Zika pode prejudicar cérebro muito tempo depois da infecção, diz estudo

Folhapress

Dois trabalhos recentemente publicados mostram que o complexo panorama relacionado à zika pode ser ainda mais grave: a infecção pode ser devastadora também se acontecer após o nascimento e não somente no desenvolvimento intrauterino, como já se pensou. Além disso, os danos podem se estender até a vida adulta. Ambas as publicações estão no periódico especializado Science Translational Medicine.

O trabalho de publicação mais recente saiu nesta quarta-feira (6) e é fruto do esforço de uma equipe de cientistas da UFRJ, da Unifesp e do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio.

Foram usados camundongos para mostrar que a infecção pelo vírus da zika poucos dias após o nascimento reduz permanentemente a força muscular dos animais, provoca o surgimento de crises epiléticas no curto prazo e aumenta a susceptibilidade a elas no longo prazo.

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A memória e a sociabilidade dos bichos também são prejudicadas. “Sabemos que algumas infecções neonatais podem estar associadas a doenças que surgem muitos anos mais tarde, como esquizofrenia e autismo”, diz a neurocientista Julia Clarke, da UFRJ, uma das coordenadoras do estudo.

Ela conta que a principal motivação era entender o que se passa com as 90% de crianças infectadas com zika que nascem sem alterações grosseiras, como a redução do tamanho da cabeça ou más-formações nos membros.

Essas complicações mais graves são mais comuns em infecções que acontecem no início da gestação, mas o que Clarke e colegas mostram é que elas podem ser relevantes mesmo quando acontecem no final do período (quando o desenvolvimento cerebral humano é comparável ao momento da infecção dos camundongos no estudo).

Uma mortalidade de 40% afligiu os grupos de camundongos com zika; os sobreviventes tinham menor peso corporal e tamanho do cérebro reduzido. Cem dias depois da infecção, quando os animais já eram adultos, a quantidade de material genético do vírus permanecia elevada no cérebro, denunciando a atividade do patógeno.

A explicação para esse prejuízo neurológico seria uma permanente inflamação provocada pela replicação viral, algo que o organismo do roedor, assim como aparentemente acontece com o humano, tem dificuldade em solucionar.

Para testar a hipótese, os cientistas deram aos camundongos uma droga capaz de bloquear o TNF-alfa, molécula que participa de maneira importante do processo inflamatório.

“Agora que se sabe que a raiz dos danos neurológicos é a neuroinflamação causada pela intensa replicação do vírus no início da infecção, é possível buscar quem seriam os agentes responsáveis no organismo e atacá-los farmacologicamente”, diz a virologista da UFRJ Andrea Da Poian, também coordenadora do estudo.

A droga escolhida para tratar os bichos, infliximabe, já é usada para tratar outras doenças inflamatórias, como a doença de Chron, artrite reumatoide e psoríase. O fato de ela já ser aprovada pela Anvisa facilitaria a eventual nova indicação, pulando etapas de estudos, já que aspectos de segurança e toxicidade são bem conhecidos.

Os animais tratados tiveram menor chance de desenvolver as crises epiléticas, mas mantiveram os sintomas motores e comportamentais. Os cientistas propõem que é possível que um tratamento baseado nesse raciocínio possa ajudar a atenuar os efeitos de longo prazo da infecção, mas ainda há muito que se avançar na questão. “É difícil prever o que aqueles infectados ainda bebês podem desenvolver na fase adulta, mas é importante ter em mente que o que aconteceu ainda no útero pode, sim, ter consequências tardias”, diz Clarke.

“Está claro que um simples monitoramento da prevalência de microcefalia congênita ao nascer é uma medida insuficiente dos males trazidos pela neuropatologia causada pelo vírus da zika em crianças e adolescentes”, escrevem os autores na conclusão do estudo.

Além de Da Poian e Clarke, coordenaram o trabalho Iranaia Assunção-Miranda e Claudia P. Figueiredo, todas da UFRJ.

Macacos
Um outro artigo recente, de pesquisadores da Universidade Emory e de outros centros de pesquisas nos EUA, mostrou, com experimentos em macacos resos (Macaca mulatta), que o vírus da zika é capaz, também em primatas, de provocar prejuízo no desenvolvimento cerebral.

