Secretaria da Saúde implanta Central de Transportes

A Secretaria de Saúde de Caruaru implantou, recentemente, a Central de Transportes, com o objetivo de melhorar as transferências de pacientes de serviços que funcionam 24 horas. Com essa ação, ambulâncias foram concentradas num único espaço e sob a mesma gerência, otimizando sua utilização e diminuindo o tempo resposta.

Na prática, o médico ou enfermeiro do serviço 24 horas solicita o veículo à Central, que após avaliação encaminha a ambulância adequada para cada caso, visando atender os pacientes com segurança e garantindo que os mesmos sejam acompanhados pelo técnico de enfermagem ou médico da unidade solicitante, dependendo da indicação médica

A Central dispõe de quatro ambulâncias e um carro de apoio e atende as cinco unidades de saúde 24 horas do município e ao Serviço de Atenção Domiciliar -SAD. A média diária de solicitações é de 32 chamados e já foram atendidos mais de 700 pacientes.

“Nossa finalidade é atender bem e com segurança todos os pacientes que necessitem de remoção e atendimento. Estamos sempre à disposição das unidades de saúde.”, declarou o enfermeiro Izaias Gouveia, Gerente da Central de Transportes.

O quadro de funcionários da Central de Transportes é formado por 17 motoristas, 06 telefonistas e 01 Coordenador, totalizando 24 profissionais. A Central está localizada na Travessa Paulino Câmara, 97, no bairro Petrópolis. Todas as solicitações são feitas diretamente pelas unidades de saúde que necessitem do serviço.

Santa Efigênia segue impedida de realizar transplantes de rins

Por Robson Meriéverton

A direção da Casa de Saúde Santa Efigênia, juntamente com representantes da Central Estadual de Transplantes e Secretaria Estadual de Saúde, participou de reunião na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na tarde da quinta-feira (20). Em pauta, as razões que motivaram a suspensão dos transplantes de rins na unidade. Segundo o resultado do encontro, a efetivação de novos transplantes foi novamente suspensa, devido a identificação de outros problemas. Pelo menos foi o que alegou o promotor de justiça, Paulo Augusto.

O encontro aconteceu a portas fechadas. Por volta das 17h30, anunciado o fim da reunião, o diretor médico da Casa de Saúde Santa Efigênia deixou o MP sem falar com a imprensa. Já a coordenadora estadual da Central de Transplantes, Noemy Gomes, disse que foram definidas algumas adequações para que os procedimentos voltem a ser realizados pela Santa Efigênia. “Foram identificados problemas de infraestrutura hospitalar fora do padrão pré-determinado na portaria do Ministério para as instituições credenciadas para realizar o transplante. Esses terão de ser corrigidos para que novos procedimentos possam ser realizados”.

Quanto ao burburinho a respeito da falta de repasse de verba estadual para os atendimentos, Noemy diz que houve uma “confusão a respeito do conceito de credenciamento”. “Na verdade, a justificativa da entidade quanto ao credenciamento para os atendimentos ambulatoriais, nunca existiu. Quando uma unidade de saúde se propõe a fazer um serviço, o credenciamento é completo, englobando o pré-transplantes, o durante e os atendimentos pós-transplante”, detalha. Sendo assim, a Santa Efigênia terá de cumprir os encaminhamentos decididos no encontro.

Nesse meio tempo, os pacientes não ficaram desassistidos. “Vale lembrar que os atendimentos ambulatoriais seguem dentro da normalidade. Apenas os pacientes convocados para novos transplantes terão a opção de realizar o procedimento em unidades credenciadas do Sistema único de Saúde do Recife, a exemplo do Real Hospital Português e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)”, explica o promotor Paulo Augusto. Na próxima semana, a Secretaria de Saúde fará inspeção na clínica para saber se os problemas apontados estão sendo resolvidos. Do contrário, outra unidade será habilitada.

Pessoas com a doença falciforme poderão fazer transplante de medula pelo SUS

Os pacientes que sofrem com doença falciforme têm uma nova opção para o tratamento. O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (01/07) a portaria nº 30, que incorpora ao Sistema Único de Saúde (SUS) o transplante de células-tronco hematopoéticas entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical.

A novidade será disponibilizada no SUS pelo Ministério da Saúde após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que debateu o assunto com especialistas e diversos segmentos da sociedade por meio de consulta pública. Estudos já demonstravam um aumento na sobrevida de dois anos em 90% dos casos transplantados e em outros foi evidenciado que pessoas com doença falciforme, que atinge, na maioria, a população negra, deixaram de utilizar a morfina para o controle da dor após o transplante.

