Resultados das urnas em Caruaru surpreendem

Cidade elegeu três deputados estaduais e dois federais, além de Priscila Krause e Daniel Coelho, apoiados pela prefeita Raquel Lyra

Wagner Gil

O resultado das eleições proporcional e majoritária em Caruaru acabou gerando grandes surpresas para eleitores e analistas políticos. No campo majoritário, Jair Bolsonaro (PSL) e Armando Monteiro (PTB) levaram a melhor na disputa presidencial e pelo Palácio do Campo das Princesas, respectivamente, embora Paulo Câmara (PSB) tenha sido eleito no primeiro turno.

Jair Bolsonaro obteve 41,56% dos votos válidos, o que corresponde a exatos 65.569 sufrágios, contra 50.304 de Fernando Haddad (PT), o que representou 31,89% dos votos válidos. Ciro Gomes (PDT), que ficou em terceiro lugar, também teve uma votação expressiva na Capital do Agreste, somando-se 29.684 (18,82%).

No campo majoritário para governador, prevaleceu a rejeição que Paulo Câmara tem na cidade. Ele obteve 50.996 votos (41,18%), contra 57.523 de Armando (46,45%). “Esses números já eram esperados. Paulo chegou a ter uma rejeição aqui que passou de 70%. Com a campanha e o guia eleitoral, ele diminuiu essa rejeição, mas não venceu em Caruaru”, analisou o advogado e cientista político, João Amércio. “Esperava-se uma votação maior para Paulo aqui, até porque no seu palanque estavam José Queiroz, Tony Gel, Erick Lessa, Wolney, Laura Gomes, entre outros”, completou o professor e também cientista político, Arnaldo Dantas.

Segundo Arnaldo, “a baixa votação de Paulo Câmara em Caruaru é justificada pela falta de serviços e perseguição do socialista à prefeita Raquel Lyra”. “Paulo Câmara deixou de cumprir coisas básicas. Apesar de ter muitas lideranças políticas em seu palanque, ele não vem no São João já há dois anos. Além disso, não tem repassado recursos para o município e ainda não terminou obras como o Hospital da Mulher, que, quando ele assumiu o governo, tinha mais de 80% da obra concluída. Faltam vontade e liderança”, arrematou Dantas.

PROPORCIONAL

No quadro proporcional, as maiores surpresas foram a eleição de Fernando Rodolfo (PHS) para deputado federal e Erick Lessa (PP) para estadual. Na eleição para a Alepe, os primeiros colocados foram Tony Gel (MDB), com 30.456 (20,21%); José Queiroz (PDT), com 24.017 votos (15,93%), e Erick Lessa, 22.940 votos (15,22%). “Nesse quadro podemos analisar que José Queiroz teve uma votação bem abaixo do esperado. Alguns de seus aliados falavam até em 50 mil votos. Já Tony gravitou dentro de seu eleitorado”, explicou Arnaldo Dantas.

Para João Américo, as votações de Priscila Krause (DEM) e Daniel Coelho (PPS) em Caruaru foram excelentes. “A prefeita apoiou esses candidatos, mas, em nenhum momento, teve pressão para votar neles. Priscila teve mais de sete mil votos e Daniel Coelho quase 10 mil. Isso também ocorreu porque Raquel Lyra deixou vereadores livres e muitos deles apoiaram candidatos de fora”, analisou.

Já a surpresa negativa pode ter sido a baixa votação de Laura Gomes (PSB). A deputada teve apenas 5.302 votos ou seja, 3,52% do eleitorado. “Laura acabou sendo prejudicada pela candidatura de Queiroz que, a todo momento, cantava que disputaria uma eleição majoritária. No final, ela teve mais de 15 mil votos, ficou na segunda suplência e pode assumir a cadeira, caso alguns estaduais eleitos sejam convidados para compor o primeiro escalão. Acredito que Laura assume”, disse Arnaldo Dantas.