Por meio de estudos histológicos (com fatias finas do órgão) e de ressonância magnética (que permite visualizar a estrutura), os cientistas observaram que o vírus da zika ataca especialmente o cérebro e a medula espinal -essa preferência recebe o nome de neurotropismo.

O patógeno reduz a quantidade de massa cinzenta no cérebro e altera a conectividade entre neurônios, prejudicando o funcionamento do órgão. Os cientistas alertam que não há como fazer um paralelo entre o que se passa com os macacos e o que aconteceria com crianças e adolescentes humanos, mas que a tendência é que o desenvolvimento neurológico seja atrasado ou interrompido com a infecção, algo que deve demandar atenção dos serviços de saúde.

Segunda edição do Arraiá de Seu Moura vem cheio de novidades

O Arraiá de seu Moura aporta pelo segundo ano na Capital do Forró e promete ser uma ótima opção para forrozar e torcer pelo Brasil. O espaço funcionará todos os fins de semana entre os dias 09 e 30 de junho, no Alto do Moura, numa localização privilegiada: bem próxima ao pórtico de entrada.

A estrutura do Arraiá conta com uma réplica da feira de artesanato, lounge, espaço beleza, espaço kids, open bar e open food, estacionamento (privado) além de shows de bandas e trios pé de serra e telão para transmissão dos jogos da Copa. O ingresso inclui buffet de comidas típicas, almoço e jantar regional, além de open bar de whisky, cerveja, água e refrigerante. “Esse ano optamos por ficar no coração do Alto do Moura mas nossa proposta continua a mesma de unir shows com conforto e segurança necessários para quem quer aproveitar o São joão de Caruaru durante o dia. Além de ser uma ótima opção para turistas e caruaruenses que querem curtir com toda a família”, disse o empresário Karlus Demétrius.

Para iniciar a programação, o primeiro show será do cantor pernambucano Fagner Chagas com participação de Derico Alves. Durante todo o mês, atrações como o cantor Marrom Brasileiro, Forró Santroppê, Azamigas da Farra, Kelly e Flávia, Pegada Prime, entre outras, estarão na programação, sempre com DJ e trio pé de serra nos intervalos. A inauguração do Arraiá de Seu Moura está marcada para o dia 09 de junho, a partir das 12h. Os ingressos estão a venda através do site www.ingressoprime.com.br ou no local com preços a partir de R$120.

Serviço

Evento: Inauguração Arraiá de Seu Moura

Onde: Alto do Moura – próximo ao pórtico de entrada

Quando: 09 de junho de 2018, a partir das 12h

Valor: a partir de R$ 120

Plataforma oferece mais de 30 mil bolsas de estudo em Pernambuco

Os pernambucanos que pretendem ingressar no ensino superior no 2º semestre já podem consultar a disponibilidade de bolsas de estudo no Quero Bolsa. Por meio da campanha “Matrícula Antecipada”, a plataforma oferece 31 mil bolsas em 33 faculdades privadas no estado. Válido até o final do curso, o benefício pode chegar a 80% de desconto nas mensalidades de cursos de graduação e pós-graduação, nas modalidades presencial e a distância (EaD).

De acordo com o diretor de relações institucionais do Quero Bolsa, Marcelo Lima, este é o momento ideal para o interessado conseguir um valor atraente nas mensalidades, uma vez que as instituições costumam disponibilizar neste período os descontos mais vantajosos em cursos com início no próximo semestre. “Cada ano que passa, observamos uma quantidade maior de estudantes garantindo antecipadamente sua vaga antes do período de alta de matrículas, justamente porque já perceberam este cenário mais favorável”, relata.

Para saber em primeira mão as melhores oportunidades existentes, o executivo também recomenda que os interessados utilizem o app do Quero Bolsa disponível nos sistemas Android e iOS. Com ele, os candidatos são notificados quando surgem novas bolsas no curso e cidade de interesse.

Quando a vaga agradar, basta ao interessado efetuar a inscrição no site e, em seguida, pagar a pré-matrícula para assegurar o benefício. Após a conclusão do processo na plataforma, é necessário comparecer à instituição de ensino escolhida para prosseguir com os trâmites da matrícula. “Vale lembrar que antes de prosseguir com a confirmação da matrícula na plataforma, o candidato tem acesso aos critérios e pré-requisitos para contratação da bolsa junto à instituição de ensino e também para manter o benefício ao longo do curso”, explica Lima.

