“Agilidade é condição das empresas focadas no cliente”, diz estudo da ADP

Organizações ágeis estão estabelecidas sobre culturas centradas nos consumidores, pois a mentalidade necessária para apoiar a velocidade, adaptatividade e inovação é altamente sintonizada com as necessidades e experiências dos clientes. É isso que aponta a mais recente pesquisa da ADP, uma das maiores fornecedoras de soluções de tecnologia para gestão de capital humano no mundo, encomendada à consultoria Gallup.

Com o título The Real Future of Work, o estudo teve o objetivo de entender diferenciais das companhias ágeis e como os colaboradores enxergam as empresas onde trabalham quanto à agilidade, bem como de apontar caminhos para as marcas atingirem velocidade e qualidade em seus negócios.

Focada nesse propósito, a pesquisa – realizada na França, Alemanha, Espanha e Reino Unido – descobriu que colocar dados do que os clientes valorizam no centro dos processos de negócios ajuda a transpor barreiras no trabalho entre equipes e muda a maneira como os funcionários pensam, se comunicam e atuam.

Essa percepção fica clara na opinião dos colaboradores em relação a como os colegas de trabalho tratam os clientes. Dentre os colaboradores que veem a companhia onde trabalham como ágil – qualidade entendida como o mindset correto, combinado a ferramentas e processos necessários para responder rapidamente às necessidades do negócio -, 51% acreditam que os colegas de trabalho “sempre fazem o que é certo para seus clientes”. A porcentagem cai para 38% em empresas parcialmente ágeis e para 19% nas identificadas como não ágeis.

Assim, segundo o estudo da ADP, uma das vantagens mais poderosas das empresas ágeis é a capacidade de oferecer uma sensação de otimismo sobre a capacidade de sobrevivência e evolução em condições disruptivas de mercado, como as atuais.

Mas, para alcançar essa condição, de acordo com a pesquisa, é preciso que líderes e gerentes mudem a postura de chefes para coachs, evidenciando o desenvolvimento de performance, ao invés do gerenciamento de performance. Para isso é preciso reforçar a coordenação entre times e o aprendizado contínuo.

“Para garantir que suas forças de trabalho sejam versáteis e inovadoras diante de desafios imprevisíveis, os gerentes devem ajudar os membros da equipe a traçar um curso de aprendizado e desenvolvimento contínuos. Esse papel de coaching não só promove a agilidade organizacional, como também ajuda a garantir altos níveis de engajamento dos funcionários”, afirma o presidente da ADP no Brasil, Cesar Marinho.

Fórmula secreta?

Não há uma receita pronta para se tornar uma empresa ágil mas, segundo o estudo The Real Future of Work, três pilares podem ajudar na conquista:

Velocidade e eficiência: priorize a velocidade na tomada de decisão e a simplicidade dos processos. Essas características vão contribuir para uma relação empoderada e confiável com colaboradores, clientes e propects, também refletindo qualidade;
Liberdade para experimentar: tenha coragem para inovar e desenvolva a abertura para riscos. Softwares de gerenciamento de risco podem ajudar a encorajar gerentes locais na quantificação e comunicação do risco associado à experimentação. Mas a melhor estratégia para minimizar riscos, segundo o estudo, é sempre ser o mais rápido para testar novas soluções, com atenção à coordenação entre equipes e o compartilhamento de informações;
Comunicação e colaboração: considere a cooperação entre departamentos e o constante compartilhamento de conhecimentos e conteúdos.
Em um mundo corporativo cada vez mais orientado à agilidade, seguir esses três passos podem ajudar as empresas a se manterem competitivas no mercado de atuação.

Para o estudo completo, acesse:
www.gallup.com/workplace/232382/real-future-work.aspx

Secretaria de Educação de Caruaru promove primeira edição do “Vivências Artísticas”

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A Secretaria de Educação de Caruaru (SEDUC) realizará, nesta segunda-feira (17), a primeira edição do “Vivências Artísticas”. O evento é a culminância do projeto “Arte Educação”, vivenciado por alunos de dez escolas da rede municipal de ensino durante o ano letivo de 2018. Eles farão apresentações musicais, de dança e de teatro.

