Hospital Unimed Caruaru realiza sua primeira cirurgia cardíaca

Com a recente inauguração da Unidade de Cuidados Intensivos Cardiológicos, agora o Hospital Unimed Caruaru está melhor preparado para receber casos mais complexos envolvendo a cardiologia. O primeiro deles aconteceu na última segunda-feira, dia 19 de fevereiro, onde foi realizada uma cirurgia de troca de válvula cardíaca.

Esse procedimento é realizado em pacientes que apresentam valvulopatia, enfermidade que atrapalha o fluxo normal de sangue através do coração. A cirurgia foi realizada pelos cirurgiões Dr. Cristiano Bernardo e Dr.Igor Silva.

“Os investimentos realizados em infraestrutura e na compra de materiais cirúrgicos nos deram plenas condições de realizar a cirurgia de forma segura”, explica Dr. Igor Silva.
O procedimento durou pouco mais de 3 horas. “Ocorreu tudo conforme o esperado. A operação foi um sucesso e estamos muito felizes com o resultado”, relata Dr. Cristiano Bernardo.
Infraestrutura

A cooperativa realizou grandes investimentos nos últimos meses na área de cardiologia. Em novembro de 2017 foi inaugurado o Centro de Hemodinâmica, dando ao hospital também a capacidade de realizar procedimentos neurológicos e vasculares.

O estudo hemodinâmico é um método diagnóstico e terapêutico que utiliza técnicas para obtenção de dados funcionais e anatômicos das várias cardiopatias. Um dos procedimentos que poderá ser realizado no centro de hemodinâmica é o cateterismo, que permite a visualização radiológica das cavidades cardíacas e grandes vasos, obtenção de curvas de pressão para avaliação de gradientes e eventos que fazem parte do ciclo cardíaco, colheita de amostras de sangue para saturações e cálculo do débito cardíaco.

A Unidade de Cuidados Intensivos em Cardiologia era o passo que faltava para que a unidade estivesse totalmente capacitada para realização de procedimentos cardiológicos. São seis leitos equipados e preparados para receber e cuidar da melhor forma dos pacientes. É mais cuidado e mais compromisso, com a garantia de uma medicina ética, humanizada e de qualidade.

Síndicos do Residencial Alto do Moura passam por capacitação

CURSO DE SÍNDICO RESIDENCIAL (2)

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru e o Grupo Pontual realizaram, na tarde da quarta-feira (21), uma capacitação técnica no Residencial Alto do Moura. O curso foi voltado para os síndicos eleitos do empreendimento, e tratou, entre outros assuntos, de regimento interno, convenção de condomínio e CNPJ. Na oportunidade, os participantes receberam fardamento e a “Pasta do Síndico” com orientações e documentos essenciais à gestão condominial para questões como abertura de conta bancária em nome do condomínio, emissão de boletos e questões tributárias.

O encontro aconteceu no escritório da empresa no empreendimento, onde, ao final, todos receberam certificados. O Curso de Síndico será aplicado também com os membros dos Residenciais Luiz Bezerra Torres I e II, em Caruaru, nesta quinta (22) e sexta (23). O projeto faz parte do trabalho de gestão condominial e patrimonial que o Grupo Pontual vem realizando nos empreendimentos, em parceria com a Prefeitura de Caruaru.

Câmara de Enfrentamento à Violência Obstétrica realiza primeira reunião

Reunião Cãmara Obstétrica

Na quarta-feira (21) representantes da Câmara Técnica de Enfrentamento à Violência Obstétrica (CTEVO) se reuniram na sede da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) de Caruaru, para a primeira reunião de 2018. Em pauta foram discutidos o papel e a competência da câmara e apresentando o cronograma anual, com ênfase para as atividades do mês de março. Estiveram presentes membros dos conselhos Regional de Medicina, de Enfermagem, de Psicologia, do Conselho Municipal de Saúde, além de representantes do MST, da Asces, da SPM e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru.

A CTEVO foi a responsável pela elaboração da Lei Nascer Bem Caruaru nº 5.951, de 02 de outubro de 2017, de iniciativa popular, que garante às mulheres do município o direito à assistência humanizada durante os períodos de gestação, pré-parto, parto e puerpério. “É a primeira lei desse tipo elaborada na América Latina. É algo que vem do ordenamento jurídico internacional, e Caruaru fez surgir essa legislação que é um marco para a história”, ressaltou uma das representantes da SPM na CTEVO, Denise Melo, que é também advogada da secretaria.

