Projeção de queda da economia tem 12ª piora seguida

Da Agência Brasil

A economia brasileira deve encolher 2,85%, este ano, de acordo com a projeção de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC). Essa foi a 12ª piora consecutiva na estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a estimativa estava em 2,8%. No próximo ano, a retração deve ser menor: 1%, a mesma projeção anterior.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 6,50%, este ano. A estimativa anterior era 6,65% de queda. Para 2016, a projeção de retração passou de 0,60% para 0,29%.

A projeção para o dólar ao final do ano chegou a R$ 4, contra R$ 3,95 previstos na semana passada. Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação do dólar também é R$ 4.

As estimativas para a inflação também pioraram. A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela terceira vez seguida, ao passar de 9,46% para 9,53%, este ano. Para 2016, no nono ajuste seguido, a projeção passou de 5,87% para 5,94%.

As projeções para a inflação estão acima do centro da meta, 4,5%. E no caso de 2015, a estimativa supera também o teto da meta, 6,5%. Para tentar levar a inflação ao centro da meta em 2016, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir efeitos na economia.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 8,26% para 8,42%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 7,88% para 8,34%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 9,46% para 9,66%, este ano.

A projeção para a alta dos preços administrados passou de 15,50% para 15,55%, este ano, e de 5,92% para 6%, em 2016.

Queda da economia chega a 2,8% este ano, dizem instituições financeiras

Da Agência Brasil

A economia brasileira deve ter queda de 2,8%, este ano, e de 1%, em 2016. Essas estimativas são do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

A estimativa de déficit em transações correntes, compras e vendas de mercadorias do Brasil com o resto do mundo, passou de US$ 71 bilhões para US$ 70, em 2015. A balança comercial deve apresentar superávit de US$ 11 bilhões, contra US$ 10 bilhões previstos na semana passada. O investimento estrangeiro no país deve chegar a US$ 65 bilhões.

A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano foi ajustada de R$ 3,86 para R$ 3,95. Para o fim de 2016, a projeção segue em R$ 4.

A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano passou pela 11º piora seguida. E a estimativa de retração para 2016 foi ajustada pela oitava vez consecutiva. Na semana passada a estimativas de encolhimento da economia eram 2,7%, em 2015, e 0,8%, no próximo ano.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 6,65%, este ano. Na semana passada, a projeção de queda era 6,45%. As instituições financeiras não esperam mais por recuperação do setor no próximo ano. A projeção para a produção industrial passou de crescimento de 0,2%, na semana passada, para retração de 0,6%, na pesquisa divulgada hoje (28).

A projeção de encolhimento da economia vem acompanhada de expectativa de inflação cada vez mais alta. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,34% para 9,46%. Para o próximo ano, a estimativa continua subindo – passou de 5,70% para 5,87%, no oitavo ajuste seguida.

Neste ano, a inflação deve estourar o teto da meta (6,5%) e, para 2016, a estimativa está cada vez mais distante do centro (4,5%) da meta, que deve ser perseguida pelo BC.

Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes seguidas. Depois desse ciclo de alta, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início do mês, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano.

Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016. Mas a projeção mediana (desconsidera os extremos da estimativa) para o fim de 2016 passou de 12,25% para 12,50% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Ao manter a Selic, o BC indica que ajustes anteriores foram suficiente para produzir os efeitos esperados na economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi alterada de 8,25% para 8,26%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,86% para 7,88%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 9,46%, este ano. A estimativa para os preços administrados passou de 15,2% para 15,5%.

Caruaru é vice-líder na queda da exclusão social

Em pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), publicada nesta segunda, dia 01, Caruaru obteve 0,312, resultado melhor que os de Pernambuco, 0,414, e do Brasil, 0,326, no que se refere à exclusão social, conceito que abrange as condições de vida, a renda, o emprego, a saúde e a educação. Quanto maior o número alcançado, pior o resultado do indicador, denominado Índice de Vulnerabilidade Social, que pode se entendido como representativo da pobreza e de má qualidade de vida.

