Covid-19 segue o fluxo da BR-232 e invade o Interior de PE

Em entrevista virtual na tarde da segunda-feira (20), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, chamou atenção para o fato de a epidemia do novo coronavírus em Pernambuco acompanhar o fluxo da BR-232. A afirmação foi para exemplificar o espalhamento do vírus pelo Interior do Estado.

Esse cenário é apontado também pelo o painel analítico da Covid-19 realizado pelo Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (CIEG) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que é atualizado constantemente desde o dia 17 de março e ajuda a cartografar a geografia da pandemia em Pernambuco. O monitoramento mostra como a doença se espalhou pelo território estadual em pouco mais de 30 dias, estando presente hoje em 86 dos 185 municípios pernambucanos. O conteúdo está disponível para o público no site: www.fundaj.gov.br.

“A análise desses mapas mostra que a pandemia tomou Recife, tornando a cidade seu epicentro, depois, espalhando-se pelos municípios que constituem a região metropolitana (RMR). Concentração urbana, proximidade geográfica e migração pendular são alguns dos motivos que explicam essa dispersão dos casos confirmados”, afirmou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire.

Ao analisar dados disponibilizados pelo painel, observa-se que a elipse de distribuição do dia 18 de abril, por exemplo, com um desvio padrão, mostra o alto grau de concentração dos casos na RMR. O Recife, por exemplo, atingiu nesta segunda-feira (20), a marca de 100 óbitos em decorrência da Covid-19. Já são mais de 1.550 casos de infecção pelo novo coronavírus na Capital.

As outras áreas mais atingidas também estão na RMR: Olinda (223), Jaboatão dos Guararapes (204), Paulista (153), Camaragibe (105) e São Lourenço da Mata (68). Mas está sendo cada vez maior o número de casos registrados em municípios mais distantes geograficamente do epicentro estadual, a exemplo de Ipubi, Poção e Jatobá.

“Já não há território nas porções setentrional e meridional da costa pernambucana que não tenha alguma densidade de casos. Entretanto, a forte concentração de casos persiste no aglomerado urbano, surgindo um outro aglomerado em torno de Caruaru”, pontuou Neison Freire.

À medida que o contágio se intensifica pelo modelo histórico de ocupação do território, a disseminação avança em direção ao Interior, pelo seu principal eixo rodoviário, a BR-232 (difusão hierárquica). Aos poucos, o sertão pernambucano vai sendo tomado pela pandemia, demonstrando a mudança no perfil de contaminação.

“A RMR concentra 80% dos casos, por isso se fala mais nela no momento. Mas é natural que haja uma expansão da doença para o Interior. E isso está seguindo o fluxo da BR-232”, apontou André Longo.

Folhape

Agronegócio ganha ferramenta que acompanha evolução da Covid-19

Produtores do agronegócio já podem acompanhar, de forma on-line, a evolução dos dados de notificações e óbitos decorrentes da Covid-19 em todo o Brasil.

O objetivo da ação é ampliar, para agricultores e produtores, o acesso a informações sobre a situação do novo coronavírus, a partir de painéis estratégicos. A ferramenta vai oferecer dados diários, além da situação espacial por estado, com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre a doença.

A iniciativa partiu da unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Territorial (Embrapa), localizada no município de Campinas, no estado de São Paulo.

A instituição pretende apoiar estratégias de inteligência, gestão e monitoramento territorial do Governo Federal na pandemia do coronavírus.

De acordo com a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, a ferramenta vai ajudar no planejamento de produção e venda dos produtores rurais.

“O produtor pode ter, por exemplo, ideia do mercado consumidor e definir para onde manda aquela produção dele. “Eu mando a minha produção para um estado vizinho que está com casos de Covid-19 altos e números. Qual que é a minha logística, a minha organização, está permitindo que eu acesse esse mercado, ou não. Importante até para fazer planejamento sobre como vai tratar a comercialização da produção”.

