Ministério da Saúde sinaliza ampliar exames rápidos para trabalhadores

Após o novo ministro Nelson Teich defender testagem em massa para “começar a sair do isolamento”, o Ministério da Saúde sinalizou que pretende ofertar testes rápidos para a população economicamente ativa, pessoas acima de 60 anos e portadores de doenças crônicas que apresentarem sintomas de Covid-19.

Até então, esses testes estavam restritos a profissionais da saúde e da área de segurança. A nova orientação consta em boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo (19).

O texto afirma que, a partir da maior oferta de testes aos estados e municípios, o Ministério da Saúde irá recomendar que grupos de riscos e trabalhadores sejam “progressivamente” incluídos na rotina desse tipo de testagem, que verifica a presença de anticorpos contra o vírus.

A nova política de testagem, diz a pasta, “permitirá a identificação dos casos confirmados de Covid-19 com aquisição de imunidade, permitindo o estabelecimento do isolamento com maior precisão, bem como o retorno as atividades com maior segurança”.

“Em qualquer caso e como medida indiscriminada, o Ministério da Saúde reforça a necessidade dos cuidados de higiene respiratória e distanciamento social”, completa.

O ministério não deixa claro de que forma os testes seriam aplicados -em geral, a orientação é que isso ocorra após o 7o dia de sintomas, por meio da coleta de amostras de sangue.

A recomendação por manter ou flexibilizar o isolamento, no entanto, varia conforme o público. “No caso da população economicamente ativa, sem condições de risco, mesmo com o resultado negativo do teste, sugere-se a manutenção do isolamento domiciliar até o limite de 14 dias após o início dos sintomas”, diz o boletim.

Os testes para essa faixa atingiriam pessoas entre 15 e 59 anos com quadro de síndrome gripal.

Apesar de manter o isolamento, o teste ajudaria a saber quem já teve anticorpos para o vírus –o que indicaria que, após 14 dias, a pessoa poderia voltar ao trabalho.

“O resultado do teste positivo, tanto para portadores de condições crônicas como para a população economicamente ativa, indica a presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2, o que significa que houve exposição ao vírus, não sendo possível definir apenas pelo resultado do teste se há ou não infecção ativa no momento da testagem.”

Para profissionais de saúde e segurança, o uso dos testes rápidos tem sido indicado após o 8º dia de afastamento, e após 72h sem sintomas. Neste caso, se negativo, há possibilidade de retorno ao trabalho, desde que com equipamentos extras de proteção.

Já no caso de pessoas portadoras de condições clínicas de risco, o resultado do teste negativo reduz a chance de que a pessoa esteja infectada pelo SarS-CoV-2, mas o acompanhamento clínico é necessário, informa a pasta.

A pasta recomenda que pessoas com condições de risco sejam acompanhadas, preferencialmente pelo telefone, a cada 24h, até completar 14 dias do início dos sintomas.

A orientação é que todos os pacientes com diagnóstico de síndrome gripal liguem para o 136 a fim de serem monitorados. Em caso de piora, o paciente é direcionado para avaliação presencial imediata.

O Ministério da Saúde tem dito que quer adquirir, através de compra direta ou doação, ao menos 17 milhões de testes rápidos. Contudo, não divulga cronograma de aquisição e testagem.

Nesse volume, estão 5 milhões de testes doados pela mineradora Vale, dos quais 2 milhões já foram distribuídos. Também há previsão de adquirir ao menos 12 milhões de testes por meio de um chamamento público.

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, tem defendido um programa de testes para entender a doença. Em seu primeiro pronunciamento, na sexta (17), ele falou que os exames são o caminho para sair da política de isolamento.

“Quanto mais a gente entender da doença, maior vai ser a nossa capacidade de administrar o momento, planejar o futuro e sair desta política do isolamento e do distanciamento. Para conhecer a doença, a gente vai ter que fazer um programa de testes. É fundamental que a gente tenha uma avaliação do que que é esta doença hoje”, disse Teich.

Neste domingo, em reunião com representantes de Saúde do G-20, o ministro ponderou, no entanto, que os testes não são suficientes para enfrentar a pandemia.