OUTROS NOMES

Outros que disputaram a eleição proporcional decepcionaram na votação, entre eles o vereador Edjaílson da CaruForró (PRTB). Existia uma expectativa do edil ter na casa de 10 mil votos na cidade e pelo menos 15 mil no total. Ele teve apenas 3.358 votos em Caruaru (2,23%). “Edjaílson pensou que um grupo de vereadores iria apoiá-lo, mas, aos poucos, o pessoal foi pulando do barco e, no final, apenas Rozael e Duda do Vassoural, que são do mesmo partido, lhe apoiaram”, disse Arnaldo.

Já o professor Isaac Albuquerque teve 608 votos e Sílvio Nascimento, que estava ‘bancando’ a campanha de Jair Bolsonaro na cidade, teve 6.134 votos, ou seja, 4.07% dos votos válidos. “Foi uma eleição atípica e candidatos de outras cidades foram bem votados em Caruaru. Do total de estaduais eleitos, mais de dez tiveram mais de um mil votos na cidade, alguns como o pastor Cleiton Colins, passando de 2 mil votos. “Isso acabou influenciando na cotação dos candidatos da terra”, analisou João Américo.

Na eleição para deputado federal, o que mais chamou a atenção foram os comentários do parlamentar Wolney Queiroz a uma emissora de rádio local. Nas últimas eleições, ele vem perdendo votos na cidade e, este ano, apesar de ser eleito, teve uma das votações mais baixas da sua vida em Caruaru: 33.402 votos (23,31%). O segundo mais votado foi Fernando Rodolfo, com 28.597 (19,96%). Daniel Coelho ficou em terceiro, com 9.362 (6,53%), e Raul Henry, em quarto, com 9.301 (6,52%).

Haddad busca o centro e prega estabilidade democrática no 2º turno

Na primeira semana da fase decisiva da eleição presidencial, o candidato Fernando Haddad (PT) fez movimentos em busca de aproximar partidos e setores de centro. O petista aposta também em uma estratégia de se demonstrar como a alternativa mais segura para garantir a estabilidade democrática no país.

A prioridade do PT ao longo dos últimos dias foi tentar consolidar os apoios políticos para o segundo turno e ajustar o tom da campanha nessa etapa. Haddad conseguiu apoio do PSOL, PPL, PSB e do PDT, este último a legenda de Ciro Gomes, terceiro colocado no primeiro turno.

O pedetista, apesar de ter anunciado o voto em Haddad, não deve participar ativamente da campanha e viajou na quinta -feira (11) para a Europa, onde passará alguns dias de férias, segundo a assessoria.

O candidato à presidência da República, Fernando Haddad, fala com a imprensa antes da reunião com a Executiva Nacional do PT, no Hotel Nobile Suítes Congonhas.
Prioridade de Haddad foi tentar consolidar apoios políticos para o segundo turno – Rovena Rosa/Agência Brasil
Também houve um encontro com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, e que chegou a ser cotado para sair candidato a presidente. A expectativa da campanha petista é que ele possa declarar apoio a Haddad e até mesmo participar da campanha ou do programa eleitoral.

Eleitor de centro

Haddad também recebeu uma carta de apoio de integrantes do PSDB, mesmo o partido tendo formalmente anunciado que ficará neutro no segundo turno. Há ainda a expectativa em torno de uma aproximação mais explícita entre o petista e o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC), já que os dois mantêm uma boa relação.

No âmbito programático, o PT recuou em relação a propostas que constavam do seu programa de governo, como a convocação de uma assembleia constituinte, além de buscar incluir elementos dos programas de adversários do primeiro turno, como a proposta de Ciro Gomes para que o governo adote um programa para tentar limpar o nome de endividados.

Até as cores da campanha petista mudaram: saindo do tradicional vermelho para uma paleta mais ampla, que envolve os tons de verde, amarelo e azul. Todos esses gestos, segundo Michel Neil, vão na busca pelo eleitor de centro.

