Santa Efigênia segue impedida de realizar transplantes de rins

Por Robson Meriéverton

A direção da Casa de Saúde Santa Efigênia, juntamente com representantes da Central Estadual de Transplantes e Secretaria Estadual de Saúde, participou de reunião na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na tarde da quinta-feira (20). Em pauta, as razões que motivaram a suspensão dos transplantes de rins na unidade. Segundo o resultado do encontro, a efetivação de novos transplantes foi novamente suspensa, devido a identificação de outros problemas. Pelo menos foi o que alegou o promotor de justiça, Paulo Augusto.

O encontro aconteceu a portas fechadas. Por volta das 17h30, anunciado o fim da reunião, o diretor médico da Casa de Saúde Santa Efigênia deixou o MP sem falar com a imprensa. Já a coordenadora estadual da Central de Transplantes, Noemy Gomes, disse que foram definidas algumas adequações para que os procedimentos voltem a ser realizados pela Santa Efigênia. “Foram identificados problemas de infraestrutura hospitalar fora do padrão pré-determinado na portaria do Ministério para as instituições credenciadas para realizar o transplante. Esses terão de ser corrigidos para que novos procedimentos possam ser realizados”.

Quanto ao burburinho a respeito da falta de repasse de verba estadual para os atendimentos, Noemy diz que houve uma “confusão a respeito do conceito de credenciamento”. “Na verdade, a justificativa da entidade quanto ao credenciamento para os atendimentos ambulatoriais, nunca existiu. Quando uma unidade de saúde se propõe a fazer um serviço, o credenciamento é completo, englobando o pré-transplantes, o durante e os atendimentos pós-transplante”, detalha. Sendo assim, a Santa Efigênia terá de cumprir os encaminhamentos decididos no encontro.

Nesse meio tempo, os pacientes não ficaram desassistidos. “Vale lembrar que os atendimentos ambulatoriais seguem dentro da normalidade. Apenas os pacientes convocados para novos transplantes terão a opção de realizar o procedimento em unidades credenciadas do Sistema único de Saúde do Recife, a exemplo do Real Hospital Português e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)”, explica o promotor Paulo Augusto. Na próxima semana, a Secretaria de Saúde fará inspeção na clínica para saber se os problemas apontados estão sendo resolvidos. Do contrário, outra unidade será habilitada.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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