Cesta Básica de Caruaru registra pelo segundo mês queda nos preços

Em Outubro, o custo da alimentação básica do caruaruense foi de R$ 264,22. Esse foi o levantamento feito pelos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP). Considerando o gasto médio mensal dos 12 componentes da cesta apresentados na tabela 2, os que apresentaram os maiores pesos na determinação do valor total da cesta foram a carne (21,8%), o pão (16,51%), o feijão (13,77%) e o tomate (11,46%).

Para comprar a quantidade necessária de carne para todo o mês, o caruaruense precisou desembolsar em média R$ 55,48. Para os outros itens que mais pesaram na cesta, o valor gasto foi, em média, de: R$ 43,62 para o pão, R$ 36,38 para o feijão e R$ 30,29 para o tomate.

COMPORTAMENTO DO CUSTO DA CESTA BÁSICA: COMPARAÇÃO NACIONAL, REGIONAL, LOCAL E COM A CAPITAL RECIFE

Em Outubro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais repetiu o comportamento verificado em Setembro, com uma redução, em 14 das 27 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As demais, apresentaram elevação. As maiores retrações foram verificadas em Brasília (-5,44% – R$ 436,85), Teresina (-1,77% – R$ 395,21), Palmas (-1,76% – R$ 404,60) e Salvador (-1,66% – R$ 375,60). Já as elevações, ocorrem em 13 das 27 capitais, tendo como destaque Florianópolis ( 5,85% – R$ 475,32), Vitória ( 3,19% – R$ 449,16), Porto Velho, (2,18% – 397,71) e Maceió (2,12% – R$ 403,12).

A cesta mais cara do país, continua sendo a de Porto Alegre (R$ 478,07) e a cesta mais barata, também continua sendo a de Natal (R$ 366,90). Recife passou a ocupar a segunda posição, entre as cestas mais baratas do Brasil (R$ 373,66).

A cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a de Recife: a diferença foi ainda maior se comparada às variações anteriores, passando de R$ 96,75 para R$ 109,44. Em Outubro, a cesta caruaruense foi mais barata em R$ 109,44 se comparada a de Recife; R$ 122,44 em relação à média nordestina e R$ 151,05 se comparada à média da cesta nacional.

Procon de Caruaru fiscalizará preços praticados no Pátio de Eventos‏

A tabela de preços a ser praticada pelos comerciantes do Pátio de Evento de Caruaru, durante a festa junina, foi definida e será fiscalizada pelo Procon. Na lista consta a relação de produtos, que no geral são bebidas, com os valores máximos a serem comercializados, porém a concorrência poderá existir, desde que não passe da quantia determinada na tabela.

O Procon também fiscalizará os valores que os bares e restaurantes do Pátio cobrarão como entrada. “O valor máximo permitido será de cem reais. Lembrando que esse é o teto. Chegamos a este valor em conformidade com os donos dos bares e restaurantes e o Ministério Público, levamos em consideração um pequeno reajuste em relação ao anos passado, quando foi cobrado oitenta e cinco reais. Já a questão de venda de mesa, não será permitido”, acrescenta o diretor do Procon, Adenildo Batista.

Alguns procedimentos como a exibição das bandeiras de cartões de créditos que são aceitos nos bares, restaurantes e barracas, bem como a informação de que não aceita cartão ou cheque serão observados. “Todas as informações que o cliente deve saber para efetuar uma compra tem que ficar exposto em local visível nos pontos de comércio. Além da questão dos cartões de crédito, a cobrança dos 10% referentes ao serviço de atendimento, o famoso 10% do garçom, deverá ser informado previamente”, destaca Adenildo.

Durante todo o mês, o Procon terá agentes de fiscalização visitando todos os pontos de comércio do segmento no Pátio. O procedimento da equipe consiste em orientar quanto as regras estabelecidas e firmadas no Termo de Ajustamento de Conduta do São João (TAC), caso se constate irregularidade por parte do comerciante, o mesmo será advertido e caso não atenda, será aplicada multa, que varia conforme a situação.

“Para os consumidores que se sentirem lesados em relação a algum desses itens, orientamos que recolham alguma comprovação da irregularidade. Seja uma nota fiscal ou foto do local onde não consta alguma informação obrigatória. Com um comprovante do dano o consumidor poderá vir até o Procon e abrir uma reclamação para mediarmos da melhor forma possível”, concluiu o diretor.

O atendimento do Procon funciona de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 13h, com Centro Administrativo da Prefeitura, na avenida Rio Branco, n°315, Centro.

Definido limite de preços de bebidas a serem praticados no São João

O Procon definiu a tabela com os valores máximos a serem cobrados na venda de bebidas que serão comercializadas nas barracas, bares e restaurantes dos polos de animação do São João de Caruaru. Também ficou definido que o valor máximo a ser cobrado como “entrada” de alguns pontos comerciais, que oferecem estrutura diferenciada como banheiros, mesas, segurança e espaço delimitado, será R$ 85,00 (oitenta e cinco reais). Todos os valores constam no Termo de Ajustamento de Conduta, que foi instituído no ultimo dia 25, pelo Ministério Público, juntamente com os vários órgãos que estarão envolvidos na festa junina.