“Cabe a Haddad reforçar o discurso institucional democrático, em que ele se posiciona como a opção mais segura para as instituições democráticas, tentando dialogar com aquele eleitor que não quer votar em Bolsonaro, pois vê nele um governo de muito mais incertezas do que certezas”, analisa o cientista político Michel Neil.

Disputa geográfica

Uma das evidências disso é que, com o crescimento de casos de violência por divergência política no país, Haddad tem feito críticas contundentes ao que considera uma escalada autoritária com a chegada de seu adversário ao poder, como mostrado em seu programa eleitoral. Em uma das declarações mais fortes contra Bolsonaro, o petista afirmou, em coletiva na quinta -feira (11), que o opositor “não tem projeto de país, a não ser armar as pessoas para que elas se matem”.

A dificuldade, no entanto, é ter de sair de uma campanha que no primeiro turno foi mais alinhada com o eleitor petista para esse espectro mais amplo. “Por mais que o Haddad seja a figura certa do PT na busca desse centro político, a campanha de primeiro turno foi uma clivagem do ‘nós contra eles’, que também prevaleceu na campanha de Bolsonaro, mas com o sinal trocado. Isso dificulta convencer o eleitor de centro que não quer votar no Bolsonaro, mas também não apoia o PT. Esse eleitor em cima do muro ainda demonstra muitas feridas abertas, mas vai ter que se posicionar”, acrescenta o cientista político.

Do ponto de vista da disputa geográfica, Michel Neil diz ainda que o foco de Haddad nessa etapa decisiva deve ser em direção ao eleitor das grandes cidades, onde a diferença de votos do petista para Bolsonaro foi maior.

Haddad precisa reverter uma diferença de 16,7 pontos percentuais em relação ao adversário, Jair Bolsonaro (PSL), que obteve 46,02% dos votos válidos no primeiro turno. O petista ficou com 29,28% da preferência. Neil analisou 272 eleições no país desde 1998 e que terminaram em segundo turno, incluindo pleitos presidenciais, para governos estaduais e prefeituras. “Todas as vezes que o primeiro colocado do primeiro turno terminou com uma diferença de 15 pontos percentuais para o segundo colocado, ele foi vitorioso em 95% dos casos”, aponta.

A primeira pesquisa do segundo turno, divulgada na quarta-feira (10) pelo Instituto Datafolha, indica liderança de Bolsonaro com 58% dos votos válidos contra 42% para Haddad.

Jair Bolsonaro anuncia plano de privatização e prega união do país

A duas semanas do segundo turno das eleições, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, vai decidir os rumos da campanha ao Palácio do Planalto. Ele aguarda, na quinta -feira (18), uma nova avaliação da junta médica do Hospital Albert Einstein. Ao que tudo indica receberá alta.

Mesmo com uma liberação médica, o candidato já avisou que pretende participar, de no máximo, dois debates na televisão. E não descarta, por estratégia, não participar de nenhum.

Viagens ao Nordeste, única região do país onde não liderou a votação do primeiro turno, ainda não estão fechadas. O presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, disse à Agência Brasil que, embora Bolsonaro queira viajar, todos os detalhes são minuciosamente analisados.

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) fala à imprensa após gravação de campanha, no bairro Jardim Botânico.
O confinamento obrigatório desde o ataque à faca não impediu que Jair Bolsonaroto fizesse campanha – Fernando Frazão/Agência Brasil

Combate à violência

“Existe a questão de segurança. Há informes de que o alerta é vermelho, em relação à segurança dele, daqui até o dia das eleições. Então, temos de cuidar tanto da integridade física dele quanto da saúde, que ainda se recupera”, acrescentou Bebbiano. Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Na primeira semana pós-primeiro turno, a portaria do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, assistiu a um vai-e-vem de políticos e correligionários. Bolsonaro saiu de casa poucas vezes, a maioria com destino à casa do empresário Paulo Marinho, integrante do núcleo de campanha, para gravar programas eleitorais. Na primeira saída, na quinta -feira (11), concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa após encontro com os deputados eleitos do PSL.