Os encontros são realizados quinzenalmente e o próximo está previsto para acontecer no dia 21 de março, às 14h, com a presença de representantes das maternidades privadas e públicas do município, junto com a equipe de educação permanente que atua dentro das unidades de saúde de família e trabalham com as gestantes de Caruaru.

IR2018: veja quem é obrigado a entregar

A Receita Federal deve liberar nos próximos dias para download o programa gerador do Imposto de Renda 2018, referente ao ano-base 2017. Com isso os contribuintes já podem preencher suas declarações, contudo essas só poderão ser entregues a partir de março. Para o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos, é interessante que as pessoas se preparem com antecedência para declarar, já procurando e separando os documentos necessários.

“Quanto mais preparado o contribuinte estiver melhor, já que os primeiros dias são os mais interessantes para o envio e isso por dois motivos: quem entrega o material com antecedência receberá sua restituição antes, além disso, em caso de problemas, o contribuinte terá tempo para resolvê-los, evitando a necessidade de realizar uma declaração retificadora, depois do prazo de entrega”, alerta.

Com base nas informações passadas até o momento pela Receita Federal, estão obrigados a declarar:

Quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70;
Quem recebeu Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;
Quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
Relativamente à atividade rural, quem:
obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50;
Pretenda compensar, no ano – calendário de 2017 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2016;
Quem teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00;
Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro; ou
Quem optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.
Esses dados podem ser alterados após a disponibilização do programa oficial pela Receita Federal.

Penalidade pela não entrega

Multa de 1% ao mês de atraso, calculado sobre o valor do imposto devido na declaração, sendo essa multa limitada a 20%;
Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava “obrigado a declarar”, mesmo sem imposto a pagar).

Começou o ano: dicas para sair da crise e melhorar o negócio

Alguns dizem que o ano começou agora, mas do ponto de vista da economia real não é verdade, já que 2018 deu-se início há exatos 50 dias. Mas sob o viés do brasileiro, há um forte conceito cultural de que o ano se inicia na segunda-feira (19), após o fim do carnaval, já que uma grande maioria emenda a festa até o final de semana seguinte.

O ano de 2016 encerrou economicamente mais forte que o esperado, mas isto não deve fazer diferença para algumas centenas de milhares de negócios que estavam em crise no final de 2017 e entraram 2018 na mesma situação. Para evitar contratempos, Flávio Ítavo destaca abaixo três dicas infalíveis. Confira.

1 – Planeje o fluxo de caixa. Não importa quão ruim ele possa estar neste momento ou quantos protestos estão em andamento. O negócio não sairá da crise quando souber tudo sobre o fluxo de caixa, mas permitirá controlá-lo e fazer escolhas certas. A solução é planejar um fluxo de caixa e investir tempo, todos os dias, direcionando e priorizando as escolhas para aquilo que é mais urgente e fundamental. Também é preciso ser assertivo, pois tudo o que pode ser postergado sem danos a curtíssimo prazo, deve ser realizado.

2 – Alinhe sua comunicação. O “peso” da má comunicação na maioria das crises muitas vezes só está lá pela falta de inabilidade no ato de comunicar. Flávio defende que a comunicação deve ser feita de forma global e pode ser direcionada entre fornecedores, clientes, funcionários e bancos. Para cada um destes grupos deve haver uma linha de comunicação clara, concisa e coerente. O especialista explica que uma solução pode ser conversada de uma maneira com os funcionários, mas de forma diferente com os bancos, por exemplo. Esses desalinhamentos, quando existentes, tendem a diminuir a credibilidade das empresas que, via de regra, já estão com sua credibilidade parcialmente afetada.

3 – Ajuste a gestão. A crise diminui o tempo de resposta da gestão. Antes um problema poderia ser analisado, preparado, acordado, reanalisado e finalmente surgia uma proposta de solução. Porém, durante uma crise, a disponibilidade de tempo para oferecer soluções é dramaticamente reduzida. “Se antes você fazia uma reunião mensal com a diretoria, o prazo agora deve ser semanal ou menor. Se as reuniões tinham duração de algumas horas, agora elas devem ser feitas em pé, em 15 minutos”, aponta Flávio Ítavo. O especialista defende que reuniões diárias devem ser rápidas e reunir todos que fazem parte do nível de liderança. Dessa as soluções do dia-a-dia passam a ser acompanhadas e os fatos começam a acontecer.

