”, disse. O líder da Oposição afirma que a transmissão desse horário é importante para que haja renovação na política.

“Temos de fazer um esforço para votar essas propostas que aperfeiçoam o sistema para valer já em 2018, ou seja, ainda este mês. Se não fizermos isso, teremos, provavelmente, a inferência da Justiça Eleitoral. Esse é o pior dos mundos”, comentou.

O senador avalia que a comissão criada no Senado poderá chegar a consensos sobre a reforma política que a Câmara hoje tem dificuldade de alcançar. “Queremos diminuir os custos das campanhas e acabar com o caixa dois. O fim do financiamento privado já foi um passo muito importante nesse sentido. Agora, vamos às alternativas”, declarou.

Mostra Sesc de Cinema com inscrição aberta para curtas e longas metragens

Estão abertas as inscrições para a Mostra Sesc de Cinema 2017/2018, que tem como objetivo incentivar a produção cinematográfica brasileira que não chega ao circuito comercial de exibição. Podem participar cineastas que possuam curtas ou longas metragens não apresentados em serviço de vídeo, televisão ou cinema. O cadastro é feito gratuitamente, pela internet, através do preenchimento de formulário no site do Sesc (www.sescpe.org.br) até o dia 1º de outubro.

A mostra é formada por duas etapas. A primeira é a Mostra Estadual, que acontece no primeiro semestre. Nesta etapa, uma comissão irá indicar dois longas e quatro curtas metragens para participar da Mostra Nacional, prevista para o segundo semestre de 2018. Nessa categoria, serão selecionadas 30 obras brasileiras, sendo 10 longas e 20 curtas. Cada diretor poderá inscrever até duas produções.

Serão aceitos na categoria de curtas obras finalizadas a partir de 1º de janeiro de 2015. Já os longas, podem concorrer a partir de 1º de janeiro de 2013. “Além da premiação com contrato de licenciamento para exibição pública, a Mostra elege os destaques de melhor roteiro, filme, direção de fotografia, de arte, elenco e montagem e desenho de som”, explica a instrutora de Atividades Artísticas, Naruna Freitas. Os classificados para etapa estadual serão divulgados no site após quatro meses do término da inscrição.

Suspensão de denúncia contra Temer, ensino religioso e alteração de registro civil estão na pauta desta quarta-feira (20)

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) volta a analisar, nesta quarta-feira (20), questão de ordem que discute o processamento da denúncia oferecida pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da República, Michel Temer. A questão será levada ao colegiado por decisão do ministro Edson Fachin, relator. Os ministros vão discutir pedido da defesa do presidente da República sobre a suspensão do envio da denúncia à Câmara, tendo em vista a possibilidade de rescisão do acordo de colaboração premiada celebrado com integrantes do grupo J&F.

Também está na pauta a retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, em que a Procuradoria-Geral da República pede que o Tribunal decida que o ensino religioso nas escolas públicas somente poderá possuir natureza não confessional. Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso (relator), Rosa Weber e Luiz Fux votaram pela procedência da ação. Já os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin votaram no sentido da improcedência.

Outro tema pautado está na ADI 4275, em que se discute a constitucionalidade da alteração de registro civil sem mudança de sexo. A ação está sendo julgada em conjunto com o RE 670422, com repercussão geral reconhecida. Também foi pautado o RE 870947, que trata das regras de correção monetária e remuneração dos precatórios e das dívidas da Fazenda Pública.

Polícia Civil prende quinto suspeito de atirar no apresentador Alexandre Farias

Mavian Barbosa G1 Caruaru

 A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (19) o quinto suspeito de atirar no apresentador Alexandre Farias. O homem de 22 anos foi preso no bairro José Carlos de Oliveira em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia, o suspeito estava escondido em uma casa na localidade.

Os policiais chegaram até o suspeito por meio de uma ligação anônima feita ao Disque-Denúncia. Com ele, foram encontrados uma pistola, um revólver e munição. O criminoso será levado para Divisão de Homicídios para prestar depoimento.

A polícia também prendeu um homem de 57 anos supeito de dar abrigo aos criminosos. Segundo a polícia, os dois são suspeitos de terem feito uma família refém no Boa Vista. A dupla é natural do Rio Grande do Norte. Nesta quarta-feira (20), os dois serão apresentado em audiência de Custódia.

Material foi apreendido na casa (Foto: Mavian Barbosa/G1)Material foi apreendido na casa (Foto: Mavian Barbosa/G1)A ação foi realizada pelas equipes comandadas pelos delegados Bruno Vital e Márcio Cruz, com a participação do setor de inteligência da Polícia Civil.

