‘O brasileiro não costuma analisar o seu orçamento’, diz presidente do SPC

O presidente do SPC Brasil, Roque Pelizzaro Júnior, esteve ministrando palestra na 24ª Convenção do Comércio Lojista de Pernambuco. Promovido na semana passada, no Teatro Difusora, em Caruaru, o evento reuniu representantes do setor, bem como componentes da CDL de Caruaru, FCDL de Pernambuco e da CNDL. Após discursar para uma plateia lotada, o gestor do SPC comentou, em entrevista concedida ao blog, sobre o atual momento econômico do país. Nela, Roque Pelizzaro ainda apontou dicas para os consumidores que não querem se tornar inadimplentes.

Blog do Wagner Gil – Como o senhor classifica a realização deste evento para o comércio de Caruaru?

Roque Pelizzaro Júnior – De extrema importância, na medida em que o segmento local recebeu a visita de diversos lojistas de todo o país. Além de estimular as suas atividades, a convenção também serviu para que eles pudessem conhecer novas tendências de mercado, bem como novas estratégias para superarem esse momento de turbulência financeira.

BWG – Devido à crise econômica, o número de inadimplentes tem crescido a passos largos no país. Que dicas o senhor daria para o consumidor que não pretende entrar nessa estatística?

RPJ – Em termos gerais, infelizmente o brasileiro não costuma analisar o seu orçamento doméstico. A principal dica seria ele especificar as despesas fixas para, em seguida, gastar apenas o saldo que restou do orçamento. Do contrário, ou seja, sem um planejamento correto e uma avaliação prévia, o consumidor acaba se tornando mais um inadimplente. Não contrair financiamentos longos também é um dica.

BWG – Que ações o SPC Brasil tem desenvolvido para auxiliar o consumidor na fuga pela inadimplência?

RPJ – Poderíamos citar a criação do site www.meubolsofeliz.com.br, que vem dando dicas importantes às pessoas sobre a melhor maneira de montar os seus orçamentos. Nele, os clientes fazem simulações e ainda verificam, por exemplo, quando estão se aproximando da linha vermelha, que representa a inadimplência. O serviço é simples de ser manuseado e bastante eficaz.

BWG – De acordo com a avaliação do SPC Brasil, 2015 tem sido um dos piores dos últimos anos em termos de inadimplência?

RPJ – Sem dúvida nenhuma, até porque nos últimos anos a inadimplência vinha crescendo no mesmo passo do aumento das vendas. Ou seja, o mercado conseguia suportá-la, mas agora não. Atualmente, ela continua crescendo, mas as vendas encontram-se baixas. Isso é preocupante. Por isso, estamos sugerindo aos comerciantes que adotem mais cautela na hora em que forem conceder crédito.

BWG- Qual a projeção do comércio e da economia em termos gerais para o segundo semestre?

RPJ – O Brasil e seus segmentos econômicos não deverão ter profundas mudanças até o segundo semestre de 2016. Isso quer dizer na prática, que teremos um comércio bastante morno, nas próximas datas festivas. Infelizmente, o Governo Federal está tendo de dar uma dose de remédio bastante forte para superar a crise e isso está abalando todas as nossas estruturas. Mas conseguiremos ultrapassá-la.

Ajuda a terceiros deixa 15 milhões de consumidores inadimplentes

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal Meu Bolso Feliz traçou o perfil de consumidores que ficaram inadimplentes por terem emprestado seu nome para outras pessoas comprarem produtos e serviços ou tomar empréstimos. Segundo a pesquisa, 15 milhões de consumidores ficaram ou ainda estão com o nome sujo por essa razão, principalmente por emprestar o cartão de crédito (74%) e o cartão de loja (64%). O processo de quitação da dívida feita por terceiros é longo: 53% dos atuais inadimplentes estão nessa situação há mais de três anos.

De acordo com os dados, menos da metade dos entrevistados (39%) sabia o valor da compra ou empréstimo feito por outros em seu nome, e o seu valor médio chega a quase quatro mil reais, sendo que quase 5 parcelas deixaram de ser pagas. No momento que descobriram estar com o nome sujo, quatro em cada dez consumidores (38%) disseram não ter tomado nenhuma atitude – número que aumenta para 56% entre quem ainda está inadimplente.

