Vendas online de passagens de ônibus no Carnaval crescem 36,2% no Nordeste

O setor rodoviário foi movimentado durante o Carnaval. A ClickBus, líder em vendas online de passagens de ônibus, registrou em sua base que o número de bilhetes comprados pela internet, site ou celular, para esse feriado superou em 70% as vendas efetuadas na mesma época do ano passado, além de bater o recorde de vendas desde o seu lançamento em agosto 2013.  Passagens compradas por pessoas que embarcaram ou desembarcaram na região Nordeste registraram um crescimento de 36,2% nas vendas se comparadas com o mesmo período de 2015.

Para o feriado, os destinos mais visitados na região Sul por turistas que viajaram de ônibus e compraram suas passagens na plataforma de vendas online foram: Fortaleza (17,9%), Salvador (9,7%) e Aracaju (8,3%). Já as cidades de onde os foliões mais saíram rumo a outros locais foram: Fortaleza (29,8%), Salvador (12,5%) e Aracaju (8%).

A data em que as pessoas mais viajaram de ônibus em todo o Brasil foi o dia 05 de fevereiro, gastando, em média, R$ 169,03. Na região Nordeste, as pessoas embarcaram mais no dia 05 também, e gastaram em média R$ 150,21.

Fatores como inflação e taxa de câmbio do dólar motivam as viagens domésticas e a preferência pelo ônibus ao invés do avião ou carro. De acordo com a mais recente pesquisa intitulada Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, realizada em dezembro pelo Ministério do Turismo, e que mede o interesse do brasileiro em viajar nos próximos seis meses, 86,4% das pessoas que vão viajar pretendem visitar destinos turísticos nacionais, contra 80,2% que afirmavam o mesmo em igual período de 2014. Este levantamento mostra ainda crescimento de 7% nas intenções de viagens de ônibus.

“O consumidor que se planeja com pouca antecedência, encontra no modal rodoviário um preço que não flutua de acordo com a sazonalidade e um conforto superior a outros modais. Em épocas de crise, a melhor decisão é viajar de ônibus e aproveitar os preços mais baratos”, afirma Cesário Martins, co-CEO e fundador da ClickBus.

A ClickBus permite que seus usuários adquiram passagem de ônibus rodoviários de mais de 60 empresas de ônibus incluindo GuanabaraRápido Federal e Salutaris, para mais de 3000 destinos em todo o Brasil. Para comprar a passagem antecipada online, é preciso selecionar o destino e horário, escolher a viação e assento e realizar o pagamento, que pode ser feito em até 12x tanto pelo site quanto pelo aplicativo, disponível em versões Android e iOS.

Produtores rurais do Nordeste terão mais tempo para quitar débitos

Da Agência Brasil

Ao longo deste ano, o produtor rural do Nordeste endividado poderá trabalhar e se recuperar financeiramente sem ser inscrito na dívida ativa. A pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a inscrição dos devedores ficará suspensa até 31 de dezembro de 2016.

Segundo o ministério, o alongamento do prazo “foi necessário por causa das sucessivas quedas de produção provocadas pela estiagem [falta de chuvas] na região”. A pasta destacou ainda que a suspensão da cobrança das dívidas em 2016 não representa um perdão.

A suspensão dos débitos foi oficializada por meio da Medida Provisória 707, editada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União em 31 de dezembro de 2015.

Segundo estudos do Ministério da Agricultura, a produção agrícola no Nordeste caiu 32% e a área plantada, 50% em relação ao período anterior à seca, nos anos de 2009 e 2010. O setor leiteiro teve queda de 13% e cerca de 1,5 milhão de cabeças de gado bovino morreram.

Os dados não consideram a região do Matopiba, formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ainda segundo o ministério, o fenômeno meteorológico El Niño fez com que a seca persistisse no Nordeste em 2015, com grandes chances de ocorrer novamente em 2016.

Microcefalia no Nordeste tem diagnósticos errados e atrasados

Da Folha de S. Paulo

Na sala de parto, Eliane estranhou a ausência do filho recém-nascido. Assim que chegou ao mundo, o menino teve uma convulsão e, enrolado num pano, foi retirado rapidamente do quarto.

Assustada, a mãe perguntou se ele estava vivo. “Ué, você não viu que ele chorou?”, respondeu uma enfermeira.

O alívio durou pouco. “Me levaram para outra sala. Lá, chegou uma médica de um jeito muito desumano e disse: Você sabia que seu filho não tem cérebro?”, conta.