Além dos dados estaduais, a instituição pretende oferecer dados da doença por município. A chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, informou, ainda, que a Embrapa está ofertando cursos online de graça para que esses agricultores e pecuaristas fiquem e se preparem para atuar e se prevenir contra a Covid- 19.

“Além de dados estatísticos, tem informações sobre cursos on-line oferecidos gratuitamente para os produtores: assistência técnica em geral, cuidados na prevenção para algumas categorias especificas, para o suinocultor e para o agricultor, por exemplo. Quais são os impactos da Covid-19 na caprinocultura e na ovinocultura. Na pecuária de corte também tem orientações. Então, é um conjunto de informações que a gente está reunindo para informar os nossos clientes, os nossos parceiros”.

Para acessar as análises territoriais e os dados sobre a Covid-19 no país, basta o produtor acessar o portal www.embrapa.br

Estudantes paraenses criam aplicativos voltados para deficientes visuais

O estado do Pará possui dois representantes como finalistas da 8ª edição do Campus Mobile, concurso de inovação e empreendedorismo, realizado pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), com patrocínio do Instituto Claro e apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que busca estimular os estudantes universitários e jovens recém-formados a desenvolverem soluções por meio de aplicativos, produtos e serviços do segmento mobile que promovam impacto social e benefícios à população.

O aplicativo ChartVision, finalista na categoria Diversidade, tem como objetivo integrar estudantes com deficiências visuais em interações com gráficos de dados. A proposta é um aplicativo totalmente voltado para deficientes visuais no qual elas possam carregar dados de um gráfico em um formato específico (como a Vega-Lite) ou digitalizar um gráfico usando a câmera. O aplicativo permite que o usuário explore os elementos visuais do gráfico por meio do toque, deslizando sobre a tela, com respostas ao tato sobre cada elemento. A solução foi desenvolvida pelo estudante Alan Trindade De Almeida Silva, da Universidade Federal do Pará.

Concorrendo na categoria Smart Farm, o aplicativo FARM.GO – Agricultura Familiar em um Click visa conectar produtos da agricultura familiar a pessoas da cidade em que o app está sendo utilizado e que procuram por alimentos saudáveis sem sair de casa. Além disso, o aplicativo conta com entregadores parceiros e que podem se cadastrar na plataforma e receber por horas trabalhadas.A plataforma foi desenvolvida por Mauricio Pantoja, estudante na Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

Oportunidade de conhecer o Vale do Silício – Cada aplicativo concorre com outros dois projetos em suas respectivas categorias do Campus Mobile. Ao todo são 18 projetos finalistas divididos em seis categorias: Saúde, Diversidade, Smart Cities, Smart Farms, Educação e Games. Os vencedores do concurso serão premiados pelo Instituto Claro com uma viagem ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, para uma imersão nas principais empresas de tecnologia do mundo. O resultado, com a indicação dos vencedores, será divulgado no mês de maio.

Conheça todos os finalistas no portal https://www.institutonetclaroembratel.org.br/nossas-novidades/conheca-os-projetos-selecionados-para-a-8a-edicao-do-programa-campus-mobile/

SOBRE O INSTITUTO CLARO

A área de Responsabilidade Social da Claro investe continuamente em ações relacionadas à Educação e à Cidadania, por meio do Instituto Claro, com o objetivo de atuar em frentes sociais que integram a tecnologia e a informação como fonte de desenvolvimento e conhecimento. Desta forma, realiza e apoia projetos como o Campus Mobile, o Educonex@o, o Programa Dupla Escola, entre outros. O Instituto Claro é qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Ministério da Justiça, e é reconhecido pelo Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI/ONU) como uma organização não governamental corporativa que promove os ideais e princípios sustentados pela Carta das Nações Unidas.

MEC lança portal de monitoramento durante a pandemia

Larissa Lima, do Portal MEC

Em parceria com universidades, o Ministério da Educação (MEC) criou um portal para monitorar o funcionamento e as principais ações das universidades, dos institutos federais, dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e do Colégio Pedro II durante a pandemia do novo coronavírus. A atualização do painel é feita pelas próprias instituições.