“O consumidor que ficou inadimplente acha que a dívida não é dele, e muitas vezes adia ou renega o pagamento”, diz Roque Pellizzaro, presidente do SPC Brasil. “Mas, ainda que ele não tenha de fato contraído a dívida, tem responsabilidade em ter emprestado o nome e a única maneira de sair dessa situação pode ser ele mesmo pagando o valor”, explica.

SPC Brasil e novo presidente da CNDL apresentam dados sobre a inadimplência no país

O novo presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) promovem em Brasília (DF), nesta terça-feira (10), às 12h30, um almoço com a imprensa para apresentar os novos Indicadores de Inadimplência do Consumidor e os desafios da nossa gestão da CNDL.

Na oportunidade, serão reveladas informações referentes ao mês de janeiro de 2015 como:

1) Estimativa, em número absoluto, de consumidores inadimplentes no Brasil;

2) Variações mensal e anual do número de consumidores inadimplentes;

3) Variações mensal e anual do número de dívidas em atraso;

4) Número médio de dívidas em atraso por consumidores inadimplentes;

5) Inadimplência setorial (comércio, bancos, telefonia, água, luz etc);

6) Tempo médio de inadimplência;

7) Faixa etária dos consumidores inadimplentes.

Para metade dos brasileiros, sensação de prazer pessoal é fator determinante para decidir uma compra

Uma pesquisa sobre a Experiência de Consumo do Brasileiro encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz revela que para metade dos consumidores ouvidos no estudo  (68% entre os consumidores da Classe A e B)o consumo está ligado a boas sensações e ao prazer. As sensações e experiências positivas são os principais destaques: relaxar (47%) prazer de comprar (43%), melhora de humor (37%), satisfação pessoal (35%). A melhora de humor é ainda mais comum entre as mulheres (43%, contra 29% entre os homens). O estudo foi realizado junto a 620 pessoas maiores de 18 anos, de todas as 27 capitais brasileiras.

Os entrevistados também citaram outras variáveis determinantes da compra como a necessidade de se ter o produto (71%), o preço (44%), as promoções (37%) e a qualidade, marca ou modelo (21%) do que se deseja comprar. Por outro lado, entre os fatores com relativa importância, numa decisão de compra, estão o atendimento (18%), a forma de pagamento (15%) e a propaganda (4%).

Influenciadores dentro do ambiente de compra

Por outro lado, os pesquisadores também procuraram identificar as principais influências relacionadas ao ambiente e às condições oferecidas aos consumidores no momento da compra. O estudo conclui que as questões financeiras são as mais importantes para os consumidores. De acordo com 88% dos entrevistados, o preço é o principal motivo para justificar uma compra. Em seguida aparecem as promoções e liquidações (78%), a qualidade do produto ou serviço (71%) e as facilidades e os vários meios de pagamento (51%). O apelo das vitrines foi citado por 12% dos entrevistados, sendo mais representativo entre as mulheres (19%, contra 5% dos homens).

O que leva a pessoa a desistir de uma compra?

O estudo também identificou quais fatores levam o consumidor a desistir de fazer uma compra. O valor acima do esperado foi citado por 59% dos consumidores. Taxas extras e outros custos aparecem em segundo lugar com 44% das respostas, além da falta de opção da forma de pagamento desejada pelo consumidor (40%).

Quais motivos levam o consumidor ao arrependimento?

Ao perguntar sobre os principais motivos que levam as pessoas a se arrependerem pelos gastos feitos, os motivos que mais aparecem com frequência têm a ver com a alteração no planejamento financeiro (88% no caso de compra de acessórios para automóveis e motos), gasto sem proveito (100%, no caso de acessórios de moda) e dívidas adquiridas (61%, no caso dos eletroeletrônicos e 88% no caso dos eletrodomésticos).

