A empresários, Eduardo diz que país precisa acelerar investimentos

Ao participar, hoje, como palestrante do Santos Export 2013 – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos (SP), o governador Eduardo Campos (PSB) disse que o Brasil precisa acelerar os investimentos para continuar crescendo.

“O Brasil precisa de investimentos. Não vai ser só o consumo que vai manter o país crescendo e distribuindo renda. Tem que ter investimento em infraestrutura e logística”, declarou o governador, que apresentou a palestra “O Brasil do Futuro: um olhar estratégico sobre o País no século XXI”.

Eduardo também ressaltou a importância de mudar o atual contexto, no qual o ano de 2012 foi de baixo crescimento e as perspectivas de crescimento em 2013 têm se reduzido a cada bimestre. “Para preservarmos as conquistas dos últimos anos, a gente precisa que o Brasil volte a crescer de maneira mais acelerada. Esse crescimento passa por investimentos e por melhoria da nossa logística”, observou.

Deputado Tony Gel se solidariza com policiais federais

O deputado estadual Tony Gel (DEM) destacou hoje, na Assembleia Legislativa, a mobilização dos policiais federais pela reestruturação de cargos no Estado. O assunto foi tema do grande expediente da Casa e, em aparte ao discurso do colega Antonio Moraes (PSDB), o democrata se mostrou solidário com a categoria.

O parlamentar lembrou que foi em seu governo, na Prefeitura de Caruaru, que o município conquistou uma Delegacia da Polícia Federal. “Fui pessoalmente até o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e lutamos pela unidade, o que demonstra nosso respeito pela categoria”, afirmou.

Os policiais federais compareceram à Assembleia Legislativa vestidos de preto como uma forma de protesto. Os agentes pedem o fim do assédio moral na instituição e melhorias nas condições de trabalho. O Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco também exige a reestruturação dos cargos de escrivães, papiloscopistas e agentes federais.

Condenado, prefeito de Petrolina afirma que vai recorrer

Deu no Blog do Magno

O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), disse há pouco, ao blog, que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que cassou o seu mandato na sessão do pleno hoje por 4 votos a 3. Houve empate de 3 a 3 no julgamento, mas o voto de minerva coube ao presidente do TRE, José Fernando Lemos.

Lóssio disse que achou estranho o resultado, ressaltando que o processo a que responde na justiça eleitoral em Pernambuco foi aberto com base numa denúncia de doações de terrenos, que não chegaram, na verdade, a ser distribuídos com as famílias que tinham direito.

“Não houve a distribuição de terrenos”, garante. Principal adversário do governador Eduardo Campos, Lóssio teve seu nome lembrado, recentemente, pela direção do PMDB para disputar o Governo do Estado nas eleições do ano que vem.

O JULGAMENTO

A Corte Eleitoral julgou o recurso 14-29, interposto pelo PSB, que tratava de ato realizado em 2012, ainda no primeiro mandato de Lóssio a frente da prefeitura do município.

Na ocasião, houve a regularização de imóveis no loteamento “Terras do Sul”, por meio de lei sancionada pelo executivo em 28 de maio, já dentro do período eleitoral.

Os desembargadores eleitorais se dividiram no julgamento, tendo o relator, Desembargador Frederico Carvalho defendido o provimento parcial ao recurso, aplicando uma sanção ao prefeito, sem a perda do mandato, ressaltando que a doação dos lotes já era prevista desde 2010.

Porém, o Desembargador Fausto Campos divergiu, apresentando áudio do evento que marcou a entrega dos lotes, onde o discurso do prefeito teria intenções eleitorais.

Como o restante da Corte se dividiu, resultando em 3 votos a 3, o Presidente José Fernandes de Lemos proferiu o voto de desempate. Em sua sustentação, disse que “o bem jurídico é o equilíbrio, a normalidade das eleições; qualquer ato que cause desequilíbrio é grave”.

Destacou ainda a ausência de divulgação da doação em 2010 e 2011, em contraponto à publicidade massiva dada em 2012 – ano eleitoral – pela prefeitura.

O resultado, portanto, culmina na cassação do mandato de Júlio Lóssio e sua inelegibilidade por 8 anos. À decisão, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.

João Lyra conversa com dirigentes estaduais do PCdoB

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Vice-governador de Pernambuco posa com Luciano Siqueira (Foto: Reprodução/Facebook)

O vice-governador João Lyra Neto (PDT) recebeu na manhã de hoje, no Palácio Frei Caneca, dirigentes estaduais do PCdoB. O encontro contou com a presença de Alamir Cardoso (presidente do partido), George Braga (secretário de Esportes e Copa do Mundo do Recife) e Luciano Siqueira (vice-prefeito do Recife).

Na pauta, assuntos relacionados à agenda política regional e nacional. “Tratamos da conjuntura e seus desdobramentos”, escreveu o vice-governador pernambucano em sua página oficial no Facebook.

