Saúde cumpre meta de acesso aos novos medicamentos para hepatite C‏

O Ministério da Saúde vai superar a meta de distribuir 30 mil tratamentos para hepatite C no último ano. Desde 2015, foram enviados para todo o país 23.599 tratamentos, sendo que outros 6.925 tratamentos já foram aprovados e serão encaminhados aos estados nas próximas semanas. Uma nova compra de mais 35 mil novos tratamentos já está para distribuição até final de 2016. Apenas no primeiro semestre deste ano, mais de 15 mil pessoas já foram beneficiadas. Além de apresentar este resultado, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (28), durante Reunião Ordinária da Comissão IntergestoresTripartite, a nova a campanha de prevenção às hepatites virais de 2016, que terá foco no diagnóstico da doença.

O anúncio faz parte da comemoração do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, criado em 2010, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir de uma iniciativa e proposta brasileiras.

No total para, são 30.524 tratamentos, o que supera a meta estabelecida ano passado. Este montante teve um investimento de R$ 1,028 bilhões. A nova compra de medicamentos, que está em finalização no Ministério da Saúde, oferecerá 35 mil tratamentos.  “Vamos continuar essa política que o Brasil sempre foi protagonista, ampliando acesso. Evidentemente queremos disponibilizar a terapia a todos e continuaremos com um esforço muito grande de economia no Ministério para fazermos muito mais com o recurso disponível”, ressaltou o ministro da saúde, Ricardo Barros.

O novo tratamento para Hepatite C, com os medicamentos simeprevir, sofosbuvir e daclastavir foram incorporados no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2015, como a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C e Confecções. Com essa estratégia, o Brasil assumiu a vanguarda da oferta no SUS desta terapia. “Agradecemos aos inúmeros movimentos de apoio que existem no Brasil, que, junto com as ações do Ministério, fazem com que essa política seja de inclusão e atenção importante para o país”, completou o ministro.

As medicações beneficiam pacientes que não podiam receber os tratamentos ofertados anteriormente, entre eles os portadores de coinfecção com o HIV, cirrose descompensada, pré e pós-transplante.

Campanha – Neste ano, o tema da campanha publicitária de prevenção às Hepatites é: “Hepatite C – O teste pode salvar a sua vida”. A campanha prioriza a importância do diagnóstico. Nos últimos dois anos, mais de 5,5 milhões de testes rápidos para hepatite C foram distribuídos. A campanha ainda ressalta que a hepatite C, tem tratamento e tem cura.

As mensagens serão dirigidas à população com mais de 40 anos de idade, faixa etária onde registra maior taxa de detecção. Essas pessoas, em geral, foram expostas a cirurgias de grande porte, transfusões de sangue, fizeram tatuagem ou uso de drogas injetáveis antes de 1993. A campanha contará com filme para televisão, spots de rádio, estratégia de internet, mobiliário urbano, assim como materiais gráficos (cartazes e folder) que serão disponibilizados on-line para reprodução.

“O diagnóstico precoce e o novo tratamento ofertado no SUS irão evitar consequências mais sérias às pessoas que vivem com a hepatite C no país, como cirrose, câncer e até mesmo a morte. Garantido pelo SUS e comprovadamente eficaz, o novo tratamento demonstra a prioridade que temos dados às hepatites no ministério”, enfatiza Ricardo Barros.

A campanha também tem como alvo, profissionais de saúde, profissionais de estética, manicures e tatuadores. As peças irão mobilizar a população a procurar os serviços de saúde para realizar a testagem. E, em caso positivo para a doença, iniciar e completar o tratamento.

HEPATITE C – Atualmente no Brasil, de 1,4 a 1,7 milhão de pessoas são portadores de Hepatite C. A doença pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado (transfusão de sangue e hemoderivados, sexo desprotegido e compartilhamento e objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates e tesouras). Não existe vacina contra a hepatite C, mas o tratamento é eficaz e disponível no SUS.

A diretora do Departamento de Vigilância, prevenção e controle das DST, AIDS e Hepatites Virais, Adele Benzaken alerta sobre a importância da notificação da doença para verificar precocemente a doença. “Estados e municípios precisam estar vigilantes e estimular sempre a notificação. O número de pessoas é uma estimativa, daí a importância da vigilância que subsidia o cálculo de quanto é preciso investir em medicação”, afirmou diretora.