De modo geral, observa-se que as compras desnecessárias são mais comuns entre as mulheres (48%, contra 38% dos homens). Além disso, elas também são as que mais se arrependem de compras que resultam no uso parcial do produto comprado (20%, contra 12% dos homens). Já em relação à classe social, os entrevistados da Classe C, D e E mostram-se mais propensos a realizar compras desnecessárias (43%, contra 38% da Classe A/B).

 

Quatro em cada dez consumidores não se consideram organizados financeiramente, revela SPC Brasil

Uma pesquisa nacional realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz‘ revela que a falta de disciplina é o principal empecilho para um planejamento adequado do orçamento pessoal. Segundo o estudo, quatro em cada dez consumidores (37%) não se consideram pessoas organizadas financeiramente e 69% dos entrevistados admitem sentir algum tipo de dificuldade para realizar o controle de suas receitas, despesas e investimentos.

Embora seis em cada dez consumidores (59%) tenham afirmado que realizam algum controle sistemático de seu orçamento pessoal – seja com a ajuda de planilhas (32%), caderno de anotações (23%) ou por meio de aplicativos digitais (4%) – apenas 16% dos entrevistados reconhecem fazer o registro das informações diariamente, prática que garante maior efetividade no planejamento. O percentual é um pouco maior entre os homens (19%), entre as pessoas de 25 a 34 anos (21%), com ensino superior (21%) e pertencentes às classes A e B (23%).

Consumo sem planejamento

Disciplina para registrar os ganhos e gastos com regularidade (32%), lembrar-se dos gastos em dinheiro e que, portanto, não constam no extrato bancário (16%), falta de tempo (8%), preguiça (4%), não saber como fazer ou por onde começar (4%) e considerar a tarefa chata ou desimportante (4%) são as principais dificuldades mencionadas pelos brasileiros ouvidos pela pesquisa. Desse modo, o estudo conclui que para 64% dos entrevistados o controle orçamentário não é considerado uma prioridade em suas vidas. Há ainda aqueles que afirmam gerenciar seus recursos financeiros apenas “de cabeça”, representando mais de um quarto (26%) da amostra.

“A pesquisa comprova que a administração eficiente do orçamento pessoal não é muito usual entre os brasileiros. Há uma parcela significativa de entrevistados que não faz um controle sistemático de seus rendimentos e muitos dos que dizem fazer, quando argumentados da forma mais profunda sobre métodos adotados, caem em contradição ou o fazem com uma frequência bastante aquém da adequada. Segundo o levantamento, seis em cada dez consumidores não se sentem totalmente seguros para gerenciar os próprios recursos”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz, José Vignoli, a disciplina é parte fundamental para uma vida financeira saudável. “Somente com um pouco de esforço e vontade de manter uma vida financeira equilibrada é que se adquire este hábito. Não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, importa que o método seja organizado. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, mas outras não. O fundamental é sempre registrar tudo o que se ganha e se gasta e jamais confiar na memória porque ela falha”, aconselha.

Conhecimento e experiências

O estudo perguntou aos entrevistados quais são os atributos mais importantes para definir uma vida financeira saudável, aplicando notas numa escala que varia de zero a 10. Itens relacionados ao consumo, como a pesquisa de preços (nota média de 8,6 atribuída pelos entrevistados) e o ato de pechinchar (7,8) foram os que tiveram maior reconhecimento de importância. Por outro lado, ações que poderiam trazer resultados mais eficazes, como economizar todos os meses (7,0) e fazer o controle do orçamento (7,0) anotando todos os gastos, tiveram importância menor atribuída pelos pesquisados. “Os entrevistados valorizam atitudes financeiras conscientes, como pesquisar preços, anotar os gastos e pedir descontos. No entanto, o discurso dos consumidores não correspondente fielmente à prática, uma vez que essas atitudes acabam sendo adotadas com menor frequência do que deveriam”, afirma a economista.

Exemplo disso é que quase a metade (48%) dos entrevistados afirma não contar com uma reserva financeira para lidar com os gastos extras que surgem no início do ano, como presentes de Natal, impostos, material escolar, entre outros.