Aproximadamente 200 estudantes participaram das formações artísticas neste ano. “Nosso objetivo era construir, de forma dialogada, esse olhar mais sensível para a dimensão das artes. Assim, o estudante aprendeu não apenas a tocar o instrumento, a fazer um passo de dança; mas recebeu uma formação continuada”, explica a gerente de Arte e Música, Adriana Sales.

O evento acontecerá das 14h às 16h30, no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica).

Serviço

1ª edição do Vivências Artísticas_
Local: auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru
Dia: segunda-feira (17)
Horário: 14h às 16h30

Artigo – Educação: a única saída para criarmos um país inovador

A inovação é hoje uma das principais ferramentas de crescimento, tanto de empresas quanto de nações. Inovar se tornou a chave para expandir o mindset de empresários de maneira a enxergar novas saídas para antigos problemas e, sobretudo, driblar as crises locais e mundiais.

A economia nunca dependeu tanto de um modo de pensar inovador. Entretanto, inovar depende muito mais das pessoas do que de tecnologias, como dita nosso preconceito natural. É por isso que, mesmo investindo em processos e tecnologias, ainda é preciso dar um passo importante rumo ao investimento em capital humano.

Em um país onde a educação é um problema constante, o Brasil está ficando para trás em inovação justamente porque falta ao brasileiro um espírito de eterno estudante, antes do espírito do arrojado empreendedor. Inovar demanda se atualizar, estar em constante movimento de aprendizado, deixando a mente fértil para receber ideias novas.

Trabalhador o brasileiro sempre foi. Porém, a nutrição de conhecimentos e pensamentos inovadores ainda é fraca, porque temos péssimos incentivos ao aprendizado. Isso se reflete até mesmo nos cursos disponíveis em universidades. Até existem formações, mas elas são poucas, nem sempre bem certificadas, e quase sempre falta um guia direcional para o estudante se desenvolver em inovação.

Não existe mudança de paradigma sem capacitação de gente. Mudar milhares de processos não vai adiantar nada se a mente de quem movimenta a empresa não mudar. Inclusive, se atualizar nem sempre é fazer uma nova faculdade. Cursos livres, ler livros, buscar especializações, programas de inovação, é até mais importante que as velhas formas de estudar.

Nós ainda acreditamos que, ao completar uma faculdade, está tudo resolvido e que agora só é preciso trabalhar até se aposentar. Mas, as coisas não são mais assim. É preciso mudar esse jeito de ver o estudo: como uma etapa chata a ser vencida e esquecida.

Assim, investir em capital humano é a saída para as empresas. Porém, antes disso, é preciso investir na mudança de paradigma de aprendizado e educação do brasileiro. Fazer isso demanda tempo e esforço, e com certeza precisa partir de diversas partes: empresas, governo e, acima disso, de cada profissional.

Quando uma empresa busca inovar, ela precisa fazer isso primeiro com seus colaboradores, em seguida em seus processos, e aí sim estar pronta para lidar com novas tecnologias e ideias. É um processo que, se não partir da educação, será apenas uma iniciativa sem seguimento, rasa. Essa é a única maneira efetiva de inovar.

Alexandre Pierro é engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da PALAS, consultoria em gestão da qualidade e inovação

Reforma Trabalhista: Premiações a funcionários aumentam 40% em um ano

Novembro de 2018 marca um ano da promulgação da Reforma Trabalhista que, entre outras mudanças, regulamentou as normas para premiação de funcionários e conferiu maior segurança jurídica para os contratantes. Referência no setor, a INFINITI (www.infinticorp.com.br), que oferece uma opção de cartão pré-pago para fins de incentivo e bônus, encerrará o ano com crescimento de 40%, seguindo o aquecimento desse setor. Em 2019, a expectativa é que o mercado dobre de tamanho.