O objetivo é verificar em tempo real as redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal para saber onde e como o governo pode agir de maneira mais efetiva, sempre em conjunto com os entes federativos, entidades representativas e as próprias instituições.

O MEC trabalha em conjunto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Unimed) para lançar, em breve, outro painel de monitoramento, desta vez, da educação básica. “Com a ferramenta, será possível monitorar a quantidade de ações realizadas e o número de pessoas beneficiadas em todo o país durante a pandemia”, afirmou o secretário-adjunto de Educação Superior do MEC, Tomás Sant’Ana.

A plataforma vai proporcionar que as ações das instituições cheguem de maneira atualizada a milhões de brasileiros. Engajado no controle à pandemia, o sistema federal de ensino tem contribuído com testes para detecção do vírus, produção e distribuição de alimentos, de álcool em gel, de protetores faciais e de respiradores, além de pesquisa em desenvolvimento de vacina e assessoramento aos órgãos de saúde.

O portal é abastecido em uma dinâmica informatizada de cruzamento de informações. “Os dados coletados com a rede são processados em uma plataforma de Big Data, que relaciona informações da Plataforma Nilo Peçanha, Censo da Educação Superior, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Portal da Transparência para cálculo automático dos indicadores, construção de mapas interativos e visuais das ações das instituições”, afirmou o professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e desenvolvedor do painel, Poty Lucena.

A ferramenta é fruto de parceria entre o MEC e a UFOB, a Universidade Federal do Cariri (UFCA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e com a Universidade Federal de Viçosa (UFV).Conheça a plataforma – O painel tem um ícone de “Ações de enfrentamento”. Ao clicar nele, o usuário tem acesso a mais de 1,2 mil ações realizadas com um alcance, ao todo, para 75,4 milhões de pessoas. O portal lista trabalhos das instituições de ensino superior, como produção e distribuição de equipamentos de proteção individual.

Há também abas para verificar o funcionamento das universidades e dos institutos federais. O internauta, por meio de um mapa do Brasil e de gráficos, saberá se a instituição que pesquisa tem aulas parciais, remotas, normais ou suspensas. É possível verificar em qual data foi feita a última atualização das informações.No botão “Painel Geral”, está disponível um raio-X do sistema federal de ensino, com números dos docentes, discentes, técnicos e do percentual de funcionários com atividades suspensas das instituições.

Governo compra mais 3,3 mil respiradores fabricados no Brasil

O Ministério da Saúde assinou, nesta segunda-feira (20/04), contrato para aquisição de 3,3 mil respiradores da empresa brasileira KTK Indústria e Comércio Ltda. O investimento federal para a aquisição dos equipamentos é de R$ 78 milhões. Com esta nova compra, o Governo do Brasil totaliza 14.100 respiradores/ventiladores pulmonares para fortalecer a rede pública de saúde no enfrentamento da pandemia por coronavírus (COVID-19). Os equipamentos ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos e seu uso é indicado nos casos graves da doença, que apresentem dificuldades respiratórias.

A primeira entrega dos respiradores pulmonares adquiridos da KTK está prevista para maio, com 1.150 aparelhos. A expectativa é de que os demais aparelhos sejam entregues em até 90 dias.

Este é o terceiro contrato de compra que o Ministério da Saúde assina com empresas nacionais para a fabricação dos aparelhos, totalizando um investimento de R$ 658,5 milhões na aquisição de respiradores pulmonares. As aquisições fazem parte do esforço do Ministério da Saúde para garantir assistência a pacientes graves atendidos na rede pública de saúde.