“Tomei um choque. Quando ela disse isso, eu dei meu filho por morto”, relata.

A pergunta expressa o susto e a falta de preparo de muitos profissionais de saúde diante de um surto que tem intrigado especialistas.

Poucas horas depois do parto, o bebê de Eliane foi diagnosticado com microcefalia, má-formação do crânio que pode levar a problemas no desenvolvimento cognitivo e motor da criança.

“No momento em que eu o vi, perdi o chão. Tinha feito ultrassom, dez consultas, e não sabia. Chorei bastante.”

Casos como esses, antes raros, têm ocorrido com mais frequência nos últimos três meses no Nordeste. Em Pernambuco, por exemplo, são mais de 141 casos de microcefalia em recém-nascidos registrados desde agosto. Antes, eram nove ao ano. Também houve aumento nos registros no Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Piauí.

A situação fez com que o Ministério da Saúde decretasse um alerta de emergência de saúde pública. A medida visa reforçar a vigilância e agilizar a obtenção de recursos para as ações.

A primeira delas é organizar a rede de atendimento.

No Recife, primeira capital a registrar casos, a recomendação é de que bebês e mães sejam encaminhados para o Imip (Instituto de Medicina Fernando Figueira) e HUOC (Hospital Universitário Oswaldo Cruz), referências em assistência e pesquisa.

A notícia do surto, no entanto, tem feito com que mães procurem esses locais por conta própria.

Ao ver na TV sobre os casos, Mirele (nome fictício) chegou ao HUOC às lágrimas na última sexta. Há dois meses, assim que o filho nasceu, o pediatra disse que tinha achado a cabeça do menino “pequenininha” –o perímetro medido era de 30 cm.

O Ministério da Saúde define como microcefalia casos em que o perímetro da cabeça é igual ou menor a 33 cm.

Mirele diz que teve manchas na pele no início da gravidez, sintoma alegado por parte das mães cujos filhos nasceram com a condição.

NOTÍCIA PRÉVIA

Enquanto algumas são surpreendidas pelo diagnóstico após o parto, outras recebem a notícia durante a gestação.

Nem sempre da melhor forma. Com oito meses de gravidez, a dona de casa Girlândia Silva, 29, recebeu o aviso: um exame havia apontado que seu bebê era anencéfalo.

“Disseram que não tinha a calota craniana e que só iria viver 24 horas”, conta.

O diagnóstico foi corrigido e confirmado após o nascimento. “Era microcefalia.”

Emilly ficou um dia na UTI. Exames a deixaram por mais 13 no hospital. Agora, são feitos toda semana. A princípio, não há danos confirmados.

Nove a cada dez casos de microcefalia estão associados a deficiências mental.

“Médicos falam que será uma criança especial, que pode ou não ter deficiência. Tento não pensar nisso, mas não consigo”, diz Girlândia.

ALTA EM PERNAMBUCO

O aumento rápido de casos de microcefalia também vem deixando assustados profissionais de saúde já acostumados a diagnosticar o problema.

“Cheguei um dia no hospital e tinha três casos na UTI com microcefalia. E, na outra semana, foram cinco casos seguidos. É uma coisa fora do comum”, relata a neurologista infantil Vanessa van der Linden, uma das primeiras a identificar o surto.

O principal impasse é a falta de explicações confiáveis para o aumento dos registros.

Em geral, casos de microcefalia podem estar ligados tanto a transtornos hereditários quanto a fatores externos, como uso de drogas na gestação, exposição à radiação e contato com bactérias e vírus.

“Chama a atenção a dispersão, com 44 municípios [de Pernambuco] com casos”, diz Carlos Brito, pesquisador da Fiocruz.

Em Pernambuco, os primeiros resultados das tomografias já realizadas sugerem uma infecção congênita -ou seja, passada da mãe para o bebê.

Exames prévios, no entanto, têm tido resultados normais para algumas causas frequentemente apontadas para a microcefalia, como toxoplasmose e citomegalovírus.

Parte das suspeitas têm recaído ao zika vírus, doença identificada neste ano no Brasil como uma nova “prima” da dengue, transmitida pelo mesmo vetor da primeira.

Segundo Luciana Albuquerque, secretária-executiva de vigilância sanitária de Pernambuco, algumas mulheres relataram manchas vermelhas na pele durante a gravidez.

O sintoma é um dos que caracterizam a zika, mas também pode estar relacionado a outras doenças.

Para Brito, é precipitado atribuir os casos a um fator específico sem analisar todos os exames.