A redução de despesas foi a maior vantagem que a nova lei trouxe para as empresas; isso, em qualquer setor. “Definiu-se, de uma vez por todas, que o prêmio não é mais contabilizado junto com o salário, o que exume os empregadores de maiores gastos com encargos trabalhistas e previdenciários”, afirma Leandro Capozzielli, fundador da INFINITI. “Com isso, a economia com estes pagamentos pode chegar a 49%”.

Por outro lado, o empregado é beneficiado pela ampliação da possibilidade de negociar como deseja receber a premiação, que passa a fazer parte da chamada remuneração variável – valor que pode aumentar ou diminuir, conforme as metas atingidas. As novas regras também flexibilizam o formato de recebimento dos benefícios, viabilizando formas mais modernas e vantajosas de premiar funcionários, como os cartões.

A proximidade de novembro e dezembro servirá de referência para avaliar os efeitos da regulamentação do setor, já que é a época em que mais se realizam as premiações dentro de empresas. “Esse ano será bem melhor que o passado, com um entendimento mais consolidado sobre a lei”, declara Capozzielli.

Com 15 anos de mercado, a INFINITI é especializada em soluções de pagamento e premiações, tendo como principal produto o cartão pré-pago multifuncional denominado “Meu Prêmio”. Ele permite fazer compras em lojas virtuais ou físicas; saques em caixas eletrônicos 24h; transferências para a conta-corrente; pagamento de contas; recarga de celular e participação no Surpreenda Mastercard, programa de pontos que possibilita ganhar descontos na compra de produtos e serviços. O premiado acompanha o saldo e extrato por meio de aplicativo e uma plataforma administrativa permite às empresas fazerem pedidos e gerarem relatórios financeiros.

Franquia home-based

Em 2018, a companhia lançou um modelo de franquia on-line que permite trabalhar de qualquer lugar. O franqueado tem função exclusivamente comercial e divide a lucratividade meio a meio com a franqueadora, podendo, entretanto, ampliar sua receita, dependendo do empenho nas vendas. O investimento para abrir uma unidade é de R$ 20 mil, e o retorno médio é de seis a nove meses.

Sobre a INFINITI

Empresa de soluções de pagamento e premiações. Oferece opção de cartão pré-pago às empresas, gerando economia de 49% nos gastos com encargos trabalhistas e previdenciários. Foi fundada em 2004 pelo empresário Leandro Capozzielli e pertence ao Grupo Capozzielli. www.infiniticorp.com.br.

Estudantes têm 25% mais chances de conseguir estágio no 1° trimestre do ano

Contradizendo a máxima que o ano começa depois do Carnaval, o Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE realizou levantamento que aponta que os universitários têm ao menos 25% mais chances de conquistar uma vaga no 1° trimestre do ano.

Isso acontece, pois nos três meses iniciais do ano é realizada a reposição de contratos que encerraram devido o tempo de vigência, ou o estudante encerrou o curso de graduação. Um novo pico de contratação ocorre novamente nos meses de julho e agosto, motivado principalmente por estudantes que iniciaram o curso no meio ano.

Com base no banco de dados da entidade, a pesquisa apontou que a partir do 4° semestre, o que representa a metade da graduação para cursos com duração de quatro anos, as chances de ser contratado são de 18,03% e no 6° bate no teto de 19,52%.

Para Marcelo Gallo, Superintendente Nacional de Operações do CIEE, esse é um movimento natural e esperado das empresas. “Os contratos de estágio duram cerca de dois anos ou até o estudante se formar, portanto, as companhias estão contratando estagiários de olho em futuros projetos e formar profissionais capacitados que ela possa absorver ao final do período”, afirma.

Outro levantamento recente da instituição apontou que entre os meses de dezembro de 2018 e março de 2019 serão abertas ao menos 80 mil vagas.