O Ministério da Saúde já havia assinado contrato para a compra de 6,5 mil ventiladores pulmonares da empresa MagnaMed, no dia 7 de abril, e de 4,3 mil ventiladores da empresa brasileira Intermed Equipamento Médico Hospitalar, em 13 de abril. A empresa Magnamed já entregou 133 respiradores e a empresa Intermed outros 120, totalizando 253 entregues. Assim, o Ministério da Saúde já distribuiu 232 aparelhos para nove estados do país: Ceará (45), Pernambuco (20), Amazonas (35), Amapá (25), Pará (20), Paraná (20), Santa Catarina (17), Espírito Santo (10) e Rio de Janeiro (40).

Leitos volantes
O Ministério da Saúde iniciou em março deste ano a locação 3 mil leitos de UTI de instalação rápida, sendo que todos contam, cada um, com um respirador. Desse total, 540 leitos de UTI já foram distribuídos para os 26 estados e o Distrito Federais. Dos primeiros leitos distribuídos, 340 foram instalados em 11 estados (BA, MS, MG, PA, PR, PE, RJ, RN, RS, SC, SP) com maior demanda de casos, segundo curva epidemiológica.

Esses leitos são do pacote de leitos volantes de instalação rápida, na preparação para assistência aos pacientes que apresentem gravidade nos casos da COVID-19. As UTIs volantes são de instalação rápida, sem a necessidade de maiores reformas estruturantes. Bastam apenas ajustes como a adequação elétrica e tubulação de gases. Cada kit de 10 leitos possui oito equipamentos, desde ventilador pulmonar microprocessado (respirador) até desfibrilador/cadioversor com tecnologia bifásica. O prazo para montagem é de sete a 10 dias.

Ministério da Saúde amplia para 46,2 milhões aquisição de testes

O Ministério da Saúde ampliou de 23,9 milhões para 46,2 milhões a previsão de aquisição de testes, seja por compras diretas ou por meio de doações, para diagnóstico da COVID-19. Deste total, são 24,2 milhões de testes RT-PCR (biologia molecular) e 22 milhões de testes rápidos (sorologia). A iniciativa faz parte dos esforços do Ministério da Saúde na busca de novas compras no mercado nacional e internacional para ampliação da testagem do coronavírus no Brasil.

Até o momento, mais de 2 milhões de testes rápidos já foram distribuídos aos estados de todo o país. Eles foram doados pela mineradora Vale ao Ministério da Saúde para auxiliar o Brasil no enfrentamento ao coronavírus. Deste montante, 180 mil seguiu para uso em pesquisas e 247 mil para compor o estoque estratégico do Ministério da Saúde. No total, a Vale doou ao Ministério da Saúde 5 milhões de testes rápidos. Outros 5 milhões, adquiridos por bancos privados, devem ser doados à pasta.

Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Saúde abriu edital de chamamento público para aquisição de mais 12 milhões de testes rápidos para diagnóstico da COVID-19. As propostas devem ser enviadas à pasta até às 23h59 desta quarta-feira (22/4), conforme orientações que constam no Aviso de Chamamento Público, divulgado no Diário Oficial da União (DOU).

Em relação aos testes RT-PCR (biologia molecular), o Ministério da Saúde já enviou 524.296 mil unidades aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) de todo o país. O quantitativo faz parte das aquisições já entregues ao Ministério da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz (161.704), Instituto de Biologia Molecular do Paraná – IBMP (62.592) e doação da Petrobrás (300 mil).

Além disso, o Ministério da Saúde adquiriu, via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), 10 milhões de testes RT-PCR (biologia molecular) para COVID-19. A previsão é que cerca de 500 mil testes comecem a chegar na semana próxima semana e, depois, cerca de 800 mil a cada semana.

No último domingo, chegaram ao Brasil mais 1 milhão de testes rápidos doados pela Vale e outros 300 mil testes RT-PCR doados pela Petrobras, que começarão a ser distribuídos nos próximos dias.

UniFavip|Wyden divulga pesquisa do valor da cesta básica

Mais uma pesquisa mensal sobre o valor da cesta básica, realizada por alunos dos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip | Wyden, coordenada pela professora Eliane Alves, foi divulgada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Segundo os dados levantados, houve um aumento de 12,68% no mês de março de 2020, sendo a quinta alta consecutiva e a maior dos últimos 14 meses. De acordo com a pesquisa, no terceiro mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 316,85 para R$ 357,02.

