Oposição no Senado ganha batalha contra isenção fiscal de R$ 1 trilhão a petroleiras, comemora Humberto

Contrário à Medida Provisória (MP) de Temer (PMDB) que permite que as petroleiras internacionais deixem de pagar R$ 50 bilhões em dívidas ao país e que também permite uma renúncia fiscal de R$ 1 trilhão nos próximos 25 anos, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), comemorou, nesta terça-feira, às alterações propostas ao texto da MP que a farão voltar para análise da Câmara dos Deputados.

O governo e seus aliados esperavam aprovar a matéria no Senado, sem alterações, para que a nova legislação tributária para as atividades petrolíferas passasse a valer em definitivo. Porém, com os protestos da oposição e as mudanças sugeridas – e aprovadas – no texto, a MP voltou à Câmara. A medida expira na próxima sexta-feira, sob o risco de que não haja tempo hábil para que os deputados apreciem a proposição.

Para Humberto, a oposição no Senado conseguiu uma vitória diante da tentativa do Palácio do Planalto de entregar o maior patrimônio do país a preço de banana. “O governo acaba com o sonho do patrimônio que está nas nossas mãos, de tornar o Brasil uma grande potência petrolífera. Estamos passando nossas riquezas ao controle das grandes multinacionais”, declarou.

Ele lembrou que os dados do perdão das dívidas e da renúncia fiscal concedidos pelo governo às empresas estão publicados na própria exposição de motivos da Medida Provisória encaminhada ao Congresso Nacional.

“A medida é profundamente danosa ao país, à política de produção, exploração de petróleo e gás. Fomos nós que tivemos a competência e a oportunidade de descobrir esse verdadeiro ouro negro que é o pré-sal. Estamos entregando aquilo que poderia ser o futuro do nosso país nas mãos das petroleiras multinacionais”, reiterou.

O parlamentar observou que a MP também fere a Lei de Diretrizes Orçamentárias, pois não aponta de onde sairão os recursos para compensar as eventuais desonerações que irão acontecer.

“Imagine se essas agressões à lei orçamentária fossem feitas por Dilma, que foi derrubada por muito menos, por ‘pedaladas fiscais’… Fica clara para nós, agora, a participação direta dessas corporações petroleiras no golpe parlamentar aplicado sobre a presidenta” comentou.

O senador ressaltou que a indústria do petróleo e gás foi levantada com êxito graças às políticas implementadas por Lula e Dilma, inclusive por meio da legislação que tratou do pré-sal, em que o governo fez a exigência de que houvesse conteúdo nacional em equipamentos a serem utilizados nos processos de investimento que essas empresas viessem a fazer no Brasil.

Segundo ele, isso foi fundamental para que o Brasil vivesse o boom da indústria naval, com a criação de milhares de empregos, depois extintos pela vigência de uma outra política de Temer de afretamento de navios de não estímulo à indústria naval nacional.

“Pela política do governo atual, o Brasil vai voltar a ser um exportador de petróleo bruto e um importador de derivados de petróleo, e a exploração do petróleo no Brasil voltará a ser feita, numa parte pequena, pela Petrobras e, em grande parte, pela indústria multinacional”, destacou.

Primeiro lugar no Enem em Caruaru é do Colégio Diocesano

O Colégio Diocesano de Caruaru conquistou, mais uma vez, o primeiro lugar em Caruaru na média geral do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E o mais significativo deste resultado é que em todas as Áreas de conhecimento: Códigos e Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e também em Redação, o Diocesano obteve o 1º lugar absoluto. O resultado tem como base os microdados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“Este é o resultado de muita leitura, muito compromisso e, principalmente, muita responsabilidade. Eu só acredito que se aprende redação fazendo redação, portanto, a política do colégio é quanto mais escrevemos, mais aprendemos”, explica a professora de redação das turmas de 3º ano do ensino médio, Lourdes Silva.

“Esse trabalho não seria alcançado se não tivéssemos o apoio do nosso corpo docente, que se engaja nos projetos de matemática e incentiva os nossos alunos a participarem de olimpíadas e estudarem cada vez mais”, analisa o professor de matemática Jairo Batista, coordenador da área de Matemática do Diocesano.

