Lula dará início a giro de pré-campanha pelo país em março

Do Poder Online

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou uma data para iniciar o giro da pré-campanha presidencial por todo o país. O ex-presidente vai começar a rodar todos os estados brasileiros em março. Vai se revezar nas visitas aos principais colégios eleitorais com o presidente nacional do partido, Rui Falcão.

Numa análise preliminar, os dois concordaram em priorizar, num primeiro momento, estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará.

PSDB não usará mensalão como arma de campanha

Do PE247

O ex-presidente nacional do PSDB e presidente da legenda em Pernambuco, deputado federal Sérgio Guerra, afirmou que a candidatura do governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, é “boa para o país” por obrigar o debate eleitoral a sair da polarização entre PT e PSDB. Em entrevista a revista Carta Capital, Guerra afirmou também que o PSDB não deverá usar a Ação Penal 470 – o chamado “mensalão” – com fins eleitorais durante a corrida presidencial de 2014, e acusou o PT de “criminalizar as campanhas eleitorais” a partir da elaboração de “falsos dossiês”.

“O surgimento de candidaturas como a do governador Eduardo Campos e outras são boas para o país e para a democracia porque obriga o debate eleitoral a fugir de uma polarização que sempre foi alimentada pelo PT como a luta do ‘bem’ contra o ‘mal’”, afirmou Guerra. O deputado acrescentou que o processo eleitoral do próximo ano será focado no conteúdo, fato que, segundo o tucano, beneficia o senador Aécio Neves (PSDB-MG) – presidenciável pelo PSDB – e dificulta o processo de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), dando fim às “campanhas que produziram uma reserva de votos para o PT”.

Guerra avaliou o mensalão como “um processo do âmbito jurídico”, e afirmou que o fato não será usado na campanha peessedebista de 2014. “Não temos que eleitoralizar um assunto que foi e que agora está sendo tratado no âmbito jurídico, que é seu fórum adequado”, analisou. Segundo o tucano, tanto o PT quanto o PSDB – partidos que governaram o país nos últimos cinco mandatos – fizeram muito pelo Brasil, apesar de caracterizarem uma polaridade que não beneficia o país.

“Essa polarização PSDB-PT engessa de certa forma o bom debate e não é boa para o Brasil. Mas foi o PT quem alimentou perversamente essa polarização, lutando com todas as armas para evitar que outras forças políticas participassem do debate eleitoral”, disparou. “Essa eleição terá um caminho diferente. Tenho esperança que em 2014, a multiplicidade de candidaturas rompa com a polarização”, afirmou, remetendo à candidatura de Campos, apresentada pelo PSB como uma “terceira via” na disputa entre os petistas e os tucanos.

Para o ex-presidente tucano, o PT “se transformou em uma legenda populista, obstinada pelo poder”. “Quando se sente ameaçado, os petistas são capazes de criminalizar as campanhas, de gerar falsos dossiês que levam a discussão política para um debate sangrento onde quem perde é o país. A democracia do PT é aquela que lhe convém”, criticou. Em 2014, a alternância do PT e do PSDB do poder completa 20 anos, a partir das administrações de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

PT vê em eleitor jovem desafio para comunicação de Dilma

Do Poder Online

O PT vê no eleitorado mais jovem um desafio para assegurar o sucesso da comunicação da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Líderes da legenda manifestam internamente a preocupação com o fato de boa parte dos votantes da eleição do ano que vem não terem vivido de perto – ao menos não como adultos – o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A avaliação é a de que pouco vai adiantar tentar colar nesse eleitorado o discurso de comparação entre as gestões petistas e o governo tucano, que tanto guiou as falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e em 2006.

Uma das principais preocupações de petistas é que Dilma terá de encontrar a fórmula certa para mostrar a esses eleitores avanços obtidos nos 12 anos de governo do PT. Caso contrário, corre o risco de parecer simplesmente “apegada ao poder”.

Planalto escala mutirão ministerial para frear PSB

Do PE247

É pau para comer sabão e pau pra saber que sabão não se come. O ditado popular reflete bem o clima tenso entre PT e PSB desde que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pisou no acelerador visando a disputa pelo Palácio do Planalto em 2014 e deixou a base de sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Em meio a críticas de ambos os lados, o PT prepara uma ofensiva de peso. Em dezembro, quatro ministros aportarão em Pernambuco, em uma espécie de mutirão, para ouvir e procurar atender na medida do possível as reivindicações dos prefeitos pernambucanos.

