ARTIGO — O peso do 13º salário na economia

Por Reginaldo Gonçalves

A primeira parcela do 13º salário foi paga até o dia 30 de novembro para quem tem emprego formal. Este é o prazo determinado por lei para o crédito em conta corrente.

A injeção no mercado gira em torno de R$ 173 bilhões, o que representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo estudos do Dieese. Mas a preocupação com o desemprego e as dívidas estão deixando os trabalhadores com um pé atrás na hora de decider como vão gastar os seus recursos.

Uma grande parte dos recursos deverá ser direcionada ao pagamento de dívidas não liquidadas, efetuadas durante o ano – principalmente os financiamentos feitos por meio do cartão de crédito, com juros muito altos. A precaução nesse período de festas deve ser o de gastar somente com produtos e serviços que realmente são necessaries. É praxe, porém, que muitas pessoas paguem suas dívidas e busquem novas compras financiadas. Infelizmente isso pode levar a novos endividamentos.

O 13º salário não deve ser usado somente nas compras de Natal. Os consumidores precisam ser sensatos e guardar uma parte dos recursos. Esse dinheiro poderia ser um auxílio num momento difícil ou usado em situações mais relevantes. É preciso levar em conta a atual crise na economia e ser sensato.

Algumas dicas são importantes:

1o) Opte por liquidar parte dívidas, principalmente com cartão de crédito, por conta dos juros altos. Procure utilizar os feirões de negociação para buscar juros menores e a possibilidade de liquidação com descontos convidativos;

2o) Reserve uma parte para investimentos. Os riscos futuros, em virtude da crise econômica, poderão levar a situações difíceis, como o desemprego;

3o) Não se empolgue e gaste todo o abono de final de ano com compras de Natal. Seja cauteloso, compre somente o que efetivamente será importante. Os presentes e os mimos devem oferecer descontos que realmente valem a pena. Senão é melhor aguardar o mês de janeiro no qual as promoções acabam sendo maiores em virtude da redução significativa das vendas;

4o) Os gastos extras com Natal e Ano Novo são comuns em virtude das festas e troca de presentes. Se os recursos forem pequenos, busque ser criativo. O comércio estimula a compra dos produtos mas, muitas vezes é melhor abrir mão deles.

O consumidor deve usar a sensatez diante dos apelos do comércio, que estimulam os gastos. O dinheiro conquistado não é barato e em momentos de crise é ainda pior. Portanto, a cautela na hora da compra assegura a tranquilidade nos próximos meses.

ARTIGO: Começar de Novo

Por Maurício Assuero

Acabou 2015, mas isso não basta para sermos felizes. Não há como, simplesmente, esquecer o sufoco que passamos com os desmandos de uns, tentando ajudar alguns em detrimento a milhares. Fechamos o ano com um cenário tétrico: crescimento negativo, desemprego em alta e inflação acima de 10%. Esta é a realidade que teremos a partir de janeiro e que vai nos acompanhar por muito tempo se os sinais emitidos pelo governo forem os mesmos.

Mudou o ministro, mas não muda as necessidades. Nelson Barbosa tem um bom currículo, mas, ao meu ver, um alcance inferior a Levy. Ele sabe que o país não avançará um milímetro sem que as medidas amargas do ajuste fiscal sejam aprovadas. Ao assumir o ministério da fazenda ele já declarou a intenção de promover o ajuste, inclusive tratando da previdência que trará danos no longo prazo. Janeiro é mês de reajuste de salário mínimo que deverá ser R$ 871,00. Num momento de queda de arrecadação, de redução de repasses para municípios, de queda da atividade econômica, etc… como as prefeituras, principalmente de cidades pequenas, irão suportar?
Adicionalmente, vamos levar em conta que janeiro é o mês preferido de várias taxas, inclusive, reajuste nas mensalidades escolares. Considere a sangria e inoperância do governo até fevereiro sem que a população saiba o que vai acontecer com o deputado Eduardo Cunha e com Dilma Rousseff. Sabe que o isso significa? A atividade econômica vai piorar até março/abril e quando o orçamento for aprovado, não haverá dinheiro em caixa para bancar o funcionamento da máquina. Enquanto o governo gastar mais do que arrecada, não teremos capacidade econômica.