Em Pernambuco, Caruaru é vice-líder nas ações de combate à exclusão, atrás apenas de Fernando de Noronha, que não representa exatamente o perfil das comunidades do estado situadas no continente. Com 0,312, o nosso município apresentou uma diminuição de percentual em mais de 30%, já que, em 2000, o número era de 0,470, classificado como Alta Vulnerabilidade. A avaliação do Ipea ratifica que as políticas públicas, principalmente nas áreas de Educação, Políticas Sociais, Saúde e Desenvolvimento Econômico, estão no caminho certo. A tendência daqui em diante é de melhora no indicador.

A Prefeitura tem feito expressivos investimentos na rede de saúde, com novas unidades instaladas na zona rural e na periferia urbana. O programa Mais Médicos é outro importante reforço à atenção básica, somado a aplicações financeiras na infraestrutura. Na assistência social, novos Centros de Referência estão sendo implantados, oferecendo cursos de capacitação e serviços sociais para melhorar a vida da população. A Educação, que também influencia diretamente neste resultado, convive com as escolas de tempo integral e programas de alfabetização recentemente implantados, fazendo com que as crianças e adolescentes da rede municipal tenham acesso à educação de qualidade.

Caruaru consegue, em todos os quesitos considerados, se destacar na avaliação de vulnerabilidade social. “Sempre pensamos em ações voltadas para a melhoria na qualidade de vida dos caruaruenses. Não é à toa que dizemos que Caruaru é a terra das oportunidades. As pesquisas e avaliações demonstram que estamos no caminho certo”, explicou o prefeito de Caruaru, José Queiroz.

Bancada governista comemora desempenho das escolas no Enem

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Seis escolas públicas de Pernambuco ficaram entre as dez melhores do Brasil no ranking de desempenho do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O resultado foi repercutido, nesta quinta-feira (06), na Assembleia Legislativa pela bancada governista como fruto de oito anos de investimentos na política educacional do estado.

O deputado Miguel Coelho (PSB) destacou a mudança de patamar que Pernambuco alcançou após o aumento das escolas de tempo integral. “Um estado que era um dos mais violentos do país, hoje, tem não só um trabalho de referência no combate à violência como também seis escolas públicas estão entre as dez melhores do País. Isso é um trabalho revolucionário com as escolas de tempo integral e é preciso que todos se unam para manter esse desenvolvimento.”

O socialista ainda ressaltou o fato de todas as escolas com melhores desempenhos estarem localizadas no interior de Pernambuco. “Fiquei ainda mais feliz porque essas unidades estão no interior, inclusive, uma delas na minha região, na cidade de Dormentes. Isso é sinal da interiorização do desenvolvimento e dos investimentos.”

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges (PSB) também comemorou o resultado e lembrou o ex-governador Eduardo Campos como um dos principais responsáveis pelo desempenho. “Não é pouco num país continental como o Brasil, seis das dez melhores escolas públicas estarem em nosso estado. Eduardo talvez não imaginasse que esta notícia ocorresse na semana que antecede seu aniversário, mas melhor presente não poderia ser dado a ele.”

Ao todo, 15.640 instituições de ensino tiveram os dados divulgados pelo MEC nesta quarta-feira (05). As unidades pernambucanas mais bem posicionadas foram: Escola Coronel João Francisco (São Vicente Ferrer) em terceiro lugar, Escola João Pessoa Souto Maior (Sairé) em quarto, Escola Barão de Exu (Exu) em quinto, Escola Padre Antônio Barbosa Júnior (Jurema) em sexto, Escola Senador Nilo Coelho (Dormentes) em nono e Escola Manoel Guilherme da Silva (Passira) na décima posição.

Número de pedidos de recuperação de empresas no 1º semestre é recorde desde 2006

As recuperações judiciais requeridas pelas empresas totalizaram 492 ocorrências no primeiro semestre do ano, de acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Este patamar é recorde para o acumulado de um primeiro semestre desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o atual quadro recessivo da atividade econômica dificulta a geração de caixa das empresas, impondo dificuldades financeiras. As sucessivas elevações das taxas de juros aumentam as despesas financeiras das empresas, agravando a situação da solvência empresarial.

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a junho de 2015, com 255 pedidos, seguidas das empresas de médio porte, com 147, e das grandes empresas, com 90.

Já os pedidos de falência chegaram a 798 em todo o país, o que representa aumento de 0,8% em relação aos 792 requerimentos do mesmo período de 2014.