Decisão sobre o Hub NE foi passada antes ao governador

Do Blog do Magno

O governo de Pernambuco divulgou nota na noite de ontem a respeito da decisão do grupo Latam de adiar a decisão obre a instalação do futuro Hub Nordeste na região. A nota informa que a decisão já havia sido comunicada antecipadamente ao governador Paulo Câmara, e reitera o seu compromisso de, juntamente com a Infraero, entregar à LATAM todos os elementos de decisão devidamente detalhados até o final deste mês de novembro.

O grupo Latam anunciou ontem que a divulgação da sede do hub – centro de voos domésticos e internacionais – no Nordeste, que estava prevista para o fim do ano foi adiada para. De acordo com o grupo, a decisão foi tomada devido ao prazo de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária. Os aeroportos de Natal, Recife e Fortaleza são os candidatos a receber o centro de voos.

A infraestrutura aeroportuária, segundo a Latam, é um dos três fatores de decisão estabelecidos. Os demais são a experiência do cliente e a competitividade em custos. Ainda segundo o grupo, os aeroportos das três capitais envolvidas no processo estão discutindo adaptações técnicas para sediar o hub.

A Latam acrescenta que o encaminhamento das discussões dependerá de um conjunto de avaliações, que envolverá várias esferas governamentais e concessionários, para o aprofundamento dos requisitos que foram apresentados nos estudos técnicos realizados pelas consultorias Arup e Oxford Economics para a implementação de um hub no Nordeste.

Abaixo, na íntegra a nota do governo de Pernambuco:

“O Governo de Pernambuco compreende as razões que levaram o Grupo Latam a adiar a definição do local do futuro Hub Nordeste. A decisão foi comunicada antecipadamente ao governador Paulo Câmara pela presidente da TAM, Claudia Sender.

Apesar disso, o Governo de Pernambuco mantém inalterado o seu compromisso de, juntamente com a Infraero, entregar à LATAM todos os elementos de decisão devidamente detalhados até o final deste mês de novembro. Pernambuco estará com tudo pronto no próximo dia 30, independentemente do adiamento.

O nosso trabalho continua e mantemos a convicção de que o Recife é o melhor local para instalação do Hub.

Governo do Estado de Pernambuco”

Críticas e apelos em ato da Amupe

Por LEONARDO MALAFAIA
Da Folha de Pernambuco

O encerramento do ciclo de palestras “Diálogo Municipalista – Encontros Regionais no Nordeste do País”, nesta sexta-feira (24), foi marcado pelas reclamações dos prefeitos com as dificuldades fiscais enfrentadas pelas administrações com a crise econômica. Convidado do evento, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Valdecir Pascoal, falou dos ajustes necessários no último ano de mandato e da importância de comunicação constante com os municípios.

Em troca, o conselheiro escutou uma enxurrada de críticas e questionamentos, de gestores de diversos Estados do Nordeste sobre a “inflexibilidade” da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos órgãos de fiscalização, diante da situação “crítica” de muitos municípios.

“No momento de crise que o país enfrenta, e que tem reflexo nas finanças dos municípios, é importante o tribunal passar sua mensagem, mas também ouvir os gestores para formar um juízo de valor justo sobre o julgamento das contas dos municípios”, afirmou Valdecir Pascoal.

O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), afirmou que a boa relação com o TCE é importante em momento de crise.

Nordeste tem a maior taxa de homicídios do país, mostra estudo

Da Agência Brasil

A região com a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente. No Nordeste, o estado com a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes é o Ceará, com 46,9 homicídios, equivalente a 4.144 mortes, seguido de Sergipe (45 assassinatos por 100 mil habitantes).

Os dados, de 2014, estão no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.

No estado do Ceará, as maiores taxas de homicídios dolosos são registradas nas cidades de Fortaleza (72,7), Maracanaú (73,7) e Caucaia (65,8), na região metropolitana.

Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de assassinatos em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No ranking absoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes, registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).

“Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que as do Nordeste brasileiro”, informa o relatório.

METODOLOGIA

De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da Federação e a região administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios dolosos em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.

A intenção do ministério é que o estudo sirva de ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade, observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.

Veja o número de homicídios por unidades da Federação:

tabela_homicidios_nos_estados

Abastecimento de energia do Nordeste preocupa Planalto

Por LAURO JARDIM
Do Radar on-line

Com os reservatórios em baixa, o governo preocupa-se com o abastecimento de energia do Nordeste, onde as termelétricas já são responsáveis por 37% do consumo.

Dada a falta de linhas de transmissão, nem importar energia de outras regiões o Nordeste pode.