Chega o final do ano e o sentimento que nos cerca é de um calote oficial, ou seja, o governo vai jogar muita coisa em Restos a Pagar (devo não nego, pago quando puder) e os fornecedores que prestam serviços (da empresa que cuida da limpeza a empreiteira que faz a transposição do Velho Chico) precisarão se ajustar ao mercado e para isso, terão que demitir. O pior: demitir sem pagar a indenização aos funcionários e já pedindo que eles procurem a justiça (o processo se arrasta por anos e sem emprego, sem renda o funcionário procura um acordo recebendo menos do que teria direito). É o jogo do mundo capitalista!

Tudo é contra nossas expectativas, mas a gente tem por obrigação se sustentar em pé e continuar insistindo mesmo que o governo não faça o seu papel. Descobrir nossos talentos e utilizá-los a contendo. As vezes uma ação cooperada, um consórcio de empresas, pode superar uma crise grave. Que venha 2016 e que a fé nos mantenha firmes.

ARTIGO — Como trabalhar suas finanças pessoais baseados em três P´s

Por Luiz Zenone

O estado financeiro de uma pessoa deve ser bem administrado, sobretudo em momentos de crise econômica. O orçamento pessoal e familiar deve ser um tema tratado preventivamente para que nos momentos mais “apertados” a poupança realizada sirva para cobrir despesas inesperadas ou extras.

Manejar o dinheiro pessoal é uma ciência amplamente estudada e apresentada por economistas e administradores constantemente. Aparentemente, essa atividade pessoal seria algo simples de se fazer, ou seja, equilibrar as receitas e as despesas. A receita é o total de dinheiro que uma pessoa recebe em um período de tempo proveniente de seus negócios e renda e as despesas representam os gastos ou “saída” de dinheiro no mesmo intervalo de tempo.

Mas, sem dúvida não é algo tão simples assim, pois caso contrário não teria tantas pessoas endividadas e com problemas financeiros. Quase todos os dias, nos noticiários das diversas mídias, aparecem matérias com pessoas que enfrentam problemas financeiros graves e lutam para não ter o nome citado como “mau pagador”. A dívida se tornou um problema social crítico e assim como outros problemas sociais deve ser tratada com seriedade.

Desde muito novo aprendi que todos os recursos financeiros que conquistamos devem ser divididos em três partes, não necessariamente iguais. Sei também o quanto é difícil fazer isso, mas com persistência e determinação é possível.

A primeira parte dos recursos serve para pagar as dívidas e os compromissos, tanto os fixos como as variáveis provenientes de despesas e custos pessoais. Sempre quando as dividas e os compromissos começam a superar o estabelecido é um sinal de alerta.
A segunda parte deve ser destinada a poupar, ou seja, economizar e guardar utilizando somente em casos indispensáveis. Essa poupança é um forte aliado em momentos de gastos extras e emergências. A poupança não é um recurso que deve ser esquecido, mas é algo que contribui muito para que recursos externos, como os empréstimos, não sejam utilizados.

A última, mas não menos importante parte, serve para presentear no sentido de brindar a vida. Faça o que tem vontade, como uma viagem, ou compre uma roupa bacana, um relógio, celular, frequente um restaurante gostoso ou, simplesmente, presenteei alguém que ama. Afinal, o resultado do trabalho e do esforço diário deve ser comemorado e a vida tem que ter esses momentos de prazer.

Caso você verifique que conseguiu ter uma poupança interessante, depois de um tempo analise a possibilidade de investir em algo que possa melhorar seu rendimento. Um terreno, uma casa, uma aplicação financeira, todo e qualquer tipo de investimento que não acarrete muitos riscos, etc.

Desta maneira, apresentei apenas algumas dicas de como trabalhar suas finanças pessoais baseados em três P´s que são: pagar, poupar e presentear. Evidente que são apenas algumas dicas, pois cada pessoa deve ajustar da melhor maneira seu orçamento e jamais se penalizar por não conseguir atingir as metas estabelecidas.

ARTIGO — Como você pretende aquecer as vendas neste final de ano?

Por Erik Penna

O final do ano se aproxima e este é o momento mais decisivo e importante para a maioria das empresas, pois muitas delas encerram o ano comercial em dezembro. O Natal é, sim, uma época de superar desafios, bater metas e terminar o ano com chave de ouro!

