Bolsonaro contraria OMS e planeja churrasco com 30 convidados para este sábado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nessa quinta-feira (7), que planeja fazer um churrasco com aproximadamente 30 convidados no próximo sábado (9), em sua residência no Palácio da Alvorada. O evento, que contraria orientações da da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, deve contar com uma partida de futebol entre ministros e servidores e uma ‘vaquinha’ para custear os gastos do dia.

“Estou cometendo um crime. Vou fazer um churrasco no sábado aqui em casa. Vamos bater um papo, quem sabe uma ‘peladinha’, alguns ministros, alguns servidores mais humildes que estão do meu lado”, disse Bolsonaro aos repórteres na entrada do Palácio da Alvorada.

Sobre o churrasco, o presidente brincou que não vai ter álcool, mas terá ‘vaquinha’ – expressão usada para um arrecadamento coletivo e aproximadamente 30 convidados. “Devem ser uns 30 [convidados]. Vai ter vaquinha de R$ 70. Não vai ter bebida alcoólica senão a primeira dama coloca todo mundo para correr”, disse.

Folhapress

Morre o empresário pernambucano Raymundo da Fonte

O empresário pernambucano Raymundo da Fonte faleceu, nesta quinta-feira (7), aos 99 anos. Grande nome do meio empresarial no Nordeste, Raymundo deu início, em 1946, às Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte. Hoje o grupo produz mais de 350 produtos de limpeza, higiene pessoal, condimentos e inseticidas de marcas de sucesso como Brilux, Minhoto, Evem e Sonho.

A assessoria de imprensa do grupo não confirmou, até o momento, a causa da morte.

Nota de pesar

Bernardo Peixoto, presidente da Fecomercio:
“Em nome da Fecomércio-PE, o presidente Bernardo Peixoto se solidariza e transmite seus mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos pelo falecimento do empresário pernambucano Raymundo da Fonte. Com um grande legado para o comércio do Estado, ratificamos nosso voto de pesar pela grande perda e agradecemos à dedicação e trabalho prestado.”

Ricardo Essinger, presidente da Fiepe:
“É com profundo sentimento de pesar que a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) lamenta o falecimento do empresário Raymundo da Fonte, aos 99 anos. Líder incomparável, o empresário industrial fundou uma das empresas mais importantes do Estado, criando marcas de sucesso e de amplitude nacional.

O empresário deixa um legado inovador, que o colocou como um dos gigante do setor de limpeza, higiene pessoal, condimentos e inseticidas do Brasil. Um homem íntegro e um empresário criativo que fará muita falta para as nossas vidas. Nós, que fazemos a diretoria da FIEPE, manifestamos a nossa solidariedade e as mais sinceras condolências à família e amigos por esta inestimável perda.”

Folhape

Heleno Oscar destaca projetos em sessão virtual

Em sessão ordinária virtual, desta quinta-feira (06), o vereador Heleno Oscar, esclareceu a sociedade Caruaruense e reforçou a preocupação com a situação da Pandemia do Coronavírus, na Capital do Agreste.

Ele ressalta que no mês de abril, os parlamentares votaram e devolveram, o valor de 100 mil reais, a prefeitura de Caruaru, oriundos de economias feitas por todos os parlamentares, na Casa Legislativa, desta forma foi possível a devolução.

“Nas ruas somos cobrados pela população de que não estamos fazendo nada, porém conseguimos através de votação a devolução deste dinheiro exclusivamente para ajudar os mais necessitados, porém toda organização e distribuição quem está fazendo é a prefeitura, pois nós como poder legislativo não podemos por lei interferir.” destacou, Heleno Oscar.

Ainda em seu pronunciamento virtual, chamou atenção para estrada do Murici, 1° Distrito, que precisa mais uma vez ser feito o trabalho de recapeamento. Após as fortes chuvas, o local está com buracos e muitas ondulações. A solicitação foi feita ao Secretário de Obras, Rodrigo Miranda.