Mais informações podem ser consultadas pelo site www.querobolsa.com.br ou por meio da central de atendimento, no telefone 0800 123 2222, de segunda a sexta-feira, entre 8h e 22h, e aos sábados das 9h às 13h (horário de Brasília).

Sobre o Quero Bolsa

O Quero Bolsa (www.querobolsa.com.br) auxilia estudantes a escolher e ingressar no Ensino Superior com bolsas de estudos de até 70% em cursos de graduação, pós-graduação, além de profissionalizantes e técnicos, em mais de 1.200 instituições de ensino parceiras no País. A plataforma também reúne informações de faculdades, cursos e comparativo de preços, até dicas de estudo e carreiras. Além do site, o serviço conta com aplicativo móvel disponível nos sistemas Android e iOS. Em 2017, o Quero Bolsa recebeu o título de “Equipe Campeã de Atendimento” no prêmio Época Reclame Aqui.

Fim de semana de programação junina no Shopping Difusora

O São João do Shopping Difusora segue animado em mais um fim de semana com programação intensa. Além das apresentações musicais, o público vai poder participar de Oficina de Forró e começar a acompanhar as apresentações do 1º Festival de Quadrilhas Estilizadas. Para não perder nenhum detalhe da festa, preste atenção na programação que o Shopping Difusora oferecerá, gratuitamente, nos dias 9 e 10 de junho.

Para começar, no sábado (9), a partir das 13h, na Cidade do São João, no terceiro piso, tem apresentação com o trio Café com Leite. No primeiro piso, na Arena das Quadrilhas, espaço montado ao lado da entrada principal, tem show com o cantor caruaruense Totonho. Para a apresentação, que começa às 13h, o cantor preparou um repertório recheado de sucessos.

Seguindo com a programação, ao meio-dia, na Arena das Quadrilhas, tem a realização da Oficina de Forró, ministrada pelo professor de dança Marcos Mercury. O casal que quiser aprender alguns passos da dança, basta seguir para lá. A oficina é gratuita! Logo depois, às 15h, tem a primeira eliminatória do Festival de Quadrilhas Estilizadas. Para abrir as apresentações, tem a Quadrilha do Sesc, formada por integrantes da terceira idade. Logo em seguida, ela seguirá em cortejo pelo mall.

No domingo (10), o público vai contar com o forró do trio Carrapixo, às 13h, na Cidade do São João, já às 15h tem a Oficina de Pífano, ministrada por Andinho do Pife. No primeiro piso tem apresentação dos cantores Elias Guinho e Benil. Se depender do que eles estão preparando para o público, difícil vai ser ficar parado. Logo em seguida, mais uma eliminatória do Festival de Quadrilhas Estilizadas. Na Arena das Quadrilhas, no primeiro piso, tudo começa às 12h.

Pelo que já deu para sentir, o fim de semana será bem movimentado por lá. “Quem optar por passar o fim de semana no Shopping Difusora, além das muitas opções de restaurantes e lazer para a criançada, também vai poder aproveitar o melhor do forró na nossa programação de São João. Por isso, não perca tempo e corra para cá”, convida o gerente de Marketing do Shopping Difusora, Welter Duarte.

Novos polos de animação do ‘São João de Caruaru’ ganham interpretação em Libras

O São João 2018 de Caruaru, no agreste de Pernambuco, está mais acessível para todos os forrozeiros. Os shows da programação no pátio de eventos Luiz Gonzaga, principal polo da festa, contam com a interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras) por meio do Intérprete, Álvaro Ferreira, que há 5 anos é responsável pelo projeto de acessibilidade nos festejos juninos.

“A tradução em Libras permite que a Comunidade Surda tenha completa compreensão dos shows. Os surdos poderão escolher qual a atração da noite que deseja ver. Isso garante lazer e felicidade para quem frequenta o espaço”, afirma Álvaro.

Nos finais de semana de Junho o pátio chega a receber entorno de 100 mil pessoas de todas as partes do Brasil. “O projeto tem a proposta também de colaborar com a consciência social para o público em geral, que não possui a surdez, mas que pode se sensibilizar ao observar as interpretações no evento”, ressalta Álvaro.

A novidade deste ano do São João de Caruaru é a interpretação das músicas em Libras nos outros polos de animação, são eles: Infantil; Repente e das Quadrilhas Juninas, localizados na Estação Ferroviária, no Centro da cidade. Nesses locais haverá a presença de alguns intérpretes de Libras.