O mutirão ministerial foi articulado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) juntamente com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Em nível estadual, a articulação foi realizada junto ao presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB). Aliado do governador Eduardo Campos, Patriota também tem feito uma série de críticas ao governo da presidente Dilma além de ter idealizado uma série de protestos contra a redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que levaram a suspensão dos serviços públicos em mais de 100 municípios pernambucanos.

O encontro, marcado para o dia 2 de dezembro, em Gravatá, no Agreste do Estado, deverá contar com a presença da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e a própria Ideli. Também está prevista a vinda de representantes de outros ministérios. A pauta do evento engloba orientações sobre ações e programas federais e quais as melhores formas para que os municípios tenham acesso a programas de financiamento nas mais diversas áreas. Também serão entregues 25 caminhões-pipas e 25 retroescavadeiras para serem empregados em obras e ações em diversas cidades do Estado.

“Ações como esta são importantes e todos os prefeitos pernambucanos serão chamados. O governo federal vem trabalhando muito por Pernambuco e por todos os estados do Nordeste. Essa é uma iniciativa que já deu certo em outros estados e vai ser muito útil aos prefeitos pernambucanos”, disse Humberto Costa ao Jornal do Commercio. Eventos semelhantes já foram realizados junto a prefeitos da Bahia e do Maranhão.

O mutirão ministerial foi anunciado praticamente ao mesmo tempo em que Eduardo Campos tem subido o tom das críticas ao governo Dilma e a diversos partidos da base governista. Além disso, a movimentação feita pelo PT tem como objetivo tentar solapar o apoio maciço dos prefeitos pernambucanos no que diz respeito às intenções presidenciais do governador e, ao mesmo tempo, garantir um palanque forte para a presidente Dilma em Pernambuco.

O ‘bolo de rolo’ da sucessão estadual

Do PE247

Faltando menos de um ano para as eleições de 2014, todas as atenções estão voltadas para o quadro político nacional. Entretanto, em Pernambuco, os rumos da política giram em torno do governador Eduardo Campos (PSB), cujas decisões serão fundamentais para definir as movimentações regionais dos principais blocos políticos no Estado. PSB, PT, PTB, PMDB e PSDB, as maiores legendas estaduais, começam a se movimentar com o intuito de definirem se terão candidatura própria ou com quem se aliarão no objetivo de ganhar a corrida rumo ao Palácio do Campo das Princesas.

Com um governo que possui índices de aprovação superiores a 70%, a situação para o PSB poderia ser relativamente tranquila. Poderia, mas não é. Como o governador almeja disputar as eleições para a Presidência da República, ele tem procurado segurar ao máximo o nome do candidato que será indicado para disputar a sua sucessão. Esse “freio de arrumação” momentâneo busca a composição de alianças que possam dar suporte ao projeto nacional do PSB e assegurar uma vitória tranquila no Estado.

Mas o silêncio de Campos em torno de quem será o indicado para disputar a sua sucessão tem deixado muitos socialistas ansiosos. Dentre os vários nomes que, de uma forma ou de outra, já deram início a movimentos para se posicionarem como possíveis escolhidos, estão o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o vice-governador João Lyra, os secretários estaduais Paulo Câmara e Tadeu Alencar e o ex-petista Maurício Rands. Entretanto, Rands já afirmou que não tem a intenção de se candidatar ao governo e que a sua tarefa ao longo das próximas eleições são “funções de retaguarda” dentro da legenda socialista.

Fernando Bezerra Coelho e João Lyra são os nomes mais fortes para encabeçarem a chapa pessebista e tomam caminhos cada vez mais distintos em suas estratégias para viabilizar suas candidaturas. Enquanto o ex-ministro acentua sua experiência executiva – FBC já foi prefeito, deputado e ministro, tendo chegado a declarar em entrevistas que era “o mais apto para o cargo” -, o vice-governador adota uma estratégia mais discreta para contar pontos com Campos e mantém conversas com possíveis aliados dentro e fora do PSB.

Desde que começaram as movimentações para definição das chapas estaduais para o pleito de 2014, apenas uma pesquisa de intenção de voto foi realizada, pelo Instituto Maurício de Nassau, em parceria com o Jornal do Commercio. Nos dados, que só incluíram Bezerra Coelho no campo do PSB, o socialista conta com 11% dos votos. Para fortalecer a candidatura própria e acomodar aliados ou possíveis aliados, várias sondagens estão em curso. Uma delas é oferecer a vice ao deputado federal Raul Henry (PMDB). Essa composição resolveria alguns problemas hoje enfrentados por Campos em nível estadual, além de ter repercussões nos palanques de alguns outros estados.