Lucro do Banco do Brasil cai 20% no 1º tri

O recuo no período foi reflexo do grande aumento das reservas para cobrir eventuais calotes, os quais têm perspectiva de aumento ante a atual crise econômica do coronavírus. Essas provisões tiveram alta de 63,3% no período, para R$ 5,5 bilhões. Do total, cerca de R$ 2 bilhões são parte de uma reserva complementar adicionada em resposta ao atual cenário.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (7), o Banco do Brasil afirmou que a divisão da provisão adicional ficou principalmente para o segmento de pessoas físicas, com R$ 1,17 bilhão. O segmento pessoa jurídica, por sua vez, ficou com R$ 824 milhões da provisão complementar, enquanto o agronegócio teve R$ 46 milhões. A inadimplência do banco público ficou em 3,17%, aumento de 0,17 p.p. (ponto percentual) em relação ao primeiro trimestre de 2019.

O Banco do Brasil é o último dos quatro grandes bancos de capital aberto do país a divulgar seu resultado do primeiro trimestre. Com exceção do Santander, os demais apontaram tombos significativos nos lucros líquidos do período, primordialmente causados pelo aumento das reservas para calotes. Apesar da queda no lucro, a carteira de crédito ampliada do BB -que inclui títulos de valores mobiliários- apresentou um avanço de 5,8%, para R$ 725,1 bilhões.

O destaque ficou para a carteira de pessoas físicas, que cresceu 9%, para R$ 217,2 bilhões. Já os empréstimos voltados para a pessoas jurídicas subiram 5,9% no período, para R$ 221,9 bilhões. As concessões para micro, pequenas e médias empresas tiveram avanço de 12%, para R$ 66 bilhões, enquanto o crédito para grandes empresas apresentou uma queda de 3%, para R$ 103,1 bilhões.

No início da pandemia, o Banco Central havia anunciado um pacote de medidas para injetar dinheiro no sistema financeiro, tais como a possibilidade de empréstimos garantidos por letras financeiras às instituições e a redução dos compulsórios (parcela do dinheiro dos clientes que os bancos deixam retida no BC). Os bancos também são responsáveis por 15% do total de recursos -os outros 85% serão financiados pelo governo- a serem emprestados pela linha de crédito emergencial voltada para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas (com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões). O crédito total a ser liberado é de R$ 40 bilhões.

Em nota, o banco afirmou que, em linha com a nota emitida pela Febraban e com o objetivo de minimizar os impactos momentâneos do atual cenário de pandemia, ofereceu aos clientes a possibilidade de repactuação de dívidas entre 60 e 180 dias, além de outras ações de apoio e orientação.

O BB manteve até R$ 100 bilhões para linhas de crédito, R$ 24 bilhões para pessoas físicas, R$ 48 bilhões para empresas, R$ 25 bilhões para o agronegócio e R$ 3 bilhões para suprimentos na área de saúde por prefeituras e governos. Segundo o banco, foram registrados mais de R$ 98 bilhões em desembolso de crédito e prorrogações. “Seguimos avaliando e monitorando os potenciais impactos na carteira de crédito, considerando as peculiaridades dos diversos segmentos, setores e linhas de crédito e temos adotado medidas proativas para a gestão do risco e do capital. Trabalhamos para preservar a continuidade das nossas operações e a sustentabilidade de longo prazo de nossa empresa e do relacionamento com nossos clientes e com nossos acionistas”, afirmou o banco em relatório.

As receitas com tarifas do BB tiveram alta de 4%, para R$ 7,1 bilhões. A margem financeira líquida (receitas com operações de crédito) do banco caiu 9,5%, para R$ 8,5 bilhões. Segundo o Banco do Brasil, em razão do ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronavírus, que tem exigido atualizações frequentes de cenários e de premissas, dificultando a construção de estimativas acuradas, as projeções para o ano (guidance) foram suspensas.

