Ministério da Saúde investiga 4.293 casos de microcefalia no país‏

O Ministério da Saúde está investigando 4.293 casos suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Dos casos já analisados, 907 foram confirmados e 1.471 descartados. Desde o início da investigação, foram notificados 6.671 casos suspeitos de microcefalia. Os dados do informe epidemiológico do Ministério da Saúde são enviados semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde e foram fechados no último sábado, dia 19 de março.

Os 907 casos confirmados ocorreram em 348 municípios, localizados em 19 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Os 1.471 casos descartados foram classificados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.

Os 6.671 casos notificados, desde o início das investigações, estão distribuídos em 1.266 municípios, de todas as regiões do país. A maioria foi registrada na região Nordeste (5.270 casos, o que corresponde a 79%), sendo o Estado de Pernambuco a Unidade da federação com o maior número de casos que ainda estão sendo investigados (1.210). Em seguida, estão a Bahia (670), Paraíba (417), Rio de Janeiro (308), Rio Grande do Norte (290) e Ceará (249).

Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

Até o dia 19 de março, foram registrados 198 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 46 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 130 continuam em investigação e 22 foram descartados.

Do total de casos de microcefalia confirmados, 122 tiveram resultado positivo para o Zika. Nestes casos, foi utilizado critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Até o momento, sinalizaram ao Ministério da Saúde a circulação autóctone do vírus Zika 23 unidades da federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 19 de março de 2016

Regiões e Unidades Federadas Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação Confirmados Descartados
Brasil 4.293 907 1.471 6.671
Alagoas 103 41 106 250
Bahia 670 170*6 120 960
Ceará 249 68 100 417
Maranhão 146 53 31 230
Paraíba 417 91 334 842
Pernambuco 1.210 268 341 1.819
Piauí 52 62 31 145
Rio Grande do Norte 290 81 35 406
Sergipe 161 26 14 201
Região Nordeste 3.298 860 1.112 5.270
Espírito Santo 85 4 18 107
Minas Gerais 29 2 44 75
Rio de Janeiro 308 9 20 337
São Paulo 150*5 0 60 210
Região Sudeste 572 15 142 729
Acre 28 0 1 29
Amapá Sem registro Sem registro Sem registro Sem registro
Amazonas 9 0 1 10
Pará 20 1 0 21
Rondônia 4 3 4 11
Roraima 16 0 0 16
Tocantins 117 0 17 134
Região Norte 194 4 23 221
Distrito Federal 3 3 31 37
Goiás 83 9 26 118
Mato Grosso 110 13 71 194
Mato Grosso do Sul 4 2 11 17
Região Centro-Oeste 200 27 139 366
Paraná 4 0 24 28
Santa Catarina 1 0 2 3
Rio Grande do Sul 24 1 29 54
Região Sul 29 1 55 85

 

Isaltino recebe mães de bebês com microcefalia

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O secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento, esteve reunido a um grupo de mães de bebês com microcefalia, ontem (8), na sede da SDSCJ. O objetivo foi ouvir reivindicações das mulheres, sob os aspectos das dificuldades encontradas em suas rotinas. “Viemos procurar o secretário para trazer questões relacionadas aos problemas que estamos enfrentando em nosso dia a dia, sobre os direitos que constam na legislação para os nossos filhos e sobre como o Estado pode colaborar conosco”, disse Isadora Correira – responsável pela comunicação da União Mães de Anjo – associação que tem cadastradas mais de 200 mães de filhos com microcefalia.

Na conversa, Isaltino Nascimento tomou conhecimento dos pontos que são apoontados como os mais tocantes para o grupo. A questão do transporte, por meio do cartão Vem Livre Aceso e a possibilidade de unificá-lo para a Região Metropolitana e o transporte intermunicipal, foi um dos pontos em debate. “Existem mães que vêm do interior, moram em sítios, não têm como virem dos municípios e trafegarem dentro da Cidade para chegarem a seus destinos”, completou Isadora.