“É preciso de muita dedicação, amor e conhecimento para se comunicar com os surdos que participam da festa. Não basta apenas usar os sinais, é necessário também se envolver com o ritmo da música”, afirma Álvaro.

VOTAÇÃO

A comunidade surda pode escolher o show que deseja ver em Libras no pátio de eventos, através do site: http://www.acessibilidade.caruaru.pe.gov.br A programação prossegue até o dia 30 de junho.

PESQUISA

Segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, no Brasil aproximadamente 10 milhões de pessoas tem deficiência auditiva. Desses, 2.147.366 milhões apresentam deficiência auditiva severa, situação em que há uma perda entre 70 e 90 decibéis (dB). Cerca de um milhão são jovens até 19 anos.

O São João da Acessibilidade eleva a autoestima de uma população que quase nunca é percebida.

INTERPRETAÇÃO

Desde 2013 o intérprete de Libras, Álvaro Ferreira, é responsável pela interpretação dos shows em Libras do São João de Caruaru. Álvaro já fez interpretações de diversos artistas nacionais, entre eles: Wesley Safadão; Jorge e Mateus; Elba Ramalho; Dorgival Dantas; Luan Santana; Zezé di Camargo e Luciano; Gustavo Lima; Gabriel Diniz; Bell Marques; Banda Magníficos; Geraldinho Lins entre outros.

Em 2015 Caruaru foi premiada nacionalmente na 21ª Edição do Prêmio Direitos Humanos, pelo case do sucesso “Selo Nacional de Acessibilidade”.

Cinco dicas para micro e pequenos empresários driblarem imprevistos

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e Empresômetro, a paralisação dos caminhoneiros em todo o país provocou um prejuízo estimado de mais de R$ 26 bilhões em negócios não realizados, considerando apenas os oito primeiros dias. Das microempresas às grandes corporações, de consumidores a fornecedores, todos os setores da economia sentiram o impacto.

A Intuit, multinacional que oferece soluções para controle financeiro de pequenas empresas e de pessoas que trabalham por conta própria, atende cerca de 4 milhões de pessoas no mundo com o QuickBooks, solução baseada na nuvem para planejamento e gestão de finanças que pode ser utilizada em PCs, tablets e smartphones.

Muitos dos micro e pequenos empresários de vários segmentos que utilizam o QuickBooks afirmaram que foram afetados pela greve de alguma forma, seja pelo cancelamento de reuniões, a queda nas vendas ou o atraso no recebimento de materiais.

“É necessário planejar inclusive os imprevistos, uma vez que para o microempresário é possível mudar a rota rapidamente”, afirma Lars Leber, country manager da Intuit no Brasil.

Os micro e pequenos empresários podem aproveitar a sazonalidade da Copa do Mundo e do Dia dos Namorados para compensar os possíveis impactos da greve por meio de planejamento e proatividade. Confira as dicas para pequenos e médios empreendedores passarem por situações imprevisíveis e darem continuidade aos negócios:

1) Mantenha o fluxo de caixa para imprevistos e períodos de recessão;

2) Seja persistente e tenha paciência para passar pelos desafios diários dos negócios;

3) Aprenda a lidar com a própria ansiedade – faça um planejamento anual e procure manter sua atenção no cumprimento das metas a curto e médio prazo;

4) Seja proativo e faça a gestão de seus clientes para novos negócios;

5) Busque diversificar seus fornecedores – em caso de atraso ou parada repentina você não fica na dependência de um só fornecedor.

Micro e pequenas empresas somam R$ 830 milhões em financiamentos com o Banco do Nordeste

Responsável por grande parte dos empregos formais no país, o segmento de micro e pequenas empresas (MPE) ultrapassou R$ 830 milhões em aplicações com o Banco do Nordeste em 2018. Do total, R$ 764 milhões foram contratados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que oferece taxas de juros reduzidas e prazos mais alongados.

Em todo o Nordeste e norte do Espírito Santo e de Minas Gerais, área de atuação do BNB, milhares de empreendedores foram beneficiados. Somente em Pernambuco, já foram contratados mais de R$ 125 milhões em quase 1,7 mil operações para investimento e capital de giro.