Folhapress

Após discordâncias com Anitta, Carreras anuncia retirada de emenda envolvendo classe artística

Através do Instagram, Anitta promoveu um debate com o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) na noite da terça-feira (5). As discordâncias na live geraram um resultado positivo para a classe artística. Carreras voltou atrás e retirou a emenda proposta por ele.

Anitta e Carreras discutiram sobre uma emenda à MP 948, que tinha como objetivo diminuir percentualmente o repasse de direitos autorais para compositores e mudar a forma de arrecadação.

Na noite da quarta-feira (6), por meio de carta, o deputado utilizou o seu perfil oficial do Instagram para anunciar o envio de um requerimento pedindo a retirada da emenda.

“Diante das informações contraditórias devido à falta de entendimento claro a respeito da nossa emenda à MP 948 e da possibilidade de termos um diálogo maior sobre o assunto com toda a classe em relação à transparência aos critérios de cobrança dos direitos autorais no Brasil, decidimos não esperar o relator da MP ser definido como é uso e costume do Congresso, e enviamos um requerimento direto para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com a solicitação que ele retire a emenda”, disse o primeiro trecho do documento.

“Vamos continuar lutando pela trasnparência do Ecad. No momento oportuno, proveremos uma série de audiências para discutirmos o assunto de forma plural, em Brasília, através da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Produção Cultural e Entretenimento. Convidaremos mais uma vez os artistas e a superintendente do Ecad para o debate. Nossa intenção é construir um diálogo sadio e com resultados práticos”, prossegue Carreras.

Anitta celebrou a decisão e republicou o documento no perfil da rede social. “VITÓRIA. Feliz de saber que toda a classe de músicos dormirá tranquila hoje com menos este problema. Agora vamos seguir com o foco no que importa no momento que é o covid 19 e depois que tudo passar reitero meu convite feito ontem na live”, escreveu a cantora.

Diario de Pernambuco

Tribunal mantém determinação para Bolsonaro entregar exame de coronavírus

O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) decidiu manter a determinação judicial que obriga a AGU (Advocacia-Geral da União) a divulgar os laudos de todos os exames realizados para detectar se o presidente Jair Bolsonaro foi infectado com o novo coronavírus.

A decisão, nessa quarta-feira (6), foi do juiz federal do TRF-3 André Nabarrete, que aponta a obrigatoriedade da entrega dos exames, e não só de relatórios médicos, como foi feito anteriormente pelo governo. “Apenas os próprios exames laboratoriais poderão propiciar à sociedade total esclarecimento”, diz a decisão de Nabarrete.

Na quinta-feira (30), a juíza federal Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou que a AGU fornecesses os laudos de todos os exames feitos pelo presidente para a detecção da Covid-19. A magistrada atendeu a um pedido feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A AGU, então, entregou ao jornal relatórios médicos, não os laudos dos exames. A magistrada considerou que a entrega dos relatórios “não atendia de forma integral à determinação judicial” que deu acesso ao jornal os laudos dos exames do presidente para a Covid-19.

A AGU recorreu da decisão ao TRF-3, argumentando que não existe obrigação legal de fornecer os referidos exames. Decisão de Nabarrete deu razão à juíza de primeiro grau.
Nesta quarta (6), foi divulgado que outro integrante do primeiro escalão do governo federal testou positivo para a Covid-19: o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, 59.

Segundo a equipe do porta-voz, ele teve sintomas leves, mas está bem e cumpre o período de isolamento em sua casa. “O general Rêgo Barros encontra-se em sua residência, cumprindo todos os protocolos recomendados e, até o momento, sem sintomas que mereçam maiores preocupações”, afirmou o Palácio do Planalto, em nota.
Segundo sua agenda oficial, o último dia em que o porta-voz despachou no Planalto foi em 30 de abril, uma quinta-feira.