No ano em que completa 90 anos de fundação, a direção do Colégio Diocesano de Caruaru comemora mais este excelente resultado. “A escola vai se construindo a cada momento. Comemorar o primeiro lugar no Enem é experimentar o prazer e a alegria do dever cumprido e principalmente protagonizar novos desafios, porque o colégio veio para atravessar séculos contribuindo com uma formação acadêmica de excelência para as atuais e futuras gerações de Caruaru, de Pernambuco e do Brasil”, comemora a diretora pedagógica Aleir Ribeiro Galvão

Até 2022, prefeituras não terão dinheiro para pagar professor, alerta especialista

Os gastos com a folha de pagamento dos professores da Educação Básica é um dos principais gargalos das prefeituras. Se nada mudar e a obrigatoriedade de reajuste do piso da categoria for mantida de acordo com a legislação federal atual, dentro de poucos anos as cidades não terão mais dinheiro para pagar os profissionais da Educação. Hoje, estima-se que 80% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) vai para o pagamento dos profissionais da Educação, enquanto que o restante (20%) é para as demais despesas com a manutenção do ensino.

“Em 2010, a média nacional das receitas do Fundeb comprometidas com a folha de pagamento desses profissionais era de 72%, mas o índice avançou e ano passado estava em 79,43%. Até 2022, se esse padrão se mantiver, todos os recursos do Fundo serão insuficientes para garantir o pagamento do magistério público municipal”, explica o professor Walter Penninck Caetano, diretor da Conam – Consultoria em Administração Municipal, que atende a mais de 120 entidades governamentais entre Prefeituras, Autarquias, Fundações e Câmaras Municipais nos Estados de São Paulo e Minas Gerais.

Hoje, pela Lei Federal 11.738/2008 (art. 5º), o piso nacional do magistério deve ser reajustado, anualmente, no mês de janeiro pelo mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente. Assim, a projeção de reajuste salarial para 2018 é de 4,9%, enquanto que a inflação oficial de 2017 está estimada para ficar na casa dos 3%. “O cálculo do piso pelo custo aluno tem significado ganhos reais acima da inflação para os professores. De 2009 para cá, o piso subiu 142%, enquanto a inflação acumulada no período é de 66,6%”, diz Caetano.

“Não podemos esquecer que o gasto com folha de pagamento dos servidores em geral no Ente Municipal não pode exceder 54% da Receita Corrente Líquida. Como fica as demais classes de servidores municipais?”, completa.

Mas um Projeto de Lei (409/2016), de autoria do senador Dalirio Beber (PSDB-SC), que está tramitando no Congresso Nacional, pode dar ao gestor público a opção de reajustar os salários pela inflação acumulada dos últimos 12 meses ou pela taxa de crescimento das receitas tributárias próprias somadas às transferências oficiais recebidas no exercício anterior. O PL está, atualmente, aguardando um parecer da Comissão de Assuntos Econômicos.

“O professor deve ser valorizado pelo Estado e respeitado pela sociedade. Mas, da forma como o reajuste é calculado, infelizmente os Municípios não têm condições de sustentar os aumentos salariais. Alguma coisa precisa ser feita para equilibrar as contas municipais”, conclui o diretor da Conam.

 

CRAS Centenário promove atividade cultural no Monte Bom Jesus em Caruaru

Nesta quarta (13), Dia de Santa Luzia, o CRAS Centenário irá realizar uma culminância sócio assistencial com diversas atividades culturais, no Monte Bom Jesus, em Caruaru. O local, que é um símbolo cultural para a cidade, encravado no coração do Bairro Centenário, e possui uma igrejinha dedicada à santa, é bastante significativo para os moradores do entorno, atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

Após a missa da igreja, um cortejo seguirá em direção ao monte, pela estrada de rodagem, com os usuários do serviço, arte educadores e convidados, em caminhada ao topo. Diversas apresentações de artes, música, teatro, circo e bandas de música com ritmos natalinos, estarão previstas para acontecer no local. O evento contará com a participação das bandas do Projeto Musicalizar da PM do Centenário, da Polícia Militar e de diversas bandas marciais de escolas locais.