Segundo o DIESE, o 13º. salário injetará na economia brasileira R$ 173 bilhões de reais, e este abono de Natal beneficiará 84,4 milhões de brasileiros, entre aposentados e trabalhadores com carteira assinada. Posto isto, agora eu lhe pergunto: “Você está reclamando da crise ou pronto para aproveitar essa grande oportunidade para fechar o ano no azul e crescer em 2015?”.

Saiba que, enquanto alguns vendedores ficam parados lamentando a crise, há muitos profissionais e empresas que estão ganhando muito dinheiro e crescendo ainda mais em pleno 2015. Isso mesmo, não pense que todo mundo está indo mal não, está difícil sim, mas a crise nos obriga a mudar e a inovação tem rendido ótimos resultados para diversos segmentos e empresas.

Só para dar alguns exemplos, vemos todos os dias na mídia que a venda de carro zero caiu. De fato, segundo a Fenabrave, no primeiro semestre de 2015 as vendas caíram 20,7%, mas não se destaca, por exemplo, que a Honda cresceu 16% no primeiro semestre e vem crescendo 17,4% de janeiro a setembro. E não foi só ela que obteve resultados positivos no setor automotivo, pois outras 12 montadoras venderam mais carros do que em 2014. Na Jeep, por exemplo, o crescimento é enorme e tem fila de espera de 7 meses em algumas concessionárias.

Outros exemplos: O setor aéreo cresceu 3,8% no primeiro semestre, o agronegócio fechou o semestre com crescimento de 3%, o setor de franquias cresceu 10% no primeiro semestre – destaque para a Multicoisas, eleita a melhor do Brasil com um crescimento de 17,9% neste ano. O setor de seguros também apresentou um crescimento de 22,4% no primeiro quadrimestre do ano.

Gostaria de citar, ainda, o crescimento de diversas empresas neste ano, como por exemplo:

– Ambev: vendeu 27,3% a mais no 2º. trimestre de 2015;
– Flores Online: cresceu 25% nas vendas em 2015;
– Perky: cresceu 70% do seu faturamento em 2015;
– Renner: vendeu 22,5% a mais e obteve um lucro 33% maior no 2º. trimestre de 2015;
– Raia Drogasil: faturou 22,7% a mais no 1º. semestre de 2015;
– Espetinhos Mimi: cresceu 15% em 2015;
– Printi Gráfica: cresceu 100% em 2015;
– Mercadão dos óculos: cresceu 300% passando de 10 para prováveis 30 milhões em vendas.

Tenha esses dados como uma luz no fundo do túnel e reflita: “Será que, como eles, quero abrir o champagne na virada do ano para comemorar bons resultados, ou estarei no grupo que estará chorando e culpando a crise?”.

A desculpa acabou. Portanto, é notório que está complicado sim, para todo mundo. E isso é bom, pois como dizia meu pai: “É nessa hora que a gente separa os meninos dos homens”. É hora de criar, inovar, se aproximar ainda mais do seu cliente, tempo de se reinventar, propiciar uma grande experiência de compra ao cliente. Quando está fácil, qualquer um faz, mas quando o período é de turbulência, aí sim podemos encontrar os melhores comandantes. A seleção é natural e somente os que se destacam permanecem no mercado.

Treine e motive sua equipe, agora é a reta final, hora da onça beber água.
Brilhante final de ano pra você e ótimas vendas!

ARTIGO — Como utilizar o tempo a favor na gestão empresarial

Por Amauri Nóbrega

Gerenciar o tempo no mundo dos negócios é muito importante para o sucesso da organização. Um presidente de uma companhia, por exemplo, é uma pessoa extremamente ocupada. Por outro lado, um colega de trabalho mais próximo também responderia à pergunta: “Como você está?” com um: “Ocupado”. Mas por qual razão isso sempre acontece?

Segundo o consultor e coach Amauri Nóbrega, estar ocupado passa uma imagem de uma pessoa necessária. “Isto é, se ela está ocupada é sinal que deve ser um profissional altamente eficiente no que faz e imprescindível para qualquer companhia. Aos olhos dos amigos, deixa uma imagem de ‘coitado’, ‘ele trabalha demais’, ‘precisa de umas férias’”, explica.