O primeiro caso no Palácio do Planalto foi o do chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, diagnosticado com o vírus logo após o retorno da comitiva presidencial que viajou aos EUA no início de março. Entre membros da comitiva oficial e pessoas que estiveram com Bolsonaro nos EUA, mais de 20 pessoas contraíram a doença.

Entre eles, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington; a advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil; o número 2 da Secom, Samy Liberman; o chefe de cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, Alan Coelho de Séllos; e o presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), Sergio Segovia.

Dois ministros do governo já receberam teste positivo para o novo coronavírus: o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Folhapress

Vamos precisar de aumento temporário de impostos para pagar a crise do coronavírus, diz economista-chefe do Itaú

O preço que o Brasil pagará por ter sido atingido pela pandemia do novo coronavírus com uma dívida pública muito alta será um aumento temporário de impostos, segundo Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do Banco Central.

“Começamos nessa crise como um ponto totalmente fora da curva”, diz ele, em referência ao endividamento do país, que, por critérios do FMI (Fundo Monetário Internacional), já beira 90% do PIB (Produto Interno Bruto), contra uma média de 53% do PIB dos países emergentes.

Para Mesquita, há consenso sobre a necessidade de o governo realizar gastos emergenciais para responder à dupla crise, na saúde e na economia. Mas eles resultarão em uma dívida ainda mais alta: “A gente vai ter que pagar por isso. O Brasil vai ter que pagar essa conta”, afirma.

O economista ressalta que a situação brasileira é agravada ainda pela turbulência política: “Essa incerteza reduziu a confiança sobre a manutenção dos rumos da política econômica”.

Isso terá reflexos que tendem a se estender após a crise, quando o Brasil poderá ficar de fora do radar de investidores em busca de ativos com boa remuneração. “O Brasil pode não se beneficiar dessa onda, se a gente continuar em um processo de alta instabilidade política e se existirem dúvidas sobre a política fiscal”, diz.

Segundo ele, é importante que, passada a crise neste ano, o governo retome o compromisso com o controle de gastos. Isso, no entanto, não será suficiente para garantir a capacidade de pagamento da dívida pública, que precisará ser financiada com o aumento da já elevada carga tributária, equivalente a 33,2% do PIB em 2019.

Mesquita destaca que, embora essa discussão não seja apropriada para este momento, no segundo semestre ou no início de 2021, ela será inevitável. “Teremos que distribuir o custo dessa crise de uma forma socialmente justa, tanto quanto possível”, diz o economista.

Entrevista:

O quanto a recente instabilidade política agrava nossa situação econômica em meio à pandemia?
MÁRIO MESQUITA – Incerteza é sempre ruim para a confiança e, portanto, para decisões de investimentos. Toda essa volatilidade política não só dificulta a resposta à crise no curto prazo, mas atua contra uma eventual retomada da economia. A incerteza que o mercado teve na semana passada, ainda não totalmente eliminada, reduziu a confiança na manutenção dos rumos da política econômica e isso só veio atrapalhar.

Como isso atrapalha?
MM – Causa elevação do risco-país, contribui para a depreciação da moeda, além do que justificariam os fundamentos da economia, o que pode, lá na frente, gerar riscos inflacionários. Contribui para a elevação das taxas de juros mais longas, atuando contra uma eventual recuperação da economia.

Qual já tem sido o impacto da pandemia sobre a economia real no Brasil?
MM – A gente aqui no Itaú tem um indicador próprio de atividade econômica em frequência diária, com base no que a gente consegue enxergar, como o consumo de energia elétrica. Esse indicador mostrou uma queda muito abrupta nos primeiros 10 dias do distanciamento social, entre 15 a 25 de março, aproximadamente.

E, depois, ele começou a se recuperar. Então, grosso modo, considerando um nível 100 como ponto de partida pré-crise, ele caiu para algo como 55 e, agora, está próximo a 65, 70.