Dilma diz ter orgulho dos votos que recebeu no Nordeste

Da Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff disse ontem (28), em Fortaleza, ter orgulho dos votos que recebeu na Região Nordeste. Ao participar de evento em Fortaleza, ela afirmou que desde os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal olhou a região com “especial atenção” e que o seu governo tem um “compromisso fundamental com os nordestinos”.

Na capital cearense, Dilma participou de um evento de divulgação do Dialoga Brasil, site criado pelo governo, no mês passado, com o objetivo de receber sugestões da sociedade sobre programas federais e para criar um canal de comunicação com ministros de Estado. Durante o discurso, a presidente repetiu algumas vezes o argumento de que, embora as pessoas e as regiões tenham características diferentes, as oportunidades para elas têm que ser iguais.

“Aqui no Nordeste tem uma diversidade imensa, uma riqueza imensa, fundamental para o nosso país crescer e virar nação desenvolvida”, afirmou. A presidente disse ainda que algumas pessoas falam que ela só tem votos no Nordeste. “Eu muito me orgulho, e agradeço extremamente por ter recebido os votos nordestinos. Digo isso porque é um reconhecimento do esforço, primeiro de um retirante nordestino, que saiu daqui e foi para São Paulo. Foi por ele que começamos a olhar o Nordeste”, disse, referindo-se a Lula.

Durante o evento, que foi organizado em formato de um programa de TV, e ao lado de ministros do seu governo, Dilma voltou a dizer que o Brasil voltará a crescer. “Nós vamos voltar a crescer gerando emprego e renda, reduzindo inflação e, sobretudo, não vamos deixar que tudo que conquistamos, que programas que com tanta força construímos, tenham qualquer retrocesso”.

Ao citar programas que fazem parte de um “compromisso ético” do seu governo, como Mais Médicos, ProUni, Enem e Fies, ela defendeu que eles foram feitos para garantir as mesmas oportunidades a pessoas com histórias de vida diferentes.

“Quando a gente faz o Minha Casa, Minha Vida, o que queremos é que as famílias que vivem em situação precária, hoje, [melhorem]. Tinha uma família com oito pessoas que viviam na rua e que teve acesso a uma moradia, uma casa, um lar. O que vai acontecer: essas crianças vão ter proteção, porque proteção começa tendo um teto, isso é da história da nossa espécie. Nós sempre procuramos nos abrigar”, afirmou.

Criado no fim de julho, o site Dialoga Brasil tem por objetivo estimular a participação das pessoas nas atividades governamentais. O site permite também que a população tenha a oportunidade de conversar com os ministros, em bate-papo online. Os internautas também poderão opinar sobre políticas do governo e sugerir a criação de novos programas.

A presidente Dilma está fazendo viagens a cidades brasileiras com o objetivo de divulgar a plataforma. Ela já participou de eventos semelhantes no Recife e em Salvador. O site disponibiliza para discussão os itens saúde, educação, segurança pública, redução da pobreza e cultura. Os próximos temas que entrarão na plataforma são meio ambiente, esporte e cidades.

De acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, as ideias e propostas encaminhadas pelos internautas serão analisadas pelo governo e poderão se traduzir concretamente em programas.

Pesquisa traz retrato inédito da saúde do idoso no Nordeste

Do total de idosos (60 anos ou mais) diagnosticados com catarata, 72,7% tiveram indicação de cirurgia e a realizaram, os demais não acharam necessário. No Nordeste, 66,5% tiveram indicação e fizeram a cirurgia.  Considerado um dos grupos de mais riscos de desenvolver complicações causadas pela gripe, os idosos também têm buscado o Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização. Nos 12 meses anteriores a realização da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, 73,1% dos brasileiros de 60 anos ou mais de idade e 69,4% dos que vivem no Nordeste tomaram a vacina contra a gripe, por meio do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Os indicadores de saúde no Brasil têm melhorado significativamente nos últimos anos e isso se reflete no aumento da expectativa de vida de homens e mulheres.

“As projeções populacionais do Brasil evidenciam o avanço do envelhecimento da população, o que exige uma adequação do sistema da saúde para receber essa população. Por isso, a Pesquisa Nacional de Saúde investigou alguns fatores relacionados à saúde das pessoas de 60 anos ou mais de idade. Os resultados irão auxiliar o Ministério da Saúde a traçar suas políticas públicas para os próximos anos”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele destacou que a expectativa do brasileiro passou de 62,7 para 73,9 anos entre 1980 e 2013, um crescimento real de 11,2 anos. “Esse aumento se deve às medidas de combate à desnutrição, redução da mortalidade materna e infantil, ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, entre outras ações promovidas pelo governo federal em parceria com estados e municípios”, disse o ministro.

