Governo mantém ações de controle e monitoramento das despesas

O Governo do Estado, por meio do Decreto nº 42.601/2016, instituiu o Plano de Monitoramento de Gastos (PMG). A ação tem o objetivo de manter o controle de gastos implementados ao longo de 2015 e leva em consideração o diagnóstico das projeções econômicas e financeiras do País que apontam para a manutenção de um cenário fiscal restritivo, com ausência de crescimento da economia brasileira e consequente baixa projeção para o incremento de receitas para os Estados.

O Decreto prevê diversas medidas de controle do gasto público por meio de uma atuação direta com os gestores do Estado, a fim de identificar, propor e implementar ações de monitoramento. O principal objetivo é acompanhar as despesas, mantendo uma assídua orientação aos agentes públicos para o equilíbrio das contas, a manutenção dos serviços e das políticas públicas, ressaltando a importância de não elevar as despesas.

“Com uma ação estruturada como essa, o Estado estará mais seguro e preparado para um possível agravamento da já difícil situação financeira do País, que impacta todos os Estados. Estamos fazendo a nossa parte e seguimos tomando as medidas necessárias”, disse o governador Paulo Câmara.

A coordenação das ações do PMG é de responsabilidade da Secretaria da Controladoria-Geral do Estado e o monitoramento é realizado Comitê Gestor do PMG. Este é composto por representantes da Assessoria Especial do Governador do Estado (Aegov), Secretaria de Administração do Estado de Pernambuco (SAD-PE), Secretaria da Controladoria Geral de Pernambuco (SCGE-PE), Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Esse grupo manterá o acompanhamento detalhado dos gastos em conformidade com o Decreto. Serão preservados os recursos já destinados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), as verbas destinadas a investimento e programas de relevância para a sociedade, como o Pacto Pela Vida, o combate ao Aedes Aegypti, entre outros.

Nas principais ações do PMG estão: a vedação de acréscimos no atual quantitativo de locação e aquisição de veículos; aumento na franquia de telefonia móvel; ampliação de internet; acréscimos no quantitativo de mão de obra terceirizada; e contratação de consultorias. “Neste difícil momento da economia brasileira, o governador Paulo Câmara tem destacado de forma reiterada que as medidas de controle nos gastos devem preservar o funcionamento dos serviços, conforme foi feito em 2015, quando comprimimos o gasto público evitando comprometer o atendimento às demandas sociais. Assim, vamos utilizar como meta os valores praticados pelas unidades gestoras no ano passado, evidenciando a necessidade de aprimorar a qualidade do gasto, gerando mais economia em locais em que ainda é possível”, disse o secretário da Controladoria-Geral do Estado, Rodrigo Amaro.

Uma das especificidades do Decreto nº 42.601/2016 é que o Comitê Gestor poderá definir metas individualizadas por órgãos e entidades a partir dos resultados alcançados em exercícios anteriores, apoiando os gestores que mais se esforçaram para economizar.

O Decreto contempla, ainda, a redução de 15% do quantitativo de telefonia fixa, redução de 20% para os números que fazem ligações para fora da rede do Estado, acompanhamento da evolução e execução de diárias de profissionais à serviço, a devolução de veículos com baixa utilização e o cancelamento do perfil de dados de internet com baixa utilização.

O Estado de Pernambuco foi um dos primeiros na realização de ações de controle de gastos para enfrentamento da crise econômica, quando, ainda no início de 2015, editou instrumento próprio de contingenciamento com o Decreto nº 41.466/2015. “Fomos pioneiros em apontar a necessidade de convocar os gestores públicos a reduzir o nível de gasto dos recursos. Ações desta natureza permitem que o Estado possa manter uma melhor saúde financeira, liberando mais recursos para as políticas essenciais”, reforçou o governador do Estado, Paulo Câmara.