“A Coreia do Sul, que é um exemplo nessa situação, fez em torno de 10 mil testes [por 1 milhão de pessoas], a Itália que viveu situação muito mais crítica, fez 21 mil testes por milhão de pessoas. O simples fato de fazer testes não garante que a gente vai sair [da crise sanitária], são a política e as ações que você desenha com essa informação é que vão definir como a gente vai sair desse problema”, argumentou.

No início do mês, o próprio ministério da Saúde apontou “limitações importantes” nos testes rápidos doados pela Vale que foram distribuídos aos estados. Nas análises que apontam negativo para a Covid-19, a probabilidade que o resultado reflita a realidade é de apenas 25%.

As informações constam em documento distribuído a gestores estaduais e municipais, que manifestam preocupações com a baixo índice de acerto dos testes que não detectam o novo coronavírus. O ministério, no entanto, alega que o percentual aumenta conforme o protocolo aplicado e o tempo de sintomas, sendo mais eficaz após o sétimo dia de sintomas.

Diz ainda que, embora o resultado do teste não confirme nem exclua o diagnóstico completamente, é possível usá-lo em conjunto com outras informações para qualificar decisões.

Apesar da sinalização de aumento da oferta de testes rápidos a alguns públicos, o Ministério da Saúde diz em boletim que os testes de RT-PCR, que visam verificar o material genético, continuam sendo a indicação principal de testagem no país.

Um desafio, no entanto, é aumentar o processamento de amostras. No boletim, o ministério informa que quer usar laboratórios de genética forense da Polícia Civil nos Estados, estruturas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de unidades de saúde ligadas ao Ministério da Defesa.

Também finaliza parcerias público-privadas para aumento de testes em cidades acima de 500 mil habitantes, informa.

A atual capacidade de teste diário no Brasil é de, aproximadamente, 2.000 a 3.000 exames. “Insuficiente para o controle da epidemia em um país com a população acima de 200 milhões de habitantes, com dificuldades logísticas e de acesso”, diz o documento.

Folhapress

Acordos com sindicatos para conter demissões já chegaram a 2,4 milhões de trabalhadores

Os acordos coletivos para permitir a adoção de medidas contra demissões pela crise econômica da pandemia do coronavírus já chegaram a aproximadamente 2,4 milhões de trabalhadores na base dos sindicatos no Brasil, segundo estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O balanço não considera os acordos individuais já realizados e enviados à Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

Entre as medidas estão a facilitação na concessão de férias coletivas e individuais, regras mais flexíveis para a formação de banco de horas e usufruto de feriados, além do aval dos sindicatos de nove setores para a realização de acordos individuais de redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.

Pelo menos 21 sindicatos e federação buscaram negociação com os representantes das empresas e fecharam termos aditivos às convenções de cada categoria. O levantamento foi fechado no dia 14 de abril e, ainda não considera outro acordos em negociação e que já foram concluídos, como o da Embraer -sindicatos que representam 16 mil funcionários da empresa aprovaram a adoção de suspensão por 60 dias dos contratos de trabalho e redução de salários de quem fica em 25% por 90 dias.

Em alguns casos, esse acordos reduzem o alcance das medidas divulgadas pelo governo federal no enfrentamento da crise. Na negociação do Sindicato dos Comerciários em Mogi das Cruzes, por exemplo, a redução de jornada e salário está limitada a 25%.

No acordo fechado pela federação da mesma categoria e com vigência para todo o estado, os funcionários do comércio poderão ser colocados em licença, desde que a empresa forneça algum tipo de curso online e mantenha 60% do salário. A negociação da federação que representa os trabalhadores das indústrias químicas libera o corte de salário e jornada, mas determina que os funcionários atingidos serão ressarcidos depois da pandemia.

O levantamento do Dieese mostra um esforço dos sindicatos em garantir participação nas negociações, uma vez que o acordo individual está liberado. Na sexta (17), o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou, por maioria de votos, que as empresas não precisam do aval dos sindicatos para utilizar os mecanismos previstos na Medida Provisória 936, que está em vigor desde sua publicação em 1º de abril.

Na quinta (16), a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) já contabilizava 2,5 milhões de negociações diretas entre empresas e empregados. A expectativa do governo é de que esse número aumente -segundo sindicatos patronais, só não está maior porque o sistema criado pelo governo registra instabilidade no decorrer do dia- e chegue a 24,5 milhões de trabalhadores formais. O número 73% de toda a mão de obra com carteira assinada no Brasil.