Do total de indivíduos de 60 anos ou mais de idade, estimada em 13,2% da população brasileira, 28,7% foi diagnosticada com catarata, com maiores proporções para o Centro-Oeste (33,7) e Nordeste (31,9). Do total de diagnosticados no Brasil, 72,7% tiveram indicação de cirurgia e a realizaram, 47,6% usaram o SUS, e 37,9% foram cobertas por plano de saúde. 27,7% das pessoas de 60 anos ou mais de idade, que tiveram indicação de cirurgia de catarata não realizaram a cirurgia.

ASSISTÊNCIA – Em 2014 foram realizadas 469.820 cirurgias de catarata em maiores de 60 anos, e 185.598 em 2015. A assistência à população idosa é realidade no Sistema Único de Saúde, que vem se adaptando ao envelhecimento da população. A cirurgia de catarata faz parte do rol de procedimentos das Cirurgias Eletivas (marcadas com antecedência) do SUS. Entre 2010 e junho de 2015, o Ministério da Saúde disponibilizou R$ 1,7 bilhão aos estados e municípios para a realização desses procedimentos, que incluem também ortopedia e outras áreas que vão variar de acordo com as necessidades de cada estado, como cirurgias vasculares e urológicas.

Outro ponto de assistência a essa população é o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Nos 12 meses anteriores à PNS 2013, 73,1% das pessoas de 60 anos ou mais de idade tomaram a vacina contra a gripe. A Região Nordeste registrou a menor proporção (69,4%), enquanto as Regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram as maiores proporções desse indicador (77,1% e 77,9%, respectivamente).

A primeira campanha de vacinação do idoso contra gripe foi em 1999, contemplando a população acima de 65 anos. A partir de 2010, a vacinação foi ampliada para pessoas a partir de 60 anos. A adesão dos idosos à campanha de vacinação contra gripe aumenta ao longo dos anos. Em 2010, 15,3 milhões de pessoas acima de 60 anos receberam a vacina, o que representa 79,07% das pessoas que formavam esse público.  Em 2014, foram vacinadas 17,9 milhões de pessoas acima de 60 anos, 86,7% do público-alvo. Em 2014, o investimento foi de R$ 469,2 milhões para aquisição de 53,5 milhões doses.

LIMITAÇÕES FUNCIONAIS – Investigou-se nas pessoas com 60 anos ou mais de idade presença de limitação funcional na realização das atividades de vida diária (AVDs), como comer, tomar banho, ir ao banheiro, vestir-se, andar em casa de um cômodo para outro no mesmo andar, e deitar-se. A PNS revelou que 6,8% dos idosos têm limitações para realizar AVDs. As limitações aumentam com a idade: 2,8%, para 60 a 64 anos, 4,4% para 65 a 74 anos, e 15,6%, para 75 anos ou mais. Quanto maior o grau de instrução, menores as dificuldades, para as pessoas sem instrução, 10,2%; com fundamental incompleto, 6,2%; e com fundamental completo ou mais, 3,7%. No grupo de idosos que revelou possuir limitações funcionais, 84,0% destes precisava de ajuda para realiza-las, mas 10,9% não a recebiam.  17,8 recebiam ajuda de alguém remunerado e 78,8% recebiam cuidados da família.

Outro indicador abordado pela Pesquisa foi a presença de limitação funcional na realização de Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs), como fazer compras (de alimentos, roupas, medicamentos e outros); cuidar do seu próprio dinheiro; tomar seus medicamentos; e sair utilizando transporte como ônibus, metrô, táxi ou carro. Nesse contexto, 17,3% dos idosos têm limitações para realizar AIVDs, sendo a limitação maior em mulheres (20,4%) que em homens (13,4%). As limitações também aumentam com a idade: 6,4%, para 60 a 64 anos, 12,2% para 65 a 74 anos, e 39,2%, para 75 anos ou mais.

Com o objetivo de verificar os graus de autonomia e independência e a inserção social, a pesquisa verificou a participação das pessoas de 60 anos ou mais de idade em atividades sociais organizadas, como clubes, grupos comunitários ou religiosos, centros de convivência do idoso, entre outras. Em 2013, 24,4% das pessoas de 60 anos ou mais de idade relataram participar de atividades sociais organizadas, sendo a Região Nordeste a que registrou a menor proporção desse indicador (21,0%).

