Humberto diz que integrantes da CPI da Petrobras serão indicados rapidamente

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou hoje (28), após participar de reunião com o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e partidos da base aliada, que há uma concordância para indicar os integrantes da CPI da Petrobras no Senado “o mais rapidamente possível”. De acordo com o parlamentar, a Casa ainda aguarda a comunicação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a decisão da ministra Rosa Weber de instalar a CPI exclusiva da Petrobras.

“Assim que chegar a notificação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve fazer o pedido para os partidos indicarem os seus integrantes. Cada um dos partidos e blocos vai sentar para discutir os seus nomes e rapidamente colocaremos a CPI em funcionamento”, declarou Humberto. Segundo ele, na reunião não houve qualquer discussão sobre relatoria e presidência porque o assunto ainda será discutido entre os blocos.

O senador afirmou que o PMDB, maior partido do Senado, vai definir, naturalmente, se quer ficar com a presidência ou a relatoria da comissão. “A nossa expectativa e a nossa certeza são de que isso vai ser dividido também entre os demais líderes. Qualquer que seja a decisão do PMDB, para nós está bem”, ressaltou.

Para o líder do PT, depois de ter a CPI da Petrobras autorizada pelo STF, a oposição no Senado ensaia desistir dela para buscar uma comissão mista de deputados e senadores. “Eles vão tentar jogar as insatisfações que eventualmente possam existir na Câmara para dentro da CPI. Mas achamos que o Senado está perfeitamente capacitado a fazer a investigação que a sociedade deseja ver sobre a Petrobras”, observou.

Alstom
Humberto ressaltou que as assinaturas na Câmara dos Deputados para a criação da CPI da Alstom, que tem como objetivo investigar as práticas de cartel no metrô de São Paulo durante governos do PSDB, já foram recolhidas. “Agora, vamos continuar a coleta de assinaturas no Senado. Inclusive, a primeira assinatura a ser solicitada será a do senador Aécio Neves (PSDB-MG)”, declarou o líder do PT.

Humberto Costa visita obras do hospital para tratamento e transplantes de fígado

O senador Humberto Costa visitou na manhã desta segunda-feira o canteiro de obras onde está sendo construído o Hospital Luiz Felipe Brennand, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. A unidade de saúde vai ser o primeiro hospital do fígado e transplantes do Brasil com atendimento exclusivo SUS e é ligado ao Instituto do Fígado e Transplantes de Pernambuco (IFP). 

O senador foi recebido pela presidente do Instituto, a médica  Leila Beltrão. Participou do encontro o empresário Ricardo Brennand, presidente do conselho deliberativo do instituto. A obra conta com recursos do Governo Federal.

Criado há oito anos, o IFP é referência nacional e internacional com ações humanizadas no tratamento, pesquisa e ensino da gastrohepatologia e transplantes. Com a conclusão da obra, prevista para 2016, o novo hospital contará com 27.850 m² e 248 leitos de internação.

Além de auditórios, laboratórios, pronto-atendimento, ambulatórios, diagnóstico por imagem, centro cirúrgico de oncologia, UTI, espaço para cuidados psicológicos, nutricional e assistência social. Uma brinquedoteca, com projeto de  contação de histórias, e uma equipe multidisciplinar para tratamento, ensino e pesquisa de doenças gastro-hepáticas e transplantes em diversas especialidades.

“Este hospital será referência para o tratamento e transplante. Importante lembrar que será de atendimento  exclusivo ao Sistema Único de Saúde”, disse Humberto Costa. “Levará um atendimento humanitário e prestará um serviço único para  pesquisa contínua de novas tecnologias”, citou.

Humberto Costa questiona ‘indústria de criação de partidos’

O senador Humberto Costa (PT) subiu hoje à tribuna do Senado para defender reforma nas regras eleitorais, especialmente no que se refere a organizações partidárias no país. O pernambucano condenou o troca-troca partidário e defendeu três princípios básicos para a reforma política: transparência, combate à corrupção e participação popular.

“A indústria de criação de partidos no Brasil, hoje, é algo absolutamente lamentável e constrangedor. Dois partidos conseguiram seus registros nesta última semana, compondo 32 novos partidos no Brasil. E aqui eu me pergunto: existem 32 projetos de nação diferenciados no Brasil?”.

Humberto questionou o fato de a Câmara dos Deputados não ter apreciado a minirreforma eleitoral, que já havia sido aprovada pelo Senado Federal. “Todos nós reconhecemos aqui que ela era uma mera perfumaria, uma maquiagem na legislação, não era a reforma política que o Brasil precisa e deseja”, afirmou.

Ele também voltou a defender uma revisão no que se refere ao financiamento de campanhas politicas. “A proposta da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, puxada pela CNBB, pela OAB, pela CUT, pela UNE e por outras entidades da sociedade civil, precisa ser objeto de análise do Congresso para que nós possamos acabar com o processo de injustiça no processo de financiamento de campanhas eleitorais”, disse o senador.