Segundo os dados, 410 pedidos foram de micro e pequenas empresas (alta de 1,74% em relação ao mesmo período de 2014), 181 de médias empresas (recuo de 7,65% na comparação com 2014) e 207 de grandes empresas (alta de 7,25% sobre os dados de 2014).

Abertura de empresas se mantém em alta em Pernambuco

Nos primeiros quatro meses deste ano, foram abertas ao todo 21.147 novas empresas em todo o Estado, segundo dados da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe). Esse número é 0,34% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram constituídos 21.075 negócios. “Isso mostra que, em termos de abertura de empresas, Pernambuco está resistindo à crise. Não se sabe se continuará assim, porque a crise está se agravando nacionalmente, mas isso demonstra que a economia pernambucana está mais forte e que pode sair da crise mais rápido do que outros estados nordestinos”, analisa a presidente da Jucepe.

Os números da Jucepe revelam ainda que vários grupos empresariais estão expandindo os seus negócios no Estado. Além disso, revelam segmentos da economia que estão em expansão no mercado pernambucano.

Entre as empresas que estão ampliando sua operação, estão a rede de fast foodBurguer King e as Casas Bahia que abriram sete filias, cada uma, só nos primeiros quatro meses deste ano. Em seguida, vem o Grupo Pão de Açúcar com cinco e o grupo cervejeiro Ambev com quatro unidades distribuidoras.

Com relação aos segmentos da economia em expansão, destaca-se o setor elétrico com o registro de nada menos do que 14 parques eólicos, mais um parque de energia solar e duas unidades de fabricação de equipamentos de transmissão de energia. Os parques de energia eólica são Ventos de São Clemente I a VII, Ventos de Santa Hilda, Ventos de Santo Estevão I,II,III e V  e Carcará Energia Eólica. O único de energia solar é o Solar Suape SPE. Já no setor de equipamentos de transmissão, aparecem duas unidades da Orteng Engenharia e Sistemas.

Outro indicador dos números da Jucepe é o de que as grandes redes de farmácias continuam a se expandir no Estado. No primeiro quadrimestre, os grandes grupos de varejo desse setor registraram sete unidades. Três da Drogasil, duas da Drogaria São Paulo e uma da Pague Menos.

No primeiro quadrimestre de 2015, as atividades que mais atraíram empreendedores foram as de “Comércio varejista de vestuário”, com 2.900 registros; “Comércio Varejista de Cosméticos, com 1.619; “Comércio varejista de bebidas” (1.217); “Cabeleireiros” (1.115) e Lanchonetes (1.044). Esse ranking praticamente repete todos os itens também registrados em anos anteriores. “São atividades relativamente fáceis de serem iniciadas ou que mexem com produtos de consumo em massa. Por isso, são as preferidas por quem deseja iniciar um negócio e tenta reduzir os riscos de fracasso”, afirma Terezinha Nunes.

Pedidos de falências atingem maior nível no ano

Os pedidos de falência apresentaram alta de 15% em abril, na comparação com março, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. Foram registrados 161 pedidos em todo o país, o maior número do ano. Segundo o estudo, este também foi o pior resultado para um mês de abril nos últimos três anos. Na comparação com abril de 2014, a quantidade de pedidos de falência cresceu 23,8%.

Economistas da Serasa Experian dizem que o atual quadro conjuntural, com baixo dinamismo da atividade econômica, elevação contínua do custo financeiro das empresas, alta do dólar e aumento dos custos com energia elétrica e combustíveis têm prejudicado a saúde financeira das empresas, levando-as aos pedidos de falências.

Entre os requerimentos de falência do mês passado, 85 partiram de micro e pequenas empresas, 33 de médias empresas e 43 de empresas de grande porte.

Os pedidos de recuperações judiciais cresceram 30,7% em abril na comparação com o mês anterior. Foram 98 solicitações no mês passado, contra 75 em março. As micro e pequenas empresas lideraram com 54 pedidos, seguidos pelas médias (29) e pelas grandes empresas (4).