Considerando a situação do domicílio, a proporção na área urbana foi 25,3% e na área rural, 19,2%. As mulheres apresentaram mais costume de participar dessas atividades do que os homens: 28,1% e 19,8%, respectivamente. Menores percentuais foram encontrados para as pessoas de 75 anos ou mais de idade (19,3%) e as pessoas sem instrução (18,1%).

PNS – O terceiro volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi realizado em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. Para dos dados antropométricos e pressão arterial, um morador foi selecionado; para Saúde da mulher, foram aquelas de 18 anos ou mais e para Saúde das crianças de menos de dois anos de idade, a mãe respondeu.  O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil.

Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas válidas para 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário.

Pesquisa traz retrato inédito da saúde do idoso no Nordeste

Do total de idosos (60 anos ou mais) diagnosticados com catarata, 72,7% tiveram indicação de cirurgia e a realizaram, os demais não acharam necessário. No Nordeste, 66,5% tiveram indicação e fizeram a cirurgia. Considerado um dos grupos de mais riscos de desenvolver complicações causadas pela gripe, os idosos também têm buscado o Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização. Nos 12 meses anteriores a realização da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, 73,1% dos brasileiros de 60 anos ou mais de idade e 69,4% dos que vivem no Nordeste tomaram a vacina contra a gripe, por meio do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Os indicadores de saúde no Brasil têm melhorado significativamente nos últimos anos e isso se reflete no aumento da expectativa de vida de homens e mulheres.

“As projeções populacionais do Brasil evidenciam o avanço do envelhecimento da população, o que exige uma adequação do sistema da saúde para receber essa população. Por isso, a Pesquisa Nacional de Saúde investigou alguns fatores relacionados à saúde das pessoas de 60 anos ou mais de idade. Os resultados irão auxiliar o Ministério da Saúde a traçar suas políticas públicas para os próximos anos”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele destacou que a expectativa do brasileiro passou de 62,7 para 73,9 anos entre 1980 e 2013, um crescimento real de 11,2 anos. “Esse aumento se deve às medidas de combate à desnutrição, redução da mortalidade materna e infantil, ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, entre outras ações promovidas pelo governo federal em parceria com estados e municípios”, disse o ministro.

Do total de indivíduos de 60 anos ou mais de idade, estimada em 13,2% da população brasileira, 28,7% foi diagnosticada com catarata, com maiores proporções para o Centro-Oeste (33,7) e Nordeste (31,9). Do total de diagnosticados no Brasil, 72,7% tiveram indicação de cirurgia e a realizaram, 47,6% usaram o SUS, e 37,9% foram cobertas por plano de saúde. 27,7% das pessoas de 60 anos ou mais de idade, que tiveram indicação de cirurgia de catarata não realizaram a cirurgia.

ASSISTÊNCIA – Em 2014 foram realizadas 469.820 cirurgias de catarata em maiores de 60 anos, e 185.598 em 2015. A assistência à população idosa é realidade no Sistema Único de Saúde, que vem se adaptando ao envelhecimento da população. A cirurgia de catarata faz parte do rol de procedimentos das Cirurgias Eletivas (marcadas com antecedência) do SUS. Entre 2010 e junho de 2015, o Ministério da Saúde disponibilizou R$ 1,7 bilhão aos estados e municípios para a realização desses procedimentos, que incluem também ortopedia e outras áreas que vão variar de acordo com as necessidades de cada estado, como cirurgias vasculares e urológicas.

Outro ponto de assistência a essa população é o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Nos 12 meses anteriores à PNS 2013, 73,1% das pessoas de 60 anos ou mais de idade tomaram a vacina contra a gripe. A Região Nordeste registrou a menor proporção (69,4%), enquanto as Regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram as maiores proporções desse indicador (77,1% e 77,9%, respectivamente).

A primeira campanha de vacinação do idoso contra gripe foi em 1999, contemplando a população acima de 65 anos. A partir de 2010, a vacinação foi ampliada para pessoas a partir de 60 anos. A adesão dos idosos à campanha de vacinação contra gripe aumenta ao longo dos anos. Em 2010, 15,3 milhões de pessoas acima de 60 anos receberam a vacina, o que representa 79,07% das pessoas que formavam esse público.  Em 2014, foram vacinadas 17,9 milhões de pessoas acima de 60 anos, 86,7% do público-alvo. Em 2014, o investimento foi de R$ 469,2 milhões para aquisição de 53,5 milhões doses.