O Banco tem investido na ampliação da aplicação dos recursos e na modernização do acesso ao crédito. Hoje, os clientes já contam com diversas soluções digitais: conta digital, cadastro pela internet, giro digital, simuladores e vários serviços pelo celular, tornando mais fácil a obtenção dos recursos.

As taxas de juros em financiamentos para o segmento de MPE podem variar de 4,89% ao ano (investimento) e 5,58% ao ano (giro), já incluindo a projeção de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já os prazos para pagamento podem chegar a 12 anos, com quatro de carência.

As linhas de crédito permitem o financiamento de projetos de expansão, modernização e relocalização de empreendimentos; aquisição de máquinas, equipamentos e veículos utilitários; compra de matérias-primas e formação de estoques, entre outros itens.

“Com a linha FNE Sol, também é possível financiar placas de geração de energia solar, de maneira que o empreendedor possa montar seu próprio sistema de minigeração de energia e reduzir custos com energia elétrica”, destacou o superintendente de Negócios de Varejo e Agronegócio do BNB, Luiz Sérgio Farias Machado.

Em 2017, o Banco do Nordeste contratou R$ 2,7 bilhões com o segmento de MPE, números superiores aos R$ 2 bilhões aplicados no ano anterior. Foram mais de 49 mil operações de crédito, recursos destinados não só para garantir investimentos de longo prazo, mas também capital de giro e aquisição de insumos às empresas atendidas.

Expectativa dos pequenos negócios é de aumentar vendas na Copa

A alguns dias da Copa do Mundo na Rússia, o otimismo do brasileiro não está depositado apenas na seleção, mas também nas vendas que começam a crescer com a aproximação do início dos jogos. A expectativa de vendas aumenta nos pequenos negócios, principalmente, do comércio de vestuário e enfeites, além de serviços. Apesar de ser uma competição sazonal, a Copa do Mundo é ainda um dos momentos em que os pequenos negócios do varejo costumam aumentar suas vendas, reforçar o estoque ou até contratar funcionários temporários, como acontece com bares e restaurantes.

Thailini Paloschi, moradora de Águas Claras, no Distrito Federal, aproveitou a licença maternidade para unir o útil ao agradável. Sem ficar distante da filha de três meses, a administradora passou a vender uniformes da Seleção Brasileira pela internet. O negócio superou suas expectativas. “Deu mais do que certo e já na primeira demanda não consegui atender todo mundo”, diz ela.

Mas para Thailini, trabalhar com vendas de produtos relacionados à Copa do Mundo não é novidade. “Desde criança eu vendia camisas junto com meu pai que as estendia em um varal pelas ruas de Brasília”, conta a administradora. Quando se trata de souveniers, buzinas, bonés e a camisa do jogador Neymar Jr, as crianças são os principais clientes de Daniel Moura dos Santos, em sua banca na Feira dos Importados, em Brasília. “É inevitável que o os meninos levem uma camisa da Seleção Brasileira”, conta Moura.

“São as micro e pequenas empresas que levam o País nas costas, pois geram empregos e renda, além de serem os que estão mais perto da sociedade, com quem mantém um maior contato pessoal e humano. Sem dúvida, que grandes eventos, como a Copa, representam excelentes oportunidades para eles”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Dias antes – Daniel afirma que as vendas estavam aceleradas, mas em decorrência da manifestação dos caminhoneiros, o movimento caiu. Porém, ele ressalta que poucos dias antes da competição as vendas aceleram. “Se o Brasil passar para as outras fases da Copa, com certeza vamos vender muito bem”, observa o vendedor, avaliando que muitas pessoas ainda não estão comprando produtos ligados à competição por causa da derrota do Brasil em 2014. “Mas isso passa”, brinca Daniel.

Os pequenos negócios devem lucrar nas áreas do Comércio e Serviços, setores que também abriram maior número de vagas de trabalho. No 1º quadrimestre de 2018, o saldo acumulado foi de 293 mil novos empregos, quase 10 vezes maior que os postos gerados pelas médias e grandes empresas neste mesmo período e 88,4% acima do saldo registrado por eles no mesmo período do ano passado.

Bons ventos – Em março de 2018, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 6,5% na comparação com igual mês do ano anterior, décima segunda taxa positiva seguida, sendo esse avanço o maior desde abril de 2014 (6,7%).

Os dados do IBGE mostram que, em bases trimestrais, a vendas do comércio varejista, ao avançar 3,8% no primeiro trimestre de 2018, manteve o comportamento.