Foi constatado, segunda a professora Eliane Alves, em relação ao último mês, que o leite (6,04%) e a farinha (3,18%) foram os únicos itens que não registraram alta, enquanto o tomate (25%), a banana (30%), o feijão (15,52%), a carne (15,23%) e o arroz (5,26%) tiveram maior contribuição para o aumento do valor final da cesta, respectivamente.

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), responsável pela realização mensal da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, o valor da cesta básica, em março de 2020, aumentou em 15 das 17 capitais onde o departamento faz a pesquisa. Entre elas está Recife, que foi a quinta que mais acumulou aumentos em 2020, com (10,03%). A capital pernambucana fechou março com o valor da cesta em R$ 433,28. Se compararmos Caruaru e Recife, a alimentação básica da Capital do Agreste continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 76,26 – excepcionalmente, para este mês, a pesquisa nacional foi baseada em dados coletados até 18 de março, devido à pandemia.

Baseado ainda na metodologia do DIEESE, a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em março de 2020, de R$ 2.999,30 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Em relação as horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em março utilizou 37,43% (82h 33min) de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação.

FPF descarta jogos em maio e discute protocolo de treinos com clubes

Em reunião por videoconferência, realizada nesta segunda (20), representantes dos clubes pernambucanos, da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) debateram a criação de um protocolo sobre como funcionará um futuro retorno aos treinos, paralisado atualmente por conta da pandemia do novo coronavírus. No encontro, os dirigentes ressaltaram que está descartado o retorno das competições em maio, alertando que qualquer volta parcial à rotina esportiva precisará do aval do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife.

No encontro, além do presidente da FPF, Evandro Carvalho, e do diretor de competições, Murilo Falcão, estavam dirigentes do Trio de Ferro da capital. Pelo Náutico, compareceram Diógenes Braga (vice de futebol) e Múcio Vaz (médico). Lucas Drubscky (executivo de futebol) e Stemberg Vasconcelos (médico) representaram o Sport. O médico Antônio Mário Valente marcou presença para o Santa Cruz.

Paulo Roberto, presidente do Vitória, foi o porta-voz das equipes do interior. Quem também participou da discussão foi o presidente da Comissão de Médicos da CBF, Jorge Pagura, apresentando um protocolo estabelecido pela entidade máxima do do futebol nacional para o retorno das atividades – modelo que será utilizado como base pela FPF.

Evandro Carvalho voltou a enfatizar que a CBF tem como meta encerrar os estaduais para, em seguida, iniciar o Brasileiro. “A competição pode até adentrar o ano de 2021, terminando em janeiro”, disse o mandatário. No caso do Estadual, ainda há cinco datas a serem cumpridas, sendo uma da rodada final da primeira fase e quatro de mata-mata (uma das quartas, uma das semifinais e duas das finais). A meta é que os torneios recomecem em junho.

“Queremos encurtar a liberação da volta aos treinos físicos,. Não os com bola (e contato), mas sim aqueles que estão sendo feitos na Alemanha e na Bélgica. Os atletas têm feito trabalhos individuais, mas em casa e com a família. O período de férias termina em abril e precisamos olhar também a parte financeira dos clubes. Se jogarmos em junho, precisamos que o atleta retorne bem. Se não estiver em condição técnica, que esteja pelo menos em condição física”, apontou Falcão. Já Drubscky demonstrou preocupação em uma volta atrelada apenas ao condicionamento dos profissionais. “Os treinamentos técnicos e táticos são imprescindíveis para uma equipe de futebol. Não consigo ver o reinício da competição apenas com os treinos físicos. Seria quase impossível”, argumentou.