ACOMPANHAMENTO – A SCGE, com o intuito de apoiar os órgãos e entidades da estrutura do Estado, irá destacar servidores do seu quadro para acompanhar, in loco, as ações de monitoramento dos gastos. Os gestores governamentais na especialidade de controle interno farão o monitoramento a partir do acompanhamento da execução de cada uma das despesas das UGs.

“Estamos destacando 72 gestores que irão apoiar os servidores no monitoramento das despesas na ponta. O objetivo desse trabalho é atuar de forma parceira, incentivando ainda mais o uso racional dos recursos públicos e sensibilizando os servidores para o momento econômico do País. Ao longo do último ano, conseguimos emagrecer no que foi possível, agora a tarefa é manter o que foi conquistado e seguimos fazendo o dever de casa”, reforçou o secretário Rodrigo Amaro. Cada órgão e entidade do Executivo também fará a indicação de responsável pelo PMG.

OPINIÃO — Brasil tem sua pior posição em ranking internacional de corrupção

Por Nicole Verillo, do Congresso em Foco

A Transparência Internacional, coalizão global anticorrupção, lançou esta semana, em Berlim, a 21ª edição do Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Enquanto a maioria dos países aumentou sua pontuação, o Brasil foi o que apresentou a maior queda entre os 168 países avaliados, com apenas 38 pontos. A pontuação vai de 0 (considerado o mais corrupto) a 100 (considerado o menos corrupto). O Índice baseia-se em opiniões especializadas sobre a corrupção do setor público, e tem sua metodologia ancorada em diversos estudos comparativos.

O Brasil divide o 76º lugar com mais seis países: Bósnia e Herzegovina, Burquina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia. Em 2014 o Brasil obteve 43 pontos, em 2013, 42, e em 2011, 43. É a primeira vez que o país sofre uma queda tão relevante (cinco pontos) de um ano para o outro. Para a Transparência Internacional, uma alteração de mais de quatro pontos de diferença de um ano para o outro é muito significativa. Em 2014, o Brasil aparecia na 69ª colocação, ou seja, perdeu sete posições de um ano para o outro.

Segundo o IPC 2015, a Dinamarca é o país menos corrupto do mundo, com 91 pontos, seguida pela Finlândia, Suíça, e Nova Zelândia. Nenhum país recebeu a pontuação máxima. Um recorte voltado para os países da América Latina coloca o Uruguai, com 74 pontos, e o Chile, com 70 pontos, no topo da região. Na lanterna do ranking global estão a Somália e a Coréia do Norte, apenas com oito pontos cada.

Os países com melhor desempenho compartilham características de democracias fortes: alto nível de liberdade de imprensa; amplo acesso à informação sobre orçamento público, para que a população saiba de onde vem e como é gasto o dinheiro, e sobre as ações do governo, para que a população seja capaz de responsabilizar seus representantes; altos níveis de integridade entre as pessoas no poder; e sistemas judiciários que não diferenciam ricos e pobres, e que são realmente independentes das outras esferas de governo. Do outro lado, os países que ocupam as posições mais baixas são caracterizados, para além dos conflitos e guerras, por possuírem fragilidades em sistemas de governança; instituições públicas débeis – como a polícia e o judiciário – e que não atendem às necessidades dos cidadãos; falta de independência da mídia e prevalência de subornos, envolvendo tanto agentes públicos como privados.

Essa análise pode ser aprofundada comparando os resultados do IPC com outro ranking mundial publicado na semana passada, no qual o Brasil, classificado como “democracia falha”, também sofreu uma queda significativa, o Índice de Democracias 2015 – ID, realizado pela Economist Intelligent Unit, ligada à revista The Economist. De acordo com a metodologia do estudo, os países são classificados como “democracias completas”, “democracias falhas”, “regimes híbridos” e “regimes autoritários”.