Estarão envolvidos os alunos das escolas Professor José Leão, Casa do Trabalhador, Guiomar Lira, Dom Antonio Soares Costa, Antonia Cavalcante, Centro Social São José, além do Governo Presente e Creche Tia Carminha. “O encontro tem o objetivo de celebrar o natal, junto com toda a comunidade, através do projeto da rede que é ‘Transformar o Mundo Juntos’. Todos são convidados para festejar junto com a gente, esse espírito natalino, sob a bênção de Santa Luzia”, convidou a coordenadora do CRAS Centenário, Sônia Alten.

Mais Médicos: 8 mil profissionais brasileiros inscritos no novo edital

Os médicos formados em instituição de educação superior brasileira ou com diploma revalidado no Brasil têm até esta terça-feira (12) para escolher os municípios onde desejam atuar pelo programa Mais Médicos. Ao todo, 8.042 profissionais tiveram a inscrição validada e poderão disputar entre as 983 vagas em 512 municípios e 1 Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) disponíveis no atual edital.

“É um compromisso fortalecer a participação dos brasileiros no Mais Médicos. A reposição vai garantir a continuidade do atendimento prestado aos mais de 63 milhões de brasileiros beneficiados com esta ação”, ressalta o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Os candidatos inscritos e que selecionarem as opções de municípios devem aguardar, no próximo dia 15, a publicação do resultado preliminar da alocação, de acordo com o cronograma disponível no site do Mais Médicos. A previsão é que os profissionais iniciem as atividades no dia 8 de janeiro.

Confira o cronograma para os médicos

Confira o cronograma para os municípios

O Ministério da Saúde tem lançado editais periódicos para repor e substituir médicos da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) por profissionais brasileiros. Além disso, também estão sendo repostas vagas oriundas de desistências e de encerramento de contrato. Ampliar a participação de médicos brasileiros no programa é um compromisso da gestão do ministro da Saúde, Ricardo Barros.

MUNICÍPIOS – Os municípios tiveram até o dia 1º deste mês para indicar o quantitativo de vagas disponíveis. Entre os 983 postos ofertados, a região Nordeste possui a maior quantidade, com 341 oportunidades, seguido do Sudeste (253), Sul (167), Norte (125) e Centro-Oeste (97). Entre os dias 3 e 5 de janeiro está previsto o período de validação dos médicos pelo gestor municipal no Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP).

AVANÇOS – A atual gestão do Ministério da Saúde conseguiu avanços significativos para o Mais Médicos. Uma delas foi a renovação por mais três anos do programa. Além disso, a pasta conseguiu reajustar o valor da bolsa anualmente aos médicos participantes, e concedeu, também, um acréscimo de 10% nos auxílios moradia e alimentação de profissionais alocados em distritos indígenas, que passou de R$ 2.500 mensais para R$ 2.750.

O PROGRAMA – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros. Do total de médicos participantes, 47,1% são profissionais da cooperação com a OPAS, 45,6% brasileiros formados no Brasil ou no exterior e 4,16% são intercambistas estrangeiros.

Dez dicas para organizar as finanças neste final de ano

arquivo internet

Com a chegada das festas de final de ano muitas pessoas incorporam o espirito natalino na hora de presentear, comprar aquela roupinha nova ou até mesmo o eletrodoméstico tão cobiçado durante o ano. Com um dinheirinho a mais no final do mês de novembro e a espera da segunda parcela do décimo terceiro, o desejo de começar o ano com o pé direito muitas vezes se torna distante quando há falta de planejamento.

Junto com o início do ano, também começam os famosos impostos e os gastos com material escolar e é aí que o sonho vira pesadelo e a inadimplência aumenta aceleradamente.

No Brasil, o volume de pessoas com as contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores apresentou um leve aumento no último mês de outubro, após sete quedas consecutivas. Segundo dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) houve um aumento de 0,20% na quantidade de inadimplentes na comparação entre outubro deste ano com o mesmo mês do ano passado.