Outros três suspeitos foram presos na segunda-feira (18). As prisões ocorreram após um tiroteio no sítio Maniçoba, na zona rural do município. Um quarto suposto criminoso foi morto a tiros durante o confronto, conforme informou a polícia.

Estado de saúde

Uma nova tomografia mostrou uma redução no edema cerebral do apresentador Alexandre Farias. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (19) após os médicos do Hospital Unimed divulgarem o novo boletim médico com o estado de saúde do jornalista.

Alexandre Farias, que está no terceiro dia de internação, segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado e em coma induzido. De acordo com o boletim, houve normalização da pressão intracraniana (PIC) e da pressão de perfusão cerebral (PPC). As funções renais, pulmonares, hepáticas e cardíacas dele também encontram-se normais.

Entenda o caso

O apresentador do ABTV 2ª edição, da TV Asa Branca, foi vítima de uma bala perdida na noite do sábado (16) no bairro Alto do Moura, em Caruaru. O ator e jornalista tinha apresentado o telejornal e, quando saiu, foi jantar em um supermercado da cidade. Ele ia para a casa dele quando foi atingido por um disparo na cabeça. De acordo com informações da Polícia Militar, assaltantes estavam em um carro roubado quando houve perseguição e troca de tiros.

Na fuga, os bandidos ainda atropelaram os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estavam em uma ocorrência no local. Uma das auxiliares de enfermagem foi atingida.

Alexandre Farias foi socorrido em estado grave para o Hospital Regional do Agreste (HRA) e em seguida transferido para hospital Unimed, também em Caruaru.

Lula vira réu pela sétima vez e agora é alvo de duas ações penais da Zelotes

O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney Oliveira aceitou mais uma denúncia contra o ex-presidente Lula no âmbito da Operação Zelotes, que investiga compra de medidas provisórias e ilícitos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho viraram réus por corrupção passiva. A defesa nega qualquer ilícito (leia a nota mais abaixo).

Nesta ação, Lula é acusado de editar uma medida provisória para beneficiar empresas do setor automotivo. A MP 471/2009 prorrogou os incentivos fiscais e o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que se encerraria em 2010, até 2015.

Além do ex-presidente e do ex-ministro, outras cinco pessoas também passam a ser rés na ação, entre eles Paulo Arantes Ferraz, ex-presidente da MMC Mitsubishi, e Carlos Alberto de Oliveira Andrade, empresário do grupo Caoa.

Os outros réus são acusados de corrupção ativa e teriam encomendado a MP. Antes de ser publicada e começar a valer, a MP teria passado pelo crivo dos empresários e lobistas. As empresas beneficiadas (MMC Mistubishi e Caoa) se comprometeram em pagar R$ 6 milhões em propinas para Lula e Gilberto, que repassariam o dinheiro para o PT custear campanhas eleitorais.

É a sétima vez que Lula vira réu em uma ação penal. Com esta, são quatro ações na Justiça do Distrito Federal – em que é acusado de tentar atrapalhar a delação de Nestor Cerveró, tráfico de influência no BNDES e na Operação Zelotes -, e três na Justiça do Paraná – acusado de pagar propina à Odebrecht na compra de um terreno para a nova sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao de Lula na cidade de São Bernardo do Campo, do sítio em Atibaia e do tríplex no Guarujá, no qual já foi condenado e responde em liberdade.

Planos de saúde populares podem estar disponíveis ainda este ano

Planos de saúde populares podem começar a ser vendidos ainda este ano, anunciou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O início da comercialização depende da conclusão de análise técnica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a flexibilização da regulamentação de planos de saúde no país. Na semana passada, o grupo de trabalho inicial responsável por analisar o tema publicou seu relatório final.

Segundo Barros, com o aumento do acesso privado, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá oferecer melhor atendimento a quem não pode pagar por um plano, um contingente de 150 milhões de brasileiros.

“Ao Ministério de Saúde compete dar saúde a todos os brasileiros, que tem ou não tem plano de saúde. É isso que determina a Constituição. Evidentemente, quanto mais brasileiros tiverem cobertura de planos pagos por seus patrões, patrocinadores ou pagos individualmente, esses brasileiros diminuem a pressão sobre a fila do SUS, que atende aqueles que só dependem do SUS, não tem capacidade financeira ou a sua empresa não pode ofertar um plano de saúde para aqueles trabalhadores”, disse o ministro que participou hoje (19) da abertura da 8ª Conferência Brasileira de Seguros (Conseguro), que discute até quinta-feira “o desafio da retomada do crescimento”.