A recente reaproximação de Campos com o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos após anos de afastamento – com direito, inclusive, a elogios do peemedebista à aliança entre PSB e Rede Sustentabilidade – possuem um significado simbólico e um afago a alguns setores do PMDB que não querem que o partido permaneça na base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar do firmamento nacional do partido, que deve apoiar o PT na candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, os peemedebistas devem apoiar os socialistas no pleito estadual de 2014. Do outro lado dessa moeda de troca, estaria o apoio de Campos e do PSB para reeleger o senador Jarbas Vasconcelos. Nem o PMDB e nem o PSB confirmam essa negociação.

Já no núcleo de oposição a Campos, os rumos que devem guiar o PT no quadro estadual vão depender da cizânia que corrói a sigla em Pernambuco desde as eleições municipais de 2012. Um dos caminhos possíveis para a legenda é lançar uma candidatura própria para o Governo do Estado – encabeçada pelo deputado federal João Paulo (PT-PE), que, na pesquisa de intenção de votos, apareceu em segundo lugar, com 14%.

Mas se em Pernambuco o partido deseja firmar posição com uma candidatura própria, especialmente após as derrotas acachapantes sofridas no pleito estadual de 2010 (quando Campos foi reeleito e impôs uma vitória humilhante sobre o senador Humberto Costa) e de 2012 (quando Humberto e João Paulo perderam a disputa pela Prefeitura do Recife por uma larga diferença para o candidato do PSB), a direção nacional da legenda parece ter outra opinião.

Inclusive um dos maiores caciques petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já manifestou o interesse de eleger João Paulo como senador no pleito de 2014, o que em tese complica o projeto de uma candidatura própria. Caso João Paulo seja lançado para o Senado, o PT, em Pernambuco, corre o risco de ficar sem candidato forte para lançar nas eleições de 2014, tendo em conta o desgaste político sofrido pelo senador Humberto Costa.

Nesse caminho, o mais provável a ser tomado pelo PT é fechar aliança com o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que já se coloca como pré-candidato do partido à disputa. A aproximação entre PT e PTB, em Pernambuco, além de fortalecer o partido no Estado, é praticamente uma réplica da aproximação nacional entre as legendas, uma vez que o PTB já anunciou que irá apoiar a reeleição da presidente Dilma. Nas pesquisas de intenção de voto do Instituto Maurício de Nassau, Armando aparece com 33% por cento dos votos válidos. O índice, entretanto, ainda pode aumentar, se uma aliança entre o PTB e o PT for firmada. Os partidos assumem que dialogam constantemente, mas ressaltam que ainda não existe nada de concreto na “paquera” em andamento.

Enquanto PT, PSB e PSDB articulam suas estratégias eleitorais em Pernambuco, o PSDB deve correr por fora nas próximas eleições estaduais. Apesar dos índices alcançados pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) nas eleições municipais de 2012, no Recife – com 245.120 votos e na frente de Humberto Costa –, são fracas as tentativas de lançar o tucano em uma chapa para o Palácio do Campo das Princesas. Além disso, o PSDB local, embora seja oposição ao governo do PSB, tem no presidente estadual, Sérgio Guerra, um simpatizante no que diz respeito à formação de uma aliança entre as legendas em nível estadual.

Mas talvez a grande diferença esteja realmente junto ao eleitor pernambucano, uma vez que maior do que o índice de qualquer dos candidatos sondados pelo Instituto Maurício de Nassau está o número de indecisos. Nas pesquisas, 31% dos entrevistados disseram ter intenção de votar em branco ou anular o voto. Outros 21% não responderam ou ainda não sabem em quem votar.

Esse montante de indecisos ou descrentes com o atual cenário político e que chega a 52% do eleitorado é que deve ser trabalhado pelas legendas para fazer a diferença nas eleições de 2014. E esse é um potencial que os partidos também levarão em conta no momento de decidir pela candidatura própria ou pela formação de alianças.

Novo presidente do PT de Caruaru aposta na ‘unidade’ para reestruturar diretório

O novo presidente do diretório do PT de Caruaru, Adilson Lira, destacou hoje que a unidade do partido no chamado PED (processo de eleições diretas) deste domingo (10) deve ajudar na reestruturação da legenda na Capital do Forró.