Quase todos os países classificados como “democracias completas” estão na parte mais alta do IPC, ou seja, demonstram serem menos corruptos. Na outra ponta, a maioria dos países classificados como “regimes autoritários” no ID estão na parte mais baixa do IPC, com menos de 30 pontos, classificados como altamente corruptos. Ou seja, pra quem ainda não sabia, regime autoritário e intervenção militar não são (nunca foram e nunca serão) solução para a corrupção, muito pelo contrário.

Apesar dos resultados, o Brasil demonstrou alguns esforços para combater a corrupção nos últimos anos, como a aprovação, via iniciativa popular, da Lei da Compra de Votos e da Lei da Ficha Limpa; também possuímos Lei de Acesso à Informação; somos signatários da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção; participamos da Parceria pelo Governo Aberto (OGP) e aprovamos a Lei Anticorrupção Empresarial. O que estamos fazendo de errado, afinal?

Todos esses esforços são muito positivos, porém, tudo isso ainda é muito pouco. São avanços que se resumem em pequenas reformas, muito específicas e pontuais, até mesmo frágeis, como a participação no OGP, que servem para dizer que estamos avançando, mas que ainda não tocam em questões fundamentais.

O Brasil precisa de reformas profundas e sistêmicas, começando, por exemplo, pelo nosso modelo atual de financiamento político. Os cidadãos precisam conhecer quem financia os políticos e com quanto, sendo capazes de saber para quem eles estão, de fato, votando. Nosso sistema atual demonstra fortes sinais de colapso e é elaborado para manter toda essa situação que estamos vivendo, com um processo eleitoral totalmente dominado pelo capital. Campanha eleitoral e corrupção são sinônimos no país. As grandes empreiteiras e o sistema financeiro interferem diretamente nos resultados das eleições, ao direcionarem montanhas de dinheiro para os principais candidatos. Se não mudarmos esse sistema, não avançaremos na luta anticorrupção.

Paralelamente, repensar o Poder Judiciário, sua independência e a influência política que este sofre é fundamental para garantir o fim da impunidade. A credibilidade na política e nos políticos precisa, urgentemente, ser resgatada. As pessoas precisam confiar nos partidos e nos políticos novamente. Para isso, também devem ser criados mecanismos que protejam e permitam que as pessoas possam denunciar e agir contra a corrupção de forma segura, confiando nas instituições responsáveis por fazerem as leis serem cumpridas.

Do outro lado, os cidadãos não podem renunciar às suas reivindicações de mudanças. Também temos nossa parcela de culpa. É culpado quem é apático à política e se abdica de sua capacidade de realizar mudanças na sociedade, simplesmente porque considera que a corrupção é inevitável, cultural ou genética: “porque somos assim e não há o que possa ser feito”.

A pressão em cima dos líderes deve continuar, exigindo instituições fortes, independentes, responsáveis e eficientes como merecemos. Não podemos deixar na mão de governantes, nos quais na maioria das vezes não confiamos, a responsabilidade de realizar grandes reformas e ações anticorrupção. Não dá para esperar que aqueles que se beneficiam com a corrupção irão, de fato, realizar mudanças que possam eliminá-la. Sem pressão e envolvimento popular não iremos avançar. Volto a dizer aqui, não nos resta outra opção senão aprofundar nosso compromisso com a luta anticorrupção.

“Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem”

Contas do setor público fecham ano com déficit recorde de mais de R$ 111 bilhões

 Da Agência Brasil

A União, os estados e os municípios fecharam 2015 com déficit de R$ 111,249 bilhões nas contas públicas. O défícit primário, receitas menos despesas sem considerar os gastos com juros, é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido. Em 2014, o déficit primário ficou em R$ 32,536 bilhões. Em dezembro, o déficit primário ficou em R$ 71,729 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 12,894 bilhões registrados no mesmo mês de 2014.

O déficit do setor público correspondeu a 1,88% de tudo o que o país produz, o Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, essa relação ficou em 0,57%.