Previdência Social e orientações sobre a Lei Brasileira de Inclusão (LBI); assim como a grande demanda de bebês para tratamentos nos serviços multidisciplinares de atendimento – que estão superlotados, gerando filas de espera e o acompanhamento psicológico às mães -, também foram apresentadas ao secretário. “O seminário sobre este tema, que realizamos no final de fevereiro, gerou uma demanda que nos levou a organizar mais uma edição no Agreste e outra no Sertão, com base na procura das questões relacionadas à maoria dos pontos levantados hoje. Aliado a isso, também tem a minha intenção de incluir essas mães em um sistema de Pensão Especial, além do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é concedido às pessoas com deficiência; uma vez que entendemos que a maioria das mães não terão condições de retomar sua rotina laboral e terão o custo familiar aumentado, em função dos cuidados com seus bebês”, esclarece Isaltino.

A partir do encontro, o secretário deverá tratar as questões da pauta com o governador e dar encaminhamento a partir dos serviços de sua Pasta. Outro momento deve ser agendado com as mães, para dar continuidade às solicitações.

Hospital Dom Moura passa a ser referência regional para microcefalia

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O Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, passou a atender bebês recém-nascidos dos 21 municípios da Regional de Saúde, para diagnósticos de casos com suspeita com Microcefalia. Desde a semana passada, as consultas estão sendo realizadas, agendadas pela regulação que atende as Secretarias de Saúde. O início do serviço ganhou repercussão estadual com matéria veiculada na TV Asa Branca e Bom Dia Pernambuco, da Rede Globo Nordeste, alcançando todo o estado de Pernambuco.

Antes, os pais e responsáveis pelas crianças precisavam se deslocar até Caruaru ou Recife, o que estava dificultando a assistência, devido a distância. Segundo o gestor do Hospital Regional Dom Moura, Luiz Melo, a Secretaria de Saúde do Estado, comprovou as condições técnicas e pessoal à disposição, inclusive com Neuropediatra, Dr. MIlton Garcia, tornando o HRDM uma referência regional no interior do estado. “Acompanharemos desde o acolhimento psicológico da criança e familiares, até o seu desenvolvimento, pela equipe formada pelo Neuropediatra, Psicóloga, Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Oftalmologista, Terapeutas Ocupacionais, Enfermeiros e Técnicos, entre outros que venham a ser necessários. Alguns dos serviços serão ofertados em parceria com a UPAE Garanhuns” – Afirma o gestor.

Para o atendimento regional, o diretor do hospital participou de reuniões com a gestora Regional de Saúde, Catarina Tenório e da UPAE, Gustavo Amorim, onde foram definidos os passos do atendimento e a participação de cada instituição de saúde.

“As consultas acontecem nos dias de segunda e terça-feiras, especialmente para os casos notificados. Isto facilitará a vida das pessoas neste momento muito difícil, e de superação. Por isto disponibilizamos a equipe, pois logo após o diagnóstico, os profissionais entram em campo para atender as necessidades dos familiares e iniciar um trabalho estimulação na criança” – Afirma Luiz Melo.

Casos

A Regional de Saúde tem 150 casos notificados, com apenas 3 confirmações. 16 casos já foram descartados, e o restante segue em investigação. Estes números são de pacientes encaminhados para outras unidades de saúde, desde outubro.

No primeiro dia no HRDM foram atendidas oito crianças, seis delas tiveram a microcefalia descartada. Duas seguem em investigação clínica, com a equipe do hospital. Os recém-nascidos vão passar pelos exames necessários.

Organização Mundial da Saúde esclarece boatos sobre Zika e microcefalia‏

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta segunda-feira (29), uma nota informativa que esclarece rumores sobre o vírus Zika e a microcefalia. Entre os boatos citados estão a possível relação da malformação em decorrência do uso de vacinas, larvicidas, mosquitos geneticamente modificados, entre outros. A organização é taxativa em afirmar que não há evidências científicas que possam relacionar os casos de Zika e de microcefalia com o uso desses produtos.