“Nesse momento nos sentimos gratificados. Nossa prioridade agora será resolver algumas questões internas”, contou Adilson. Ele ainda informou que a montagem do diretório terá a presença de todas as tendências.

Indagado se o PT vai ter candidato ou não nas eleições proporcionais de 2014, Adilson declarou que esse assunto ainda não começou a ser tratado dentro do partido. “Nossa prioridade será a reeleição da presidente Dilma Rousseff e, para isso, precisamos ter um palanque forte em Pernambuco”, respondeu.

Em relação aos outros resultados do PED em Caruaru, o deputado Paulo Teixeira obteve 266 votos, contra apenas 18 de Rui Falcão, para a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Já na disputa pelo comando da legenda no Estado, o vencedor na cidade foi Bruno Ribeiro, com 161. Teresa Leitão conseguiu 154.

Humberto Costa diz que oposição torce contra o Brasil

O senador Humberto Costa (PT-PE) saiu ontem em defesa da presidente Dilma Roussef (PT). O parlamentar disse que vê a oposição “sem projeto e torcendo contra o Brasil”.

“Quero crer que o objetivo de todos os candidatos seja o de trazer soluções, não adianta só dizer que vai fazer mais, vai fazer diferente. O que seria diferente? O que vai mudar no Bolsa Família? O que vai mudar no Pronatec? O que vai mudar na política de saúde? Tem que dizer. Não pode ficar na generalidade sob pena de não ter a credibilidade da população”, avaliou o senador à Rádio JC News.

Para Humberto, apesar do clima eleitoral estar tomado conta da pauta política, a presidente Dilma tem focado na administração do seu governo. “A presidente Dilma não pode se envolver nessa discussão. A melhor campanha que ela pode fazer é fazer as coisas acontecerem”, sentenciou o petista.

O senador também vê com otimismo a avaliação do governo Dilma, que vem tendo melhoras consecutivas nas pesquisas nos últimos meses. “A presidente, apesar de ter sofrido desgaste maior [com as manifestações de junho], foi aquela que, num momento de dificuldade, apresentou uma proposta para o país. Dilma apresentou cinco pactos e vem conseguindo levá-los adiante”, defendeu Humberto.

Nas redes sociais, PT ataca e PSB promete reação

Do PE247

A briga entre PT e PSB chegou com força às redes sociais. A conta oficial do Partido dos Trabalhadores no Twitter postou, na noite desta terça-feira (23), dois textos com endereço certo: a potencial candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a própria legenda socialista.

Em uma das mensagens, os petistas criticam a aliança feita por Campos junto ao clã Bornhausen, em Santa Catarina, além de dizer que a candidatura do socialista caminha “rumo ao precipício”. “Todos os que prognosticaram a derrocada do PT ficaram pelo caminho. Os Bornhausens da vida abraçaram-se a E. Campos rumo ao precipício!”, diz o texto colocado no microblog. No post seguinte, insinua-se que o PSB virou um partido de direita.

“Quem não tem moral para falar de aliança com a direita é o PT. Eles é que estão aliados com a oligarquia mais atrasada da política brasileira. Basta ver que estão juntos com José Sarney (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros mais”, reagiu o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira. Para Siqueira, “o PT tem o direito de dizer o que quiser… e nós também”, afirmou.

Ele conclamou, ainda, que a militância do PSB também entre no debate das redes sociais e disse que a legenda já está promovendo uma articulação para reagir a ataques do gênero. “Vamos articular a militância para atuar nas redes sociais. É importante que o militante do PSB entre nas redes sociais e participe deste momento político”, observou.

As postagens no microblog petista foram alvo de um artigo do jornalista Josias de Souza, que observa que o acirramento da rusga entre as legendas – provocada pelo descolamento do PSB do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e pela disposição dos socialistas em disputar o Planalto em 2014 – pode acabar prejudicando uma eventual recomposição entre os dois partidos, que foram aliados históricos por décadas, em um eventual segundo turno.

A crítica à aliança firmada entre o PSB e os “Bornhausens” é direta. Dias antes da ex-senadora Marina Silva (Rede) filiar-se ao PSB e ser cotada para a vice em uma chapa presidencial encabeçada pelo governador pernambucano, o deputado federal licenciado Paulo Bornhausen, ex-DEM e ex-PSD, ingressou nas fileiras do partido socialista em Santa Catarina. Paulinho, como é mais conhecido, é filho do ex-senador Jorge Bornhausen, que foi uma das principais lideranças do DEM e um dos maiores críticos do PT. Enquanto no auge do escândalo do mensalão Jorge Bornhausen pregava que “a gente vai se ver livre desta raça (PT) por, pelo menos, 30 anos”, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmava que “nós precisamos extirpar o DEM da política brasileira”.