Ao falar sobre combate à violência gerada por divergências políticas, o candidato disse, na primeira vez, que não tinha como controlar as pessoas. “Esta pergunta não deveria ser invertida? Quem levou a facada foi eu. Um cara lá, que tem uma camisa minha, comete um excesso, o que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso, mas eu não tenho controle sobre milhões de pessoas que me apoiam. Agora, a violência vem do outro lado, e eu sou uma prova viva disso”, afirmou o candidato.

Ministérios

Depois, adotou o tom de união pelo país. “Vamos unir o Brasil. Brancos e negros, homos e héteros, pais e filhos, nordestinos e sulistas, homens e mulheres, vamos unir o nosso Brasil e pacificá-lo”, disse durante a coletiva de imprensa.

O confinamento obrigatório desde o ataque à faca não impediu que o candidato fizesse campanha. Com uma campanha pautada nas redes sociais, postou vídeos e entrevistas com críticas contundentes ao adversário, que foram compartilhados por milhares .

Foi através delas que anunciou que, caso eleito, seu governo terá 15 ministérios, que reduzirá impostos para as pessoas de menor renda, que o programa Bolsa Família terá décimo terceiro salário. E que Paulo Guedes, consultor econômico da campanha, o general da reserva do Exército Augusto Heleno, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o astronauta Marcos Pontes farão parte de seu ministério nas pastas da Economia, Defesa, Casa Civil e Ciência e Tecnologia respectivamente.

Adiantou que fará uma reforma administrativa para cortar “gastos desnecessários” e afirmou que seu plano de privatizações vai agradar o mercado. As primeiras estatais que serão alvo foram as criadas pelos governos do PT. Bolsonaro também disse que irá trabalhar para que não haja mais progressão de pena e saídas temporárias de presos, os chamados saidões.

Visitas

No primeiro programa eleitoral do segundo turno no rádio e na televisão, nesta sexta-feira (12), o candidato fez críticas ao comunismo, ao seu opositor Fernando Haddad (PT) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de mostrar a família, a esposa Michelle, os quatro filhos homens e a filha caçula, Laura.

“O vermelho é um sinal de alerta para o que não queremos no país. A nossa bandeira é verde e amarela e nosso partido é o Brasil”, diz a propaganda do candidato. a

Receita Federal paga o quinto lote de restituições do IR

A Secretaria da Receita Federal paga hoje (15) as restituições referentes ao quinto lote do Imposto de Renda de Pessoa Física de 2018. O lote inclui restituições residuais de 2008 a 2017. As consultasforam liberadas no último dia 5.

site Receita Federal
Site da Receita Federal – Marcello Casal Jr./Agência Brasil

De acordo com a Receita Federal, serão pagos R$ 3,3 bilhões para 2.532.716 contribuintes. Desse total, R$ 3,157 bilhões referem-se ao quinto lote do IR de 2018, que contemplará 2.459.482 contribuintes.

A Receita Federal recebeu 29.269.987 declarações do Imposto de Renda dentro do prazo legal neste ano. O número superou a estimativa inicial, que era de 28,8 milhões de declarações.

Para acessar o extrato do IR é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da ReceitaFederal, ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.

Bancada feminina cresce, mas recebe parentes de políticos tradicionais

A Câmara dos Deputados terá, na legislatura que se inicia dia 1º de fevereiro, a maior bancada feminina das últimas três legislaturas, mas o Brasil ainda continuará abaixo da média da América Latina em número de mulheres no Legislativo. Uma das características do grupo de deputadas eleitas é o parentesco com políticos tradicionais: 10,4% das 77 eleitas.