Curso de controle interno é promovido em Surubim e Arcoverde

A Escola de Contas Públicas vai aos municípios de Surubim e Arcoverde para a realização do curso “Controle Interno, Fundamentos e Estruturação”. Roseane Milanez será a responsável pelas capacitações nos dias 2 (no primeiro) e 23 (no segundo) de setembro. As inscrições estão disponíveis em tce.pe.gov.br/escola.

O curso tem carga de 20 horas/aula. O objetivo é dotar os participantes com os elementos básicos necessários para implementar e aperfeiçoar a estruturação de um sistema de controle interno municipal.

A Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães é um órgão superior do Tribunal de Contas do Estado.

Apenas 600 lotações passaram por vistoria neste ano

Apenas 598 dos 1.404 carros do transporte complementar passaram pela vistoria 2013, informou a Destra nesta terça-feira (27). Os loteiros que ainda não fizeram devem se apressar, pois a inspeção realizada na sede da autarquia, das 8h às 13h, termina na próxima sexta (30).

Os profissionais deverão estar munidos da habilitação, do alvará de funcionamento 2012 quitado e do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo).

Após esse prazo, os loteiros que não estiverem em dia com suas atribuições poderão ser multados em 2.666 Unidades Fiscais (R$ 5.065,40). Os veículos também ficarão impedidos de entrar no Terminal Leste.

Ex-prefeito de Altinho recebeu condenação do Supremo

O ex-prefeito de Altinho, José Ferreira de Omena, foi condenado pelo STF a 5 anos e 10 de meses de prisão por falsidade ideológica em 58 processos licitatórios. A decisão foi publicada em março deste ano.

José de Omena governou o município três vezes.

O crime foi detectado pelo Tribunal de Contas do Estado. O número de infrações cometidas (58) fez com que a pena aplicada ao ex-prefeito fosse aumentada.

Aparecida participa do acolhimento de médicos estrangeiros

A secretária de Saúde de Caruaru, Maria Aparecida Souza, representou, ontem, o Cosems-PE (Colegiado de Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco) na cerimônia de abertura de treinamento dos médicos estrangeiros que chegaram ao Brasil por meio do programa Mais Médicos, do governo federal.

Os 115 médicos estrangeiros, entre eles 96 vindos de Cuba e 19 de outros países (Portugal, Espanha, Itália, Uruguai, Argentina), passarão por treinamento de três semanas no Campus da UFPE em Vitória de Santo Antão.

“Esses médicos passarão por treinamentos específicos para conhecer o SUS (Sistema Único de Saúde), o perfil epidemiológico da população brasileira e a língua portuguesa. A vinda desses profissionais é importante, porque vai levar médicos para regiões com maior carência”, ressaltou.

OPINIÃO: Em vez Havana?

Por PAULO MOREIRA LEITE*

Do ponto de vista da saúde pública, temos um quadro conhecido. Faltam médicos em milhares de cidades brasileiras, nenhum doutor formado no país tem interesse em trabalhar nesses lugares pobres, distantes, sem charme algum – nem aqueles que se formam em universidades públicas sentem algum impulso ético de retribuir alguma coisa ao país que lhes deu ensino, formação e futuro de graça.

Respeitando o direito individual de cada pessoa resolver seu destino, o governo Dilma decidiu procurar médicos estrangeiros. Não poderia haver atitude mais democrática, com respeito às decisões de cada cidadão.

O Ministério da Saúde conseguiu atrair médicos de Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai. Mas continua pouco. Então, o governo resolveu fazer o que já havia anunciado: trazer médicos de Cuba.

Como era de prever, a reação já começou.

E como eu sempre disse neste espaço, o conservadorismo brasileiro não consegue esconder sua submissão aos compromissos nostálgicos da Guerra Fria, base de um anticomunismo primitivo no plano ideológico e selvagem no plano dos métodos. É uma turma que se formou nesta escola, transmitiu a herança de pai para filho e para netos. Formou jovens despreparados para a realidade do país, embora tenham grande intimidade com Londres e Nova York.

Hoje, eles repetem o passado como se estivessem falando de algo que tem futuro.

Foi em nome desse anticomunismo que o país enfrentou 21 anos de treva da ditadura. E é em nome dele, mais uma vez, que se procura boicotar a chegada dos médicos cubanos com o argumento de que o Brasil estará ajudando a sobrevivência do regime de Fidel Castro. Os jornais, no pré-64, eram boicotados pelas grandes agencias de publicidade norte-americanas caso recusassem a pressão americana favorável à expulsão de Cuba da OEA. Juarez Bahia, que dirigiu o Correio da Manhã, já contou isso.

Vamos combinar uma coisa. Se for para reduzir economia à política, cabe perguntar a quem adora mercadorias baratas da China Comunista: qual o efeito de ampliar o comércio entre os dois países? Por algum critério – político, geopolítico, estético, patético – qual país e qual regime podem criar problemas para o Brasil, no médio, curto ou longo prazo?