Veja algumas dicas do Sebrae para os pequenos negócios no período da Copa:

Segmentos mais diretamente envolvidos:

Bares e restaurantes: Prepare-se para definir e divulgar fortemente (inclusive pelas redes sociais) programação para os jogos do Brasil e de outros grandes confrontos. Ambiente fechado, serviços, TVs…
Hotéis e pousadas: Busque incluir nos pacotes a programação dos jogos;
Moda: Procure dar visibilidade total ao verde e amarelo, combos, kits para vendas adicionais, grade completa (cores/tamanhos);
Lojas de material esportivo: Idem + foco na modalidade futebol;
Atenção com:

Time: Engajado (treinamento específico para realizar vendas simultânea; majoração de comissões no período operação ganha/ganha); Bem identificados (fantasia criativa); focados em soluções;
Local: Organizado (velocidade significa + vendas); loja ornamentada; proporcionar experiência positiva (sons, aromas, serviços adicionais correlatos);
Jornada do cliente: Desde o contato/momento zero com o cliente até um eventual pós-venda com muita fluidez e sem fricção (dificuldades no pagamento, devolução de mercadoria, etc.)
Fidelização: Busque alternativas de fidelização pós Copa, estratégias para que o cliente transforme-se em um seguidor do seu negócio que eventualmente conheceu durante a copa;
Compras: Só vende bem quem compra bem, prepare-se para compras conjuntas com empreendedores do mesmo segmento, compras maiores aumentam o poder de barganha junto ao fornecedor;
Reposição de estoques: Prepare-se para atender a um grande volume de vendas; muitas distribuidoras ainda não reestabeleceram seus padrões de normalidade em função da greve de caminhoneiros.

Brasil e Alemanha são os favoritos para a Copa do Mundo 2018, aponta pesquisa global da Ipsos

Campeã na última Copa, a Alemanha é a seleção mais cotada para estar na final do mundial de 2018 na Rússia, com 23% da preferência global. Depois do histórico 7 x 1, o Brasil ainda permanece como o segundo favorito, com 21%. Entre os mais cotados para disputar o título, também aparecem Espanha (11%), Argentina (8%), França (4%), Portugal (3%), Inglaterra (3%) e Rússia (2%). É o que revela a pesquisa Global Advisor, da Ipsos, que entrevistou 19,7 mil pessoas em 27 países, incluindo o Brasil, entre os dias 20 de abril e 6 de maio para saber quais as expectativas do mundo em relação ao evento. A margem de erro para o Brasil é de 3,2 pontos percentuais.

“Este resultado revela como o amplo favoritismo que o Brasil tinha na Copa de 2014 (39% acreditavam que o Brasil iria a final) foi abalado depois da partida contra a Alemanha”, afirma Alan Liberman, presidente da Ipsos Connect na América Latina.

Seis em cada dez entrevistados (62%) tinha conhecimento sobre o campeonato. Anfitriã do grande evento, a Rússia é o país onde menos entrevistados se declaram fãs ou apaixonados por futebol. Apenas 9%, menos da metade da média global (21%). Mais de um terço dos russos (36%) não acompanha futebol e não deve assistir a nenhum jogo.

“De forma geral, fazer uma Copa do Mundo onde o dono da casa tem pouco interesse resulta em um menor engajamento. Na Copa de 2014 no Brasil, 8 em cada 10 (78%) entrevistados tinham conhecimento sobre o campeonato”, lembra Liberman.

Para acompanhar a Copa, um quarto dos entrevistados no mundo (24%) deve faltar ao trabalho ou deixar a escola de lado. No Brasil, o índice ficou um pouco acima da média global: 29%. A maioria da população mundial vai ver o campeonato pela televisão (62%), enquanto 25% pretende acompanhar os jogos pela internet e 13% no celular. No Brasil, sete em cada dez brasileiros (72%) vão torcer na frente da TV, 22% pela web e 12% no celular.

Oito em cada dez dos entrevistados no mundo (84%) vão ver os jogos da Copa com os amigos ou família. O Brasil está em linha com a média global, com 85%. Os colegas de trabalho são a segunda companhia mais citada para acompanhar as partidas. É a opção de quase metade dos entrevistados (49%) no mundo e de 45% dos brasileiros.

