EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil para tratar a Covid-19

O fornecimento do medicamento foi anunciado pelos dois governos no domingo (31) e ocorre poucos dias depois de a OMS (Organização Mundial de Saúde) suspender os testes da substância para pacientes com coronavírus por causa dos riscos e da falta de segurança sobre a eficácia do remédio.

A hidroxicloroquina é tradicionalmente usada no tratamento de pessoas com malária e doenças autoimunes.

O uso da hidroxicloroquina para tratar pacientes com Covid-19 é defendido tanto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto por Donald Trump.

O mandatário norte-americano já declarou que faz uso do medicamento como medida preventiva para não se contaminar com o coronavírus. Bolsonaro também disse ter uma “caixinha” do remédio guardada caso sua mãe de 93 anos precise.

No Brasil, o uso da hidroxicloroquina foi ampliado no dia 20 de maio para pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, a orientação era de uso apenas por pessoas com sintomas graves e críticos e com monitoramento em hospitais.

Segundo a Casa Branca, a hidroxicloroquina enviada ao Brasil será utilizada por enfermeiros, médicos e profissionais de saúde, além de pacientes infectados.

Folhapress

52% dos brasileiros são contra presença de militares no governo, aponta Datafolha

Preparativos finais para o desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios.

Em tempos de rumores sobre o papel dos militares na política, a forte presença de fardados no governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro divide opiniões no Brasil, com ligeiro predomínio daqueles que condenam a prática.

Segundo pesquisa do Datafolha, 52% dos brasileiros são contra a presença fardada no poder político, enquanto 43% a aprovam e 5%, não sabem responder.

O levantamento foi feito na segunda (25) e na terça (26), ouvindo 2.069 adultos possuidores de telefone celular -ele não foi presencial para evitar riscos de contágio pelo novo coronavírus. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Hoje, 8 dos 22 ministros do governo são egressos das Forças, e dois deles (o general Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo, e o almirante Bento Albuquerque, das Minas e Energia) ainda são parte do serviço ativo.

Um nono oficial, o general da ativa Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o Ministério da Saúde, centro da coordenação de combate à Covid-19. Lá, após as traumáticas saídas de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, promoveu uma militarização de cargos vitais, nomeando 17 fardados.

Por fim, o vice-presidente é um general de quatro estrelas da reserva, Hamilton Mourão. Espraiam-se pela Esplanada cerca de 2.500 outros militares, ocupando cargos diversos, pelo menos 1.200 deles emprestados da ativa.

A militarização, fenômeno inédito no escopo mas que tem sua origem já no governo de Michel Temer (MDB, 2016-18), agrada mais os mais ricos e instruídos: 62% dos que ganham mais de 10 salários mínimos aprovam o movimento, assim como 50% dos que têm curso superior -neste caso, empatando com os 47% contrários à ocupação.

A presença desagrada mais as mulheres (57% de rejeição) do que homens (51% de aprovação). Como seria de se esperar, e amplamente aprovada (76%) pelos que consideram o governo ótimo ou bom, e igualmente rejeitada (78%) por quem o acha ruim ou péssimo.

A discussão sobre a militarização bolsonarista divide as Forças Armadas desde o começo do governo. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo logo após a eleição de Bolsonaro, o então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, tentou dissociar os militares do então futuro governo.

Caso perdido, como a recente aliança dos fardados com o antes demonizado centrão em prol da governabilidade e contra um impeachment mostra.

Além de sua origem fardada, aliás uma distorção dado que ele saiu do Exército após passar por um processo disciplinar por suposta trama de atentados em 1988, Bolsonaro cercou-se de generais da reserva na campanha.

A estrela era Augusto Heleno, colega seu e de Mourão no curso de paraquedismo da Força. Hoje com menos poder do que já teve, o militar segue como chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

Com o governo em curso, formou-se a ala militar, para a crítica constante de Heleno, hoje na chefia do Gabinete de Segurança Institucional. Na realidade, são várias as alas, e a configuração atual passa pelo eixo Fernando Azevedo (Defesa)-Walter Braga Netto (Casa Civil)-Ramos (Secretaria de Governo).