Para a gente se recuperar mais, precisaremos ter o início do relaxamento das medidas do distanciamento social o que, por sua vez, requer que a gente passe do pior momento da curva da pandemia.

Essa melhora que vocês observaram no índice não é inconsistente com o isolamento social que deveria estar sendo feito?
MM – Acho que tem dois fatores aí. Em parte, algum impacto das políticas de transferência de renda que o governo fez, sustentando a atividade, mas também um certo relaxamento espontâneo das medidas de distanciamento social. O pior cenário é um relaxamento das medidas, de forma prematura, que te force voltar a adotá-las.

Qual é sua avaliação da gestão da crise no Brasil?
MM – Não sou especialista em saúde. Do ponto de vista da economia, a gente está tendo uma resposta fiscal intensa, equivalente a algo entre 5% e 6,5% do PIB, muito maior do que em crises anteriores.

É uma resposta suficiente?
MM – Era a resposta possível para um país que já entrou na crise altamente endividado. Uma lição que fica dessa pandemia é que, eventualmente, quando a gente tiver períodos de crescimento, de bonança, temos que trabalhar para constituir reservas locais. Temos as reservas internacionais lá no Banco Central, mas precisamos de reservas fiscais robustas para poder lidar com esse tipo de contingência.

Não tendo, paciência, teremos um aumento grande de endividamento. Ninguém vai insistir na persistência do ajuste fiscal, ao longo de 2020, em uma crise tão severa quanto esta. O mercado está, absolutamente, consciente disso. Os economistas todos, independente do viés ideológico, concordam. No entanto, é preciso reconhecer que já tínhamos uma situação de endividamento elevado.

Como nossa dívida se compara à de outros países emergentes?
MM – Pelos critérios do FMI, a dívida dos emergentes com qualidade de crédito melhor é de 20% do PIB. Se considerarmos todos os emergentes, a média é 53% do PIB e a dívida brasileira já é quase 90% do PIB. Ou seja, já começamos nessa crise como um ponto totalmente fora da curva. A gente vai ter que pagar por isso. O Brasil vai ter que pagar essa conta.

Como?
MM – É inevitável que, no futuro, a gente tenha um certo aumento da carga tributária, ainda que, idealmente, temporário. A gente estava discutindo uma reforma tributária de forma muito voltada ao crescimento, ao aumento da eficiência da economia, à redução do custo envolvido no pagamento de impostos.

Mas, agora, teremos que distribuir o custo dessa crise, de uma forma socialmente justa, tanto quanto possível. A sociedade tem que ter maturidade, e acho que terá, para lidar com isso.

Então, a discussão da reforma tributária terá um componente adicional sobre aumento temporário de impostos, para colocar a dívida de volta em uma trajetória sustentável, em um horizonte razoável. Mas esse é um debate para o pós-crise.

Como aumentar a carga tributária em um país como o Brasil, onde ela já é tão alta?
MM – Concordo que a carga é elevada. No entanto, a dívida também é, e está ficando mais elevada ainda. O gasto público é pago por impostos. Ou impostos hoje, ou impostos no futuro. Ou impostos explícitos, ou impostos disfarçados, entre os quais, o mais conhecido nosso é a inflação.

Vamos ter que continuar, lá na frente, não agora, com a agenda de austeridade, de controle de gastos, mas não conseguimos fazer tudo só do lado do gasto. Então, a carga tributária vai ter que aumentar e ser distribuída de forma mais razoável.

Por exemplo, chegou-se a discutir muito a cobrança de imposto sobre fundos exclusivos. Temos que revisitar o tratamento tributário em vários setores, várias atividades, a questão da “pejotização” também pode ser discutida. Há pessoas que fazem a mesma atividade, mas uma, como pessoa física, paga muito mais impostos do que a outra, como PJ (pessoa jurídica). Então, isso tudo terá que ser discutido, mas não agora. No pós-crise, imagino que no segundo semestre ou no início do ano que vem.