Os restaurantes e bares devem ficar mais lotados durante o mundial, porque metade dos entrevistados no mundo (48%) devem procurar esses estabelecimentos para assistir aos jogos. Entre os brasileiros, o índice é um pouco menor: 42%.

“A televisão continua mantendo a mesma força de quatro anos atrás, com os mesmos 62% de preferência para assistir aos jogos. A maior mudança ocorre no celular que tinha apenas 6% das preferências para acompanhar os jogos versus 13% em 2018”, ressalta Liberman.

Sucesso? Boicote? Corrupção?

A Rússia terá sucesso como anfitriã da Copa para 73% dos entrevistados no mundo. Apenas na Polônia (45%) e Grã-Bretanha (41%), o percentual dos que acreditam não na capacidade dos russos de receber o grande evento não é a maioria da população. Para cerca de sete em cada dez entrevistados globalmente, a Copa da Rússia será segura para os turistas. Só na Grã-Bretanha, a maioria está pessimista – o percentual de concordância é de 34%. Pouco mais da metade dos entrevistados (56%) acredita que a imagem da Rússia melhora por receber a Copa. Entre os próprios russos, o dado é de 61% e, no Brasil, de 58%.

A organização da Copa do Mundo ficou livre da corrupção para quase metade da população mundial (46%). Entre os brasileiros, são 50% os que acreditam que não houve corrupção na preparação do evento. Os que menos acreditam nisso são os britânicos (20%), belgas (28%), franceses e japoneses (ambos com 29%).

A maioria dos entrevistados no mundo (60%) acredita que a Fifa faz o melhor para os interesses do futebol e de seus espectadores. Entre os brasileiros, esse dado cai para 50%. Os que menos concordam com essa afirmação são os britânicos, com 32%, e os chilenos, com 41%.

Globalmente, a ideia de boicotar o evento não tem forte adesão. Cerca de três em cada dez entrevistados (28%) defenderam que os times de seus países não participassem do evento.

Estudo aponta piora nas lesões da psoríase no frio

Com a chegada das temperaturas mais baixas, aumenta a preocupação com a saúde da pele. Isso porque o frio costuma deixar o maior órgão do corpo humano mais ressecado, exigindo cuidados e hidratação adicionais. No caso das pessoas portadoras de doenças dermatológicas, a situação requer ainda mais atenção. Um estudo[i] apontou que os sinais de psoríase e acne são mais graves no inverno que no verão. O clima, associado a outros fatores, como ar seco e exposição reduzida à luz solar, pode ser um fator complicador para a psoríase.

A pesquisa realizada com mais de cinco mil portadores de psoríase utilizou o índice PGA (avaliação global médica) para medir a gravidade das lesões nas quatro estações do ano. Os dados demonstraram que, no verão, 20,4% dos pacientes apresentaram-se livres de lesões; enquanto no inverno, apenas 15,3% atingiu esse índice. Além disso, o número de casos com a manifestação mais grave da psoríase é maior na estação mais fria do ano: 40,5% comparado aos 34,1% no verão.

“No clima frio, acontece uma desidratação da pele tanto pelas temperaturas baixas como pelo uso de roupas apertadas que entram em atrito com as lesões da psoríase, podendo causar uma piora nos sintomas da doença”, explica Paulo Oldani, dermatologista e chefe do serviço de Dermatologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. O estudo ainda apontou que os quase quatro mil pacientes que foram analisados diversas vezes mantiveram a tendência de apresentar melhores índices no verão e piores no inverno.

Esse quadro de maior gravidade no frio exige do paciente mais cuidado com a pele. O especialista ressalta que é essencial manter a pele bem hidratada. “Banhos quentes e demorados e uso excessivo de sabonetes não são indicados. Além disso, é recomendado o uso de roupas mais soltas e de tecidos mais leves. O paciente também precisa expor as lesões ao sol, ou seja, aos raios ultravioleta, pois a exposição controlada ao sol, pode reduzir as lesões da psoríase”.

Outro ponto importante é a continuidade do uso de medicamentos e o tratamento adequado para cada tipo da doença. Desde os quadros mais leves, até o mais grave, faz-se uso de tratamentos tópicos, entretanto, para casos da enfermidade com avaliação de moderada a grave, há também outros tipos de tratamentos, desde imunossupressores (que atuam no sistema imunológico reduzindo a inflamação ) a medicamentos mais avançados como os biológicos, que demonstram alta eficácia e rapidez de ação.