Veja abaixo a nota traduzida na íntegra:
http://www.who.int/emergencies/zika-virus/articles/rumours/en/

Esclarecendo rumores sobre Zika e microcefalia

29 de fevereiro de 2016

Não há evidências de que vacinas causam microcefalias em bebês
Não existe evidência relacionando qualquer vacina ao aumento de casos de microcefalia, identificados primeiramente na Polinésia Francesa, na epidemia de 2013-2014, e mais recentemente no Nordeste brasileiro. Não há evidência de que vacinas causam microcefalia em bebês.

Uma extensa análise dos documentos publicados em 2014 não encontrou prova de que nenhuma vacina aplicada durante a gravidez resultou em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre questões de segurança das vacinas, chegou à conclusão similar em 2014.

• The Global Advisory Committee on Vaccine Safety

Adicionalmente, agências reguladoras nacionais são responsáveis por garantir que produtos distribuídos para uso da população, como vacinas, sejam devidamente avaliados de maneira a obterem padrões internacionais de qualidade e segurança. A OMS auxilia os países no fortalecimento dos seus sistemas nacionais de regulamentação.

• Strengthening national regulatory authorities

Não há evidência de que o inseticida pyriproxyfen causa microcefalia

O Pyriproxyfen é um dos 12 inseticidas que a OMS recomenda para reduzir as populações dos mosquitos. Larvicidas são inseticidas que matam o mosquito no estágio larval.

Com base nas avaliações da OMS, não há indício de que o pyriproxyfen causa efeitos de desenvolvimento que podem resultar em microcefalia. A OMS continuará a avaliar evidências complementares sempre que disponíveis. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram à conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.

Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas tendem a beber água em recipientes dentro e fora de casa. Essas fontes de água, da mesma forma que espaços que acumulam água no lixo, calçada, vasos de plantas e pneus, servem como criadouros ideais para os mosquitos.

Larvicidas, como o pyriproxyfen, são usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquitos. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam dano à saúde. Ainda, 90%-95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o final dos anos 1990, sem qualquer relação com efeitos colaterais de saúde.

• More on chemicals and water quality
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Não há evidência de que a epidemia de Zika e os aumentos incomuns de casos de microcefalia no Brasil estejam relacionados ao mosquitos geneticamente modificados no Brasil

Não existem evidências de que o vírus Zika ou a microcefalia no Brasil sejam causados por mosquitos geneticamente modificados. Nos mosquitos geneticamente modificados, os genes dos machos são alterados. Por conta das mudanças, quando eles acasalam com as fêmeas, as larvas não sobrevivem. Essa prática busca controlar e reduzir significantemente as populações de mosquitos.

A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.

• Mosquito control: can it stop Zika at source?

Não há evidência de que mosquitos esterilizados contribuam para o aumento do Zika

Uma técnica que vem sendo desenvolvida para impedir o Zika é o lançamento em massa de mosquitos esterilizados com baixas doses de radiação. Quando um macho estéril acasala, os ovos da fêmea não sobrevivem. A técnica vem sendo usada de forma bem sucedida e em larga escala para controlar pragas que ameaçam a agricultura e pecuária. Não há prova de que a técnica tem sido associada com o aumento de casos de microcefalia ou qualquer anomalia ou má formação.

A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.

• Mosquito control: can it stop Zika at source?

Bactérias usadas para controlar a população masculina dos mosquitos não estão expandindo o Zika

Bactérias, como a Wolbachia, são usadas para controlar populações de mosquitos; elas não afetam seres humanos ou outros animais. A Wolbachia é encontrada em 60% dos insetos comuns, como moscas e borboletas. Mosquitos portadores da bactéria Wolbachia foram soltos em vários lugares, como Austrália, Brasil, Indonésia e Vietnã, de maneira a controlar a Dengue (que é transmitida pelo mesmo mosquito do Zika). Quando as fêmeas acasalam com machos portadores da bactéria, os ovos não eclodem, reduzindo as populações.

