Apesar de ser da base governista, o vereador Edjaílson da CaruForró(PRTB) tem se destacado por algumas críticas que fazem à gestão da prefeita Raquel Lyra e, principalmente, a alguns secretários. Esta semana ele foi alvo de descordância por parte dos seus colegas porque usou a tribuna da Casa Jornalista José Carlos Florêncio para falar de um projeto da Mesa Diretora que reajusta salário dos servidores municipais.
Em sua fala e mostrando muita irritação, ele disse que a matéria não havia sido debatida na Câmara e “que esse tipo de assunto” deveria ser exaustivamente estudado pelos edis em suas comissões, principalmente pela de Finanças. Funcionário de carreira da Compesa, Edjaílson usou até um exemplo da estatal. “Eu não tenho nada contra nenhum funcionário efetivo. Esses projetos que mexem com o dinheiro público devem ser debatidos com mais exaustão”, afirmou.
Ele tentou fazer uma média, dizendo que precisava de informações para responder eventuais críticas. “É muito importante para saber porque esse reajuste atinge algumas pessoas, principalmente as que têm curso superior ou especialização. Acho que tem que ter esse cuidado, já existe um plano de cargos e carreiras aqui”, disse. Atualmente o PCC da Câmara determina que os servidores efetivos que se qualificarem com especializações terão direito ao acréscimo.
CRÍTICAS
Assim que deixou a Tribuna, CaruForró foi criticado por vários vereadores, incluindo os membros da Comissão de Finanças e o presidente da Casa, Lula Torres (PSDB). “O que está em discussão é justamente uma alteração no Plano de Cargos e Carreiras, como o próprio Edjaílson disse agora há pouco. A carreira vai permitir que o servidor melhore sua condição e sempre tente uma capacitação”, explicou o socialista Marcelo Gomes.
Atualmente a Câmara dispõe de um sistema de informatização que todos os projetos podem ser acompanhados por cada vereador e até mesmo pela população. Esse sistema é chamado de SAPL e foi implantado na gestão do atual presidente Lula Torres. Membro da Comissão de Finanças, presbítero Andrey Gouveia (Patriotas) defendeu o projeto. “Na Comissão de Leis, eu, Daniel Finizola (PT) e Pierson Leite (PSD) estudamos muito esse projeto que altera o PCC. Gostaria de lembrar aos demais vereadores que nos reunimos todas as sextas pela manhã para tratar dos projetos importantes”, disse.
No final da sessão, Edjaílson usou a tribuna para se defender. “Não adianta fazer uma tempestade num copo d’água numa coisa que eu falei. Tenho certeza que muitos vereadores aqui não sabem a quantidade de matérias que têm, sejam elas do Executivo ou Legislativo”, finalizou.