Os três generais já serviram juntos no Comando Militar do Leste, no Rio, com Azevedo à frente e hoje servindo de pivô do grupo e contato com o serviço ativo devido a seu cargo.

Ramos, contudo, se destaca pela relação pessoal com Bolsonaro, com quem dividiu quarto como cadete, e foi especulado pelo presidente como um nome para comandar o Exército, já que a relação com o atual chefe, Edson Pujol, não é das mais azeitadas.

Azevedo, por sua vez, se equilibra numa corda após ver o enfraquecido chefe buscar mais apoio entre seu esteio militar.

Foi obrigado a divulgar notas reforçando o comprometimento das Forças com a Constituição após Bolsonaro participar de atos golpistas, mas também apoiou Heleno em sua nota em que apontava riscos à estabilidade em decisões do Supremo Tribunal Federal.

O serviço ativo, contudo, é outra história. Nem todos os membros do Alto-Comando do Exército se sentem confortáveis com a associação a um governo tão polêmico quanto o de Bolsonaro, e o temor expresso por Villas Bôas em 2018 de que uma militarização da política se transfigurasse numa politização dos quartéis permanece.

Até aqui, indícios disso são vistos muito em redes sociais, com a popularidade das mensagens bolsonaristas entre médios e baixos escalões das Forças. A atração que o discurso exerce sobre PMs pelo país, contudo, é mais notória, como se viu na greve da corporação no Ceará neste ano.

Azevedo tem logrado diversas vitórias corporativas no cargo, enquanto Bolsonaro busca associar-se cada vez mais aos fardados durante a crise política embutida na emergência da Covid-19.

O plano de reestruturação de carreira e reforma previdenciária dos militares foi aprovado no ano passado, após duas décadas de protelação, além de várias benesses acessórias.

A Marinha, Força mais afastada do núcleo do poder, ganhou R$ 7,6 bilhões para construção de novos navios, numa operação criticada dentro da área econômica.

Já a Força Aérea, ainda mais distante do bolsonarismo, manteve seu cronograma de programas estratégicos, como o caça Gripen ou o cargueiro C-390 Millenium.

Folhapress

Trump vai incluir movimento de extrema esquerda em lista de organizações terroristas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo que seu governo irá incluir o movimento de extrema esquerda Antifa (contra o fascismo) em sua lista de organizações terroristas.

“Os Estados Unidos irão incluir o Antifa na categoria de organizações terroristas”, tuitou Trump, que atribuiu nos últimos dias a este movimento e a outros “extremistas radicais” os resultados violentos de manifestações de protesto pela morte de um homem negro de 46 anos por um policial branco.

Em uma série de tuítes, o presidente americano também cumprimentou as forças de ordem por terem conseguido controlar a situação em Minneapolis na noite do sábado (30). “Os anarquistas liderados pelos Antifa, entre outros, foram rapidamente controlados pela polícia. Deveria ter sido feito pelo prefeito já na primeira noite e não teria havido problema nenhum”, afirmou o presidente.

Folhapress

Junho pode marcar volta gradual do futebol em Pernambuco

Junho chegou e, com ele, ciclos terminam e começam, com mudanças no futebol brasileiro em meio à pandemia. Clubes do Sul do País, região menos afetada pelo novo coronavírus, voltaram a treinar. Alguns do Sudeste, como Flamengo e Cruzeiro, por exemplo, também iniciaram os trabalhos. No Ceará, o regresso às atividades acontece hoje. Em Pernambuco, a previsão é de uma retomada de forma gradual das atividades. A ideia é preparar o terreno na segunda quinzena do mês e retomar os campeonatos em julho. O primeiro semestre está perto da conclusão e os próximos 30 dias serão cruciais para imaginar o que será do esporte na metade final de 2020.