Sobre o CIEE

Desde sua fundação, há 54 anos, o CIEE se dedica à capacitação profissional de estudantes por meio de programas de estágio. Em 2003, abriu uma nova frente socioassistencial com a aprendizagem. Atualmente, administra o estágio de 200 mil estudantes e a aprendizagem de 100 mil adolescentes e jovens. Em paralelo, mantém uma série de ações socioassistenciais voltadas à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações vulneráveis.

Prefeitura de Caruaru forma mais de 200 alunos em projeto de Letramento em Programação

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Educação (Seduc), realizou, na manhã da sexta-feira (14), a cerimônia de conclusão para mais de 200 alunos da rede municipal de ensino que participaram do projeto de Letramento em Programação. A iniciativa é uma parceria com o Instituto Ayrton Senna e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os estudantes receberam medalhas e apresentaram os projetos desenvolvidos a partir de uma plataforma digital.

A prefeita Raquel Lyra esteve na ocasião e destacou que o objetivo é ampliar o projeto para que mais estudantes sejam contemplados. “Hoje formamos mais de 200 e ano que vem queremos alcançar 2 mil alunos. Nosso sonho é trazer para a educação pública as mesmas oportunidades que a rede privada têm. Vamos transformar Caruaru através da Educação”. Ela e representantes das instituições envolvidas assinaram um convênio formalizando a iniciativa.

O projeto de Letramento em Programação busca desenvolver habilidades essenciais para o século XXI, como por exemplo, a criatividade, colaboração, o raciocínio lógico e a comunicação, tendo o aluno como protagonista nesse processo. É o que pode ser observado na experiência do aluno Victor Gabriel, da Escola de Tempo Integral (ETI) Altair Nunes Porto. “Desse projeto eu soube o que é programar, o que é ser programador. Eu soube fazer tudo o que eu não sabia fazer no computador. Se eu for um programador de jogos, ou até alguém que trabalhe muito com computadores, eu já vou poder usar essas ferramentas que aprendi, para qualquer coisa”, disse.

Para a aluna Joana de Souza, da Escola Álvaro Lins, a sensação é de estar realizando um sonho. Ela e os colegas fizeram um projeto de conscientização sobre o desperdício de comida. “Tem pessoas que não sabiam nem tocar no computador, nunca nem viram. Aí a partir desse projeto aprenderam a comandar o computador.”

O secretário Rubenildo Moura pontou no evento que com o Letramento em Programação o aluno deixa de ver um game na prateleira ou na televisão e passa a construir seu próprio jogo. Além disso, possibilita uma nova abordagem aos educadores. “Aqui nós estamos permitindo que o professor possa sonhar e que o seu sonho possa ser materializado, na medida em que ele está tendo a condição de ressignificar a sua prática, permitindo que o processo cognitivo se desenvolva”.

Foto: Janaína Pepeu

O perfil do idoso brasileiro

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, haverá cerca de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos. Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, nesse período, os idosos serão quase 30% da população de nosso país, equivalendo a, aproximadamente, 66,5 milhões de brasileiros. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, não é de admirar que a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) deva ter sua incidência e prevalência incrementada nos próximos anos. Uma previsão da OMS indica que a HPB acometerá, até essa época, cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos.

Mas, o que é a HPB?

A próstata é uma glândula presente no organismo masculino, do tamanho de uma noz e responsável pela produção do líquido seminal. Por volta dos 45 anos, ela tende a aumentar naturalmente de tamanho, no que se chama Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB).

Apesar de frequente, essa condição prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e também a vida sexual. O Professor Dr. Francisco Cesar Carnevale, médico do CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, destaca que dados recentes da OMS sugerem que a HPB ocorra em 1/4 dos homens com 50 anos de idade; em 1/3 daqueles com 60 anos e em metade dos que têm 80 anos ou mais.

Dentre seus principais sintomas, estão a dificuldade para urinar, a necessidade frequente e urgente de urinar, o aumento da micção noturna, a constante sensação de não esvaziamento completo da bexiga, entre outros.

Considerada uma doença, por conta das consequências que traz para o bem-estar do paciente, a HPB pode ser tratada por meio de um método minimamente invasivo: a chamada Embolização das Artérias Prostáticas (EAP), realizada por via endovascular para reduzir o fluxo de sangue da glândula. “O procedimento é reconhecido como opção segura e eficaz”, garante o médico.