Os dirigentes pernambucanos também destacaram que o retorno aos trabalhos não acontecerá apenas por vontade dos clubes. “Não tomaremos qualquer decisão sem o aval dos poderes estaduais e federais”, disse Múcio Vaz. O médico coral, Antônio Mário, ressaltou que alguns profissionais do Santa estão atuando na linha de frente no combate ao vírus. Um exemplo é o massagista do clube, Catatau. “Treinar é mais do que reunir jogadores. Precisamos ter cuidado na volta porque algumas pessoas que hoje estão trabalhando nos hospitais podem ser vetores da doença”, apontou.

Pernambuco perto de 100% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19

A estratégia da Secretaria de Saúde de Pernambuco no enfrentamento à Covid-19 era estar um passo à frente da doença provocada pelo novo coronavírus. Para isso, foram impostas medidas de distanciamento e isolamento social e iniciada uma corrida contra o tempo para abrir novos leitos.

Mas, sem atingir o índice de isolamento necessário, o Estado vê os hospitais incharem e a intenção de retardar a aceleração da doença se tornou um plano frustrado. Dos 319 leitos de terapia intensiva (UTI) destinados ao enfrentamento da doença, 99% estão ocupados segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

O cenário abre uma nova e dramática fase da epidemia no Estado, a de fila de espera por uma vaga em UTI. “Esse número impõe uma situação crítica, que coloca pessoas mais tempo do que deveriam em espera por um leito. Todo dia há um esforço enorme para abrir leitos, mas aquele passo que estávamos à frente da epidemia, já não estamos mais. Estamos alinhados, epidemia e leito. E isso é bastante preocupante, uma vez que não estamos praticando as medidas de isolamento social”, explicou Longo, em entrevista virtual concedida no fim da tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com as projeções feitas acerca da doença e sua transmissibilidade mundo afora, 70% é o índice mínimo ideal de engajamento da população com o isolamento social para que haja uma cadencia menos agressiva do ritmo de aceleração de casos. Pernambuco oscila na casa dos 50% de adesão, o que já evitou um número maior de mortes, mas não é suficiente para achatar a curva epidêmica ao ponto de garantir atendimento hospitalar a todos que necessitarem segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

“Fazemos um apelo à população, uma vez que o índice de isolamento tem caído e isso nos traz grande preocupação e temor. Este isolamento moderado resultará em curva mais acelerada de crescimento da epidemia e maior número de óbitos. Apelamos cada vez mais pelo reforço da higiene, da etiqueta respiratória e de sair de casa apenas quando estritamente necessário. Precisamos proteger a nossa saúde e a de quem a gente gosta”, frisou o gestor.

“A Covid-19 tem uma taxa de letalidade 10 vezes maior que a da última epidemia enfrentada aqui, a H1N1, em 2009. Essa situação requer de todos nós um compromisso com esse enfrentamento”, completou. A ocupação atual das enfermarias nas unidades públicas é de 78% de um total de 327 leitos destinados ao enfrentamento da doença.

Folhape

Bancários da Caixa orientam sobre recebimento e saque do auxílio emergencial

A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (20) a antecipação do pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial. A partir desta quinta-feira (23) e até o próximo dia 29, os beneficiários inscritos no Cadastro Único e aqueles que fizeram o cadastro por meio do aplicativo ou do site Auxílio Emergencial, que já receberam a primeira parcela, começarão a ser pagos. A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) reforça que os pagamentos ocorrem digitalmente — sem a necessidade de ida às agências — e que os saques dos valores, em dinheiro, começam na próxima segunda-feira (27), conforme novo calendário divulgado pelo banco (mais detalhes, abaixo).

A Caixa informou que 24 milhões de pessoas receberam R$ 16,3 bilhões em auxílio emergencial, até esta segunda-feira. Os pagamentos estão sendo feitos digitalmente e os saques dos valores, em dinheiro, ocorrerão de forma escalonada, até o dia 5 de maio.
Os beneficiários que não têm conta bancária receberão por meio da Poupança Digital Caixa. Mais de 10 milhões de contas já foram abertas pelo banco para o depósito do auxílio emergencial. Mais de 38 milhões de pessoas se cadastraram para receber o benefício.