Na bancada feminina, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) identificou oito integrantes de famílias de políticos. A campeã de votos no Distrito Federal é Flávia Arruda (PR), mulher do ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal José Roberto Arruda. Ele está inelegível, porque foi condenado em 2014 por improbidade administrativa, após as investigações da Operação Caixa de Pandora.

Ao aproveitar os feitos do governo do marido, no qual desenvolveu projetos sociais, a empresária Flávia Arruda foi eleita para a Câmara com 121.140 votos.

Pelo Espírito Santo, o senador Magno Malta (PR-ES) não conseguiu se reeleger, mas o eleitorado capixaba mandou para a Câmara sua mulher, a empresária e música Lauriete (PR-ES). Ela já exerceu mandato na Câmara de 2011 a 2015.

Outro derrotado nas urnas que conseguiu eleger a herdeira política foi o deputado Alex Canziani (PTB-PR). Nestas eleições, Canziani disputou uma cadeira no Senado e cedeu a vaga na Câmara para sua filha Luísa (PTB-PR), de 22 anos, a mais jovem deputada. Ela conquistou 90.249 votos.

Reeleitas

De Rondônia, chegará à Câmara outra deputada com sobrenome tradicional: Jaqueline Cassol (PP). Empresária e advogada, Jaqueline é irmã do senador Ivo Cassol (PP-RO) e teve 34.193 votos. Ambos são filhos do ex-deputado federal Reditário Cassol (PP-RO), suplente de senador na chapa do filho.

No Rio de Janeiro, Daniela do Waguinho (MDB) foi eleita com 136.286 votos. A nova deputada federal é mulher do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Cerneiro, o Waguinho. Ela foi secretária de Assistência Social e Cidadania do município.

Entre as atuais deputadas, renovaram os mandatos: Clarissa Garotinho (Pros-RJ), filha do ex-governador Anthony Garotinho; Soraya Santos (PR), casada com o ex-deputado federal Alexandre Santos; e Rejane Dias (PT), a campeã de votos no Piauí (138.800 votos), esposa do governador reeleito Wellington Dias.

Crescimento

Segundo balanço feito pelo Diap, houve crescimento de 15% no total de mulheres eleitas para a Câmara, mas isso ainda é “insuficiente para equilibrar a participação de homens e mulheres no exercício da função de legislar e fiscalizar em nome do povo brasileiro”. Nestas eleições, a legislação estabeleceu um mínimo de 30% de candidaturas femininas por partido ou coligação.

O percentual de mulheres eleitas vem aumentando nas últimas legislaturas e, neste pleito, teve discreta aceleração. Em 2014, quando foram eleitas 51 deputadas, a taxa de crescimento foi 10% na comparação com a bancada de 45 deputadas eleitas em 2010.

“O índice alcançado na eleição de 2018 sinaliza um cenário mais otimista, de modo que o Brasil avance no ranking de participação de mulheres no Parlamento”, informa o Diap. No entanto, segundo o Diap, o Brasil ainda está “abaixo da média na América Latina, em torno de 30%” de representação feminina nos legislativos.

Na bancada da Câmara, 47 eleitas são novatas. Outras 30 já são deputadas e foram reeleitas. Das que exercem mandato, 14 não se reelegeram. Há também deputadas que disputaram outros cargos. Janete Capiberibe (PSB-RO) foi derrotada na disputa para o Senado, Jô Moraes (PCdoB) perdeu como vice em Minas Gerais, ao contrário de Luciana Santos (PCdoB) que assumirá como vice-governadora em Pernambuco.

Mundo Mágico do Circo é atração no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping está com uma programação espetacular para a meninada neste mês de outubro, em alusão ao Dia das Crianças, comemorado no dia 12. Garantia de muita diversão, o Mundo Mágico do Circo oferece desde oficinas a shows musicais. Tudo acontece gratuitamente no lounge próximo à agência de viagens.