Pioneiro no desenvolvimento desta técnica, o Professor Dr. Francisco Cesar Carnevale conta que o procedimento é feito com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a intervenção. “O objetivo é diminuir o volume e alterar a consistência da próstata, tornando-a mais macia.”

Os resultados são muito satisfatórios: “Já tratamos mais de 400 pacientes e a taxa de sucesso ficou entre 90 a 95%”, conclui o médico.

CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa – centro médico e de pesquisas que é referência nacional e internacional nas áreas de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular, especialidades voltadas ao tratamento minimamente invasivo de doenças com o auxílio de métodos de imagem. Desde 1997, por meio de uma equipe de médicos da Universidade de São Paulo (USP) formada pelo Prof. Dr. Francisco Cesar Carnevale, Dr. Airton Mota Moreira e Dr. André Moreira de Assis, o CRIEP oferece, aos pacientes, uma série de tratamentos por meio de técnicas e equipamentos tecnológicos mais avançados. Site: http://www.criep.com.br

Prof. Dr. Francisco Cesar Carnevale – médico do CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa – autoridade médica referência nacional e internacional em Radiologia Intervencionista, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular. Sua principal linha de pesquisa está focada no tratamento de pacientes com sintomas do trato urinário inferior associados ao crescimento da próstata pela Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Pioneiro a publicar na literatura científica mundial, a técnica de Embolização das Artérias da Próstata (EAP) dentro do Hospital das Clínicas da FMUSP, sob a supervisão dos professores Miguel Srougi e Giovanni Guido Cerri. É diretor de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia (InRad-HCFMUSP), do Instituto do Coração (InCor-HCFMUSP) e do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). É responsável pelas disciplinas de Graduação e Pós-graduação na área de Radiologia Intervencionista da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Sulanca mostra a sua força no Agreste de Pernambuco

Com mais de 15 mil negócios do ramo de confecções, Santa Cruz do Capibaribe ferve nesta época do ano. A cidade do Agreste de Pernambuco recebe milhares de pessoas em busca de roupas para as festas de fim de ano. É gente de todo o Brasil, que viaja por horas em vans e ônibus de excursão para chegar ao Moda Center Santa Cruz – condomínio que reúne os produtores locais e se apresenta como o maior centro atacadista de confecções do País. Só no último fim de semana, foram 160 mil pessoas. O movimento foi o maior da história e impulsiona a economia de toda a região: segundo o setor, 54 cidades de Pernambuco e da Paraíba estão envolvidas na cadeia de confecções, que vive sua melhor época do ano em dezembro.

“Nesta época, é tudo no superlativo por aqui, porque todos os estados da federação vêm fazer suas compras de fim de ano em Santa Cruz”, diz o síndico do Moda Center, José Gomes Filho. E o movimento ainda ganha o reforço do público varejista, que nem sempre vai comprar roupas no Agreste no restante do ano. “Recebemos atacadistas, que revendem os produtos em outras regiões, o ano todo. Mas, neste período, muita gente também vem comprar para consumo próprio. Então, o movimento é extraordinário”, vibra o síndico, que circula entre os corredores entupidos de gente do Moda Center, sempre com um sorriso no rosto, para receber bem os compradores.

Ele pergunta se está tudo bem, parabeniza os lojistas pelas vendas e ainda corre de vez em quando para o estacionamento para checar se o tráfego está em ordem. Afinal, mais de 500 ônibus de viagem levam compradores para o empreendimento em cada uma das feiras de dezembro, fora os milhares de carros e vans que saem carregados de roupas no fim do dia. Por isso, antes do vuco-vuco das compras, ainda é preciso enfrentar um pequeno engarrafamento para chegar ao Moda Center.