PANORAMA – No Brasil, 514.678 mil pessoas convivem com o vírus das hepatites virais. Destes, 161.605 (31,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 196.701 (38,2%) de hepatite B, 152.712 (29,7%) de hepatite C e 3.660 (0,7%) de hepatite D.

Com relação aos óbitos, de 2000 a 2014 foram identificados no país, 56.335 mortes associados às hepatites virais: 1,8% hepatite viral A; 21,9% à hepatite B; 75,2% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

Bezerros atinge meta e alcança 87% de pessoas vacinadas contra gripe‏

A cidade de Bezerros garantiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde na vacinação contra a gripe 2016. Até agora a secretaria de Saúde já imunizou 87% das pessoas que se enquadram nos grupos de riscos, cerca de 12 mil pessoas. De acordo com o Ministério, o número satisfatório deve ser de 80%.

A vacinação ainda está ocorrendo de acordo com a quantidade de doses existentes nas Unidades de Saúde, mas a prioridade agora são para pessoas acamadas nas áreas de abrangência de cada unidade.

A secretaria de Saúde alerta também para que as mulheres de resguardo com até 45 dias que ainda não foram imunizadas procurem os postos para obter a dose antes que acabe.

​Campanha de vacinação contra gripe tem meta alcançada em Garanhuns‏

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi encerrada na última sexta-feira (20), em Garanhuns. Mais de 28 mil garanhuenses que fazem parte dos grupos prioritários foram imunizados. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde era vacinar pelo menos 80% do público-alvo, e em Garanhuns essa meta foi superada, alcançando 80,29%. A mobilização iniciou no dia 25 de abril e foi realizada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) de Garanhuns.

A segunda dose da vacina estará disponível nas UBS’s a partir da próxima segunda-feira (30), sendo direcionada às crianças de até 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), desde que estas tenham tomado a vacina pela primeira vez na campanha deste ano. Se a criança está incluída nessa condicionalidade, ela deve tomar a segunda dose após 30 dias de aplicação da primeira. Quanto às gestantes que ainda não foram vacinadas, estas também deverão ir até à UBS mais próxima de sua residência para ser imunizadas.

De acordo com estudos realizados pelo Ministério da Saúde, a vacinação pode diminuir entre 32% e 45% o número de hospitalização por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. “A vacina é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe, e é de total segurança. Estamos muito satisfeitos por ter alcançado mais de 80% da população alvo, que era a meta do ministério”, afirmou o secretário de Saúde de Garanhuns, Alfredo de Góis.

Piauí supera meta e vacina contra gripe 82,5% do público-alvo‏

A meta de vacinação contra a gripe na campanha deste ano foi batida: em todo o país, 41,1 milhões de brasileiros, ou 81,5% do público-alvo, já tinham se vacinado até o início da tarde desta sexta (20), último dia da mobilização nacional.  O estado do Piauí superou a meta e imunizou 82,5% do grupo prioritário, o equivalente a 533 mil. A expectativa do Ministério da Saúde era vacinar pelo menos 80% das 49,8 milhões de pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe.
O Ministério da Saúde enviou aos estados 54 milhões de doses da vacina para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo. Vários estados anteciparam o início da vacinação. Desde a última sexta-feira (13), cem por cento das doses já haviam sido recebidas pelos gestores estaduais de saúde, que por seu turno são responsáveis pela distribuição aos municípios.

“Embora o encerramento da campanha esteja programado para esta sexta, os estados que ainda não alcançaram a meta, ou ainda possuírem doses disponíveis, podem seguir vacinando a população prioritária”, explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Nardi. Segundo o secretário, em todo o país, 22 estados puderam adiantar suas vacinações, o que permitiu a alta cobertura vacinal alcançada até este momento.

Até o momento, a região Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 85,7%, seguida pelas regiões Sudeste (85%); Centro-Oeste (79,1%); Norte (76,7%) e Nordeste (75,6%). Dentre os grupos prioritários para a vacinação no estado do Piauí, os trabalhadores de saúde contam com 37 mil doses aplicadas, o que representa 82% dos profissionais a serem vacinados. Entre as puérperas, 3,4 mil (58%) já foram vacinadas; 209 mil idosos (62%); crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 266 mil vacinadas (120%); 18,5 mil gestantes (51,5%).