A pesquisa traz ainda revelações a respeito das fontes de conhecimento mais comuns por meio das quais os consumidores adquirem informações sobre dinheiro e finanças. O conhecimento informal, em conversas com familiares e amigos (48%) e a influência de noticiários, jornais, revistas e da imprensa, de modo geral (46%) são as fontes mais utilizadas. Outros 33% disseram navegar em sites e blogs especializados em busca de dicas e melhores práticas.

“Na média, o consumidor sabe pouco sobre como conduzir seu orçamento pessoal. Assim, ele tem pouco a contribuir, no sentido de ajudar os outros consumidores a conhecer e aplicar práticas saudáveis para a vida financeira. Pelo alcance que possuem e pela linguagem didática para o grande público, os veículos de comunicação ganham importância nesse processo”, observa a economista do SPC Brasil.

Dentre os consumidores organizados, o aprendizado com experiências difíceis em relação ao dinheiro desponta como a principal razão na mudança de comportamento (42%).

Comportamento de risco

Dois em cada dez (17%) consumidores chegam ao fim do mês sem conseguir pagar as contas em dia. Outros 22% até conseguem honrar com seus compromissos financeiros, mas ficam no zero a zero, ou seja, não sobra nenhum centavo para poupança ou investimento. E, finalmente, 61% dos entrevistados conseguem pagar as contas em dia e guardar alguma quantia para gastos futuro.

Quando falta dinheiro no orçamento para fechar as contas do mês, as estratégias mais utilizadas pelos entrevistados são usar o limite do cartão de crédito para completar as despesas (19%), pedir dinheiro emprestado para amigos ou familiares (17%), utilizar o limite do cheque especial (13%), fazer empréstimos junto a bancos e financeiras (13%) e gastar parte das reservas financeiras que possui (10%). O levantamento aponta ainda que dentre aqueles que precisam utilizar o cartão de crédito para pagar as contas e gastos imprevistos por não conseguirem fechar as contas do mês, 39% o fazem todos os meses.

Ao analisar hábitos de consumo, o estudo mostra outro dado que acende o sinal de alerta: 35% dos consumidores têm o costume de adquirir produtos sem avaliar a sua condição financeira. Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil, a constatação é reflexo da preferência que o consumidor brasileiro tem por parcelar suas compras sem se preocupar com as consequências que esses compromissos podem ocasionar no futuro.  Ao enfrentar alguma dificuldade financeira, 48% das pessoas ouvidas afirma que conseguiria manter o mesmo padrão de vida por no máximo seis meses, sendo que 14% não chegariam nem  a um mês.

“O uso do crédito para complementar a renda mensal é uma atitude muito arriscada porque faz o consumidor gastar um dinheiro que ele não possui. A taxa média cobrada em operações com cartão de crédito gira em torno de 300% ao ano no Brasil. É uma das maiores do mundo”, afirma o educador financeiro, José Vignoli.

Metodologia

Realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz’, o estudo buscou identificar como o consumidor brasileiro se relaciona com suas finanças nos aspectos ligados ao orçamento pessoal, consumo e conhecimentos financeiros. Além de mapear os fatores que influenciam uma vida financeira saudável e as dificuldades que os consumidores enfrentam no dia a dia quando o assunto é dinheiro.

Foram ouvidos 662 consumidores acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais com margem de confiança de 95%.

Vontade dos filhos pesa para 49% dos pais na decisão das compras de Natal

O mês do Natal chegou e muitos brasileiros aguardam ansiosamente pelas festas de fim de ano e pela troca de presentes durante a ceia, principalmente as crianças, que passam todo o ano prometendo um bom comportamento na expectativa de serem recompensadas com presentes. Um estudo encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira ‘Meu Bolso Feliz’ revelou que na maior parte dos casos a escolha do presente para as crianças é feita exclusivamente pelos pais (51%). Mas não se pode minimizar a influência dos filhos no processo decisório. Em 49% dos casos eles participam de alguma maneira na escolha do presente: 35% dos pais entrevistados disseram que a decisão é feita em conjunto entre os filhos e eles e outros 14% confessaram que é a criança quem decide sozinha o presente que irá ganhar na data.