E por último, o especialista defende uma ação que costuma trazer bons resultados em crises graves, como reduzir os níveis hierárquicos. Achatar a pirâmide hierárquica costuma “acelerar” a tomada de decisões e faz com que as decisões top down sejam implantadas facilmente.

Produção siderúrgica brasileira tem expansão em janeiro

Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

A produção brasileira de aço bruto totalizou 2,9 milhões de toneladas em janeiro deste ano, com expansão de 1,3% em relação a igual mês de 2017, com destaque para Rio de Janeiro e Minas Gerais, que responderam por 910 mil toneladas e 909 mil toneladas produzidas, respectivamente. Já a produção de laminados somou 1,9 milhão de toneladas, aumento de 6,3% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados ontem (20) pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em janeiro de 2018 foi de 1,6 milhão de toneladas, crescimento de 12,7% sobre o mesmo mês de 2017. As vendas no mercado doméstico alcançaram 1,4 milhão de toneladas, com incremento de 14,2% sobre janeiro de 2017.

As exportações siderúrgicas brasileiras atingiram 1,4 milhão de toneladas e valor de US$ 795 milhões em janeiro de 2018, revelando ampliação de 6,9% em volume e de 41,2% em valor, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já as importações totalizaram 217 mil toneladas, evolução de 3,8% frente a janeiro de 2018. Em termos de valor, as compras no exterior alcançaram total de US$ 241 milhões, alta de 39,3% na mesma base de comparação.

Siderurgia mundial

Em todo o ano passado, o Brasil produziu 34,365 milhões de toneladas de aço bruto, aumento de 9,9% sobre 2016, liderando o ‘ranking’ de produtores siderúrgicos da América Latina. Em segundo lugar, aparece o México, com 19,947 milhões de toneladas e expansão de 6% sobre o ano anterior. Em termos globais, entretanto, a liderança absoluta continua sendo exercida pela China, que produziu 831,730 milhões de toneladas em 2017, revelando incremento de 5,7% sobre 2016.

Dobram pedidos de empréstimo para custos com educação

Entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano dobraram os pedidos de empréstimo pessoal para custos com educação na Lendico, fintech que atua há quase três anos no país. No último mês de 2017 este motivo representava 4,04% dos pedidos de empréstimo pelo site, mas em janeiro ele representou 5,13% dos pedidos.

A Lendico teve uma variação superior a 60% no número de pedidos de empréstimo de janeiro em relação a dezembro, sendo o motivo educação uma das razões para tal crescimento de demanda.

A demanda de maior pedidos por empréstimo para custos com educação é esperada nesta época do ano, mas ainda podemos observar que em relação a janeiro de 2017, a busca por este tipo de empréstimo cresceu 46%. No período, este motivo representava 4,91% dos pedidos de empréstimo online na Lendico.

Acreditamos que parte deste aumento pode estar relacionado com o aumento do custo com educação em 2017, que foi de 7,15%, quase três vezes mais do que a inflação média do país. As mensalidades subiram até 8% e isso pode pesar no bolso dos consumidores, que acabam buscando o crédito como alternativa para continuar investindo em educação. Além disso, o desemprego movimenta muitos trabalhadores de volta para as salas de aula.

Governo vai rastrear dinheiro de facções criminosas

Agência Estado

O governo decidiu incluir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no combate ao crime organizado. O colegiado rastreará o dinheiro do tráfico de drogas e de armas que circula dentro e fora do Brasil. “O grupo que comanda as operações no Rio terá de colocar o Coaf para fazer a descrição da rota do dinheiro”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.

O Palácio do Planalto avalia que é preciso mobilizar todas as esferas institucionais para enfrentar a batalha contra o crime e suas conexões internacionais, além de “revisitar” a política de segurança pública. A atribuição do Coaf já é identificar movimentações financeiras atípicas e informá-las à Polícia Federal e ao Ministério Público, responsáveis por investigar a origem dos recursos.