De acordo com o especialista, o responsável pela estratégia do negócio, neste caso o presidente, se é uma pessoa altamente ocupada, que não tem tempo para nada, está indo contra o negócio diretamente. “Isso porque ele foi contratado para pensar o negócio, analisar a estratégia e, se não sobrar tempo para isso, o fracasso está próximo”, informa.

Para Amauri, se o presidente, o diretor ou o gerente de uma unidade de negócio não têm muito tempo para pensar, isso é um grande problema. “Demonstra que os gestores não possuem uma equipe bem organizada, eficiente, e estão precisando trabalhar na operação para apagar os incêndios”, revela.

Para quem está no comando de um negócio, é preciso se forçar para reservar horários regulares e ininterruptos para pensar. Se não sabe sobre o que refletir, Amauri indica algumas sugestões:

– O que está funcionando e o que não está?

– Por que não posso fazer de maneira diferente?

– O que meu concorrente está fazendo que eu não pensei primeiro?

– A minha estratégia é coerente com o que eu penso?

– Como estamos direcionados em relação aos marcos de 1, 3 e 5 anos?

“Com organização, tempo e reflexão sobre os rumos do negócio, com certeza o destino da organização será muito diferente e o gestor alcançará os objetivos desejados”, finaliza.

ARTIGO — Brasil e Agroeconomia

Por Luiz Carlos Borges da Silveira

Foi realizado em Curitiba o 3° Fórum de Agricultura da América do Sul, com a participação de especialistas, representantes de instituições do setor e de governos de diversos países. Importante evento pela oportunidade do tema e do momento que vive a agroeconomia. Deve ser destacado que Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai respondem por 30% do mercado global de grãos; quase 30% da proteína animal (bovinos, suínos e aves) negociada no mundo tem origem no Cone Sul. Nas exportações brasileiras, oito dos dez itens da pauta ou segmentos que lideram os embarques nos portos nacionais são do agronegócio.

A dinâmica do mercado internacional requer, entretanto, que nosso país amplie as estratégicas e supere as dificuldades internas. A crise econômica no país afeta o agronegócio, mas não impede projeções otimistas, incluindo a contribuição do governo para criar ambiente favorável a investimentos e efetiva presença no comércio global. Como disse um técnico durante os debates, “sabemos produzir, mas ainda estamos aprendendo a vender. A disputa é acirrada, o ambiente internacional é uma oportunidade, mas também é dinâmico e muito competitivo. O Brasil precisa aprender a negociar, posicionar-se política e comercialmente, mostrar que não temos apenas escala, mas estratégia”.

O empresariado brasileiro do setor tem demonstrado capacidade, visão e empreendedorismo e o agronegócio é hoje o ponto alto da economia. Pesquisa, tecnologia e investimentos levaram a nossa produtividade a índices até superiores a países desenvolvidos. Apenas para ilustrar, a produtividade da soja brasileira saiu de 1,8 tonelada por hectare para 4,7 toneladas.

O Brasil tem enorme potencialidade, clima favorável, área para a produção agrícola com extensão ainda longe da saturação e por isso agrega condições para se consolidar não apenas como celeiro global, mas capaz de responder à demanda futura. Porém, um dos mais críticos problemas é interno e a melhoria depende da vontade política de governos, o que infelizmente tem faltado há muito tempo.

Esse problema é o binômio infraestrutura/logística, que começa exatamente na falta de investimentos públicos em armazenagem, portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. O escoamento da produção brasileira de grãos ainda é uma das principais preocupações dos elos da cadeia produtiva do agronegócio. Diante dos gargalos logísticos e da ampliação da produção nacional nas últimas temporadas, existe a necessidade urgente de ampliar a oferta de modais de transporte, como o hidroviário. Um levantamento da Associação Brasileira de Exportadores de Cereais mostra que os produtores sofrem prejuízos anuais que chegam a US$ 4 bilhões em razão da situação caótica da logística para a exportação de soja e milho. Esse montante considera as perdas decorrentes das estradas esburacadas, falta de armazéns e burocracia nos portos, o que piora com seguidas greves setoriais. Atualmente, mais de 80% da safra brasileira de grãos percorrem o trajeto das fazendas até os portos em caminhões. Esse modal, além de consumir parte do lucro dos produtores, enfrenta problemas de entradas com asfaltos em má condição de conservação e congestionamento nas proximidades dos principais portos.