O ministro explicou que o objetivo do Projeto de Plano de Saúde Acessível é ampliar ao máximo a cobertura de planos de saúde à população “para que esta responsabilidade de financiamento da saúde seja dividida”. “Já é hoje 55% do investimento em saúde do setor privado e 45% do setor público. Então, quanto mais nós tivermos a cooperação de empresários financiando a saúde de seus funcionários, de planos individuais, mais qualidade nós podemos oferecer a quem depende do SUS”.

Para tanto, Barros informa que estão sendo analisadas alternativas como flexibilizar o rol mínimo de atendimento, regionalizar a cobertura para os procedimentos e a co-participação do beneficiário no pagamento dos serviços utilizados. Segundo ele, “na maioria dos casos, a ANS diz que aquela opção já está disponível no mercado”.

Empresas

A presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Palheiros Mendes, lembra da necessidade de a ANS regulamentar as regras do produto, discutindo com os setores interessados, antes de o plano acessível ser ofertado pelas empresas.

“Para que um produto tenha regras claras, uniformes e possa ter uma significativa redução de custos, eu entendo, e pelo visto o ministro entende também, que há a necessidade de que esse produto seja regulamentado. E quem tem que fazer isso é a agência, que trata esses debates importantes para a saúde suplementar constituindo um grupo de trabalho com a participação pública e privada”.

Ela adianta que a FenaSaúde comporá o grupo de trabalho para discutir a formatação dos plano populares. “Reduzir custo é consequência. Uma rede hierarquizada, com um médico generalista indicando o especialista, isso reduz o desperdício. Se tem co-participação, que não é para todos os procedimentos, ela gera por parte do consumidor um maior cuidado na utilização, também evitando o desperdício. E evitando o desperdício reduz o custo. Só depois de regulamentar é que a gente consegue precificar. Mas estamos intuindo que haverá uma redução de uns 20%”.

Câmara adia votação de PEC que acaba com coligações em eleições proporcionais

Devido à obstrução da maioria dos partidos, os deputados não concluíram, nesta madrugada, a votação do projeto da reforma política que acaba com as coligações nas eleições proporcionais e cria a chamada “cláusula de barreira”, que gradativamente acaba com os partidos nanicos.

Apesar da promessa do presidente em exercício da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), de que, se fosse necessário, iria até o início da manhã de hoje (20) com as votações da reforma política, os líderes não quiseram concluir a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/2016, que trata das coligações partidárias e da cláusula de desempenho. Dezessete partidos entraram em obstrução, e com isso a análise de um dos destaques à matéria ficou prejudicado.

Há duas semanas, os parlamentares aprovaram o texto principal da PEC. De acordo com a emenda, os partidos poderiam se organizar em federações que funcionariam durante todo o período do mandato dos candidatos eleitos. O texto também prevê a adoção de uma cláusula de desempenho para que os partidos só tenham acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na rádio e na TV se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos em todo o país.

Os diferentes projetos de reforma política têm sido discutidos há meses no Legislativo e, por sucessivas vezes, asvotações não foram concluídas. De acordo com o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Rennó, tudo indica que as discussões podem novamente “morrer na praia”.

Mais cedo, sob pressão do Senado e expectativas de que o Poder Judiciário decida alguns pontos relevantes da reforma política que não têm consenso no Congresso, os deputados rejeitaram trecho da PEC 77/2003 que criava o voto majoritário, conhecido como distritão, para as próximas eleições.

As duas PECs enfrentam dificuldades para avançar no plenário, pois ambas precisam atingir o mínimo necessário de 308 votos, do total de 513 deputados, para aprovação de mudanças constitucionais. Outro problema é a falta de tempo para construir um consenso mínimo, uma vez que para serem válidas para as eleições do ano que vem, as mudanças precisam ser aprovadas em dois turnos pela Câmara e pelo Senado até o início de outubro, um ano antes do próximo pleito.

O relator da PEC 77, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), defende que os deputados continuem analisando as matérias mesmo que as mudanças não sejam aprovadas a tempo de valerem para 2018. “Vou advogar a tese de que já no mês de outubro a gente comece a discutir o sistema a partir de 2020. Porque um dos grandes problemas que a gente viveu aqui na Casa é querer fazer reforma eleitoral para o ano seguinte. Matérias estruturantes não podem ser exigidas que entre em vigor no ano seguinte. Se tivesse um pouco mais de tempo, a gente venceria essa batalha”, disse.

Em nova tentativa de avançar no texto, uma sessão está marcada para as 13h desta quarta-feira (20), mas os deputados devem começar os trabalhos apreciando inicialmente uma medida provisória que tranca a pauta.