No ano passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou déficit primário de R$ 116,656 bilhões. Os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 9,075 bilhões, e os municipais de R$ 609 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 4,278 bilhões em 2015.

Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 501,786 bilhões em 2015, contra R$311,380 bilhões registrados no ano anterior. Em relação ao PIB, os gastos com juros no ano passado ficaram em 8,46%.

O déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, chegou a R$ 613,035 bilhões no ano passado, ante R$ 343,916 bilhões de 2014. O resultado negativo correspondeu a 10,34% do PIB em 2015.

A dívida líquida do setor público (o balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 2,136 trilhões em dezembro, o que corresponde a 36% do PIB, com aumento de 1,7 ponto percentual em relação a novembro. A dívida bruta (que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,927 trilhões ou 66,2% do PIB, com alta de 1,1 ponto percentual em relação a novembro.

Garanhuns divulga programação do Carnaval 2016

A Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Cultura, divulgou a programação oficial para o Carnaval 2016. Este ano, o evento será realizado de 6 a 9 de fevereiro nos bairros Magano e Boa Vista. Antes da festa oficial, na sexta-feira (5), o tradicional “Desfile das Virgens” abre os festejos carnavalescos. Com concentração em frente ao restaurante Chez Pascal, a partir das 19h, saindo o trio elétrico da avenida Rui Barbosa em direção a Praça Cultural Mestre Dominguinhos.

No bairro Magano, as apresentações serão durante o sábado (6) e o domingo (7). Os desfiles e cortejos terão concentração na Praça Campos Sales em direção ao palco principal, montado em frente à Igreja Santa Terezinha, localizada na avenida Sátiro Ivo. Já na Boa Vista, a festa segue na segunda (8) e terça (9). A concentração será na praça em frente à sorveteria Doce Mel, em direção ao palco na Praça Campos Sales. Na terça, o destaque fica com o show do cantor Marcelo Francisco, intitulado “Netinho em Qualquer Estação”, uma apresentação em homenagem ao cantor baiano Netinho.

De acordo com a secretária de Cultura, Cirlene Leite, a principal característica do Carnaval de Garanhuns é a diversidade cultural. “Buscamos preservar a diversidade cultural no nosso evento. Frevo, samba, axé, maracatu, entre outros estilos, poderão ser prestigiados durante os quatro dias de festa”, disse. Nos polos da folia as apresentações começam a partir das 12h.

Mulher da Sombrinha desfila neste sábado (30)

Neste sábado (30), uma das figuras mais tradicionais do carnaval de Catende vai desfilar. Trata-se da Mulher da Sombrinha, figura misteriosa que teve origem a partir de uma lenda envolvendo uma mulher loira e bonita, que seduzia os trabalhadores da Usina Catende, levando-os até o cemitério, desaparecendo com eles por lá. Como não podia deixar de ser, a concentração do bloco acontece em frente ao Cemitério Sagrada Família, a partir das 21h, com saída marcada para a meia-noite.

Todo ano a Mulher da Sobrinha traz um tema para o desfile. Para não quebrar o mistério, ele, assim como o traje são mantidos em sigilo, até a hora do desfile. Já na concentração, o público vai poder conferir apresentação do Bloco do Peixe. Durante o percurso, os foliões serão acompanhados de várias orquestras de frevo, além do cantor Marcos Catende. Com a chegada da agremiação na Praça de Santana, QG da folia no município, a animação fica por conta da banda baiana Chiclete com Banana.

De acordo com a organização do evento, é esperado um público de 30 mil pessoas, que festejarão os 33 anos da Mulher da Sombrinha.

Prefeitura de Bezerros confirma primeiras atrações para a folia

Faltando apenas uma semana para o carnaval, os preparativos das cidades polos da folia seguem a todo vapor. Em Bezerros, a Prefeitura Municipal divulgou algumas das atrações que farão a alegria dos foliões durante o período. Até agora, já estão confirmados nomes como Alceu Valença, Elba Ramalho, Maestro Spok, Geraldinho Lins, Maestro Forró e Almir Rouche.