Para evitar que esse número cresça ainda mais, especialistas alertam para a necessidade de se planejar antes de gastar, e separar um dinheiro para guardar na poupança. De acordo com o economista e professor da Universidade Salgado de Oliveira, Antônio Cerqueira, comprar por impulso é um dos gastos que podem ser evitados pela maioria dos brasileiros. “Antes de comprar precisamos analisar se os bens ou serviços são extremamente necessários ou podem esperar uma nova oportunidade onde certamente os preços estarão mais em conta. No início do ano virão as liquidações e os saldões”, explica.

Outra dica importante para não entrar na inadimplência ou, até mesmo, sair dela é fazer a lista do ingresso de receitas extras como o décimo, gratificações, premiações e abono de férias, para saber se há margem para novas despesas ou se elas são apenas suficientes para quitar as dívidas atuais. “Na empolgação do consumismo, típico da época, as pessoas tendem a esquecer que os rendimentos extras só ocorrem nesse período e não o ano inteiro. Portanto, é aconselhável evitar parcelamentos de compras, sobretudo porque o pagamento irá ocorrer nos meses seguintes, onde não mais existirão as rendas extras”, explica.

Confira as dicas para evitar a inadimplência:

1. não comprar por impulso: antes de comprar, analise se os bens ou serviços são extremamente necessários ou podem esperar uma nova oportunidade, onde certamente os preços estarão mais em conta, tais como: liquidações e saldões;
2. listar o ingresso de receitas: relacione as receitas extras, como décimo terceiro, gratificações, premiações, abono de férias etc. Verifique se há margem para novas despesas ou se elas são apenas suficientes para quitar as atuais;
3. antever 2017: na empolgação do consumismo, típico da época, as pessoas tendem a esquecer que os rendimentos extras só ocorrem nesse período e não o ano inteiro. Portanto, evite parcelamentos de compras, sobretudo porque o pagamento irá ocorrer nos meses seguintes, onde não mais existirão as rendas extras;
4. pesquisar preços: não adquirir o bem planejado na primeira loja, necessariamente. Visite outras concorrentes, principalmente se a compra for à vista;
5. pedir desconto: nessa época, há uma gama de produtos com preços elevados. Solicite descontos. Em alguns casos, esses já são aguardados até por quem comercializa;
6. poupar é fundamental: para começar a construir a independência financeira, comece a investir, em torno de 10% da renda disponível, em aplicações de curta liquidez, como caderneta de poupança. Com o tempo, aplicações maiores poderão ser planejadas;
7. identificar o gargalho: investigue o que está contribuindo para que os gastos sejam maiores que as receitas. Corte excessos e negocie dívidas, essas são medidas importantes para o sucesso financeiro;
8. restringir o uso do cheque especial: esse só deve ser utilizado em situações excepcionais, pois não é uma receita corrente e sim um empréstimo bancário, com juros elevadíssimos. Se tiver fazendo uso constante dele, busque negociações com os agentes financeiros, de forma que a dívida se encerre e o parcelamento se torne compatível com a sua margem de rendimentos;
9. controlar o cartão de crédito: ele é o maior causador de dívidas, atualmente. Controle o seu uso associando-o à sua receita mensal. Estabeleça um percentual de gastos mensal com o cartão, em torno de 30% da sua renda. Só faça novas despesas quando as anteriores forem quitadas;
10. cuidar do carro: veículo de passeio não é investimento e, sim, bem de consumo. Nele, na maioria das vezes, estão inclusas: parcelas do financiamento, manutenção, combustível, seguro, licenciamento etc., que precisam ser contabilizados. Nunca o troque sem ter liquidado, senão será trocar dívidas apenas, às vezes ainda maiores, só por ostentação.

‘Um livro de pedaços’ traz histórias do jornalista Marcos Cirano com ilustrações de sete artistas plásticos pernambucanos

Capa livro de pedaços

Histórias que viveu ou com as quais manteve algum tipo de contato nos últimos 30 anos, sobretudo na condição de repórter, foram reunidas pelo jornalista Marcos Cirano na obra “Um Livro de Pedaços – Crônicas, Jornalismo e Outras Histórias”, que será lançado nesta quarta-feira (13), no Arquivo Público Estadual, na Rua do Imperador, Bairro de Santo Antônio, no Recife. “Ninguém espere encontrar aqui uma narrativa com pretensões de provar ou justificar nada: este é, literalmente, um livro de pedaços… de pedaços de histórias”, adverte o autor. As histórias geralmente são curtas, mas têm como exceção uma versão da tragédia vivida por Ana de Farias, mulher barbaramente assassinada, em 1710.