Sejamos sérios. Não sou nem nunca fui um fã incondicional do regime de Fidel. Já escrevi sobre suas falhas e imperfeições. Mas sei reconhecer que sua vitória marcou uma derrota do império norte-americano e compreendo sua importância como afirmação da soberania na América Latina.

Creio que os problemas dos cidadãos cubanos, que são reais, devem ser resolvidos por eles mesmos.

Como alguém já lembrou: se for para falar em causas humanitárias para proibir a entrada de médicos cubanos, por que aceitar milhares de bolivianos que hoje tocam pedaços inteiros da mais chique indústria de confecção do país?

Denunciar o governo cubano de terceirizar seus médicos é apenas ridículo, num momento em que uma parcela do empresariado brasileiro quer uma carona na CLT e liberar a terceirização em todos os ramos da economia. Neste aspecto, temos a farsa dentro da farsa. Quem é radicalmente a favor da terceirização dos assalariados brasileiros quer impedir a chegada, em massa, de terceirizados cubanos. Dizem que são escravos e, é claro, vamos ver como são os trabalhadores nas fazendas de seus amigos.

Falar em democracia é um truque velho demais. Não custa lembrar que se fez isso em 64, com apoio dos mesmos jornais que 49 anos depois condenam a chegada dos cubanos, erguendo o argumento absurdo de que eles virão fazer doutrinação revolucionária por aqui. Será que esse povo não lê jornais?

Fidel Castro ainda tinha barbas escuras quando parou de falar em revolução. E seu irmão está fazendo reformas que seriam pura heresia há cinco anos.

O problema, nós sabemos, não é este. É material e mental.

Nossos conservadores não acharam um novo marqueteiro para arrumar seu discurso para os dias de hoje. São contra os médicos cubanos, mas oferecem o quê? Médicos do Sírio Libanês, do Einstein, do Santa Catarina?

Não. Oferecem a morte sem necessidade, as pragas bíblicas. Por isso não têm propostas alternativas nem sugestões que possam ser discutidas. Nem se preocupam. Ficam irresponsavelmente mudos. É criminoso. Querem deixar tudo como está. Seus médicos seguem ganhando o que podem e cada vez mais. Está bem. Mas por que impedir quem não quer receber nem atender?

Sem alternativa, os pobres e muito pobres serão empurrados para grandes arapucas de saúde. Jamais serão atendidos, nem examinados. Mas deixarão seu pouco e suado dinheiro nos cofres de tratantes sem escrúpulos.

Em seu mundo ideal, tudo permanece igual ao que era antes. Mas não. Vivemos tempos em que os mais pobres e menos protegidos não aceitam sua condição como uma condenação eterna, com a qual devem se conformar em silêncio. Lutam, brigam, participam. E conseguem vitórias, como todas as estatísticas de todos os pesquisadores reconhecem. Os médicos, apenas, não são a maravilha curativa. Mas representam um passo, uma chance para quem não tem nenhuma. Por isso são tão importantes para quem não tem o número daquele doutor com formação internacional no celular.

O problema real é que a turma de cima não suporta qualquer melhoria que os debaixo possam conquistar. Receberam o Bolsa Família como se fosse um programa de corrupção dos mais humildes. Anunciaram que as leis trabalhistas eram um entrave ao crescimento econômico e tiveram de engolir a maior recuperação da carteira de trabalho de nossa história. Não precisamos de outros exemplos.

Em 2013, estão recebendo um primeiro projeto de melhoria na saúde pública em anos com a mesma raiva, o mesmo egoísmo.

Temem que o Brasil esteja mudando, para se tornar um país capaz de deixar o atraso maior, insuportável, para trás. O risco é mesmo este: a poeira da história, aquele avanço que, lento, incompleto, com progressos e recuos, deixa o pior cada vez mais distante.

É por essa razão, só por essa, que se tenta impedir a chegada dos médicos cubanos e se tentará impedir qualquer melhoria numa área em que a vida e a morte se encontram o tempo inteiro.

Essa presença será boa para o povo. Como já foi útil em outros momentos do Brasil, quando médicos cubanos foram trazidos com autorização de José Serra, ministro da Saúde do governo de FHC, e ninguém falou que eles iriam preparar uma guerrilha comunista. Graças aos médicos cubanos, a saúde pública da Venezuela tornou-se uma das melhores do continente, informa a Organização Mundial de Saúde. Também foram úteis em Cuba.

Os inimigos dessas iniciativas temem qualquer progresso. Sabem que os médicos cubanos irão para o lugar onde a morte não encontra obstáculo, onde a doença leva quem poderia ser salvo com uma aspirina, um cobertor, um copo de água com açúcar. Por isso incomodam tanto. Só oferecem ameaça a quem nada tem a oferecer aos brasileiros além de seu egoísmo.

* Paulo Moreira Leite é diretor da Sucursal da revista ISTOÉ em Brasília.