Como tem sido a busca das empresas pelas linhas de crédito emergenciais?
MM – Houve um aumento grande da demanda por crédito por parte das empresas maiores. Entre as de porte pequeno e médio, a gente tem notado uma relutância em pegar linha para financiar a folha de pagamentos, porque eles não sabem se vão conseguir manter a mão-de-obra do mesmo tamanho.

Esse ponto talvez precise ser revisto?
MM – Não sei, porque a preocupação do governo com o emprego é legítima e bastante grande. A restrição que existiu inicialmente à concessão de financiamento às pequenas empresas com pendência previdenciária inicialmente limitou a efetividade da medida, dado que 70% delas têm problemas. A revisão desse aspecto deve aumentar o impacto da medida.

Após a crise, como deverão ficar os fluxos de investimentos?
MM – A gente está tendo mais uma rodada de expansão monetária global bastante intensa e isso vai levar a uma busca por retornos, por diversificação do investimento, que tende a beneficiar os mercados emergentes. Só que você tem que se ajudar também, não é? E, por se ajudar, me refiro a ter menos instabilidade política, apresentar números de crescimento melhores.

O Brasil não vai, necessariamente, se beneficiar dessa onda, como se beneficiou na saída de crises anteriores, se a gente continuar em um processo de alta instabilidade política e se existirem dúvidas sobre a política fiscal. Nós temos uma âncora institucional que é o teto de gastos, que dá aos investidores o conforto de “ok, a dívida é muito alta, mas, lá na frente, ela vai cair porque você vai ter um limite do crescimento do gasto”. Se a gente em algum momento se livrar do teto de gastos, vai perder essa âncora.

O setor privado teria interesse em fazer os investimentos de que o Brasil precisa?
MM – Acho que sim, porque existe uma demanda por infraestrutura muito grande. Se tivermos regras claras, um ambiente de licenciamento que faça sentido, menos oneroso, menos lento, você pode, sim, ter um aumento de investimento do setor privado, uma vez superada a pandemia.

Haverá espaço para retomar a discussão sobre outras reformas, além da tributária, após a pandemia?
MM – É possível que o Congresso, no segundo semestre, já esteja de olho nas eleições para a sucessão dos presidentes Rodrigo Maia (Câmara dos Deputados) e David Alcolumbre (Senado). Então, a perspectiva de reformas adicionais ficou muito mais incerta. Adoraria poder dizer que a gente vai fazer desse limão uma limonada, mas tenho dúvidas se vamos conseguir.

Mário Mesquita, 54
Economista-chefe Itaú Unibanco. Foi sócio do Banco Brasil Plural, diretor de Política Econômica do Banco Central, economista-chefe do ABN Amro no Brasil e atuou também no FMI (Fundo Monetário Internacional). Tem doutorado em economia pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e mestrado em economia pela PUC do Rio

Folhapress

Pague Menos prepara presente especial para o Dia das Mães

Próximo domingo (10/5), será o Dia das Mães, mas com as medidas de distanciamento social e inúmeras lojas ainda fechadas, muitos filhos não conseguirão se reunir com suas mães ou comprar um presente para celebrar esse dia especial. Pensando em garantir conveniência aos clientes e ajudá-los a demonstrar esse carinho, a Pague Menos oferece camisetas comemorativas com frases especiais para que todos possam expressar seu amor e afeto, mesmo à distância.

Cada camiseta, que custará R$30, traz uma mensagem inspiradora, lembrando que os verdadeiros sentimentos nos unem ainda mais nesse momento. Em cores variadas, é possível escolher entre uma das três opções: “Amor de mãe é sempre o melhor remédio”, “O amor que nos une nem a distância separa”, e “Contando os segundos pra gente se abraçar de novo”. As camisetas temáticas são um mimo adicional para quem escolheu presentear com produtos de cuidado pessoal e beleza ou dermocosméticos – que podem ser encontrados na Pague Menos, com descontos e promoções variadas.