• More on chemicals and water quality
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Peixes podem ajudar a acabar com o Zika

Alguns países afetados por Zika e Dengue estão usando métodos biológicos como parte de uma abordagem integrada de controle dos mosquitos. El Salvador, por exemplo, com grande apoio das comunidades de pescadores, está introduzindo peixes que se alimentam de larvas em recipientes de armazenamento de água.

Ministério da Saúde investiga 4.107 casos suspeitos de microcefalia no país‏

Os casos suspeitos de microcefalia em investigação pelo Ministério da Saúde e os estados chegam a 4.107 em todo o país. Os números fazem parte do Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado nesta terça-feira (23). O boletim aponta, ainda, que 950 notificações já foram descartadas e 583 confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.

Os 583 casos confirmados ocorreram em 235 municípios, localizados em 16 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já os 950 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.

Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

Os 4.107 casos em investigação representam 72,8% do total acumulado de 5.640 casos notificados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 20 de fevereiro de 2016. O total notificado está distribuído em 1.101 municípios de 25 unidades da federação. Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não tem nenhum registro de casos.

Ao todo, foram notificados 120 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 30 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 80 continuam em investigação e 10 já foram descartados.

Do total de confirmados, 67 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.

Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 22 unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Também houve a confirmação de transmissão do vírus em 29 países nas Américas.

ORIENTAÇÃO – O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 20 de fevereiro de 2016

Regiões e Unidades Federadas Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita Total acumulado de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação Confirmados Descartados
Brasil 4.107 583 950 5.640
Alagoas 102 25 85 212
Bahia 582 120 73 775
Ceará 256 33 46 335
Maranhão 151 14 16 181
Paraíba 440 59 291 790
Pernambuco 1.188 209 204 1.601
Piauí 81 32 14 127
Rio Grande do Norte 275 76 23 374
Sergipe 178 0 10 188
Região Nordeste 3.253 568 762 4.583
Espírito Santo 62 3 8 73
Minas Gerais 27 0 38 65
Rio de Janeiro 250 2 4 256
São Paulo 119 0 30 149
Região Sudeste 458 5 80 543
Acre 26 0 0 26
Amapá Sem registro Sem registro Sem registro  
Amazonas Sem registro Sem registro Sem registro  
Pará 10 1 0 11
Rondônia 10 1 0 11
Roraima 11 0 0 11
Tocantins 95 0 17 112
Região Norte 152 2 17 171
Distrito Federal 5 0 19 24
Goiás 80 6 2 88
Mato Grosso 123 0 50 173
Mato Grosso do Sul 5 1 5 11
Região Centro-Oeste 213 7 76 296
Paraná 2 0 13 15
Santa Catarina 0 0 1 1
Rio Grande do Sul 29 1 1 31
Região Sul 31 1 15 47

 

Microcefalia: casos em investigação chegam a 3.935 no país

O Ministério da Saúde e os estados investigam 3.935 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (17) aponta, também, que 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.

Outros 837 casos notificados já foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não tem nenhum registro de casos.

Os 508 casos confirmados ocorreram em 203 municípios, localizados em 13 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

No total, foram notificados 108 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 27 foram investigados e confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.  Outros 70 continuam em investigação e 11 já foram descartados. Ao todo, 5.280 casos suspeitos de microcefalia foram registrados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 13 de fevereiro de 2016.

Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 22 unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

ORIENTAÇÃO – O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 13 de fevereiro de 2016

Regiões e Unidades Federadas Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita Total acumulado de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação Confirmados Descartados
Brasil 3.935 508 837 5.280
Alagoas 90 25 89 204
Bahia 583 107 54 744
Ceará 243 24 20 287
Maranhão 159 0 16 175
Paraíba 423 56 287 766
Pernambuco 1.203 182 159 1.544
Piauí 74 30 12 116
Rio Grande do Norte 228 70 20 318
Sergipe 177 0 8 185
Região Nordeste 3.180 494 665 4.339
Espírito Santo 58 3 3 64
Minas Gerais 24 0 39 63
Rio de Janeiro 227 2 4 233
São Paulo 111 0 29 140
Região Sudeste 420 5 75 500
Acre 22 0 0 22
Amapá Sem registro Sem registro Sem registro Sem registro
Amazonas Sem registro Sem registro Sem registro Sem registro
Pará 10 1 0 11
Rondônia 1 0 0 1
Roraima 8 0 0 8
Tocantins 88 0 17 105
Região Norte 129 1 17 147
Distrito Federal 6 0 17 23
Goiás 72 6 2 80
Mato Grosso 122 0 46 168
Mato Grosso do Sul 5 1 5 11
Região Centro-Oeste 205 7 70 282
Paraná 1 0 9 10
Santa Catarina 0 0 1 1
Rio Grande do Sul 0 1 0 1
Região Sul 1 1 10 12

 

Abertas inscrições para seminário estadual sobre Microcefalia

Estão abertas as inscrições para o seminário estadual “Microcefalia e os Cuidados Socioassistenciais”. O encontro é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e terá o objetivo aprofundar as discussões das demandas de microcefalia com gestores e técnicos da área socioassistencial dos municípios pernambucanos e órgãos envolvidos.

O evento busca alinhar a importância do papel da assistência social no acompanhamento e inserção das famílias no Cadastro Único e demais programas sociais por meio da discussão de propostas e sugestões de ação. O seminário acontece no dia 25 de fevereiro, no auditório da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), das 9h às 17h.

As inscrições poderão ser feitas até 24 de fevereiro. É só preencher o formulário online disponível nos sites da SDSCJ (www.sdscj.pe.gov.br) e do Sistema de Informação e Gestão da Assistência Social – Sigas/PE (www.sigas.pe.gov.br), ou através do link https://goo.gl/7VBd9u. Estão sendo disponibilizadas, ao todo, 500 vagas.

Além de gestores e técnicos da área socioassistencial, o evento é aberto para conselheiros municipais de assistência social e saúde, representantes de classes profissionais e estudantes de áreas relacionadas. Todos os participantes receberão certificado.

O seminário “Microcefalia e os Cuidados Socioassistenciais” é uma das ações desenvolvidas pela SDSCJ para fortalecer uma agenda de ações de atendimento aos casos de famílias com crianças, sejam elas nascidas ou intra-útero, identificadas com microcefalia em Pernambuco.

PARCEIROS – O encontro será realizado em parceria com vários órgãos. Além da Fafire, os conselhos regionais de Serviço Social (CRESS), de Psicologia (CRP), o Conselho Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (COEGEMAS), e os conselhos estaduais de Assistência Social (CEAS) e de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONED).

DADOS – Estudos relacionados ao perfil social das famílias com casos notificados estimam que 70% destas estão em situação de extrema pobreza. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 27 de janeiro, 1.125 casos eram investigados em Pernambuco – no Brasil, havia a investigação de 3.448 ocorrências.

Pernambuco foi primeiro estado a identificar suspeitas de microcefalia no país. Os casos investigados em solo pernambucano representam 32,63% do total registrado em todo o Brasil, liderando essa lista. O Nordeste é a região com maior número de ocorrências sob investigação: 2.984 (86,5%).

Nosso Estado, conforme o Ministério da Saúde, também tem o maior número de casos confirmados: 138. Isso representa 51% de todo o Brasil, que tem 270 ocorrências. Consequentemente, a região Nordeste tem o maior número de casos do país. São 268, ou seja, 99,2% das ocorrências.