Náutico, Santa Cruz e Sport aguardam a liberação do Governo de Pernambuco para retornar aos treinos. O estado ultrapassou recentemente a marca de 30 mil casos da Covid-19. Por enquanto, os clubes estão seguindo uma cartilha de treinos preparada pela preparação física, fazendo as atividades em casa. A previsão da FPF é que, na segunda metade do mês, os clubes voltem os trabalhos. Ainda não há datas da fase final do Campeonato Pernambucano ou da Copa do Nordeste, competições que antecedem os nacionais.”É um exercício de futurologia. Pensando no cenário atual aqui, a volta aos treinos ainda em junho parece impensável. Sobre os campeonatos, o ideal seria começar com portões fechados, talvez apenas com jogos na capital para evitar o deslocamento, além de fazer inspeções cuidadosas nos locais e testes nos atletas”, afirmou o jornalista Cássio Zirpoli.

A Confederação Brasileira de Futebol (FPF) preparou um protocolo nacional de volta ao futebol, documento que reúne regras sobre como os clubes devem agir para garantir a saúde de atletas, funcionários e membros que trabalham na área esportiva. A medida será adotada em todo o Brasil e deve começar a valer já neste mês. Há pontos citando acesso reduzido ao campo aos profissionais de imprensa; entrevistas coletivas virtuais; credenciamento de no máximo 40 pessoas por equipe no local do jogo; entrada e saída separada dos atletas no gramado; teste nos jogadores e comissão técnica; evitar contato na comemoração do gol; e reduzir exames antidoping.

Clubes da Série A, como o Sport, tiveram redução no repasse das cotas de televisionamento, de abril até junho. Na Série B, os representantes já pediram um “socorro” à CBF para conseguir verbas e amenizar o prejuízo do período de paralisação dos jogos. Na Série C, as instituições receberam R$ 200 mil cada da entidade máxima do futebol nacional. Em Pernambuco, o Trio de Ferro fez nas últimas semanas campanhas para aumentar o número de associados, ações de marketing de novos padrões, bilhetes virtuais de jogos históricos e outros planos para manter o torcedor próximo.

Comparativo

A Alemanha já reiniciou seu nacional – de portões fechados. Itália, Espanha e Inglaterra pretendem retomar seus respectivos campeonatos neste mês. O Brasil tenta usar como base o cenário na Europa, mas a realidade aqui não é tão uniforme. “O nosso caso é único pela estrutura, pelas dimensões do País e pelo tipo de calendário. Outros lugares do mundo não têm estadual, por exemplo. Eles estão finalizando seus torneios e não começando. Acredito que a tendência é o Brasileiro terminar em 2021, lá para fevereiro ou março. A última vez que isso aconteceu foi em 2000, que foi finalizado em 2001, não por conta de doença, mas sim um problema em São Januário (arquibancada desabou na final entre Vasco e São Caetano). Aqui, eu acho que ideal seria manter o mesmo regulamento e não tentar mudá-lo para encaixar tudo em dezembro”, explicou Zirpoli.

Folhape

Acesso à internet é exclusivo no celular para 59% no Brasil

A pesquisa TIC Domicílios apontou que 58% dos brasileiros acessavam a internet em 2019 exclusivamente pelo telefone celular. O estudo indicou que a conexão estava disponível para 74% da população, o que correspondia a 134 milhões de pessoas, e em 71% dos lares no país.

O telefone celular foi praticamente “universalizado” entre os internautas brasileiros: 99% dos ouvidos relataram possuir o aparelho. Esta modalidade era menor até 2014, quando estava em 76% dos internautas, e se tornou a principal a partir de 2015.

Já o uso da internet por meio de computadores vem caindo. Em 2014, este era o meio mais comum, com 80%. Foi ultrapassado pelo celular e caiu pela metade deste então, chegando a 42% dos usuários de internet em 2019. Já o acesso pela televisão saiu de 7% em 2014 para 37% no ano passado.

Conforme a pesquisa, 90% dos brasileiros possuíam aparelho celular. Deste total, 62% contratavam planos pré-pagos. Nas classes D e E, este percentual sobe para 70%.