Segundo o Dieese, as negociações feitas pelos sindicatos até agora incluíram também regras sanitárias para os locais de trabalho, licenças remuneradas ou não, além de suspensão temporária por meio de lay-off. Nesse último, parte do salário é pago pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Essas medidas já eram previstas na legislação antes da pandemia do coronavírus e do decreto de calamidade pública assinado pelo governo federal. As demais foram liberadas por meio das medidas provisórias 927 e 936, ambas publicadas em meio a um conjunto de anúncios que buscam reduzir os efeitos econômicos da redução na atividade econômica e dos decretos de quarentena obrigatória no estados.

A MP 936 criou um benefício emergencial que será pago para complementar a renda dos trabalhadores que tiverem redução de jornada ou suspensão do contrato. O texto libera a possibilidade de acordo individual na maior parte dos casos. Para trabalhadores com salário de até R$ 3.135 ou acima de R$ 12.202, a MP dispensa a negociação coletiva na suspensão de contrato ou para as reduções de 25%, 50% ou 70% de jornada e salários.

Os sindicatos consideram inconstitucional a liberação do acordo individual para reduzir salário e jornada. Entidades como a Anamatra também se manifestaram contra o dispositivo, por considerar que a previsão viola o artigo 7º da Constituição Federal.

Folhapress

Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 completa um mês de ações

As fiscalizações conjuntas entre a Secretaria de Ordem Pública, Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA), Secretarias da Fazenda e de Serviços Públicos, PROCON, Ouvidoria, Vigilância Sanitária e Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru, além de entidades parceiras como Polícia Militar, Bombeiro Militar e Disque-Denúncia, já registraram em um mês de operação mais de 3700 denúncias, com uma média diária de 120 demandas. Durante o percurso, a equipe de fiscalização realiza outras abordagens e o direcionamento aos bairros é realizado pela análise do mapeamento do nível de isolamento social.

Diariamente, a equipe formada por 60 profissionais fiscaliza parques e praças, que, inclusive, estão recebendo grades de isolamento, evitando, assim, a circulação e aglomeração de pessoas. Ações com carro de som, e baixa na iluminação e sinalização também fazem parte do planejamento de combate ao Coronavírus. “Potencializamos as fiscalizações com o uso do mapeamento do nível de isolamento social, de forma que as equipes realizam as ações aos locais apontados diariamente pelo índice de isolamento do mapa. A utilização do Drone e Câmeras de Videomonitamento, captando as imagens em tempo real, vêm contribuindo muito para o trabalho da equipe”, destacou a Secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

Nos casos de estabelecimentos que insistam em manter o funcionamento, o Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 vai aplicar as sanções previstas na lei, variando de notificação preventiva, cassação do alvará, fechamento do estabelecimento, podendo chegar até a prisão – prevista pelos órgãos de polícia, que varia de detenção de um mês a um ano. Foram registrados, em 30 dias de ações, quatro casos de condução à delegacia, por reincidência ou desobediência.

A população pode contribuir denunciando casas de shows e bares por meio do disque-denúncia, nos telefones: 3719–4545 (das 7h às 19h, de segunda a sábado), ou pelo WhatsApp 98256 – 4545/ 98170-2525. Outro contato disponível é o da ouvidoria municipal, no número 156 (das 7h às 13h, de segunda a sexta), ou no WhatsApp 98384-5936. A denúncia pode ser feita também pelo 190 da Polícia Militar.

Governador faz resumo das ações para enfrentamento à pandemia

Na sequencia dos pronunciamentos que tem feito rotineiramente para esclarecer a população sobre as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o governador Paulo Câmara destacou hoje (18.04), diversas medidas e fez questão de lembrar a importância da isenção de ICMS da conta de energia para quem consome entre 141 e 220 quilowatts por mês. Com isso, a redução da tarifa social de energia vai beneficiar 176 mil famílias.

“Essa medida na conta de luz se soma a outra ação já anunciada, da isenção do pagamento da conta de água às famílias de baixa renda no Estado”, destacou o governador. A medida vai vigorar enquanto durar a pandemia de coronavírus e, com isso, o Estado deixará de arrecadar R$ 56 milhões de ICMS até dezembro.