Brasil tem 270 casos de microcefalia confirmados

Da Agência Brasil

Boletim divulgado hoje (27) pelo Ministério da Saúde confirma que 270 crianças nasceram com microcefalia por infecção congênita, mas não necessariamente pelo vírus Zika. A pasta ainda investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia.

Os números são referentes a registros feitos de outubro de 2015 a 20 de janeiro deste ano. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Em dezembro, o Ministério da Saúde chegou a confirmar 134 casos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Porém, a pasta voltou atrás e agora só reconhece seis casos de bebês que tiveram exame laboratorial positivo para Zika.

No ano de 2014, quando o registro da malformação não era obrigatório, foram notificados 147 casos. Em outubro de 2015, após o aumento do número de casos, o registro passou a ser obrigatório.

Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram notificados, no período, em 830 cidades de 24 unidades da Federação. Desses, 462 foram descartados. Foram notificadas ainda 68 mortes por malformação congênita após o parto (natimorto) ou durante a gestação (aborto espontâneo). Destes, 12 foram confirmados para a relação com infecção congênita, todos na Região Nordeste, sendo dez no Rio Grande do Norte, um no Ceará e um no Piauí. Continuam em investigação 51 mortes e outras cinco já foram descartadas.

A Região Nordeste concentra 86% dos casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.125), seguido dos estados da Paraíba (497), Bahia (471), Ceará (218), Sergipe (172), Alagoas (158), Rio Grande do Norte (133), Rio de Janeiro (122) e Maranhão (119).

Garanhuns intensifica atendimento a casos suspeitos de microcefalia‏

A Secretaria de Saúde de Garanhuns tem intensificado as ações de acompanhamento às mães e gestantes cujas crianças tenham sido notificadas com suspeita de microcefalia. O protocolo de atendimento dos casos com microcefalia, estabelecido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e adaptado pela Secretaria Municipal, foi divulgado na tarde desta quinta-feira (14) pela Coordenação da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica aos médicos, enfermeiros, dentistas e profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). O protocolo irá contemplar casos de feto com microcefalia intra-útero, gestantes, puérperas e bebês diagnosticados com a suspeita e/ou confirmação da malformação, além de gestantes com exantema.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco instituiu um protocolo para que os municípios saibam como atuar diante dos casos já identificados. Além do que o Estado estabelece, Garanhuns está incrementando esse serviço de acompanhamento com apoio psicológico e de assistência social.

Toda gestante que for identificada com exantema – que são manchas vermelhas pelo corpo –, segue o fluxo de coleta de exames, realiza ultrassonografia (USG) entre a 32ª e 35ª semana de gestação e continua o pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS). Em caso de gestante com diagnóstico de feto com microcefalia intra-uterino durante o pré-natal, a mãe continua sendo acompanhada na UBS, repetindo a USG de acordo com a avaliação médica, conforme o protocolo. Em paralelo a isso, a gestante terá acompanhamento psicológico até o nascimento da criança e, posteriormente, durante o tratamento da mesma.

O protocolo também define diretrizes de atendimentos aos bebês nascidos com suspeita de microcefalia. Esses casos serão encaminhados à avaliação da Referência Estadual Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru (PE), para a investigação e, se necessário, serão submetidos a exames neurológicos e de imagem. Enquanto isso, a Unidade Básica de Saúde continuará acompanhando a mãe e o recém-nascido. Em caso confirmado de microcefalia, a criança passa a ser acompanhada por uma equipe multiprofissional, além do suporte emocional aos pais. Todas essas orientações do protocolo serão válidas tanto para a rede pública de saúde quanto para os hospitais privados.

Em Garanhuns, de acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, 29 crianças já foram notificadas com suspeita de microcefalia e estão em investigação. Em relação a fetos com microcefalia intra-útero, apenas 1 caso foi notificado.