O benefício econômico e social gerado por cadeias produtivas do agronegócio e o papel estratégico para a garantia da segurança alimentar reforçam a relevância do campo para o meio urbano, mostrou a conferência de abertura do 3° Fórum de Agricultura da América do Sul. É oportuno lembrar a muito citada frase de que no futuro a nação que possuir água potável e produzir alimentos em abundância dominará. Certamente o Brasil não quer dominar, mas se não tomar providências corre o risco de ser dominado.

ARTIGO — Black Friday: 10 dicas para não se dar mal nesta sexta-feira

Por Lélio Braga Calhau

 Nesta sexta-feira (27), irão surgir várias promoções que chegarão a 60%, 70% e até 80% de desconto. Porém, não se empolgue, antes de sair às comprar, é preciso analisar bem alguns pontos importantes para não se arrepender depois. Abaixo listo 10 dicas de como fugir das armadinhas nesta sexta-feira de descontos.

1.    1. Desconfie das palavras “promoção” e “liquidação” – Tem gente fazendo liquidação 365 dias por ano e existe consumidor que ainda cai nesse tipo de manobra.

2.    2. Fique atento com a “maquiagem de preços” – tudo pela metade do dobro. É comum aumentarem o preço um pouco antes da sexta, para depois dizerem que o produto está com um ótimo desconto.

3.    3. Desconfie de preços muito tentadores e, em especial, em sites desconhecidos – como diz o ditado popular “quando a esmola é demais, o santo desconfia”.

4.    4. Não compre somente com a emoção (compra por impulso) – o “janeiro vermelho”, com IPTU, IPVA, materiais escolares, etc, está quase na sua porta. Verifique a sua disponibilidade financeira antes de partir para a compra. Não use o cartão de crédito como linha de crédito.

5.    5. Faça uma lista com antecedência do que pretende comprar – isso sempre ajuda a controlar o orçamento no shopping, supermercados, etc. Você já vai preparado.

6.    6. Verifique se o antivírus do seu computador está funcionando bem – neste período os hackes buscam invadir computadores atrás de senhas e códigos.

7.    7. Consulte a lista de sites não confiáveis no Procon – conferir se a empresa não tem ações por dar golpes em consumidores, no site do Tribunal de Justiça, do estado em que ela está sediada, é uma saída muito inteligente.

8.    8. Analise a quantidade e qualidade – é fácil encontrar indicativos e tipo de reclamações que existem nos sites “Consumidor.gov.br” e “Reclame Aqui”.

9.    9. Use comparadores de preços – Zoom, Baixou Agora e Buscapé são ótimas opções para saber quanto aquele produto estava custando há 30 dias, por exemplo.

10.  10. Cuidado com sites desconhecidos – links criminosos que te levam para golpes financeiros são muito utilizados neste período.

Com essas dicas você poderá aproveitar ao máximo a sexta-feira de descontos no país. Uma ótima Black Friday.

ARTIGO — Desestímulo aos imóveis e incentivo à ciranda financeira

Por Luiz Augusto Pereira de Almeida

Como já dizia o Barão de Itararé, pseudônimo do jornalista e precursor do humorismo na imprensa brasileira Aparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, “quando você menos espera que alguma coisa aconteça, é ai que não acontece nada mesmo”. O mercado imobiliário, já bastante abalado pela grave crise econômica nacional, esperando medidas estimuladoras para seu desenvolvimento, sofre um novo e duro golpe: o aumento do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre os ganhos de capital, na alienação de imóveis e direitos, estabelecido pela Medida Provisória 692/2015, recém-editada pelo governo.

A alíquota atual de 15% será mantida apenas para ganhos até um milhão de reais. Entre este valor e R$ 5 milhões, será de 20%; até R$ 20 milhões, 25%; e acima disto, 30%. A MP também atinge microempresários tributados com base no Simples, que, em tese, deveriam ter estímulos e menos burocracia para fortalecer seu empreendedorismo. Eles ficam sujeitos à mesma taxação progressiva quando alienarem bens e direitos de seu ativo não-circulante.