Nada, no entanto, tira o ânimo dos consumidores. Antônio Carlos Pereira, por exemplo, saiu do Maranhão e passou quatro dias na estrada para chegar ao Moda Center. Mas compensou o esforço: dono de uma loja, Antônio gastou R$ 35 mil em compras e voltou para casa com mais de 300 quilos de roupas. “Aqui é muito mais barato e as peças são de qualidade”, justificou o revendedor.

Já a dona de casa Elza Bispo saiu da Bahia. E ela não foi comprar para revender: viajou um dia inteiro para garantir as roupas de fim de ano da família. “Peguei o 13º e vim me abastecer, porque os preços compensam a viagem”, explicou.

O movimento é tão grande que bastam algumas horas de feira para as “peças da moda” sumirem dos manequins. Afinal, 60% dos 15 mil lojistas de Santa Cruz também são os responsáveis pela confecção dos seus produtos e, por isso, não têm um estoque tão grande: eles vendem no fim de semana o que costuraram durante a semana. “Normalmente, vendo 500 peças por feira. Mas, neste fim de ano, tenho vendido mil”, justificou o empreendedor de moda infantil, Gemerson Silva.

Mas quem vai garimpar suas roupas de fim de ano no Moda Center sabe disso. Por isso, sai de casa bem cedo para pegar a abertura da feira, às 6h da manhã. Moradora da cidade pernambucana de Flores, Fabiana Santos, por exemplo, pegou a estrada às 3h. “Mas valeu à pena. Aqui é melhor de comprar, tem muita roupa boa”, contou a dona de casa, que arrastava uma mala de viagem pelos corredores do empreendimento para poder carregar tudo o que comprou.

A também pernambucana Maria de Fátima Silva comprou tanta coisa que fretou um carroceiro para lhe ajudar a carregar as roupas, que vai dividir entre a família e a loja que mantém em Brejo da Madre de Deus. Para facilitar o transporte das mercadorias, por sinal, o Moda Center tem 600 carroceiros cadastrados. São profissionais que percorrem todo o empreendimento, cobrando por minuto pelo transporte das mercadorias para o estacionamento, onde os automóveis dividem espaço com as sacas de roupa. “Esta é a época em que mais vendemos. O movimento triplica por conta das festas de fim de ano”, explicou José Gomes Filho, contando que a alta das vendas foi ainda maior neste ano por conta do início da recuperação econômica.

“Estamos maios ou menos no mesmo nível de 2014, que foi o nosso melhor ano. Batemos recorde de público e ainda devemos crescer de 10% a 12% em relação ao ano passado”, calculou o síndico. “A temporada está muito boa. Como a sociedade está começando o organizar suas finanças, as vendas cresceram 50%”, confirma o vendedor de moda jeans, Lindomar Pereira, que vai usar esse reforço de caixa para colocar as próprias contas em dia.

Prova de que Santa Cruz produz moda e não apenas “sulanca”, a Laluka é outra loja que deve reforçar o seu faturamento neste fim de ano. “As pessoas estão comprando bem mais. Tem sido nosso melhor mês. Crescemos de 30% a 40% em relação ao restante do ano e ainda devemos ter um resultado 50% melhor que o do ano passado”, vibra a proprietária da Laluka, Neide Rocha, que precisou reforçar a equipe para poder atender toda essa demanda: sete costureiras extras foram contratadas para ajudar as nove que já produzem para a Laluka. “E mesmo assim está faltando mercadoria”, revela Neide, que pediu ajuda até da família para poder receber esse tanto de compradores na sua loja. A mãe, o irmão e as primas não negaram o pedido.

A alta das vendas não fica apenas no setor de confecções: chega aos restaurantes, empresas de turismo, postos de gasolina e até hotéis. Dono de uma agência de viagem, Paulo Henrique Arruda, por exemplo, reforça as excursões para o Agreste para poder atender todos que querem fazer compras no Polo de Confecções. E o Moda Center Hotel, que recebe muitos desses compradores, está com 100% de ocupação desde novembro. “Tudo gira em torno da confecção por aqui”, confirmou José Gomes Filho.