O educador financeiro do ‘Meu Bolso Feliz’ José Vignoli defende que ao decidir presentear o filho, seja no Natal ou em outra data festiva, como aniversário e Dia das Crianças, é importante ouvir os seus desejos. No entanto, ele alerta que é dever do pai e da mãe avaliar o que é possível ser comprado dentro das limitações orçamentárias de cada família. “Os pais precisam ter a sensibilidade de saber o que os filhos desejam para tentar chegar o mais próximo possível daquilo que a criança quer ganhar, mas que ao mesmo tempo eles tenham condições de pagar”, afirma Vignoli

Frustração com o presente

O estudo do SPC Brasil mostra que em caso de o presente recebido não agradar o gosto do filho, a frustração é compensada em mais da metade dos casos (51%) por meio de uma barganha – os pais se comprometem em dar o presente desejado em outra ocasião. Esta situação ocorre principalmente entre os entrevistados do sexo masculino (55%) e pessoas das classes C (62%). Em 30% dos casos os pais relataram que os filhos ficam tristes e frustrados, porém logo se esquecem do pedido ou não pedem outro presente. Já 3% dos pais ouvidos no levantamento admitem que em situações assim seus filhos geralmente  choram e fazem birra por não receber o presente desejado.

Para os especialistas do ‘Meu Bolso Feliz’ a lista de pedidos feitos ao Papai Noel – ou aos próprios pais, no caso dos filhos maiores – deve conter mais de uma opção para que a criança não fique frustrada. Dessa maneira, ela percebe que essa não é uma decisão exclusiva dela, mas que precisa ser feita em acordo com os adultos, pois são eles quem trabalham e se esforçam para cuidar da casa e do bem-estar da família.

É natural as crianças pedirem diversos presentes, ainda mais quando estão no convívio com amigos na escola, primos e outros coleguinhas da mesma idade, além dos estímulos da propaganda. No entanto, o ‘não’ como resposta precisa ser assimilado pelos filhos, dizem os especialistas.

“Alguns pais excessivamente permissivos acabam satisfazendo a vontade de seus filhos com um presente caro para não frustrá-los, mas após algumas semanas quando olharem a fatura de cartão de crédito e notarem que o brinquedo já foi deixado de lado pela criança, eles podem ficar bastante arrependidos com esta atitude. Se o filho está acostumado a ganhar tudo sempre, quando não recebe um presente pode interpretar a situação como falta de amor”, alerta o educador financeiro.

Os especialistas do Meu Bolso Feliz são unânimes em afirmar que experiências de frustração na infância são imprescindíveis para que a criança desde cedo aprenda a lidar com situações difíceis e de desconforto. “A frustração é uma necessidade do desenvolvimento infantil. É importante que a criança reconheça o valor do dinheiro desde cedo e entenda que os pais se esforçaram para que ela tenha acesso a coisas mais importantes”, diz a psicóloga Maria Tereza Maldonado. Ela recomenda que os pais conversem abertamente com as crianças sobre a atual situação financeira da família. “O pai que satisfaz todas as vontades dos filhos camuflando a realidade financeira da família está desenvolvendo filhos sem limites e que vão acumular ao longo da vida muitas frustrações para lidar com negações. Já aqueles que falam de maneira transparente e dão bons exemplos, conseguem criar adultos preparados financeiramente e que conseguem superar as dificuldades impostas pela vida”, diz Maria Teresa.

“Os pais precisam transmitir às crianças que o Natal não é uma data apenas para ganhar presentes e que ela representa algo muito maior, como a união e a confraternização com a família. Esses valores são importantes para a formação da criança”, recorda a psicóloga.

Idosos atribuem nota oito para índice de felicidade criado pelo SPC Brasil

O “Felizômetro”, índice criado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal ‘Meu Bolso Feliz’ para mensurar o grau de felicidade dos consumidores acima dos 60 anos, mostra que a maioria das pessoas da terceira idade está satisfeita com as atuais condições de vida. De acordo com o levantamento realizado com 632 idosos em todas as capitais brasileiras, quase oito em cada dez entrevistados (78%) atribuem nota igual ou superior a oito na hora de expressar a satisfação com o seu modo de vida.