Os modelos estão disponíveis nas lojas Pague Menos de Fortaleza, Salvador e Recife. E para garantir a segurança de todos, também podem ser comprados pela loja e-commerce, com opção Clique&Retire. Nesse caso, a entrega pode ser na casa do cliente ou diretamente na casa de sua mãe.

Hemope Caruaru vai celebrar dia das mães com homenagens

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Caruaru – HEMOPE irá celebrar próxima sexta – feira (08), o dia das mães. Este ano, a celebração será diferente por causa da pandemia que estamos passando e não poder aglomerar pessoas. O Hemope junto com a Estação Regional do Governo Presente Caruaru vão homenagear as três mães que mais doaram sangue na Instituição. Sendo elas: Dona Valdete Vieira, que já realizou 52 doações, Dona Josefa Alves, que já soma 30 e dona Rita Nascimento que já totaliza 27 doações.

“Sempre procuramos aproveitar essas datas comemorativas para incentivar as pessoas a doarem sangue. Mas como estamos vivendo dias difíceis com essa pandemia, sem podermos aglomerar pessoas , então decidimos fazer algo mais intimista e nada mais justo que homenagear essas mães guerreiras que mais doaram sangue em nosso Centro”, destacou Elayne Simões, diretora do Hemope Caruaru.

“Me sinto muito lisonjeada e Feliz em ser homenageada. Doar sangue pra mim sempre foi um sonho. Fiz minha primeira doação pra salvar meu irmão, depois disso não parei. Todo mundo devia doar, além de salvar vidas te faz uma pessoa melhor”, frisou Dona Valdete Vieira.

As homenagens acontecerão às 9h, no Hemope Caruaru em comemoração ao Dia das Mães que será celebrado próximo domingo (10). As homenageadas também serão contempladas por um lanche ofertado pelo Buffet Renato Machado, brindes do O Boticário e flores doadas por Neide Flores, grandes parceiros do Centro.

Lembrando que o Hemope Caruaru funciona de segunda a sexta – feira das 7h30 às 17h, na Avenida Osvaldo Cruz, s/n bairro Mauricio de Nassau e está a sua espera para doação. Todos os tipos de sangue são bem-vindos e para doar basta estar em boas condições de saúde e alimentado, sem sintomas de gripe/resfriado, ter entre 16 e 69 anos (18 e 60 anos na atual pandemia), pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente.
Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes.
Mais informações podem ser obtidas através do número 3719 – 9569.

V GERES informa novos prazos da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que estava programada para terminar em 22 de maio seguirá agora até 05 de junho, além disso, o DIA D, que aconteceria no próximo sábado, 09/05, foi suspenso. A terceira fase da vacinação inicia agora em 11 de maio, sendo que de 11 a 17 de maio será voltada para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, puérperas no pós-parto até 45 dias e pessoas com deficiência. Depois, no período de 18 de maio a 5 de junho, irá incluir pessoas de 55 a 59 anos e professores.

As novas datas foram informadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. O PNI regional faz parte da V Gerência Regional de Saúde. Segundo Catarina Tenório, o cronograma sofre poucas modificações. “Nossa dispensação das vacinas já estava organizado para atender a demanda dos municípios, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Nossos índices de vacinação estão acima dos 90% dos grupos a serem vacinados.” – Afirma a gestora.

A vacina contra a gripe protege contra os três tipos de vírus Influenza mais comuns no Brasil, os vírus influenza A(H1N1), A(H3N2) e Influenza B. Embora não tenha eficácia contra o Covid-19, ajuda no diagnóstico, já que há o descarte imediato das gripes devido a imunização.

3ª ETAPA DA CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO
De 11 a 17/05 serão vacinadas crianças de seis meses a menores de seis anos, pessoas com deficiência, gestantes e mães no pós-parto (puérperas)
De 18/05 a 05/06 adultos de 55 a 59 anos, professores das escolas públicas e privadas