Caruaru volta a contratar no mês de março

Após um início de ano difícil para a economia brasileira, com balanços econômicos negativos e baixos índices de geração de emprego, Caruaru volta a contratar no mês de março. De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, divulgado na última quinta-feira, 23, os três primeiros lugares no ranking da geração de novos postos de trabalho estão: comércio, com 826; serviços, com 687; e indústria de transformação, com 486. Na variação mensal de emprego, que toma como referência o estoque do mês anterior (fevereiro), houve um crescimento de 0,27%. Os números do saldo real, levando em consideração as admissões e desligamentos, muda o ranking para a seguinte ordem: comércio, com 157; indústria de transformação, com 76; e serviços, com 22.

Comparando com março de 2014, este ano houve um crescimento de 1,45% nos empregos. Na soma geral foram gerados 2.251 novos postos de trabalho, porém, 2.068 desligamentos, restando um saldo de 183 empregos com carteira assinada nas diversas atividades econômicas desenvolvida no município. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, mesmo que a soma deste trimestre ainda não seja de todo positiva, a recuperação do último mês dá um novo fôlego ao mercado de trabalho. “Nosso município demonstra, mais uma vez, sua dinâmica e capacidade de empregabilidade surpreendente. O mix de oportunidades encontradas nos segmentos econômicos: comércio, serviços e indústria contribuem de forma relevante para superação da sazonalidade e manutenção de indicadores superiores ao estado e País”, disse.

Segundo os dados do Caged, também houve uma mudança no setor de atividade econômica que se destacou nessas contratações. Enquanto que nos dois primeiros meses do ano a área de serviços foi a que mais contratou, em março o comércio foi o setor que ficou em primeiro lugar. A maior queda no registro de carteiras assinadas foi na construção civil, com -2,09% de empregos. A redução nesta área segue a tendência nacional.

Em todo o Brasil, em março de 2015, foram gerados 19.282 empregos celetistas, equivalente à expansão de 0,05% no estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado é superior ao ocorrido no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, os dados mostram um decréscimo de 50.354 empregos (-0,12%). Na comparação entre os Estados brasileiros, o que teve melhor desempenho na geração de emprego foi São Paulo.

Quando apresentados os dados específicos do estado de Pernambuco, os números já não são tão positivos. Neste terceiro mês do ano foram 11.862 empregos eliminados, com destaque para as demissões no complexo sucroalcooleiro, que tem uma relação empregatícia sazonal. Em termos relativos, o declínio de março último equivale à variação negativa de 0,87% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. No geral, nos três primeiros meses do corrente ano houve decréscimo de 35.088 postos (-2,52%), resultado também marcado pela presença de fatores sazonais.

Em meio aos dados não tão positivos para o Estado, mesmo em meio a uma crise nacional e mundial, Caruaru conquistou números animadores, é algo a se comemorar. “Caruaru vem mantendo historicamente índices melhores, devido ao crescimento sem saltos e com arranjos produtivos muito complexos ou temporários, por isso, cresce, mesmo que agora lentamente, mas sempre superando nossas expectativas”, acrescenta Erich Veloso.

Vendas na Páscoa caem 4,93% e atingem o pior resultado dos últimos seis anos

O volume de vendas a prazo na semana da Páscoa (entre 29 de março e 4 de abril) caiu 4,93% em relação ao mesmo período do ano passado (entre 13 e 19 de abril). Os dados são do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Este é o pior resultado já registrado pela série histórica das entidades, contabilizada desde 2010.

Para os líderes da CNDL, o desempenho confirmou o que o comércio já esperava, devido ao baixo crescimento da atividade econômica brasileira. “O resultado nunca foi tão baixo. Já projetávamos o pior crescimento dos últimos anos por conta da forte piora nos indicadores econômicos”, disse o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Para o líder do movimento varejista, a páscoa representa a primeira grande festa do ano para o comércio e pode funcionar como uma prévia não só para o Dia das Mães, como para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2015. “Este resultado espelha os indicadores de confiança do consumidor refletido das notícias negativas da atualidade, como as que retratam as incertezas políticas e denúncias de corrupção. Isso refreia o consumo, abala a demanda do comércio e mostra que 2015 será um ano de desafios para o varejo”, avalia Pinheiro.

Os economistas do SPC Brasil atribuem o resultado ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros e, principalmente, à inflação elevada. “A elevação recente da inflação corrói o poder de compra do consumidor. Hoje o brasileiro não consegue comprar as mesmas coisas, com o valor gasto no mês passado, por exemplo. Isso impacta nas vendas. Como reflexo, vimos este ano um movimento atípico do varejo: antecipar as promoções pós Páscoa para os dias que antecederam a data. Isso mostra que a demanda não correspondeu à expectativa”, explica a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Ponce Kawauti.