A dependência do celular varia bastante conforme as características socioeconômicas. Ela ficou em 79% na área rural e em 56% na urbana. Nas pessoas da classe A, o uso exclusivo era realidade para 11%, enquanto nas classes D e E era regra para 85% das pessoas. Na classe C, o índice também era alto, de 61%. O percentual também foi maior entre mulheres (63%) do que em homens (52%).

Essa condição também difere no recorte por escolaridade: é de 90% para analfabetos ou pessoas que só estudaram até a educação infantil, 61% para quem possui ensino médio e 19% para quem obteve diploma de nível superior. Já na avaliação por idade, o índice fica maior entre os adolescentes (65%) e idosos (65%) e menor na faixa intermediária, de 16 a 59 anos (56%).

Impacto de experiências
O coordenador do Cetic.br, responsável pela pesquisa, Alexandre Barbosa, observa como essa variação por renda impacta as experiências destes usuários. “É bom que tenha acesso, mas tem limitações para o desenvolvimento de muitas habilidades. Quem faz uso exclusivo do celular tende a ter um uso bem instrumental. Por exemplo: quando a gente avalia o uso múltiplo de dispositivos, o uso de governo eletrônico é maior. Aqueles pelo celular o patamar é 30 pontos a menos. Estamos caminhando no sentido de ter acesso amplo, mas não basta ter acesso”, disse.

De acordo com o pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp e da Rede de Pesquisas em Vigilância, Tecnologia e Sociedade (Lavits), Rafael Evangelista, há um efeito preocupante dessa dependência no uso. Isso porque há uma franquia limitada de dados e como os pacotes variam conforme a renda, um grande contingente contrata serviços com pouca capacidade, ficando relegado aos aplicativos gratuitos.

“As pessoas ficam reféns dos serviços grátis. Isso afunila para certas aplicações que fazem acordos com operadoras. Há uma concentração na informação muito restrita a certas aplicações, como WhatsApp. Tem problema que não consegue verificar a informação e não tem acesso livre, para que você escolha o que você está consumindo”, pondera, em referência ao problema da profusão de desinformação nas redes sociais.

Usuários por antena
A advogada e integrante do Comitê Gestor da Internet e da Coalizão Direitos na Rede Flávia Lefévre destaca que a franquia existe porque a infraestrutura disponível para acesso à internet tem limites. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) estabelece a média recomendada de 1,5 mil usuários por antena. No estado de São Paulo, por exemplo, essa proporção varia entre 2,5 mil e 3,5 mil usuários por antena. Em alguns bairros de baixa renda da capital paulista, chega a 10 mil usuários por antena.

“A aposta que os governos fizeram de fazer a inclusão digital pela rede móvel está mostrando que leva a resultados indesejáveis e não inclui. Você vê que o uso principal é mensagem e redes sociais. Outros usos são poucos. As demais atividades estão circunscritas a classes A e B e C. Nesta pandemia, a gente está vendo estudantes de periferia com dificuldade de estudar em casa”, disse a advogada.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Telecomunicações (Sinditelebrasil), Marcos Ferrari, onde há competição e viabilidade para o investimento, a concorrência está permitindo uma melhoria da infraestrutura, como com o uso de fibra.

“Nas cidades menores, de baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], e em áreas menos favorecidas, há a necessidade de se ter políticas públicas que favoreçam a demanda (tributação menor), que incentivem o uso de recursos dos fundos setoriais para disponibilizar infraestrutura e que privilegiem nos editais de venda de licenças (como o 5G) compromissos de abrangência voltados à ampliação de backhaul óptico e infraestrutura de acesso”, defende.

Agência Brasil

Bancos de Leite Humano já distribuíram mais de 3 mil litros em 2020

De janeiro a maio deste ano, 11 Bancos de Leite Humano e seis Postos de Coleta de Leite Humano espalhados pelo estado de Pernambuco já distribuíram três mil litros de leite materno. Toda essa doação, vinda de um pouco mais de duas mil mulheres, beneficiou 3,5 mil bebês prematuros e/ou de baixo peso, internados em Unidades Neonatais.