A medida inclui-se nas ações voltadas a reduzir o déficit de caixa da União, epicentro da crise brasileira. Entretanto, o seu resultado em termos de arrecadação será pífio, em especial se comparado às consequências negativas graves que acarretará ao mercado imobiliário. Isso porque a maior parte das unidades imobiliárias residenciais comercializadas no País tem ganhos de capital inferiores a R$ 1 milhão. É, portanto, mais uma iniciativa impensada e de discutível relação custo-benefício para a sociedade e o País, resultante da ansiedade de Brasília para tapar os rombos orçamentários causados pela incontinência fiscal.

O setor imobiliário sofrerá com a queda da compra de imóveis como opção de investimento. Ao invés de se buscarem alternativas para seu estímulo, considerando que é um dos maiores geradores de empregos, salários e renda, adota-se algo que o sufoca ainda mais. Isso contraria totalmente a lógica do crescimento econômico. Os Estados Unidos, por exemplo, saíram da grave crise deflagrada em 2008 baixando juros e reduzindo tributos. Aqui, estamos fazendo o oposto, encarecendo o dinheiro e taxando mais os investimentos.

A MP 692 é mais uma iniciativa que demonstra a falta de habilidade do governo, que segue adotando providências inócuas quanto ao desequilíbrio fiscal, mas nocivas e desestimuladoras aos setores produtivos. É uma iniciativa que contraria a cultura do brasileiro, que sempre viu nos imóveis uma alternativa segura e rentável para garantir uma aposentadoria um pouco mais digna, já que os proventos previdenciários sequer são suficientes para pagar um plano de saúde mediano. A MP desestimula isso, pois praticamente inviabiliza o lucro, somando seus ônus aos custos inerentes à transação de 6% de comissão, publicidade e outros agravos costumeiros da burocracia brasileira.

Via de regra, o melhor imóvel para investimento é aquele que se compra na planta. Levando-se em conta a média de quatro anos entre o lançamento e a entrega, as pessoas colocarão na ponta do lápis toda a equação dos juros, tributação dos ganhos de capital, custos inerentes à venda do imóvel e prazo de retorno, comparando com outras possibilidades. Aí, surge mais um fator negativo da MP, que é o estímulo à especulação financeira.

Muita gente poderá deixar de comprar imóveis como investimento, preferindo aplicar no mercado financeiro. Assim, o dinheiro que estaria erguendo prédios, criando milhares de postos de trabalho na construção civil e na indústria de insumos e materiais, engrossando a massa salarial e aquecendo o mercado consumidor descansará placidamente num banco, locupletando-se da maior taxa de juro real do mundo. Esperemos que o Congresso, pensando no Brasil, barre mais essa mal planejada ação governamental.

ARTIGO — A importância da construção de planos de carreira para a motivação profissional

Por Arley Ribeiro

“Você tem alguma pergunta?”. Eu havia finalizado um teste escrito como última etapa em um processo para trabalhar como Assessor Técnico numa grande empresa multinacional americana. A Analista de RH, que me acompanhou, fez essa pergunta logo depois que encerrei. Eu ia falar um “não”, mas o que saiu da minha boca foi “quantos níveis existem entre o Assessor Técnico e o Presidente da empresa?”. Ela riu, contou nos dedos, e disse sorrindo: “Seis”.

Eu me despedi dela e, voltando para casa (de ônibus), me imaginava trabalhando lá. Meu desejo se realizou alguns dias depois, quando me ligaram e deram a notícia da minha aprovação no processo. Assim que desliguei o telefone, me propus a subir os seis níveis. Mas era só intenção, não tinha a mínima ideia de como fazer para sentar na cadeira mais confortável da companhia. Entrei nesta empresa no final de 1987. Em 2005, eu cheguei lá, dezoito anos depois. Foi tudo planejado? Não, tudo não, mas grande parte sim. A sorte e o acaso me ajudaram muito, mas efetuei um plano de carreira que me ajudou a ser a melhor pessoa para o cargo principal, muitos anos depois.