Para chegar a esse percentual, o acordo prevê que Governo Federal irá assumir o custo da operadora de energia. A tarifa social já estava vigorando em Pernambuco para quem consumia até 140 quilowatts, o que significa um benefício para 650 mil famílias.

CARTÃO ALIMENTAÇÃO – No pronunciamento divulgado através das redes sociais, Paulo Câmara informou que a partir da próxima segunda-feira será iniciada a entrega dos cartões-alimentação para 240 mil alunos da rede pública de ensino. Cada estudante receberá um benefício no valor de R$ 50, totalizando investimentos de R$ 12 milhões em assistência social.

O uso do cartão-alimentação vai beneficiar a economia, pois os alimentos serão adquiridos em supermercados, mercadinhos, padarias e outros estabelecimentos locais. Cada família receberá uma carta de apresentação com todas as orientações sobre o uso do cartão, informações nutricionais, sugestões dos produtos a serem adquiridos e de produtos não permitidos, como bebidas alcoólicas e refrigerantes.

NORONHA – Na sexta-feira, devido ao quadro de aceleração da pandemia, o Governo renovou o Decreto com medidas restritivas para o funcionamento dos setores de comércio e serviço. O Governo de Pernambuco também decretou quarentena em Fernando de Noronha, entre os dias 20 e 30 de abril. A medida visa conter a epidemia da Covid-19 na ilha e realizar um estudo epidemiológico da evolução do novo coronavírus no arquipélago.

Uma equipe de sanitaristas foi enviada para a ilha e o Governo está dando suporte para que a Administração providencie alimentação, gás e água para todos os moradores. “Sabemos que são medidas duras, mas necessárias para que seja possível atravessar esse período tão difícil que estamos enfrentando. Quero reforçar a necessidade do isolamento social, pois ele está nos ajudando a salvar vidas”, acrescentou.

BOLSA FAMÍLIA ESTADUAL – Na quinta-feira (16), o Governo deu início ao pagamento do último lote da parcela extra do programa Bolsa Família estadual. Até 30 de abril, recebem o benefício os aniversariantes de setembro, outubro, novembro e dezembro. Mais de 632 mil famílias já sacaram a parcela extra do 13º do Bolsa Família do Estado, representando um total de R$ 83.187.330,00, cerca de 82% do que foi disponibilizado até o momento. Para o mês de abril serão destinados R$ 51.039.801,00, quantia que vai atender 392.815 famílias.

PARCERIA – O governador anunciou uma parceria com a consultoria Deloitte. O acordo de cooperação tem duração de 90 dias e a Deloitte vai contribuir voluntariamente na coleta de informações públicas e lições aprendidas relativas às experiências e iniciativas positivas (melhores práticas) observadas ou implantadas em outras localidades; apresentar modelos e melhores práticas para gerenciamento de projetos e de crises; e discutir referências para a estruturação da governança e de controles da gestão dos projetos e recursos envolvidos nos planos de recuperação econômica.

NOVAS VAGAS DE UTIs – O governador Paulo Câmara destacou a importância da oferta de novas vagas de UTIs, entregues esta semana. Com a entrada em operação do antigo Hospital Alfa em Boa Viagem e a abertura de novas vagas na Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda, essas unidades se juntam ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz como principais centros de referência no Estado para tratar os pacientes da Covid-19. No total, o estado já disponibilizou 564 leitos, sendo 270 de UTI.

Caruaru Shopping está funcionando com três operações

O Caruaru Shopping, nesta época de pandemia devido ao coronavírus, está com apenas algumas operações funcionando. São elas: Big Bompreço, Lojas Americanas e agência da Caixa Econômica Federal.

O Big Bompreço está aberto todos os dias, das 8h às 20h. A Lojas Americanas funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Já a Caixa recebe os clientes de segunda a sexta, das 9h às 14h.

“A entrada para quem deseja utilizar um desses serviços é diferenciada. Para ter acesso ao Big Bompreço, o centro e compras e convivência disponibiliza dois acessos exclusivos. Um é pelo corredor da entrada social próxima a academia e o outro acesso é pela lateral do hipermercado.Dispondo também de hig contam com entradas identificadas na parte posterior do shopping. Em caso de dúvidas o shopping dispõe de seguranças e porteiros próximo as estes espaços para orientar os clientes. “, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Covid-19: Itália bate recorde e recupera mais de 2.500 pessoas em um dia

A Itália atingiu o maior número de pessoas curadas em 24h desde o início da pandemia. De acordo com a Defesa Civil, na sexta-feira (17), foram 2.563 recuperações.