Para Moreira Franco, o ideal é que haja uma força-tarefa formada pela polícia e também pelos Ministérios da Justiça, da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional, com participação do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública e do Judiciário. “O importante é somar forças porque o cidadão precisa ter garantido o seu direito de ir e vir. Não pode ser coagido, ameaçado ou tirado de sua casa, de seu templo… Muitas áreas, hoje, estão sob controle do crime organizado. Não dá para ser assim”, disse o ministro, que ajudou o presidente Michel Temer a tirar o plano do papel.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o governo tem informações sobre todas as facções criminosas e o grau de corrupção que atinge a polícia no Rio. Moreira Franco, porém, não quis dar detalhes. “O general Braga Netto não entrará lá com espírito de Sherlock Holmes”, afirmou ele, em uma referência ao interventor Walter Braga Netto. “Não há espírito de vingança. Os que estão no desvio serão punidos, mas os adversários estão do outro lado da fronteira.”

Ao ser lembrado de que, quando era governador do Rio (1987-1991) prometeu, sem sucesso, resolver o problema da segurança em seis meses, Moreira Franco justificou ter sido movido pela impetuosidade. “Eu tinha 40 anos e a impetuosidade era maior. Hoje, tenho 73. A violência não acaba nem em seis meses nem em seis décadas.”

Veto ao Refis será apreciado pelo Congresso dia 6 de março

A derrubada do veto ao Refis das micro e pequenas empresas será prioridade da sessão do Congresso Nacional no dia 6 de março. A previsão foi assegurada na terça-feira (20) pelo presidente da Casa, senador Eunício Oliveira, e pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá, durante encontro com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, representantes da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e de entidades empresariais. Mais de 600 mil empresas inadimplentes com a União aguardam a derrubada do veto para terem as mesmas condições, concedidas às grandes corporações, de renegociar dívidas com a Receita Federal em até 180 meses.

“Aprovamos, ao longo dos últimos 10 anos, 17 refis para diversos segmentos, para empresas, bancos, todo mundo. Quando chegou a hora do micro e do pequeno, não acho justo que a matéria tenha sido aprovada e depois vetada”, argumentou o presidente do Senado. “Vou antecipar a pauta e vou defender a derrubada desse veto. Como vou deixar de pautar o veto de uma atividade que ESTOU defendendo, que é a microeconomia”, questionou Eunício Oliveira.

Para Afif, que lidera a articulação, é importante manter a mobilização com parlamentares em prol da derrubada do veto ao Refis. “Não podemos e não vamos baixar a pressão nem a temperatura, para não deixar que outro assunto desvie do nosso objetivo, que é fazer valer a Constituição e garantir o tratamento diferenciado aos empresários de pequenos negócios”, apelou Afif aos integrantes da comitiva que foram ao Senado.

Nesta terça-feira, a articulação teve início durante café da manhã com parlamentares da Frente para definir a estratégia e os próximos passos pela derrubada do veto ao Refis. No evento, com a participação de mais de 60 integrantes, foi consensual a urgência da apreciação do veto a fim de manter a sobrevivência das micro e pequenas empresas e a geração de emprego no país, pois elas são responsáveis por gerar mais de 54% dos postos de trabalho.

O senador José Pimentel lembrou que as empresas optantes do regime tributário do Simples Nacional geram mais de 11 milhões de empregos e criticou a postura da equipe econômica do governo. “Setores do governo federal pediram para que não fosse votado projetos que tenham impacto orçamentário, mas isso vai comprometer a sobrevivência das micro e pequenas empresas sobrevivam”, ressaltou.

Fernando Bezerra cita aumento da violência em Pernambuco

Plenário do Senado

Vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) subiu à Tribuna da Casa, na tarde da terça (20), para afirmar que a intervenção federal no Rio de Janeiro é “necessária e corajosa”, motivada pela rotina de descontrole da segurança pública e o comprometimento da ordem pública naquele estado. Ao defender que o decreto de intervenção (nº 4/218) seja apoiado pelo Senado – a exemplo da aprovação da matéria pela Câmara dos Deputados, nesta madrugada – Fernando Bezerra observou que as medidas adotadas no Rio sinalizam para a abertura de precedentes a ações similares em outras regiões do país, como em Pernambuco.

“No meu estado, por exemplo, a criminalidade tem avançado de modo alarmante, com indicadores até piores”, destacou o senador, reforçando que a questão da segurança pública é um problema “que precisa ser encarado de frente, com seriedade, sem demagogia”. Conforme pontuou o vice-líder, Pernambuco registrou o recorde histórico de mais de 5,4 mil homicídios, ano passado. Para Bezerra Coelho, o atual cenário no estado também não demonstra melhorias em curto prazo. “Este foi o segundo janeiro mais violento na história do Pacto pela Vida, criado em 2007”, ressaltou.