O que eu fiz? Vamos a algumas dicas para construir um sólido plano de carreira, que o manterá motivado para seguir em direção ao topo:

1- Busque sempre uma promoção: qualquer tipo é importante, mesmo que não tenha aumento de salário, ou seja, uma promoção vertical (sem elevar o nível hierárquico). Para ser promovido, gere resultados sólidos. Em muitas empresas existe o componente político nas promoções, mas eu sempre trabalhei muito duro para entregar resultados comprovados;

2- Esteja apto para fazer o trabalho do seu chefe: em um momento de minha carreira, meu Gerente teve um acidente e quebrou a perna. Ele teve que ficar afastado cerca de dois meses e, nesse meio tempo, eu fiz a minha função e a dele. Pouco tempo depois que ele voltou, foi convidado a assumir outro departamento e eu fiquei no lugar dele;

3- Nem sempre existirão resultados, mas nunca desista deles: este é um ponto muito relevante (na minha visão, talvez o mais importante de todos). Existem momentos em que os resultados não aparecem, mesmo que você esteja trabalhando muito duro. Eles não vêm devido a mudanças internas na empresa, instabilidade de mercado, períodos de crise financeira, etc. Mas, nestes momentos difíceis, você precisa se manter motivado e continuar acreditando que vai virar o jogo.

4- Busque conhecimento e experiência: dez anos depois da minha contratação, eu havia evoluído três níveis hierárquicos, mas vi que não conseguia subir mais. Embora houvesse prometido a mim mesmo que iria ser o principal executivo, depois de algumas análises cheguei à conclusão de que não tinha mais condições de evoluir profissionalmente se permanecesse naquele emprego. Pedi demissão, fui para outra companhia multinacional americana, que me proporcionou minhas primeiras experiências internacionais, e mudei de novo um ano depois para uma empresa nacional.

Dentro de uma estrutura mais enxuta, alcancei o maior cargo em Vendas e Marketing três anos depois e me tornei Diretor. Para minha surpresa, dois anos depois fui convidado a participar de um processo seletivo para ser o Executivo Principal da minha primeira empresa, aquela que eu havia deixado por falta de oportunidade de crescimento. Uma vez que eu havia trabalhado lá dez anos atrás, tinha experiência internacional e já tinha o cargo de Diretor, consegui aquilo que eu almejei dezoito anos depois;

5- Mire as estrelas: nunca queira ser Gerente de Departamento, ou Diretor. Só existe um cargo que vale a pena, o de chefe: Presidente, Gerente Geral, CEO, ou qualquer denominação que tenha o Executivo principal. Construa seu plano de carreira para ser o executivo número 01 do negócio, assim, você terá motivação suficiente para continuar mesmo que tenha períodos difíceis.

Temos que levar sempre em consideração que os planos são mutáveis, algumas vezes precisam ser alterados devido a oportunidades que aparecem, ou problemas inesperados, como uma demissão. Eu mesmo já fui demitido uma vez e tive que alterar um pouco meus planos, mas a parte fundamental permaneceu e consegui uma excelente recolocação poucos meses depois.

Por fim, existem dois tipos de executivos que chegam ao topo: os que fazem um bom plano de carreira e os que fazem um ruim, mas alteram o mesmo até que ele fique adequado!

ARTIGO — Quando a demissão se transforma em oportunidade?

Por Marcos Morita

Parece que foi ontem quando manchetes apregoavam situações como apagão de mão de obra e importação de executivos. Acostumados a este cenário positivo, muitos estão encarando o desemprego pela primeira vez ou pelo menos com tamanha duração, já que recolocar-se era um processo breve em tempos de pleno emprego. O foco deste artigo recairá sobre um grupo específico, formado por profissionais qualificados, os quais de alguma maneira foram afetados por processos de fusões e aquisições, tempo de casa, altos salários, idade ou o mais comum nestes tempos, recessão pura.

Graduados e algumas vezes pós-graduados, não raro fluentes em outro idioma, possuem em geral anos de janela em sua área de atuação. Supervisores, coordenadores, gerentes e diretores, os quais tais como recém-divorciados, sentem-se perdidos e despreparados para lidarem com a situação inesperada, mal sabendo por onde começar. Indignação, revolta e sentimento de traição são comuns no período pós-demissão. Em seguida a solidão provocada pelo celular que não mais toca, pela caixa de e-mail e agendas vazias. Apesar de incômodo e conturbado, é um período de transição que poderá servir como aprendizado. Basta estar aberto às mudanças.