Entidades recomendam evitar as filas

O pagamento por meio do aplicativo Caixa TEM evita a ida dos beneficiários às agências da Caixa. A busca por orientações sobre o auxílio emergencial está levando dezenas de pessoas a formarem filas e aglomerações nos bancos. A situação tem deixado preocupadas as entidades que representam os trabalhadores.

“Nesse cenário, as agências acabam se tornando um vetor de contaminação, prejudicando a saúde e a vida dos empregados da Caixa e da própria população”, ressalta o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Desde o início da pandemia, as entidades cobram posicionamentos e medidas por parte Caixa e do governo. Na última semana, uma carta foi enviada ao presidente do banco, Pedro Guimarães, com pontos a serem melhorados nas medidas de combate ao coronavírus.

Nesta sexta-feira (17), A Fenae e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminharam carta ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, em que manifestam preocupação com o avanço da pandemia do coronavírus no país. No documento, as entidades cobram do ministério medidas mais efetivas para proteger a população e os bancários.

Conforme destaca Jair Ferreira, o governo federal e a direção da Caixa precisam garantir segurança e saúde aos trabalhadores para que eles possam continuar prestando atendimento da população. “Estamos preocupados com a saúde dos empregados da Caixa e também com a população”, afirma o presidente da Fenae.

Novo calendário da segunda parcela do auxílio emergencial:

23/04 – nascidos em janeiro e fevereiro
24/04 – nascidos em março e abril
25/04 – nascidos em maio e junho
27/04 – nascidos julho e agosto
28/04 – nascidos em setembro e outubro
29/04 – nascidos em novembro e dezembro

Como receber o pagamento do auxílio emergencial?

As pessoas que estão cadastradas para receberem o auxílio emergencial deverão fazer o download do aplicativo Caixa TEM. A ferramenta está disponível para os sistemas Android e IOS.

O Caixa TEM permite fazer pagamento de boletos bancários, contas de luz, água e telefone, além de transferências ilimitadas entre contas da Caixa. Para outros bancos. serão permitidas até transferências gratuitas, pelos próximos 90 dias.

Confira aqui o link para fazer o download:

Sistema Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.caixa.tem

Sistema IOS: https://apps.apple.com/br/app/caixa-tem/id1485424267

Quando poderei sacar meu dinheiro?

O Saque do valor em dinheiro do auxílio emergencial começa na próxima segunda-feira (27). Para fazer a ação, o beneficiário deve entrar no aplicativo Caixa TEM no dia previsto para o seu saque e informar o valor de retirada. O aplicativo irá gerar um código autorizador para efetuar o saque em caixas eletrônicos e casas lotéricas. Desta forma, o saque será realizado sem cartão.

Vale lembrar que os beneficiários do Bolsa Família, seguem o calendário regular do programa. O valor será depositado na conta do Bolsa Família, a mesma que a família já utiliza.

• 27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro
• 28 de abril – nascidos em março e abril
• 29 de abril – nascidos em maio e junho
• 30 de abril – nascidos julho e agosto
• 4 de maio – nascidos em setembro e outubro
• 5 de maio – nascidos em novembro e dezembro

Calendário do Bolsa Família (mês de abril):

• Hoje (dia 17): último digito do NIS é igual a 2
• Segunda-feira (dia 20): último digito do NIS é igual a 3
• Quarta-feira (dia 22): último digito do NIS é igual a 4
• Quinta-feira (dia 23): último digito do NIS é igual a 5
• Sexta-feira (dia 24): último digito do NIS é igual a 6
• Segunda-feira (dia 27): último digito do NIS é igual a 7
• Terça-feira (dia 28): último digito do NIS é igual a 8
• Quarta-feira (dia 29): último digito do NIS é igual a 9
• Quinta-feira (dia 30): último digito do NIS é igual a 0