Outras atrações que farão parte da programação oficial da Folia do Papangu 2016 ainda serão anunciadas. De acordo com a secretaria de Turismo do município, os acertos finais para que toda a grade seja divulgada estão dependendo do credenciamento de bandas e artistas. “Esse prazo já está encerrado. Agora, faremos a grade com as atrações restantes que estão habilitadas para se apresentarem nos eventos da cidade”, informa Vando Dias, secretário da pasta.

Esse ano a Folia do Papangu terá três polos de animação: o palco principal localizado no QG da folia, na Rua da Matriz; o palco dois, famoso pelas atrações culturais e característicos dos artistas de Pernambuco, montado na Praça Duque de Caxias e o Palco três, que acolhe os foliões no corredor da folia, na Rua Alcides de Andrade Lima. Por todos esses polos, a animação é característica.

Camarote da Acessibilidade

O Camarote da Acessibilidade em Bezerros está com vagas abertas para quem quer aproveitar a Folia do Papangu. As inscrições começam desde a última terça-feira (26) e podem ser feitas através do número (81) 3728-6714 ou pelo e-mail pcd.bezerros@gmail.com. Ao todo estão sendo disponibilizadas 70 vagas por dia.
Cada pessoa inscrita terá direito a levar um acompanhante. O Camarote da Acessibilidade vai funcionar no mesmo prédio da Prefeitura Municipal, que fica localizada de frente para a Praça Duque de Caxias, centro da cidade. Ele funcionará nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro, das 10h às 16h.

Concurso de Passistas

Para as pessoas que carregam o frevo no pé, a Gerência de Cultura da Prefeitura de Bezerros lançou edital com as normativas do V Concurso de Passistas. Este ano a premiação serão para os primeiros colocados. Os vencedores de cada categoria ganharão também um dia de lazer em um hotel na cidade de Gravatá. O concurso acontece na quinta-feira (4), às 19h no Palco Cultural, ao lado da Praça Duque de Caxias, no Centro.

Os juízes irão avaliar coreografia, desenvoltura, conjunto e tempo de apresentação. Para se inscrever basta levar documento de identidade ou registro civil, CPF e comprovante de residência até a secretaria de Educação que fica na Avenida Capitão Eulino Mendonça, 200, São Sebastião, das 7h ás 13h.

OPINIÃO — Palavra de Tombinni

Por Maurício Assuero

O assunto da semana foi, sem sombra de dúvidas, o texto divulgado pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombinni, um dia antes da reunião do COPOM – Conselho de Política Monetária sobre a questão da taxa de juros, a taxa SELIC, que é a referência do custo do dinheiro no Brasil. A questão versava sobre aumentar a SELIC ou manter no índice de 14,25% ao ano. O mercado esperava um aumento de 0,25 ou 0,5 pontos percentuais e aí vem Tombinni e faz uma referência pública a um relatório do FMI que indica uma queda da ordem de 3,5% no PIB brasileiro este ano.

Tendo como objetivo a volta da inflação para meta (diga-se de passagem que esta metodologia da meta inflacionária é devida ao competente funcionário do Banco Central, Alexandre Tombinni), notadamente o interesse do presidente do Banco Central (vamos fazer uma distinção entre o funcionário do Banco Central que é competente e o presidente que é subserviente a presidente Dilma até de ter dito algo parecido com “eu mando no Banco Central, mas a Dilma manda em mim”) era um aumento na taxa SELIC para tentar, em 2017, uma inflação baixa, próxima a 4,5% ao ano.