Na época da troca de farpas, durante a campanha eleitoral que resultou na eleição de Dilma Rousseff à Presidência, Lula fez campanha contra Raimundo Colombo então filiado ao DEM. Colombo ganhou a disputa pelo Governo do Estado contra a petista Ideli Salvatti e hoje encontra-se abrigado no PSD. Com o PSD tendendo a marchar ao lado do PT para reeleger a presidente Dilma, Paulinho acabou migrando para o PSB, o que acirrou os ataques petistas em torno das alianças estaduais costuradas por Campos visando o próximo pleito majoritário.

Ainda segundo Josias de Souza, o PSDB, que tem como pré-candidato ao Planalto o senador mineiro Aécio Neves, tem acompanhado de perto “as contradições do conglomerado governista e as incursões de Eduardo Campos no universo apelidado por Marina Silva de ‘velha política’”. “A essa altura, os operadores do PSDB avaliam que Eduardo Campos tem encontro marcado com Aécio Neves no segundo turno. Um pedaço do PSB acha a mesma coisa. Só que aposta no vice-versa. Quanto aos administradores do Twitter do PT, parecem acreditar que tudo se resolverá no primeiro turno”, analisou.

Com as farpas constantes e nem tão veladas entre PT e PSB aumentando paulatinamente, a tendência é de que as redes sociais acabem se configurando em um campo de batalha entre as legendas. Resta saber quem tem munição suficiente para tanto faltando cerca de um ano para as eleições.

PT envia emissário a Pernambuco para acalmar os ânimos

Do Poder Online

O secretário de Organização do diretório nacional do PT, Florisvaldo Souza, vai para o Recife tentar acalmar os ânimos dos participantes do chamado PED (Processo de Eleição Direta do partido), nome dado à eleição interna do partido, marcada para novembro. A aliança entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora Marina Silva alimentou a disputa interna no PT pernambucano, que tende a ter uma das mais acirradas eleições para a presidência estadual da sigla.

A presença de Souza foi um pedido da deputada Teresa Leitão (PT-PE), da corrente Coletivo PT Militante, que disputa a presidência com o apoio de outros 12 grupos menores de oposição, entre eles o ex-prefeito do Recife João da Costa. Do outro lado, apoiado pelo atual presidente, deputado Pedro Eugênio, pelo senador Humberto Costa e pelo deputado João Paulo, está Bruno Ribeiro.

“Tenho viajado para vários Estados para discutir o processo e tirar dúvidas. Em Pernambuco, ganhou projeção essa discussão em função desse debate politico, um pouco mais acirrado. É importante acompanhar de perto”, afirmou Souza.

Saídas de PT e PTB fazem governador mudar secretariado

O governador Eduardo Campos (PSB) anunciou, ontem, o desligamento dos secretários estaduais Fernando Duarte (Cultura) e Antônio Carlos Maranhão (Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo) da atual gestão. Para a primeira pasta, foi designado o secretário-executivo de Relações Institucionais e Articulação Parlamentar da Secretaria da Casa Civil, Marcelo Canuto. Já a secretária-executiva de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Ana Cláudia Dias Rocha, foi designada para responder pelo expediente da referida secretaria.

A saída de membros do Partido dos Trabalhadores do Governo do Estado foi firmada após reunião do governador com o deputado federal Pedro Eugênio, presidente estadual do PT. Na ocasião, o dirigente comunicou da decisão partidária de entregar os cargos ocupados pelo PT na gestão. À noite, o governador convidou Duarte para agradecer pela dedicação e empenho à frente da pasta da Cultura. Outra decisão partidária, dessa vez por parte do PTB, na semana passada, motivou o desligamento de Maranhão.

Ainda durante a tarde, o secretário-executivo de Agricultura, Oscar Barreto, também filiado ao PT, se reuniu com Eduardo Campos e colocou o cargo à disposição. Ele alegou que, mesmo tendo sido convidado pessoalmente pelo governador para ingressar na gestão, entendeu que essa seria a postura mais adequada. Eduardo solicitou, todavia, que Barreto aguardasse até o final do mês.