Agora, são 42.727 pessoas recuperadas da doença.

Os casos ativos, que descontam aqueles que foram curados ou que morreram, atingiram a marca de 106.962 pessoas, uma alta de 355 em números totais desde ontem.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o balanço traz uma queda no número de pessoas internadas. É o 14º dia consecutivo em baixa.

Remédio contra a Covid-19 pode estar pronto no meio de maio, diz Marcos Pontes

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19 no país Ciência e Tecnologia,Governo, covid-19 , saúde, coronavirus

Em entrevista à rede de televisão CNN, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, estipulou que o medicamento que obteve 94% de sucesso contra o coronavírus em ensaios de laboratório feitos por cientistas brasileiros pode estar disponível para a população na metade de maio, caso tenha êxito na fase final de testes.

Ao todo, sete hospitais participam do protocolo de pesquisa do medicamento.

Os médicos administrarão a droga aos pacientes durante cinco dias, mas as pessoas estudadas permanecerão internadas por duas semanas, quando ficarão em observação e passarão por exames para comprovar a eficácia do medicamento, que já é utilizado para o tratamento de outras doenças.

Apresentando eficácia, o medicamento é então submetido à ANVISA, que será a responsável por permitir que ele seja prescrito para pacientes com a Covid-19.

Diario de Pernambuco

“Alcolumbre é meu chapa”, diz Bolsonaro ao afirmar que minirreforma trabalhista será votada na segunda

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste sábado (18) que a Medida Provisória do Emprego Verde e Amarelo deve ser votada pelo Senado na segunda (20), último dia de vigência da proposição.A MP reduz encargos para patrões que contratarem jovens no primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos que estavam fora do mercado formal.

Caso os senadores não avalizem a medida na segunda, ela perde a validade e caberá ao Congresso definir, por meio de projeto de decreto legislativo, as regras para os atos ocorridos durante os 120 dias em que ela teve força de lei. O Senado vive um clima de rebelião e ameaça deixar o texto caducar, principalmente diante de ataques feitos por Bolsonaro contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Questionado neste sábado se havia feito um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), para viabilizar a votação da MP a tempo, Bolsonaro respondeu que não tem nada contra o senado. “O Davi é meu chapa”, disse. As declarações do mandatário foram dadas no alto da rampa do Palácio do Planalto.

Ele deixou o Palácio da Alvorada, residência oficial, pouco depois das 15 horas deste sábado e seguiu para o Planalto.Do alto da rampa, Bolsonaro conversou com assessores a acenou para apoiadores em frente ao edifício.Ao perceberem que o presidente estava na área externa do Palácio, simpatizantes pararam em frente ao local.

Por volta das 15h50, o grupo de apoiadores era formado por cerca de 20 pessoas.
O presidente também comentou o pacote de ajuda a estados e municípios aprovado pela Câmara dos Deputados.O texto obriga a União a recompor perdas com ICMS e ISS que os demais entes federados tenham com a crise do novo coronavírus e o Planalto tenta negociar um pacote alternativo.O presidente disse que não “há dinheiro” para tudo isso e disse que, caso a proposta vá adiante, quem pagará a conta será o contribuinte.

Folhapress

Mais de 160.000 mortes no mundo provocadas pelo coronavírus

A pandemia do novo coronavírus provocou a morte de pelo menos 160.685 pessoas no mundo desde que surgiu na China em dezembro, segundo um balanço estabelecido às 09H00 GMT (6H00 de Brasília) pela AFP com base em dados de fontes oficiais.

Desde o início da epidemia foram registrados mais de 2.334.130 casos de contágio em 193 países ou territórios. O número de casos positivos diagnosticados reflete apenas, no entanto, uma parte do número total de infecções devido às políticas díspares dos países para diagnosticar casos (alguns incluem apenas os hospitalizados). As autoridades acreditam que até o momento pelo menos 518.900 pessoas foram curadas da doença.