Também foram aplicadas 62,2 mil doses nos grupos de pessoas com comorbidades; população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional do estado do Piauí. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação.

DOSES – O Ministério da Saúde adquiriu doses em quantidade superior ao público-alvo. “São mais de 4,2 milhões a mais. O quantitativo é suficiente para vacinar 100% do público-alvo, e ainda sobra reserva técnica”, afirmou o secretário Nardi. Desde o dia 1º de abril as doses da vacina começaram a ser enviadas, em etapas, aos estados.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), João Gabardo, lembrou que o Ministério da Saúde cumpriu, rigorosamente, o combinado com os estados e municípios para a campanha nacional de vacinação contra a gripe no que diz respeito à entrega das vacinas e a quantidade de doses para imunizar o público-alvo.

O cronograma foi cumprido, o que possibilitou a que muitos estados do país conseguissem, inclusive, adiantar a vacinação”, destaca o presidente do Conass.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, reforçou a importância de seguir a recomendação do Ministério da Saúde para vacinação, apenas, do público prioritário. “Durante toda a campanha, conversamos com secretários municipais de saúde de todo o país para não vacinar quem está fora do público-alvo da campanha. Temos que dar prioridade para a população mais vulnerável que nós mesmos, dos municípios, definimos junto com os estados e governo federal”, observou.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS. Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

PIAUÍ – Foram disponibilizadas 783,5 mil doses da vacina para imunizar 732,1 mil pessoas no estado. O excedente entregue foi de quase 51,3 mil doses da vacina contra a influenza. O quantitativo é suficiente para vacinar 100% do público-alvo do estado, ainda restando reserva técnica.

Todos os anos o Ministério da Saúde recebe a vacina em etapas do laboratório produtor e, à medida que chegam as doses, elas são distribuídas imediatamente aos estados. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo.

CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 9 de maio, foram registrados 2.808 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.375 por influenza A (H1N1), sendo 470 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.381) influenza A H1N1, sendo 1.209 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (198); Paraná (165); Goiás (153); Santa Catarina (102); Pará (101); Rio de Janeiro (70); Bahia (67); Distrito Federal (63); Minas Gerais (52); Paraíba (12); Alagoas (12); Rio Grande do Norte (11); Mato Grosso (7); Amapá (2); Rondônia (1); Roraima (1); Maranhão (1); Piauí (1) e Sergipe (1).

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 223, seguido por Rio Grande do Sul (39); Goiás (26); Paraná (24); Rio de Janeiro (23); Santa Catarina (21); Pará (16); Bahia (15); Minas Gerais (14); Espírito Santo (14); Pernambuco (10); Mato Grosso do Sul (9); Paraíba (8); Ceará(6); Distrito Federal (6); Rio Grande do Norte (5); Mato Grosso (4); Alagoas (2); Amapá (2) e Maranhão (1).

Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional) por UF

Estado Vacinação contra a gripe – até 20 de maio
População prioritária Doses aplicadas Cobertura vacinal (%)
RO 302.412 266.141 88%
AC 170.024 107.188 63%
AM 869.062 636.894 73,3%
RR 150.116 99.817 66,5%
PA 1.491.529 1.154.303 77,4%
AP 139.546 125.154 89,7%
TO 292.131 231.563 79,3%
NORTE 3.414.820 2.621.060 76,7%
MA 1.390.900 983.971 70,7%
PI 645.402 532.947 82,6%
CE 1.776.416 1.272.476 71,6%
RN 669.091 462.736 69,1%
PB 853.196 675.721 79,2%
PE 1.887.670 1.456.671 77,2%
AL 636.571 517.899 81,3%
SE 408.849 306.029 74,9%
BA 2.900.022 2.251.421 77,6%
NORDESTE 11.168.117 8.459.871 75,6%
MG 4.118.983 3.405.886 82,7%
ES 722.718 653.493 90,4%
RJ 3.643.069 2.621.889 72%
SP 8.999.512 8.180.446 90,9%
SUDESTE 17.484.282 14.861.714 85%
PR 2.242.191 1.925.444 85,8%
SC 1.267.596 1.107.547 87,4%
RS 2.517.391 2.134.359 84,8%
SUL 6.027.178 5.167.350 85,7%
MS 582.399 411.843 70,7%
MT 623.834 416.103 66,7%
GO 1.219.467 1.025.357 84,1%
DF 498.646 460.499 92,3%
CENTRO-OESTE 2.924.346 2.313.802 79,1%
TOTAL 41.018.743 33.423.797 81,5%