Segundo o Ministério da Saúde, um pote de leite materno doado pode alimentar até 10 bebês por dia. A depender do peso da criança, um mililitro é o suficiente para supri-lo a cada vez que for alimentado.

Moradora de Caruaru, Roseane Cristina é doadora de leite materno há cerca de dois meses. Ela conta que resolveu doar por saber da importância do leite materno para a saúde dos recém-nascidos.

“Tenho bastante [leite materno], tanto para saciar a necessidade da minha filha, quanto para ajudar a necessidade do Banco de Leite Humano e ajudar os prematurinhos internados, principalmente nesse momento da Covid-19.”

O Centro de Referência do estado de Pernambuco é o Banco de Leite Humano e Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, localizado na Rua dos Coelhos, número 300, o bairro Boa Vista, no Recife. A unidade oferece coleta domiciliar e está aberta de segunda a sexta-feira, das sete da manhã às cinco horas da tarde.

Na capital, ainda há outros oito Bancos de Leite Humano espalhados pela cidade, além de cinco Postos de Coleta de Leite Humano. No estado de Pernambuco, também há Bancos de Leite Humano em Petrolina e Caruaru, e um Posto de Coleta de Leite Humano no município de Jaboatão dos Guararapes.

Segundo a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Janini Selva Ginani, o leite materno diminui o risco de crianças desenvolverem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

“Crianças que receberam leite materno apresentam menor risco de desenvolver doenças crônicas como diabetes e pressão alta e apresentam melhor desenvolvimento da inteligência.”

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

Decreto mantém restrições em praias e parques de Pernambuco; escolas seguem fechadas

Mesmo após o fim da quarentena rígida em cinco cidades da Região Metropolitana do Recife, as medidas restritivas à circulação de pessoas e o isolamento social para o combate à pandemia do coronavírus continuam a vigorar em Pernambuco. Em decreto publicado neste domingo (31), o governador Paulo Câmara manteve a interdição de parques e praias, com exceção de Fernando de Noronha, que, após zerar os casos de Covid-19 este mês, começou a flexibilizar as normas. As escolas e universidades públicas e privadas seguem fechadas até o dia 30 de junho.

A determinação renova a permissão para os serviços considerados essenciais. Entre eles, mercados, padarias, lojas de conveniência, insumos agrícolas e itens de higiene, farmácias, postos de gasolina, transporte público, funerárias e estabelecimentos ligados à área de saúde. O texto mantém ainda a recomendação para que pessoas que tiveram contato com pacientes de Covid-19 permaneçam em quarentena domiciliar por 14 dias, independentemente de manifestação de sintomas.

Folhape

Decreto de Covas prorroga quarentena até dia 15 de junho na cidade de São Paulo

A gestão Bruno Covas (PSDB) prorrogou até o dia 15 de junho a proibição de atendimento presencial em estabelecimentos na cidade de São Paulo.

Decreto do prefeito prorroga suspensão imposta por decreto de 24 de março, que proibiu este tipo de atendimento para “estabelecimentos comerciais de bens e mercadorias, atacadistas, varejistas e ambulantes, e prestadores de serviço em funcionamento no Município de São Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), incluiu a capital paulista na zona laranja, que possibilita a reabertura. No entanto, a decisão cabe aos prefeitos.

Em São Paulo, Covas já havia dito que a reabertura não seria imediata, uma vez que os protocolos para isso teriam que ser aprovados.

O decreto de Covas também disciplina como será a retomada no atual estágio da cidade, laranja, que permite abertura de comércios, serviços e shopping centers.

A capacidade dos estabelecimentos deve estar limitada a 20% e por quatro horas seguidas, além de adoção de protocolos padrões e setoriais específicos, que deverão ser aprovados pela prefeitura.

Folhapress

Promotoria investiga transferências entre contas de Ricardo Salles

O Ministério Público de São Paulo quebrou o sigilo bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e descobriu 54 repasses da conta bancária de seu escritório de advocacia para sua conta pessoal. Somadas, as transferências chegam a R$ 2,75 milhões. Segundo a Revista Crusoé, a promotoria apura se os envios estão relacionados a sonegação e lavagem de dinheiro.