Aproveite que a memória ainda está fresca e reflita de maneira profunda sobre sua carreira. Comece pela última experiência relevante, voltando décadas, caso necessário. Empresas, cargos, realizações e eventuais fracassos deverão ser escritos e detalhados. O que você faria novamente com prazer e o que não gostaria de fazer. Quais suas principais competências, pontos fracos e pontos fortes. Cruze as informações e analise se o eventual desligamento não esteve vinculado a alguma lacuna entre a situação da empresa e seu momento de carreira. Talvez tenha sido melhor sair, antes que o cenário piorasse.

Como resultado de suas reflexões decida qual caminho trilhar. Negócio próprio, consultoria ou uma nova recolocação. Caso sua escolha recaia sobre o último item, comece pela definição da área e segmento. Não obstante a tentação em experimentar e conhecer outros horizontes, os recrutadores costumam valorizar profissionais experientes e com conhecimento do mercado em que atuarão. Uma vez definido o escopo de sua busca, escolha algumas dezenas de empresas-alvo, avaliando a adequação do seu perfil à cultura da organização. Siga-a no Twitter, busque contatos internos que possam ajudá-lo, estude seus produtos e mercados.

Agora, pense em você como um produto, elaborando seu plano de divulgação. Apesar das redes sociais e da web 2.0, o currículo é ainda a arma mais utilizada e poderosa. Construa-o com base em seu material desenvolvido na análise de carreira. Como regra geral faça-o sucinto, destacando suas principais competências e qualificações para a função. Vale salientar que em alguns processos, o recrutador não disporá mais do que poucos segundos para avaliar cada candidato. Com o currículo pronto, prepare sua carta de apresentação e lista de referências: chefes, pares e subordinados, escolhendo-os com critério e comunicando-os com antecedência.

Esteja preparado para as entrevistas, treinando e afinando seu discurso. Evolução de carreira, empresas, cargos, principais realizações, motivos de saída do último emprego, pontos fortes, pontos fracos e contribuições para a nova função, são questões clássicas que você terá que responder. Seja natural e direto, respondendo as perguntas sem se esquivar. Espelho, gravadores e filmadoras podem ser boas opções.

Afiado, é hora de ir ao mercado. Em épocas de procura virtual, é certo que passará muito tempo em frente à tela de seu computador. Empresas, headhunters e agências de empregos têm utilizado a web para divulgarem oportunidades e encontrarem candidatos. Outro componente importantíssimo se refere ao networking, ou seja, seu círculo de colegas, amigos e parentes que poderão auxiliá-lo. Convide-os para um almoço, café ou happy hour, colocando-se à disposição de maneira elegante e discreta, por meio de um discurso rápido e objetivo, mencionando seu momento atual e objetivo profissional. Despenda o restante do tempo reforçando os laços em comum.

Seja disciplinado, separando um cômodo da casa como seu escritório. Tenha uma rotina, estabelecendo horários para início e término de seu expediente. Compartilhe suas atividades com os membros da residência, criando algumas regras para facilitar a convivência no dia a dia. Não raro, executivos assumem a gerência da casa, delegando funções e cobrando resultados. Briga e confusão na certa. Monitore sua produtividade, estabelecendo objetivos mensuráveis, tais como: contatos ou ligações diárias, almoços e cafés semanais, cadastros e preenchimento de vagas, entrevistas realizadas e follow-ups. Uma boa sugestão é montar um funil de oportunidades.

Depois de tanto trabalho, aproveite e reserve alguns momentos da semana para pequenos prazeres, impensáveis na jornada de 40 horas semanais. Levar e buscar os filhos na escola, assistir a apresentação de natação ou judô, tirar uma sesta após o almoço, caminhar no parque, ir ao cinema, visitar museus, assistir a Sessão da Tarde. Resgate o velho hobby ou realize aquele curso tão sonhado. Colocar a saúde em dia pode ser interessante. Exames clínicos, testes ergométricos, pequenas cirurgias. Afinal de contas você precisará de muito ânimo e disposição na nova jornada que se iniciará em breve. Boa sorte!