As histórias são ilustradas por obras de sete artistas plásticos pernambucanos: Júlio Holanda, Consuelo Figueira, Ivan Maurício, Samuca, Libório, Tom Azevedo e Flávio Barbosa. Há ainda um bico de pena de Leonardo Filho (já falecido), cujo original pertence a Cirano, que teve autorização dos familiares do pintor para utilizar a obra. Fotografias de Josenildo Tenório, Jarbas Araújo Jr e César de Almeida também ilustram a obra.

SERVIÇO
Lançamento da obra: “UM LIVRO DE PEDAÇOS – Crônicas, jornalismo e outras histórias”, 104pg, Formato 8 Produções Editoriais, Recife, 2017
Autor: Marcos Cirano
Com ilustrações de: Júlio Holanda, Consuelo Figueira, Ivan Maurício, Samuca, Libório, Tom Azevedo e Flávio Barbosa, além de fotografias de Josenildo Tenório, Jarbas Araújo Jr e César de Almeida.
Data de lançamento: 13 de dezembro 2017, a partir das 18:30hs
Local: Arquivo Público Estadual, na Rua do Imperador, Bairro de Santo Antônio, Recife
Atividades: Lançamento do livro (preço do exemplar R$ 35,00) e exposição e venda de originais das obras produzidas por artistas pernambucanos para ilustrar as histórias.

Ao justificar o livro, Marcos Cirano escreve:
Por todos os lugares por onde você passa e se demora, você sempre encontra, deixa e deles leva pedaços. Sempre!… Encontra e deixa pedaços de dor, de amores, de amizades. Encontra pedaços de você e deixa pedaços de saudade. Encontra e leva pedaços da História do seu e de outros povos. Encontra relatos de tragédias e de crimes, banais ou assombrosos. Deixa e leva pedaços de dúvidas e de certezas. Deixa e leva pedaços de tristezas. Encontra caminhos que nem sempre darão nos destinos pretendidos e deixa pistas, certas ou erradas. Encontra, deixa e leva pedaços de alegrias e esperanças. Leva e deixa pedaços de lembranças…

Nesses lugares, você também deixa os pedaços de tudo aquilo que você sonhou para construir – ainda que também em sonhos – aquele grande ideal. Deixa gritos de alerta e leva pedaços de lições que você jamais esquecerá. Deixa pedaços de móveis, de bens materiais que já não servem mais. Leva pedaços de frases que você ouviu ao longo de anos ou por tempos passageiros. Leva na memoria pedaços de canções ou canções inteiras. Encontra e deixa pedaços de projetos nunca realizados, apenas almejados. Deixa, pelo menos, uma ferida… Você encontra, deixa e leva pedaços, sempre pedaços… porque é de pedaços que é feita a vida.

A apresentação do livro:
Os textos reunidos neste livro não obedecem a nenhuma ordem: seja temática, cronológica ou formal. Os textos reunidos neste livro são fragmentos de histórias que vivi ou com as quais mantive algum tipo de contato nos últimos 30 anos, sobretudo por conta da minha condição de repórter. Portanto, ninguém espere encontrar aqui uma narrativa com pretensões de provar ou justificar nada: este é, literalmente, um livro de pedaços… de pedaços de histórias.

Algumas histórias contadas aqui tem alguma relação (direta ou indireta) com reportagens ou entrevistas que realizei. Outras são histórias pessoais que guardei por muito tempo e só agora resolvi divulgá-las. Além de fotos (minhas e de terceiros), os textos estão ilustrados por trabalhos de artistas plásticos – uns amigos meus, outros apenas conhecidos. Alguns desenhos são antigos (como um de Leonardo Filho, já falecido) e outros (a maioria) foram produzidos especialmente para este livro.