Metodologia

O índice é calculado com base nas consultas para vendas a prazo nos sete dias que antecedem o início do feriado de Páscoa, entre o Domingo de Ramos e o Sábado de Aleluia (em 2015, de 29 de março a 04 de abril).

 

Profissionais brasileiros ocupam 92% das vagas do Mais Médicos

Nas duas primeiras chamadas do Programa Mais Médicos em 2015, 92% das 4.146 vagas ofertadas em 1.294 municípios brasileiros e 12 Distritos Indígenas já foram preenchidas por profissionais com CRM Brasil. Os 3.823 médicos começaram as atividades em 1.209 municípios nesta semana. Nos dias 17 e 18 de março, 4.362 inscritos na expansão do Programa poderão selecionar as 318 vagas disponíveis em 218 cidades e 10 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Caso ainda existam vagas em 10 de abril, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, no dia 5 de maio, para médicos estrangeiros.

Confira lista das vagas disponíveis

Dos 757 profissionais alocados em 2ª chamada, 519 (68%) se apresentaram nos municípios portando a documentação exigida até última sexta-feira (27). Na primeira chamada, dos 3.936 médicos inscritos, 3.304 (84%) compareceram às prefeituras até o dia 20 de fevereiro. A maioria dos médicos (2.347) optou pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de residência médica. Outros 1.476 profissionais escolheram os benefícios do Mais Médicos.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, recepcionou nesta terça-feira (3/3) os médicos que irão atuar no Ceará e comemorou a grande adesão já nas duas primeiras chamadas do Programa. “É supreendentemente positiva a adesão de médicos brasileiros. Em apenas duas chamadas, mais de 97% das vagas em todo Brasil, inclusive aqui no Ceará, já contam com profissionais que já poderão iniciar o atendimento àquela população que mais precisa do SUS, médico nas equipes de saúde da família para atender com dignidade a população brasileira”, enfatizou.

Em relação às 1.294 cidades que aderiram edital lançado em janeiro, 1.209 (93%) municípios e seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) já atraíram médicos para ocupar integral ou parcialmente as vagas nas unidades básicas de saúde. Até o momento, 1.076 (83%) localidades supriram 100% das vagas, outras 197 (15%) tiveram a solicitação parcialmente atendida e 31 (2%) municípios ainda não conseguiram atrair nenhum médico. Nos distritos indígenas, 71% das vagas ainda não foram ocupadas.

O Nordeste foi a região que mais atraiu profissionais: das 1.784 oportunidades ofertadas aos médicos, 1.711 vagas já foram ocupadas. O Sudeste conseguiu ocupar 970, das 1.019 vagas disponíveis, seguido do Sul, que preencheu 477 das 520 oportunidades, do Centro-Oeste, que atraiu médicos para 358 vagas das 393 disponíveis e o Norte que ocupou 297 vagas das 382 oportunidades. Os Distritos Indígenas já ocuparam 10 vagas das 35 ofertadas aos médicos.

PRÓXIMAS ETAPAS – As vagas referentes aos médicos que não se apresentaram na segunda chamada ficam disponíveis para a terceira chamada, que acontecerá nos dias 17 e 18 de março. Poderão participar dessa fase, 4.362 médicos que estão inscritos e ainda não conseguiram alocação.

Caso ainda existam vagas em 10 de abril, será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, no dia 5 de maio, para médicos estrangeiros. O módulo de acolhimento para esses profissionais está previsto para iniciar em 8 de junho. A cada trimestre, o Ministério da Saúde lançará edital para oferta de vagas em aberto. Os editais poderão contemplar outros municípios, que antes não haviam conseguido aderir ao programa pela ausência de capacidade instalada.

Para a classificação do médico na concorrência das vagas foram estabelecidas as seguintes regras: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. A data e horário da inscrição do médico não serão mais considerados como critérios de seleção.

Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o governo federal garantirá em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde de todo o país, levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Serão 4.058 municípios beneficiados, 72,8% de todas as cidades do Brasil, além dos 34 distritos indígenas. Até 2014, 14.462 médicos atuavam em 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de brasileiros.