A programação tem início neste domingo (7), com a Oficina de Pintura de Rosto com palhaços, das 13h às 18h. No dia 12, os pequenos vão poder participar da Oficina de Pernas de Pau, das 13h às 18h, bem como de Contação de Histórias, das 18h às 19h. Às 16h também tem show de Júlia Costa, na Praça de Alimentação. “Para deixar a data ainda mais especial, durante todo este dia vamos oferecer pipoca e algodão doce para a criançada”, afirmou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

A programação continua no sábado (13), com Oficina de Escultura com Balões, das 14h às 19h, e Apresentação de Fantoches, das 19h às 20h. Já no domingo (14) haverá Oficina de Mágica, das 13h às 18h, e Show de Mágica, das 18h às 19h. “Além dessas atrações, também estamos oferecendo, de 8 a 11 de outubro, recreação. Na ocasião, uma promotora fica no espaço, onde tem painel para fotos e local para pintura. A brincadeira acontece no lounge próximo à agência de Viagens, das 13h às 19h”, adiantou Walace Carvalho.
O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Indianópolis.

Programação

Dia 7 – Oficina de Pintura de Rosto com palhaços, das 13h às 18h
De 8 a 11 – Recreação, das 13h às 19h
Dia 12 – Oficina de Pernas de Pau, das 13h às 18h; Contação de Histórias, das 18h às 19h, e show de Júlia Costa, às 16h, na Praça de Alimentação
Dia 13 – Oficina de Escultura com Balões, das 14h às 19h, e Apresentação de Fantoches, das 19h às 20h.
Dia 14 – Oficina de Mágica, das 13h às 18h, e Show de Mágica, das 18h às 19h

Estudantes da UNINASSAU Caruaru são aprovados no programa Santander Graduação

Neste mês de outubro, 26 alunos da Faculdade UNINASSAU Caruaru foram selecionados no programa Santander Graduação, uma parceria do grupo Ser Educacional – mantenedor da UNINASSAU – com o banco Santander. O programa concede bolsas de estudo, no valor de R$ 300 mensais, pelo período de 12 meses.

O programa Santander Graduação contempla alunos de graduação com excelente desempenho acadêmico e baixas condições financeiras, apoiando assim estudantes com alto potencial de desenvolvimento. A seleção para admissão no programa levou em conta três requisitos: maior média global, maior percentual de integralização do curso e maior idade.

Uma das condições para participação no programa foi a inexistência de reprovação ou disciplina pendente, além de os alunos estarem devidamente matriculados em um dos cursos de graduação oferecidos pelas instituições participantes.

A diretora da UNINASSAU Caruaru, Aislane Belo, destaca a importância da conquista para a Unidade e para os alunos. “Além de termos alunos da nossa Unidade aprovados para esse programa, ficamos felizes também por sermos uma das unidades com maior número de alunos aprovados em todo o grupo Ser Educacional. Parabenizamos a todos os discentes que conquistaram essa importante bolsa, que vai ajudar mensalmente nos custos do dia a dia. É um grande programa do Grupo juntamente ao banco Santander”, ressalta.

Inadimplência entre idosos avança 10,0%. Mais da metade da população na faixa de 30 a 39 anos está negativada

O indicador revela que o aumento mais acentuado da inadimplência acontece entre a população mais velha. Na comparação entre setembro de 2018 e setembro do ano passado, houve um crescimento de 10,0% na quantidade de inadimplentes entre 65 e 84 anos. Em número absoluto, estima-se um total de 5,4 milhões de consumidores com o CPF restrito nessa faixa etária.

Considerando os brasileiros de 50 a 64 anos, a alta no número de negativados foi de 6,2%, com 12,9 milhões, e na população de 40 a 49 anos foi de 4,9%, com 14 milhões de inadimplentes.