O mercado não acreditou numa profunda rendição do último baluarte da economia. É como, numa batalha, um dos lados notar que não tem mais munição. O resultado imediato foi o aumento da falta de credibilidade no governo. A questão da inflação é antiga e de uma forma absoluta equivocada o governo fez tudo que podia para manter a inflação em valores baixos usando artifícios que prejudicaram suficiente o próprio governo. Por exemplo: a manutenção dos preços dos combustíveis quando o mercado internacional sinalizava alta do petróleo; a prática irresponsável de conceder redução da ordem de 28% nas contas de luz, transferido o rombo provocado no sistema Eletrobrás para o “lombo” da população, dentre outras. O resultado de tantas sandices tem como consequência este momento econômico insuportável.

A relação entre Banco Central e governo existe e deve ser relação de independência. Dilma diz, aos quatros cantos, que o Banco Central é autônomo, mas na prática (basta ver o que disse seu presidente) o Banco Central faz aquilo que é do interesse do governo e não da economia. Nos Estados Unidos, por exemplo, apesar do presidente do FED – Federal Reserve (o Banco Central americano) ser nomeação do presidente de república, a postura tem se pautar a política monetária no interesse da economia e não do governo. Como o Banco Central tem a responsabilidade de operacionalizar a política monetária, então seria muito importante que Tombinni procurasse razões para explicar porque a taxa de juros está alta, o desemprego está aumentando, o produto caindo e a inflação continua fora da meta. Seria bom que ele não consultasse Dilma.

Diocese de Caruaru lança Anuário Diocesano

Na última terça-feira (26), a Diocese de Caruaru lançou a edição 2016 do Anuário Diocesano. A publicação contém informações sobre dados históricos, os organismos pastorais além de dados sobre as paróquias, capelas, obras sociais da igreja, padres e diáconos. Este ano, a novidade é o lançamento da versão digital do anuário, que foi desenvolvido com o apoio dos estudantes do curso de Análises e Desenvolvimentos de Sistemas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica).

O trabalho de pesquisa, montagem e diagramação foi feito pelo seminarista Jerffeson Adelino, a pedido do bispo dom Bernardino Marchió. Foram meses de pesquisa para apresentar uma publicação moderna com linguagem acessível. Para dom Dino, o anuário de forma digital é um avanço para a comunicação: “Contar com o Anuário também no âmbito digital fará com que ele seja acessado por todas as pessoas que desejarem. A atualização constante por meio das ferramentas digitais fará com que todos estejam sempre informados das atividades, dos acontecimentos da Diocese de Caruaru” finaliza.

FUTEBOL: Porto agora briga para não cair

Sem poder desfrutar mais uma vez do filé mignon do Pernambucano, o Porto inicia a sua caminhada no hexagonal da permanência neste fim de semana, quando encara o Pesqueira, no sábado (30), às 16h, no Joaquim de Brito. Ainda pela rodada inicial, no mesmo dia e horário, o Vitória recebe o Atlético Pernambucano, no Carneirão, enquanto o Belo Jardim duela com o Serra Talhada, no Sesc Mendonção. De acordo com o regulamento, ao término das 10 rodadas, as duas equipes que obtiverem a menor pontuação estarão automaticamente rebaixadas para a Série A2.

Apesar de se mostrar chateado em ter de disputar novamente o hexagonal da permanência, o gerente de futebol do Gavião, Borges Carvalho, está dando bastante importância à nova fase. “Afinal, se formos rebaixados, aí é que as dificuldades irão aumentar. O juiz foi muito infeliz na partida contra o Central, acabamos ficando de fora do hexagonal do título, porém a hora agora é de deixar tudo para trás e focar somente na permanência na 1ª Divisão. Trabalharemos para alcançar isso”, pontuou.

Com a não classificação para o hexagonal do título, a permanência de Pedro Manta à frente do comando técnico do Porto passou a ficar ameaçada. Mas, até o fechamento desta matéria, o presidente José Porfírio não havia se pronunciado sobre o assunto. Em compensação, a tendência era de que Joelson – tido como principal nome do tricolor na temporada – continuasse contribuindo para com o ataque do clube.