Caruaru e Toritama: rotas alternativas
Santa Cruz do Capibaribe não é a única representante estadual da indústria de confecções. Toritama e Caruaru também têm grande produção e formam, junto com o Moda Center, o Polo de Confecções do Agreste – polo que, segundo o Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), deve produzir 700 milhões de peças neste ano.

“A indústria de confecções pernambucana ocupa lugar de destaque no cenário nacional e tem grande movimentação. E quase 70% desse setor está no Agreste, contribuindo com a geração de renda da região”, afirmou o presidente do NTCPE, Fredi Maia. Ele, admite, porém, que é difícil calcular o faturamento do setor porque a informalidade ainda reina entre as confecções.

Hoje, só 1,2 mil das mais de 15 mil produtores de roupas do Estado são formalizadas. Mesmo assim, o setor já representa 4,2% de todas as empresas de confecções do País e emprega quase 150 mil pessoas em Pernambuco e na Paraíba. Segundo o Moda Center, 54 municípios são movidos pela fabricação de roupas. Porém, é em Santa Cruz que acontece a maior parte das vendas, sobretudo no fim de ano.

“Esta é a cidade que mais fatura e recebe o maior volume de visitantes porque está mais bem equipada em relação a centro de compras”, explicou o presidente da Câmara Setorial Têxtil do Estado, João Bezerra da Silva Filho. Ele explicou que, enquanto Santa Cruz reúne seus produtores no Moda Center, Caruaru e Toritama seguem com feiras de rua. “É por isso que, mesmo sendo mais distante, Santa Cruz recebe excursões do Nordeste todo”, falou Filho.

E os produtores da cidade têm orgulho de dizer que, além disso, são os criadores da “sulanca” em Pernambuco. Síndico do Moda Center, José Gomes Filho contou que tudo começou com a produção algodoeira na década de 1950. “A região era uma grande produtora de algodão e abastecia as fábricas de tecido do Recife, mas enfrentou uma crise por conta da redução das chuvas e de uma praga chamada bicudo. Por isso, os produtores começaram a trazer retalhos das fábricas do Recife. E, com essas sobras de tecido, as mulheres começaram a fazer colchas de retalho”, lembrou, dizendo que as colchas fizeram tanto sucesso que as costureiras passaram a fazer peças de roupa para vender na frente de casa.

Foi assim que nasceu a feira de Santa Cruz – uma feira tão grande que não se satisfez com os retalhos do Recife. “Os produtores começaram a trazer retalhos de helanca de São Paulo. E, como a helanca vinha do Sul, chamaram de Sulanca”, revelou o síndico do Moda Center, contando que a ideia deu tão certo que se expandiu para Caruaru e Toritama e exigiu a construção de um centro de compras em Santa Cruz.

É o Moda Center, que foi construído no início dos anos 2000 através de uma parceria entre os produtores e a prefeitura da cidade. O condomínio foi inaugurado em 2002 e hoje reúne 10,3 mil lojistas em uma área coberta de 120 mil m² construída em um espaço de 32 hectares, além de mais cinco mil lojistas que construíram um “puxadinho” a céu aberto nos fundos do empreendimento, mostrando que a indústria de confecções ainda tem muito a crescer no Agreste de Pernambuco.

Folhape

HMV divulga boletim sobre Severino Vitalino

O paciente Severino Pereira dos Santos deu entrada no dia 28 de outubro no Hospital Mestre Vitalino por infarto agudo do miocárdio. Ele foi submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio no dia 08 de novembro. Portador de doença pulmonar ocupacional, evoluiu com insuficiência respiratória e renal. Teve tempo prolongado de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para o esperado. Evoluiu na enfermaria com delirium (raciocínio confuso e consciência reduzida).

Apresentou rebaixamento do nível de consciência por quadro infeccioso no dia 28 de novembro. Deu entrada na unidade coronariana ontem (29 de novembro) entubado e sedado. Quadro clínico encontra-se ainda grave com função renal alterada, mas estável. As próximas 24h são decisivas na evolução.