A cada um dos artistas que aceitou o meu convite e se dispôs produzir ilustrações para enriquecer este livro com a sua arte, deixo aqui o meu muito obrigado. Da mesma forma que agradeço aos fotógrafos e amigos Josenildo Tenório e Jarbas Araújo Jr, que me emprestaram a beleza e a técnica das suas fotos para ilustrar alguns textos. Agradeço, ainda, ao designer e amigo Flávio Barbosa, que formatou o livro, e ao fotógrafo e amigo César de Almeida que me ajudou no tratamento das fotografias

Perfil Profissional

Marcos Cirano nasceu em São José do Egito, Pernambuco, a 10/09/1952. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (1973/77). Como repórter, trabalhou no Jornal da Cidade, do Recife (1975 e 1980/81), no Jornal do Commercio (1978 e 1992/93) e em O Globo (Sucursal Recife, 1984/89). Foi correspondente em Pernambuco dos semanários Opinião (Rio de Janeiro, 1977) e Movimento (SãoPaulo, 1979); editor, em Pernambuco, do 1900 – Semanário Nacional (Rio de Janeiro, 1978); editor-chefe de Jornalismo da TV Pernambuco (1994); free-lancer do semanário carioca Pasquim e das revistas IstoÉ e Veja, além de secretário de Redação do Diario de Pernambuco (1994/96).

Prêmio Esso de Jornalismo Regional Nordeste, em 1978 (com Ivan Maurício, Jornal do Commercio, Recife), é autor, entre outros, dos livros: Artistas e Festas Populares (Editora Brasiliense, São Paulo, 1977), com José Miguel Winisk, Murilo Carvalho, Hermilo Borba Filho e outros; Os Caminhos de Dom Helder – Perseguições e Censura (Editora Guararapes, 1983; O Escândalo da Mandioca e a Morte do Procurador (Calandra Editorial, Recife, 1982); Arte Popular e Dominação – O Caso de Pernambuco 1961/77, com Ivan Mauricio e Ricardo Almeida, Editora Alternativa, Recife, 1978; São José do Egito: 100 Anos de História, Formato 8 Editorial, Recife, 2009, 160 pgs.

Foi um dos fundadores da Editora Alternativa que, na década de 1970, editou e distribuiu em Pernambuco livros e periódicos ligados à luta pela liberdade de expressão ameaçada pela ditadura militar brasileira de 1964. Como jornalista, foi, ainda, repórter do Jornal do Brasil no Recife (1989), chefe de reportagem da TV Globo Nordeste (Recife, 1990), chefe de reportagem do jornal Folha de Pernambuco (1989) e diretor-chefe do Campo Livre, premiado programa rural apresentado pela TV Pernambuco, do Recife, entre 1989/1991. Criador e jornalista responsável pelo Pernambuco de A/Z, site organizado no Recife e disponibilizado na Internet a partir de agosto de 2001.

Também foi repórter free-lancer dos seguintes periódicos: Em Tempo (SP), Manchete (RJ), Relatório Reservado (RJ), Coojornal (Porto Alegre), Versus (SP), Cadernos do Ceas (Salvador), Repórter (RJ), Suplemento Cultural Diário Oficial (PE), Continente Multicultural (PE). Sob o patrocínio da CHESF, realizou os seguintes projetos: 1- “Dom Hélder Pastor da Liberdade”, um vídeo e um site, em parceria com os também jornalistas Ciro Rocha e César de Almeida, Recife 2006; 2 – “Ceasa, a Primeira Central de Abastecimento do Brasil”, livro de 84 pgs., Recife 2007. Realizou as pesquisas e entrevistas no Estado de Pernambuco para subsidiar a elaboração do livro “Chato – O Rei do Brasil”, de Fernando Morais, Cia. Das Letras, SP, 1994, 736 pgs.

3º ANIMACINE divulga lista de premiados

animacine

Em sua terceira edição, o ANIMACINE – Festival de Animação do Agreste divulga sua lista de premiados das mostras competitivas. A escolha foi feita pelo júri, formado exclusivamente por mulheres do audiovisual, composta este ano pela diretora Renata Claus, a pesquisadora Christiane Quaresma e a produtora Karine Monteiro. O anúncio ocorreu na noite do último sábado, em Gravatá.