 

Total de público-alvo e doses da vacina já entregues por UF

UF Total Público-alvo Total de doses entregues para a Campanha 2016
RO 350.256 376.700
AC 195.184 210.600
AM 942.947 1.037.900
RR 164.345 175.600
PA 1.704.531 1.846.400
AP 165.484 177.100
TO 326.013 349.700
NORTE 3.848760 4.174.000
MA 1.529.100 1.635.900
PI 732.193 783.500
CE 2.017.553 2.158.800
RN 776.019 830.400
PB 946.103 1.012.400
PE 2.095.962 2.242.300
AL 699.104 748.100
SE 454.675 486.600
BA 3.268.957 3.499.700
NORDESTE 12.519.666 13.397.700
MG 4.932.010 5.278.400
ES 849.659 909.200
RJ 4.165.042 4.456.600
SP 11.900.190 12.733.200
SUDESTE 21.846.902 23.377.400
PR 2.922.568 3.128.400
SC 1.759.539 1.885.300
RS 3.574.750 3.824.500
SUL 8.256.857 8.838.200
MS 667.922 722.200
MT 698.212 750.000
GO 1.433.414 1.533.800
DF 609.105 651.800
C.OESTE 3.408.653 3.657.800
BRASIL 49.880.838 53.445.100

Governo reduz meta de superávit deste ano para 0,15% do PIB

Da Agência Brasil

A queda na arrecadação federal provocada pela retração na economia levou a equipe econômica a diminuir para R$ 8,747 bilhões – 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) a meta de superávit primário do setor público para este ano. O indicador mede a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.

A nova meta consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado hoje (22) pelo Ministério do Planejamento, e foi anunciada há pouco pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. Lançado a cada dois meses, o documento atualiza os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento e serve de base para a edição de um decreto com limites de gastos para cada ministério.

Segundo o ministro Joaquim Levy, a nova meta ajuda a reduzir as incertezas em torno da economia ao aumentar a transparência das contas públicas. “Damos uma informação importante, e isso ajuda a orientar as decisões importantes dos agentes econômicos. As incertezas das mais diversas fontes têm afetado não só a economia, mas a arrecadação. A Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal nos dão um mecanismo precioso para isso. Tentar reduzir a incerteza e dar uma orientação clara de qual é a nossa estratégia”, declarou.

Até agora, a meta de esforço fiscal para União, estados, municípios e estatais correspondia a R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) para este ano. Desse total, R$ 55,3 bilhões correspondiam ao Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e R$ 10 bilhões para os governos locais. As metas para 2016, 2017 e 2018, que estavam em 2% do PIB, foram reduzidas para 0,7% no próximo ano e 1,3% em 2017. A nova meta será distribuída da seguinte forma. A economia do Governo Central ficará em R$ 5,8 bilhões (0,1% do PIB) e em R$ 2,9 bilhões para estados e municípios (0,05% do PIB).

A alteração tem de ser ratificada pelo Congresso Nacional, que precisará aprovar emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 e ao projeto da LDO do próximo ano. Ontem (21), o senador Romero Jucá (PMDB-RJ) havia proposto emendas para reduzir a meta de superávit primário para 2015 e 2016, mas admitiu que os números seriam revistos conforme o relatório do Planejamento.

A meta teve de ser reduzida por causa da diminuição da estimativa de receita líquida neste ano. O relatório reduziu em R$ 46,7 bilhões a projeção de receitas em 2015. Além disso, as medidas de corte de gastos do governo enviadas ao Congresso nos últimos meses foram reduzidas, como as restrições ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Projetos para ampliar as receitas, como a redução da desoneração da folha de pagamento e a repatriação de recursos do exterior, aguardam votação.

Campanha de vacinação contra a gripe ultrapassa meta de 80%

Balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (29), mostra que mais de 41,9 milhões de pessoas já se vacinaram contra a gripe neste ano. O quantitativo representa 84,3% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença. A campanha nacional foi iniciada no dia 04 de maio em todo o país e prorrogada pelo Ministério da Saúde no dia 05 de junho.

