Sistemas de abastecimento de água voltam a funcionar na RMR

A Companhia Pernambucana de Saneamento retomou ontem (31) a operação de 22 sistemas de abastecimento de água, de um total de 25, afetados com a falta de energia elétrica, desde a última sexta-feira (29), quando a Região Metropolitana do Recife foi surpreendida com chuva fortes e ventos fortes, em decorrência do fenômeno meteorológico chamado de Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). A previsão é voltar a o operar os demais sistemas ainda hoje, logo após a conclusão dos serviços da Celpe. Sem o insumo básico que move a operação dos sistemas de abastecimento de água, a energia, a Compesa deixou de distribuir água para mais de 1 milhão de pessoas nas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Igarassu, Ipojuca, Moreno, Cabo de Santo Agostinho e São Lourenço da Mata

Nas unidades operacionais que já estão com o fornecimento de energia elétrica restabelecido, os técnicos da Compesa iniciaram, imediatamente, o processo para restabelecimento da produção e distribuição de água à população. Nos sistemas em que a Celpe ainda trabalha como os de Caixa D´Água ( Olinda) , Bonança ( Moreno ) e Muribequinha ( Jaboatão dos Guararapes), para normalizar o fornecimento de energia, os técnicos permanecem de prontidão, acompanhando todos os serviços, para que os mesmos voltem a funcionar o mais breve possível.

A Compesa ressalta a complexidade da operação de sistemas integrados de distribuição de água, como é o caso da RMR e alerta que o retorno do abastecimento precisa seguir alguns procedimentos até a sua regularização. Em média, dependendo do porte do sistema, a companhia precisa de um período entre 8 e 12 horas para que a água seja bombeada e tratada, antes do início da distribuição de água “Diferentemente do setor elétrico, a água não chega nas casas das pessoas no mesmo momento em que um sistema volta a operar. As tubulações vazias, quando ocorrem as paralisações dos sistemas, precisam receber água de forma lenta e gradual para que não ocorram estouramentos e aumente ainda mais o tempo da população sem água”, explica o diretor Técnico e Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza. O gestor lembra ainda que nas áreas onde há rodizio na distribuição, a regularização do abastecimento seguirá de acordo com o calendário habitual de cada bairro.

Logo após o fenômeno nossas unidades operacionais na RMR chegaram a uma redução na produção de água de quase 30%, já no final da tarde do domingo estamos com uma redução de pouco mais de 2% e até o final do dia esperamos está com toda a produção restabelecida. Desde a última sexta-feira, a Compesa vem monitorando todas os sistemas atingidos com a falta de energia e os serviços realizados pela Celpe, por meio do seu Centro de Controle Operacional-CCO, localizado na Estação de Tratamento de Água Tapacurá, no Curado, com equipes reforçadas, 24 horas, para agilizar a retomada da operação dos sistemas de abastecimento de água. Um outro efetivo de mais de 200 profissionais, estão em campo operacionalizando as ações para que a água chegue o mais breve possível nas casas das pessoas.

Desde a data do incidente, o presidente da Compesa , Roberto Tavares e o presidente da Companhia Energética de Pernambuco-Celpe, Antônio Carlos Sanches, mantiveram um canal permanente de conversação para agilizar os procedimentos necessários para a retomada da energia elétrica nas unidades operacionais da Compesa, que estavam sem condições de bombear, tratar e distribuir água para a população. A COMPESA priorizou as maiores unidades afetadas, acatadas pela Celpe, a exemplo da Estação de Tratamento de Água-ETA Botafogo, que atende as cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima e a ETA do sistema Alto do Céu, responsável pelo abastecimento de áreas do Recife e dos morros da Zona Norte da capital pernambucana.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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