FUTEBOL: Classificado, Central encara o Timbu

Pedro Augusto

Ufa! Certamente esta expressão foi repetida em coro pela massa alvinegra após o apito final do Clássico Matuto, da última quarta-feira (27), no Luiz Lacerda, em Caruaru. Mesmo sem apresentar um futebol que enchesse os olhos de sua torcida, o Central não decepcionou ao bater o Porto por 3 a 1, garantindo, assim, a sua classificação para o hexagonal do título do Campeonato Pernambucano. Além de participar do filé mignon do certame, de quebra, com o resultado, a Patativa carimbou o seu passaporte para a Série D de 2016 e 2017. Em seu primeiro compromisso pela segunda fase, a equipe caruaruense recebe o Náutico nesta quinta-feira (04), às 20h30, no Lacerdão.

Inicialmente, o Central iria encarar o América, neste domingo (31), às 16h , no Ademir Cunha, em Paulista. Porém, a FPF decidiu adiar este confronto para o próximo dia 14 devido a solicitação da Secretaria de Defesa Social. A pasta justificou que na data seria realizada a prévia carnavalesca Virgens do Bairro Novo, em Olinda, o que implicaria no emprego de um efetivo significativo de policiais.

Apesar de ter terminado a fase inicial na liderança da chave A, o técnico centralino Flávio Barros afirmou que a sua equipe ainda tem muito que melhorar. “Até porque se nos contentarmos apenas com a classificação estaremos fadados a fraquejar nesta nova etapa. Não podemos nos contentar em apenas sermos coadjuvantes. Embora não seja nenhuma novidade que os três grandes da capital fizeram mais investimentos e possuem suas bases do ano passado, precisamos também mostrar nossa força. Somado a esses jogadores que já vêm atuando, novos deverão chegar, o que fortalecerá ainda mais o nosso elenco”.

Para o duelo contra o Timbu, até o fechamento desta matéria, o treinador alvinegro não sabia se poderia contar com o atacante Candinho, que deixou o gramado um pouco mais cedo no Clássico Matuto, devido a uma contratura na perna. Caso ele não possa atuar, deverá ser mais uma vez substituído por Rony, que agradou bastante na rodada passada. Autor do primeiro gol contra o Gavião, o candidato a artilheiro traçou novas metas para o Estadual. “Todo o grupo está de parabéns, porque não foi fácil essa classificação, porém agora é pensar grande em relação ao hexagonal. Com muito trabalho e humildade lutaremos para colocar o Central nas melhores posições”.

Fazendo jus a sua contratação, o meia-atacante Araújo chamou a atenção para a importância de se alcançar um resultado positivo logo na estreia no hexagonal do título. “O campeonato agora é outro. Está tudo zerado e com chances para todo mundo. É claro que as dificuldades irão aumentar haja vista que enfrentaremos equipe mais fortes, mas também só o fato de termos garantido calendário para o Central pelas próximas duas temporadas, já nos deixou otimistas para as batalhas que virão pela frente. A primeira delas será contra o Náutico. Precisamos largar bem já nesta quinta para iniciarmos a nossa caminhada rumo à classificação para as semifinais”.

Outro que se mostrou disposto a fazer uma boa campanha no hexagonal do título foi o volante Charles Wagner. “Saímos dessa pressão de conseguir a vaga para o hexagonal e agora é trabalhar ainda mais, porque os três da capital são equipes de alto nível. Se depender de empenho, o Central se sairá muito bem nesta nova etapa”.

Mais jogos

Com a mudança da data do confronto envolvendo o Central e o América, a primeira rodada do hexagonal do título contará com apenas duas partidas. O Salgueiro tem logo de cara o Sport, neste domingo (31), a partir das 16h, no Cornélio de Barros, enquanto o Náutico encara o Santa Cruz, apenas nesta segunda-feira (1º), às 20h30, na Arena Pernambuco.