Mais de 60% dos estados brasileiros atingiram a meta, até o momento. Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal já vacinaram mais de 80% do público-alvo. No Amapá foram 91,5%; Espírito Santo (90,2%); Goiás (89,5%); Paraná (89,2%); Santa Catarina (89%); Distrito Federal (88,3%); Minas Gerais (87%); Rondônia (86,4%); Maranhão (86,1%); Pará (85,8%); Amazonas (85,8%); Tocantins (85,4%); Alagoas (85,1%); Rio Grande do Sul (84%); Paraíba (83,4%); Rio de Janeiro (81,9%); Mato Grosso do Sul (80,8%).

Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, o cumprimento da meta ratifica o sucesso da estratégia utilizada na campanha. “O Brasil está entre os países que mais ofertam vacinas gratuitamente. Nesta campanha, mais uma vez, cumprimos o papel de proteger a população”, avalia a coordenadora.

Também foram aplicadas 7,78 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. Além do público-alvo da campanha, receberam a vacina outras 559 mil pessoas. Após o encerramento da campanha nacional, no dia 05 de junho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados, que não atingiram a meta, a continuidade da vacinação. Ficou a cargo dos estados e municípios, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo. A partir desta análise, os estados foram orientados a definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais.

Para a campanha deste ano, o Ministério da Saúde adquiriu 54 milhões de doses. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, não devendo ser devolvida. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

SEGURANÇA – A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Ela é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Água para Todos supera meta e muda vida no sertão brasileiro

Foram mais de 40 meses de trabalho, R$ 6,1 bilhões investidos, 1.200 municípios atendidos e mais de 5 milhões de brasileiros contemplados. Esse é o resultado excepcional do programa Água para Todos, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (MI). A meta estabelecida de instalação de cisternas em 2011 – eram 750 mil até o fim de 2014 – foi ultrapassada: até novembro, 771.344 haviam sido distribuídas.

“A conclusão deste primeiro ciclo do Água para Todos foi surpreendente. Além de superamos a meta pública, também atendemos a um número maior de famílias”, diz a secretária de Desenvolvimento Regional, Adriana Alves.

Em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, mais norte de Minas Gerais, desde 2003 o governo federal instalou mais de 1,1 milhão de cisternas, que representam uma capacidade de armazenamento de 17,6 bilhões de litros de água.

Para o agricultor José Obis, morador de Belo Monte (AL) e contemplado com uma cisterna de polietileno, a vida ganhou outro sentido após ter acesso ao abastecimento de água. “A realidade aqui era muito difícil. Ficávamos doentes com frequência e nossos filhos não podiam estudar. Hoje temos água para beber e cozinhar. Me sinto morando na beira do Rio São Francisco”, afirma.

A mudança se reflete em diversos aspectos. “As pessoas tinham de deixar suas casas para buscar uma vida melhor na cidade grande. Quem ficava sofria muito, não só pela falta de acesso mas pela (má) qualidade da água que tínhamos por aqui. Arriscávamos a vida bebendo água contaminada”, relembra Obis.

O produtor conta que, com a primeira chuva após a instalação da cisterna, foi possível acumular 4 mil litros de água. “Quem sofre com a seca severa do sertão sabe o valor que isso tem.” As cisternas têm capacidade para acumular 16 mil litros de água, quantidade suficiente para atender à demanda da família por até seis meses.

O próximo passo do programa é dar sequência à implantação dos sistemas coletivos de abastecimento – mais de 1.600 já foram instalados –, e ao investimento nas tecnologias de segunda água, como barreiros, pequenas barragens, poços e kits de irrigação. “As tecnologias de segunda água são fundamentais para universalizarmos o acesso à água no semiárido”, afirma Adriana.

Estados que não atingiram meta devem continuar vacinando contra pólio e sarampo

Estados e municípios que ainda não alcançaram a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo e poliomielite deverão prorrogar a campanha até 31 de dezembro. A orientação é do Ministério da Saúde e visa a proteção de cerca de 1,5 milhão de crianças contra a poliomielite e 1,8 milhão contra sarampo, que ainda não foram vacinadas. A campanha nacional terminou na última sexta-feira (12) com 11,2 milhões de crianças vacinadas contra poliomielite, atingindo 88,04% do público-alvo, e 9,1 milhões contra sarampo, o que representa 82,9% de cobertura.