Para a Coordenadora Jurídica do Procon, Cynthia Nunes, a definição de valores máximos permitidos evita a prática de preços abusivos. “Cabe ao estabelecimento definir seus preços de acordo com a demanda e concorrência, só não será permitido o comércio abusivo, ultrapassando esses valores. É importante ficar claro que os valores que definimos são tomados como referência para limitação aos comerciantes, não é um tabelamento de preço, nem tampouco uma determinação sobre o valor a ser cobrado, mas um valor limite que deve ser respeitado. Aos consumidores cabe pesquisar e dar preferência aos estabelecimentos que aplicarem preços menores, fazendo valer seu poder de barganha. A população tem em seu favor o Código de Defesa do Consumidor, que deve ser respeitado sempre, a exemplo da opção de forma de pagamento, sendo que, caso o estabelecimento aceite cartão de crédito, não pode haver nenhum acréscimo na compra feita na modalidaderotativo”, destaca.

O Código também prevê irregularidades para imposição de valor mínimo para venda no cartão de crédito, a não informação prévia caso não aceite cartão e caso aceite, expor as bandeiras aceitas, evitando constrangimentos desnecessários, em virtude da falta de informação. “Quanto o valor de 10% do serviço de garçom, se este serviço for disponibilizado, a lei diz que o pagamento é opcional. A informação deve constar no cardápio ou em local de fácil visualização pelo público”, acrescenta Cynthia Nunes.

O Procon estará com fiscais circulando pelos principais polos da festa, de quinta-feira a domingo, além dos dias 22, 23, 24 e 29 de junho. O consumidor que tiver alguma reclamação deve tentar localizar a equipe de fiscais no local, que estará devidamente identificada, ou pode recolher o que for possível para comprovação da irregularidade, a exemplo da própria nota ou recibo de pagamento, que pode servir como prova a ser apresentada em denúncia junto à Unidade do Procon Caruaru, localizada na avenida Rio Branco, Centro, de segunda à sexta-feira, das 8h às 13h.

O estabelecimento que descumprir as definições do TAC estará sujeito à multa por item descumprido, que é de R$10.000,00 (dez mil reais), sem prejuízo de aplicação das multas previstas no Código de Defesa do Consumidor.

Consumidores criticam preços dos ovos de Páscoa

Pedro Augusto

Os consumidores de Caruaru e região estão reclamando dos preços dos ovos de Páscoa praticados neste ano. Surpresos com a alta dos valores, que foi noticiada recentemente pela imprensa nacional, até o presente momento eles não vêm frequentando em massa as gôndolas dos supermercados. Os que têm se arriscado a circular por elas têm se mostrado insatisfeitos com o reajuste variando na casa dos 8% a 10%. Um exemplo disso é o representante comercial Magno De Lavor. Com várias contas a pagar, ele decidiu suspender em 2015 a compra do produto.

“Geralmente presenteava a esposa e os sobrinhos, mas agora com esses valores absurdos não vai ter jeito. Comemoraremos a Páscoa deste ano sem ovos de chocolate”, criticou Magno. O aumento dos preços, de acordo com os especialistas, foi provocado especialmente devido à cotação elevada do dólar, que influencia diretamente no preço do cacau – principal matéria-prima da guloseima. No Brasil, este último é boa parte importado da África. Outros fatores que determinaram os reajustes corresponderam ao acréscimo nos valores das embalagens e brinquedos.

Assustado com os preços do produto, o autônomo Marcelo Barbosa vai adotar uma tática diferente em 2015. “Sempre fiz questão de adquirir ovos de marca, mas neste ano mudei de ideia. Como os valores estão salgados demais e o dinheiro está pouco, entupirei a mala do carro com ovos caseiros. Além de serem mais baratos, possuem qualidade.”

Em pesquisa na manhã da última terça-feira (3), num supermercado da cidade, o comerciante Robson dos Santos também não gostou de nada do que viu. A alternativa, segundo ele, é reduzir neste ano o número de ovos presenteados. “Nunca deixei de comprar para toda família, mas este ano está difícil. Os ovos da linha infantil, por exemplo, subiram demais de preço. Ainda bem que pesquisei antes para não ser surpreendido depois. Quando for adquiri-los deixarei a criançada em casa, pois eles sempre escolhem os mais caros”, destacou Robson.

Cientes da atual realidade do mercado, algumas redes de varejo de Caruaru estão facilitando a aquisição do produto no intuito de atrair ainda mais consumidores. No Bonanza, por exemplo, segundo o seu gerente Márcio Silva, os clientes estão podendo parcelar a compra em até três vezes sem juros. “Apesar de os ovos estarem mais caros, devido a todos esses fatores citados, acreditamos que a nossa rede venderá em torno de 15% a mais em relação à Páscoa do ano passado. Até agora a demanda pelo produto encontra-se satisfatória, porém deverá aumentar ainda mais nas próximas semanas. Quem não quiser pagar à vista poderá dividir em até três vezes com parcela mínima de R$ 15.”

De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a tendência é de que em 2015 o número de ovos comercializados em todo o país fique no mesmo patamar da Páscoa do ano passado. Dentre os entrevistados, 55,8% disseram acreditar que as vendas ficarão no mesmo nível de 2014, enquanto 17,3% previram vendas mais fracas e 26,9% estimaram um resultado superior ao obtido um ano antes. Neste ano, o domingo de Páscoa cairá no dia 5 de abril.