Os resultados indicam que a sensação de felicidade varia entre os gêneros e se torna mais frequente à medida que melhoram a condição social e o nível de educação formal dos entrevistados. Entre as mulheres, essa percepção atinge 81% da amostra, sendo também mais disseminada entre os que têm idade entre 66 a 70 anos (83%), com formação superior (83%) e que pertencem às classes A e B (85%).

De acordo com o estudo, felicidade e saúde são questões inseparáveis: este último     fator é o item que possui o maior peso para o índice criado pelo SPC/Meu Bolso Feliz ,podendo aumentar as chances de se atingir a felicidade em até 25%.

“É claro que existem muitos idosos brasileiros em situação de vulnerabilidade, enfrentando solidão, problemas de saúde ou dificuldades financeiras. No entanto, a pesquisa desafia o senso comum e a imagem que se faz deles. Com a melhora da expectativa de vida e os avanços da medicina, os idosos de hoje já observam uma significativa evolução na qualidade de vida”, afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

Quitação de dívidas cai 5,88% em outubro, mostra indicador SPC Brasil

O número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do banco de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), recuou 5,88% em outubro de 2014, frente ao mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro deste ano, sem ajuste sazonal, o volume de quitações de dívidas também apresentou resultado negativo e caiu    2,11%. A comparação mensal mostrou piora em relação ao que foi registrado em setembro. Naquele mês, frente a agosto, a queda mensal havia sido de       – 0,11%. O dado é do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados do indicador de pagamento de dívidas refletem o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Com o rendimento dos trabalhadores crescendo menos e a inflação e juros em alta, o consumidor vê a sua capacidade de pagamento se deteriorar, o que torna ainda mais difícil quitar ou renegociar as dívidas em atraso”, explica a economista.

Ainda segundo Marcela Kawauti, a diminuição do número de consumidores que têm pagado suas dívidas atrasadas é um sinal de que a recuperação de crédito deve encontrar um ambiente menos propício e apresentar resultados menos expressivos do que os de 2013. Exemplo disso é que, no acumulado do ano, o número de consumidores que regularizaram suas pendências está 1,62%menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado.

Número de dívidas renegociadas cai 1,64% em setembro, aponta indicador SPC Brasil

Em setembro, o número de dívidas regularizadas, calculado a partir das exclusões dos registros de inadimplência do bando de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), diminuiu 1,64% em relação a setembro do ano passado. A retração deste mês praticamente repetiu o resultado de agosto, quando o indicador apontou queda de 1,66%. No acumulado do ano ─ janeiro a setembro de 2014 ante janeiro a setembro de 2013 ─ a quantidade de dívidas renegociadas recuou 1,12%.

Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, a redução da quantidade de pendências quitadas ─ tanto na base anual quanto no acumulado do ano ─ reflete o enfraquecimento da atividade econômica que, aliado a níveis elevados de inflação e de taxas de juros, faz com que a confiança dos consumidores também seja prejudicada. “Estamos presenciando uma dificuldade cada vez maior para que o consumidor pague as dívidas em dia e recupere as pendências em atraso”, afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Comparação mensal

Já número de exclusões de pessoas inadimplentes nas bases do SPC Brasil em setembro recuou 0,11% em relação a agosto deste ano. Essa piora na comparação mensal veio após um recuo de 2,92% verificado no mês anterior. “A queda um pouco mais modesta pode ser explicada pelos feirões de renegociação, comuns neste período do ano, e pelo pagamento do 13º salário pelo INSS a aposentados e pensionistas”, explica Kawauti.

Mudança de cenário nos próximos meses

Os economistas do SPC esperam um panorama de melhora na recuperação de crédito nos próximos meses, refletindo um movimento típico de final de ano, em função do recebimento das parcelas do 13º salário e dos feirões de renegociação de dívidas. “É natural nesse período do ano que o consumidor use parte do 13º salário para quitar dívidas para poder comprar a prazo no Natal”, afirma Kawauti.