A campanha busca manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo no Brasil. O Estado do Espírito Santo foi o único que ultrapassou as metas das duas vacinas, com 96,57% das crianças vacinadas contra sarampo e 96,94% contra poliomielite, de acordo com dados desta segunda-feira (15). O Ceará também bateu a meta contra sarampo (108,6%).

Desde o início da vacinação, em 8 de novembro, 2.858 municípios vacinaram mais de 95% das crianças contra sarampo e 3.075 atingiram a meta contra a poliomielite. As vacinas estão disponíveis nos 35 mil postos de vacinação espalhados pelo país. A imunização contra poliomielite é destinada a 12,7 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos. A medida tem como objetivo manter o Brasil livre desta doença, que não apresenta casos de pólio desde 1990.

Já a vacinação contra o sarampo é voltada para crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos). Devem ser vacinadas 10,9 milhões de crianças com a tríplice viral. Além de imunizar contra o sarampo, a vacina também garante a proteção contra a rubéola e a caxumba. “É imprescindível que consigamos vacinar todas as crianças, na faixa etária de seis meses a cinco anos de idade incompletos. Não podemos perder essa oportunidade de reforçar a imunização das crianças contra o sarampo e a poliomielite. Pais e responsáveis devem procurar um posto de saúde mais próximos para vacinar seus filhos”, orienta o  ministro da Saúde, Arthur Chioro.

ALERGIA- Para as crianças com alergia ao leite de vaca, a vacinação contra sarampo ocorrerá posteriormente. O Ministério da Saúde já orientou as secretarias estaduais e municipais de saúde que evitem vacinar essas crianças com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório.

Para garantir a vacinação correta, os pais ou responsáveis que levarem as crianças aos postos de saúde, serão questionados sobre uma possível alergia ao leite de vaca. Caso a criança não tenha registro prévio de alergia, ela receberá a dose normalmente.

Caruaru alcança meta da campanha contra paralisa infantil

Caruaru já vacinou 22.313 crianças, o que corresponde a 95,40% da população alvo e já ultrapassou a meta que é de 95%. A vacina foi destinada para crianças de 6 meses a 4 anos. Um dos fatores que contribuiu para que Caruaru atingisse a meta foi a vacinação itinerante em que a Secretaria de Saúde visitou hoteizinhos e escolas da rede particular de ensino.

Os pais e responsáveis que ainda não levaram suas crianças para serem imunizadas contra paralisia infantil devem ficar atentos, pois a campanha segue até esta sexta-feira, 12. A partir da próxima segunda-feira,15, a vacina permanece disponível na rotina do calendário vacinal das crianças e pode ser encontrada em todas as unidades básicas de saúde do município.

A vacina contra poliomielite não tem contra-indicações. No entanto, em caso de crianças com problemas imunológicos e que foram submetidas a transplante de medula óssea, os responsáveis devem entrar em contato com o Programa de Imunização do Município.

Dilma reúne líderes da base e pede coesão pra votar nova meta de superávit

A presidenta Dilma Rousseff recebeu os líderes dos partidos da base aliada do Senado e da Câmara dos Deputados, na noite desta segunda-feira (1º), no Palácio do Planalto. A reunião ocorreu na Sala Suprema do edifício e durou mais de uma hora.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que participou do encontro, explicou que a presidenta pediu coesão da base para votar o PLN nº 36, que altera a meta de superávit primário na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

“A presidente explicou todas as medidas anticíclicas que tomou para manter o país imune a essa crise internacional. Se não fossem, por exemplo, as desonerações, nosso PIB teria caído cerca de 1,5%, com sérios reflexos em emprego e renda da população”, afirmou Humberto.

O senador petista pontuou, ainda, que se não forem inseridos no cálculo da meta as desonerações e os investimentos do PAC, o país pode até registrar superávit, mas irá “sufocar Estados e municípios e prejudicar a liberação de recursos para áreas sensíveis”.

Pela proposta em tramitação no Congresso, o governo poderá abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de desonerações de tributos até o limite da meta de resultado primário do ano, que é R$ 116,1 bilhões. O texto foi apresentado pela Presidência em novembro. A LDO de 2014, aprovada no ano passado, previa uma redução limitada a R$ 67 bilhões.

Participaram da reunião, também, o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

De 2007 a 2014, o Congresso apreciou sete LDOs e, em cinco delas, os parlamentares aprovaram alterações de metas de LDO. “Então, não há novidade nenhuma nesse processo”, afirma Humberto.