Os dados apontam ainda que a maior parte dos inadimplentes (51,5%) permanece na faixa dos 30 aos 39 anos. São 17,7 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na população mais jovem, os números também são expressivos: 7,7 milhões de inadimplentes entre 25 a 29 anos e 4,4 milhões com contas atrasadas têm entre 18 e 24 anos.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o fato de os idosos estarem tendo cada vez mais acesso a linhas de crédito acaba levando à inadimplência nessa faixa etária. “Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa participa cada vez mais ativamente do mercado de crédito, com um leque maior de produtos e serviços voltados para esse público específico. Isso eleva o número de potenciais consumidores nessa faixa etária, assim com o número de consumidores que eventualmente caem na inadimplência”, analisa.

Brasil fecha mês de setembro com 62,4 milhões de negativados

O volume de consumidores com contas em atraso segue elevado em todo o país, refletindo o quadro de dificuldades das famílias. No último mês de setembro aumentou em 3,9% a quantidade de novos inadimplentes na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito, a partir das bases as quais ambas instituições têm acesso. Em número absoluto, estima-se que cerca de 62,4 milhões de brasileiros estejam com restrições ao CPF, o que representa 40,6% da população adulta acima de 18 anos.

Se na comparação anual houve um aumento de brasileiros com contas atrasadas, na comparação mensal a inadimplência apresentou ligeira queda. Na passagem de agosto para setembro, sem ajuste sazonal, quantidade de pessoas inadimplentes ficou praticamente estável, com variação de 0,1%. Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a inadimplência continua alta no país. “O desemprego permanece elevado e a renda não superou os patamares anteriores à crise, prejudicando o orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores. Esse quadro deve só deve ser revertido com a melhora do mercado de trabalho, o que exige por sua vez uma recuperação econômica mais vigorosa”, explica o presidente.

Brasil poderá colher até 238 milhões de toneladas de grãos na safra 2018/19

A produção estimada para o primeiro levantamento da safra 2018/19 indica um volume entre 233,6 e 238,5 milhões de toneladas, com uma variação entre 2,5 e 4,7% a mais do que a safra passada. Isso significa que a produção nacional poderá aumentar entre 5,6 e 10,6 milhões de toneladas. Os números estão no 1º levantamento da safra de grãos deste período, divulgado nesta quinta-feira (11), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Nas principais culturas do país, a soja pode alcançar uma produção entre 117 e 119,4 milhões de t, enquanto o milho total pode chegar até 91,1 milhões de t. Estima-se que a primeira safra de milho pode ser maior em relação à passada, alcançando entre 26 e 27,3 milhões de t, enquanto a segunda seria de até 63,7 milhões de t.

Outras culturas também destacaram-se com a estimativa de aumento da produção, como o algodão, amendoim, feijão-comum cores e girassol. No caso do algodão, o bom desempenho das cotações da pluma, tanto no mercado interno quanto no externo, estimulou os produtores a investirem na lavoura, sendo esperados incrementos recordes na área plantada.

Em relação ao milho, a grande aposta dos produtores é a expectativa de normalização das chuvas para a temporada que se inicia. O mercado mostra-se promissor e vem se fortalecendo a cada ano, com as alternativas de exportação para o mercado chinês, os reflexos da taxa de câmbio e a fabricação de etanol a partir de milho, além do forte mercado interno produtor de proteína animal.

O estudo mostra também que a definição da área plantada do milho está condicionada à evolução do clima nos próximos meses, que estimulará, caso ocorra normalização das chuvas, o uso de um pacote tecnológico avançado, fato não ocorrido na temporada passada. Sendo assim, a estimativa de área total deverá apresentar forte incremento, com um intervalo de 16,6 a 16,8 milhões de hectares. Já a soja vem se consolidando como o principal produto na evolução do agronegócio brasileiro e que tradicionalmente impulsiona o incremento da área nacional produtora de grãos, apresentando, neste exercício, intervalo entre 35,4 e 36,2 milhões de hectares.

Com relação à área total de grãos no país, a perspectiva é de aumento de 0,2 a 2,3% para o plantio da safra 2018/19, que poderá variar de 61,9 a 63,1 milhões de hectares.