O troféu de melhor curta nacional foi para “Quando os dias eram Eternos” (São Paulo, 2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos, que soma mais um reconhecimento para sua estante (melhor curta e trilha no Festival de Brasília e melhor animação em Havana – Cuba).

O melhor curta internacional foi para a produção polonesa “Periquita” (Cipka/Pussy), da jovem diretora Renata Gasiorowska. A animação polonesa também ganhou menção honrosa pelo júri Fepec do ANIMACINE.

A animação “Afterwork”, de Luis Uson, produção conjunta de três países (Equador, Espanha e Peru), voltou para casa como o melhor curta latino-americano. Dois curtas pernambucanos também saíram consagrados no festival: “Fazenda Rosa”, de Chia Beloto (direção de arte), e “O Ex-Mágico”, de Olímpio Costa e Maurício Nunes (escolha do público).

Prêmio Fepec – Em parceria com a Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec), foram destinados troféus sob um júri especial, formado por Davi Felix (Cine Cuca Livre, de Caruaru), Iris Regina (Cineclube Bamako, de Recife) e Karla Ferreira (Cineclube Taquary, de Taquaritinga do Norte).

Levaram os troféus, no prêmio Fepec, os curtas “Animais”, de Guilherme Alvernaz (nacional), “The Box”, de Merve Cirisoglu Cotu, e ainda “Vênus – Filó, a fadinha lésbica”, de Sávio Leite, e “Periquita” (Cipka), de Renata Gasiorowska (ambos com menção honrosa).

O prêmio criado pelo ANIMACINE junto com a Fepec tem como objetivo referendar filmes que estimulem o debate e a reflexão, com destaque para suas propostas narrativas, conteúdos e estéticas. Os filmes vencedores recebem convite para exibição em cineclubes filiados à FEPEC.

Lista dos premiados do ANIMACINE – III Festival de Animação do Agreste

Melhor curta nacional

Quando os dias eram Eternos (São Paulo, 2016), Marcus Vinícius Vasconcelos – 12’

Melhor curta internacional

Periquita (Cipka), Renata Gasiorowska, Polônia, 2016 – 8’

Melhor curta latino-americano

Afterwork (Equador / Espanha / Peru, 2016), de Luis Uson – 6’12’’

Melhor curta Formação

Sayounara (Belo Horizonte, 2016), Débora Mini – 4’41”

Melhor Roteiro

Cavalls Morts (Cavalos Mortos), Marc Riba, Espanha, 2016 – 6’

Melhor Concepção Sonora

Plantae (Rio de Janeiro, 2017), Guilherme Gehr – 10’25”

Melhor Direção de Arte

Fazenda Rosa (Recife, 2017), Chia Beloto – 9’04”

Melhor Técnica de Animação

Great headless Bank, de Carine Khalife, 2016 – 4’07’’

Escolha do Público

O Ex-Mágico (Recife, 2016), Olímpio Costa e Maurício Nunes – 11’11”

Premiação FEPEC

Nacional

Animais (São Paulo, 2016), Guilherme Alvernaz – 12’49”

Internacional

The box (Síria, 2016), Merve Cirisoglu Cotu – 7’

Menção Honrosa FEPEC

Venus – Filó, a fadinha lesbica (MG, 2017), Savio Leite – 5’

Periquita (Cipka), Renata Gasiorowska, Polônia, 2016 – 8’

Marun pede indiciamento de Janot

Congresso em Foco

Conhecido como líder da “tropa de choque” do presidente Michel Temer (PMDB), o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assume a Secretaria de Governo essa semana, apresentou, nesta terça-feira (12), relatório à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS com pedido de indiciamento, que pode resultar em prisão, do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e de seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella.

O deputado, que o relator da CPMI, alega que Janot praticou prevaricação, abuso de autoridade e “incitação à subversão da ordem política”, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.

Os pedidos concluídos por Marun, em seu relatório, são dirigidos ao próprio Ministério Público para análise. De acordo com Marun, o resultado é embasado nos depoimentos e documentos obtidos pela CPI. “Vou enviar ao Ministério Público e espero que a procuradoria dê sequência”, disse o relator.