No período dos repasses, entre 2014 e 2017, Salles era secretário particular do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e titular da secretaria do Meio Ambiente do estado. O inquérito foi aberto em agosto do ano passado para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito de Salles entre 2012 e 2017, quando ocupou cargos públicos no governo paulista. No período, ele teria acumulado R$ 7,4 milhões.

Em 2012, quando foi candidato derrotado a vereador em São Paulo pelo PSDB, ele declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 1,4 milhão, dividido entre aplicações financeiras, um automóvel, uma motocicleta e 10% de um apartamento.

Seis anos depois, quando tentou ser deputado federal, dessa vez já filiado ao Partido Novo, declarou ter R$ 8,8 milhões, com dois apartamentos de R$ 3 milhões cada um, barco de R$ 500 mil e aplicações financeiras de R$ 2,3 milhões –uma alta de 335% no patrimônio em cinco anos, com valores já corrigidos pela inflação.

O ministro usou o Twitter nesta sexta (29) para rebater as informações. Segundo ele, todos os seus rendimentos vêm de honorários declarados e são provenientes de sua atuação como advogado, fora do governo paulista.

Folhapress

País continua dividido sobre renúncia e impeachment, indica pesquisa

As possibilidades de impeachment e de renúncia do presidente Jair Bolsonaro continuam dividindo a população praticamente ao meio, de acordo com a mais recente pesquisa Datafolha.

Opiniões favoráveis ao presidente, porém, estão numericamente um pouco à frente em relação a essas duas hipóteses.

Quanto ao afastamento via Congresso, os números tiveram pequena oscilação em relação aos levantados em pesquisa anterior do instituto, no fim de abril.

Disseram que o Congresso não deve abrir processo para afastar o presidente 50% dos entrevistados, dois pontos percentuais acima da taxa obtida na pesquisa de abril. Para 46%, o Legislativo deveria dar início ao processo –eram 45% há um mês.

Essas variações estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha ouviu 2.069 pessoas em todos os estados do país na segunda (25) e terça-feira (26).

Em relação à renúncia, 50% acreditam que o presidente não deve renunciar, mesmo índice da pesquisa anterior.

A taxa de quem defende a renúncia de Bolsonaro atingiu agora seu índice mais alto na sequência de pesquisas –48%–, mas variou dentro da margem de erro. No fim de abril, eram 46%, e há dois meses, 37%.

As discussões sobre o afastamento do presidente via processo no Congresso ou renúncia cresceram nos últimos meses com a crise política impulsionada pelo novo coronavírus.

Grupos políticos que até então hesitavam em pedir a saída de Bolsonaro, como o PT, passaram a aderir a esses pedidos.

Estimularam esse debate fatores como as declarações do presidente minimizando a pandemia e sua presença em manifestações pedindo golpe militar.

Segundo o Datafolha, tanto no questionamento sobre impeachment quanto no relacionado à renúncia, recortes mostram que a rejeição a Bolsonaro cresce entre mulheres, entrevistados com ensino superior e jovens de 16 a 24 anos.

Esses segmentos da população também tendem a desaprovar mais a gestão de Bolsonaro na Presidência. Entre a população em geral, 43% consideram seu governo ruim ou péssimo, 33% acham ótimo ou bom e outros 22% o classificam como regular.

Entrevistados que defendem o “lockdown” (fechamento total das cidades para evitar a propagação do novo coronavírus), o apoio à renúncia vai a 61%.
No recorte regional, a taxa favorável à abertura do impeachment sobe para 54% no Nordeste e cai para 38% no Sul.

Entre os grupos que mais se opõem à saída de Bolsonaro do cargo estão entrevistados do sexo masculino e aposentados, no qual o apoio ao processo de impeachment é de 36%.

Os contrários ao “lockdown” somam rejeição de 75% à abertura do processo no Congresso. Entre eleitores que declaram ter votado em Bolsonaro no 2º turno em 2018, só 21% apoiam o processo de afastamento e 22% a renúncia.

Diario de Pernambuco