“O Brasil, que já tem o maior sistema público de transplantes do mundo, passa agora a ter também mais alternativa terapêutica para quem têm doença falciforme. O transplante é uma arma a mais para ajudar no combate à doença e no tratamento dessas pessoas”, destaca o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.

A partir de publicação da portaria, o Sistema Nacional de Transplantes tem até 180 dias para incluir a doença falciforme em seu regulamento técnico, de forma a garantir o acesso gratuito dos portadores que se encaixarem em critérios definidos. O procedimento é indicado para pacientes com doença falciforme em uso de hidroxiureia que apresente, pelo menos, uma das seguintes condições: alteração neurológica devido a acidente vascular encefálico, alteração neurológica que persista por mais de 24 horas ou alteração de exame de imagem; doença cerebrovascular associada à doença falciforme; mais de duas crises vasoclusivas (inclusive Síndrome Torácica Aguda) graves no último ano; mais de um episódio de priapismo (ereção involuntária e dolorosa); presença de mais de dois anticorpos em pacientes sob hipertransfusão; ou osteonecrose em mais de uma articulação.

TRATAMENTO – Estima-se que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce. O tratamento é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico, medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina.

No entanto, o uso crônico da transfusão pode ocasionar o desenvolvimento de anticorpos que tornam as transfusões menos eficazes. Assim, o transplante tem sido uma reivindicação do movimento social como uma possibilidade de contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas com doença falciforme e até mesmo por se tratar, atualmente, da única possibilidade de cura.

A doença se manifesta, na maioria das vezes, após os seis meses de vida do bebê, sendo o “Teste do Pezinho” a melhor forma de diagnóstico. Os principais sintomas são: anemia crônica, icterícia (cor amarelada na parte branca dos olhos), mãos e pés inchados e dor intensa nos punhos e tornozelos (frequente até os dois anos de idade), crises de dores em músculos, ossos e articulações.

MEDIDAS – No final de 2014, o Ministério da Saúde publicou a portaria 2.758, com as medidas previstas que resultarão no aumento do número de leitos para a realização de transplantes de medula óssea até 2016. A expectativa é triplicar os leitos existentes, passando de 88 para 250. A partir de incentivo financeiro, o objetivo é ampliar a capacidade de realização de transplante de medula óssea alogênico (outro doador que não seja o próprio paciente) no país.

A pasta vai investir R$ 240 mil para abertura de cada novo leito ou ampliação dos já existentes. O recurso garante ainda a criação e a melhoria da qualificação da equipe de atendimento, a aquisição de equipamentos e materiais, além de permitir a reforma e/ou construção dos Centros de Transplantes, que hoje somam 27 unidades. Em 2003, eram apenas quatro serviços.

O transplante de medula óssea é um procedimento de alta complexidade. O paciente transplantado praticamente zera toda a capacidade de resposta imunológica, e, por isso, requer infraestrutura hospitalar que atenda requisitos de segurança, como isolamento, e uma equipe multidisciplinar qualificada para garantir o sucesso do procedimento.

Humberto Costa visita obras do hospital para tratamento e transplantes de fígado

O senador Humberto Costa visitou na manhã desta segunda-feira o canteiro de obras onde está sendo construído o Hospital Luiz Felipe Brennand, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. A unidade de saúde vai ser o primeiro hospital do fígado e transplantes do Brasil com atendimento exclusivo SUS e é ligado ao Instituto do Fígado e Transplantes de Pernambuco (IFP). 

O senador foi recebido pela presidente do Instituto, a médica  Leila Beltrão. Participou do encontro o empresário Ricardo Brennand, presidente do conselho deliberativo do instituto. A obra conta com recursos do Governo Federal.

Criado há oito anos, o IFP é referência nacional e internacional com ações humanizadas no tratamento, pesquisa e ensino da gastrohepatologia e transplantes. Com a conclusão da obra, prevista para 2016, o novo hospital contará com 27.850 m² e 248 leitos de internação.

Além de auditórios, laboratórios, pronto-atendimento, ambulatórios, diagnóstico por imagem, centro cirúrgico de oncologia, UTI, espaço para cuidados psicológicos, nutricional e assistência social. Uma brinquedoteca, com projeto de  contação de histórias, e uma equipe multidisciplinar para tratamento, ensino e pesquisa de doenças gastro-hepáticas e transplantes em diversas especialidades.

“Este hospital será referência para o tratamento e transplante. Importante lembrar que será de atendimento  exclusivo ao Sistema Único de Saúde”, disse Humberto Costa. “Levará um atendimento humanitário e prestará um serviço único para  pesquisa contínua de novas tecnologias”, citou.