No instante em que o relatório era lido no colegiado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) publicou vídeo afirmando que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o indiciamento de Janot. Além disso, o senador disse que apresentará representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Marun e os demais membros da CPMI. “Quem ficou nessa CPMI legitimou essa farsa que está sendo apresentada hoje”, declarou.

Gravações

Marun também pede a anulação de provas que ele considera ilegais, fornecidas pelo empresário Joesley Batista, controlador da JBS, entre as quais as conversas gravadas por ele com o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

‘São provas ilícitas obtidas sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF)”, ressaltou. Segundo o relator, só podem serem consideradas provas lícitas as obtidas a partir de 20 de fevereiro.

O deputado peemedebista afirma que houve uma manobra do Ministério Público que visava depor Michel Temer da Presidência da República e interferir na escolha do sucessor de Janot. “Em relação ao senhor Janot, houve muitas flechas lançadas ao ar com o objetivo derrubar o presidente”, disse.

Além de pedir a anulação das gravações feitas por Joesley, Marun pede a anulação dos depoimentos dos colaboradores em delação premiada Joesley e Wesley Batista e o executivo da JBS Ricardo Saud. Segundo ele, apenas o que é sustentado por provas lícitas pode ser considerado no acordo.

O relatório não contém as partes relativas aos empréstimos do BNDES à JBS nem menção à suposta formação de cartel pelo grupo. Segundo Marun, os sub-relatores destas áreas não entregaram seus pareceres setoriais.

Pressa na votação

Para o relatório ser votado é preciso a presença de 18 dos 64 membros da CPMI, entre titulares e suplentes. Se houver pedido de vista, será concedido prazo de 24 horas para votação e nova reunião deve ser marcada para amanhã.

Marun tem pressa porque na próxima quinta-feira (14) assume o cargo de ministro da Secretaria de Governo, encarregado das negociações políticas do Palácio do Planalto. Se o relatório não for aprovado até lá, será designado novo relator, que pode ou não aproveitar o mesmo parecer.

O parlamentar vai assumir a pasta uma semana antes do prazo final de trabalhos da comissão, que oficialmente termina no dia 22, e quer que o relatório seja aprovado antes de sua posse no ministério.

Alguns membros da CPMI, como o presidente, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), chegaram a pensar em pedir a prorrogação dos trabalhos, mas para isso é necessário o apoio de um terço dos deputados (171) e senadores (27), o que soma 198 assinaturas.

Diante do impasse, ficou para amanhã, quarta-feira (13), a votação do relatório final da CPMI da JBS, depois de pedido de vista coletivo de integrantes da comissão. A reunião está marcada para as 9h30.

Senado aprova fundo de segurança pública para estados

Congresso em Foco

O Senado aprovou, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição que institui o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. A PEC, que objetiva separar recursos para as forças policiais dos estados e do Distrito Federal, segue agora para análise da Câmara.

Segundo a proposta, o financiamento do fundo virá de parte da arrecadação de impostos cobrados de indústrias de armamento, de empresas de segurança privada e de contribuições com parcela do lucro líquido das instituições bancárias e financeiras.

Após apreciado em primeiro turno na semana passada, o texto foi aprovado pela unanimidade dos 62 senadores presentes na sessão desta terça-feira (12).

Na votação anterior, os senadores decidiram retirar dois trechos da PEC, para que a fonte dos recursos não seja também dos impostos de Renda (IR) e sobre Serviços (ISS), pois isso poderia atrapalhar a arrecadação dos municípios. Caso seja aprovada sem alteração pelos deputados, a PEC exige que o fundo seja implementado um ano após a publicação da emenda à Constituição.

Cooperativas de crédito

Na mesma sessão, o Senado aprovou o projeto de lei complementar que autoriza as cooperativas de crédito a captarem recursos de municípios. O texto altera a lei do Sistema Nacional do Crédito Cooperativo para permitir que as cooperativas captem recursos de entidades e órgãos das prefeituras, além das empresas por elas controladas.

Aprovada no fim do mês passado pela Câmara, a matéria segue agora para sanção presidencial.