O número de mortos nos Estados Unidos, que registraram a primeira morte vinculada ao vírus no fim de fevereiro, chegou a 39.090. O país registrou 735.287 contágios. As autoridades consideram que 66.819 foram curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Itália, com 23.227 mortos e 175.925 casos, Espanha (20.453 mortos e 195.944 casos), França (19.323 mortos e 151.793 casos) e Reino Unido (15.464 mortos e 114.217 casos).

A China continental (sem contar Hong Kong e Macau), onde a epidemia teve início em dezembro, registra 82.735 pessoas contagiadas, com 4.632 mortos e 77.062 curados. Nas últimas 24 horas o país teve 16 novos casos e nenhuma vítima fatal.

AFP

Crise expõe 81% da força de trabalho a riscos

Oito de cada dez trabalhadores brasileiros correm o risco de perder o emprego ou parte da renda por causa do impacto da epidemia do coronavírus na atividade econômica, segundo um novo estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A análise do grupo indica que mesmo trabalhadores com vínculo formal, e que atuam em atividades consideradas essenciais que podem continuar sendo exercidas apesar das medidas de isolamento impostas pelas autoridades para conter a transmissão do vírus, tornaram-se vulneráveis diante da crise.

Segundo os cálculos dos pesquisadores, o grupo mais frágil reúne cerca de um quarto da força de trabalho, ou 24 milhões de pessoas. São em geral informais empregados em atividades não essenciais e que, portanto, foram mais afetados pela paralisia da economia na quarentena.

Outro grupo, correspondente a 55% do pessoal ocupado, e que reúne 52 milhões de trabalhadores, se mostra vulnerável apesar de ter vínculo formal, ou mesmo trabalhando em atividades consideradas essenciais, segundo o estudo. Juntos, os grupos representam 81% da força de trabalho.

“Pessoas que teriam melhores condições de enfrentar crises econômicas no passado estão desprotegidas diante da epidemia”, diz o sociólogo Rogério Barbosa, um dos coordenadores do grupo, parte de uma rede multidisciplinar que começou a estudar o impacto das políticas de combate ao coronavírus.

Para avaliar o grau de vulnerabilidade da força de trabalho, o estudo analisou sua composição antes da epidemia, de acordo com o vínculo com o empregador e o setor de atividade, conforme os últimos dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes a dezembro.

Informações do Google sobre a mobilidade nas grandes cidades, dados da Cielo sobre transações com cartões de crédito e pesquisas do Sebrae foram usados para avaliar os efeitos da epidemia nos diferentes setores de atividade econômica.

Entre os trabalhadores ameaçados mesmo com vínculo formal em atividades essenciais estão funcionários de bares, restaurantes e comércio de alimentos, que, embora continuem trabalhando, foram afetados pela queda de movimento provocada pelas políticas de isolamento social adotadas pelos estados.

O governo lançou nas últimas semanas várias medidas desenhadas com o objetivo de proteger a renda dos mais vulneráveis e preservar empregos, incluindo um auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores do setor informal e compensações para os que tiverem redução de jornada e salário no setor formal.

Muitos trabalhadores que perderam renda abruptamente por causa da paralisia de suas atividades levarão mais tempo para conseguir o auxílio emergencial porque não faziam parte do cadastro dos programas sociais do governo antes da epidemia e entrarão depois na fila dos benefícios.

O grupo da USP pretende examinar nas próximas semanas o impacto da crise econômica sobre as famílias. O pressuposto é que famílias mais numerosas com vários integrantes entre os grupos vulneráveis sofrerão mais durante o período de isolamento e deveriam receber maior atenção das autoridades.

Nas famílias mais pobres, no máximo duas pessoas em cada domicílio podem receber o auxílio emergencial. Mulheres solteiras que são as principais responsáveis pelo sustento de suas famílias têm direito a R$ 1.200 se preencherem os requisitos do programa.

Os pesquisadores da USP incluíram entre os grupos mais frágeis microempreendedores e funcionários de empresas com menos de cinco trabalhadores, que reuniam metade da força de trabalho ocupada antes da crise.

“Muitas dessas empresas não conseguirão sobreviver e preservar os empregos dessas pessoas se não tiverem acesso a crédito durante a crise”, diz Barbosa. “Isso significa que as políticas de garantia da renda desses trabalhadores podem se revelar insuficientes depois que o pior da crise passar.”

Folhapress