Na Tribuna, o senador ainda analisou o que ele classificou de “acentuada deterioração da segurança pública” em Pernambuco, também ocasionada pela “ineficiência da atividade investigativa” no estado. “Somente 32% dos quase 5,1 mil inquéritos de homicídios abertos em 2017 foram solucionados”, observou Fernando Bezerra, reafirmando incondicional apoio a ações que possam melhorar a segurança pública pernambucana. O Decreto 4/2018 está na pauta do Senado para ser votado, esta noite, em sessão extraordinária.

MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – Pela manhã, o senador Fernando Bezerra Coelho presidiu, pontualmente, audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). O colegiado discutiu processos de privatizações previstas em resoluções do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Presidência da República. Participaram do debate na CI do Senado, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa; o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Marcio Felix; o secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do PPI, Tarcísio Freitas; o secretário de Fomentos e Parcerias do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Dino Antunes Batista; e o integrante do conselho de Administração da Cemig, Nelson Hubner.

Confira, abaixo, a íntegra do pronunciamento de Fernando Bezerra, na Tribuna do Senado, sobre a violência no Rio de Janeiro e em outros estados:

“Sr. presidente, srªs e srs senadores, o decreto de intervenção federal no estado do Rio de Janeiro para a área de segurança pública é medida necessária e corajosa. Necessária, porque todas as medidas anteriormente tomadas se mostraram insuficientes para conterem a onda crescente de criminalidade e violência. Corajosa, não apenas porque é a primeira vez, desde a promulgação da Constituição de 1988, em que se decreta uma intervenção federal, mas porque é um recurso extremo, sob diversos aspectos, sendo o mais evidente o de que, durante sua vigência, o Governo Federal avoca parcela da competência conferida, por força da Constituição, ao Governo Estadual.

A grave rotina de absoluto descontrole da segurança pública e comprometimento da ordem pública no estado do Rio de Janeiro impõe uma medida dessa natureza.

A segurança pública é um problema que precisa ser encarado de frente, com seriedade, sem demagogia. Torna-se fundamental a cooperação entre os entes da Federação, como a intervenção federal iniciada no Rio de Janeiro.

Na tarde da segunda-feira, houve reunião do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, ambos com posição favorável à intervenção.

Seguindo rigorosamente o previsto no Texto Constitucional, o decreto está sendo apreciado pelo Congresso Nacional, já tendo sido aprovado na Câmara dos Deputados, e agora examinado neste Senado Federal.

Embates político-partidários e divergências menores devem ceder ante o exame responsável da matéria por todos os parlamentares. O que está em jogo não se resume a um mero apoio do governo federal a um determinado estado da federação, mas sim uma sinalização firme e inequívoca de que o Estado brasileiro combaterá incessantemente a criminalidade, com os recursos financeiros disponíveis e humanos necessários, com atividades de inteligência e cooperação entre os entes federativos.

A pauta da segurança pública é nacional e prioritária, pois, lamentavelmente, a criminalidade intensificou-se por diversos estados.

Em Pernambuco, sr. Presidente, houve uma explosão de violência por diversas regiões, atingindo o triste recorde histórico de 5.427 homicídios em 2017.

O cenário atual não sinaliza melhorias no curto prazo: este foi o segundo janeiro mais violento na história do Pacto pela Vida, criado em 2007, com 448 homicídios confirmados.

A ineficiência da atividade investigativa também impressiona: somente 32% dos quase 5.100 inquéritos de homicídios abertos em 2017 foram solucionados.

É preocupante que, após uma redução tão significativa na criminalidade de Pernambuco, com a implantação do Pacto pela Vida, a partir de 2007, o que se observe nos últimos anos, sobretudo de 2015 em diante, seja uma acentuada deterioração da segurança pública.

No Editorial da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, foi sinalizado que a intervenção no Rio de Janeiro “abre precedentes para ações similares em outras regiões do país. Em Pernambuco, por exemplo, a criminalidade tem avançado de modo alarmante, com indicadores até piores”.

De modo geral, a criminalidade se consolida na ausência do poder público. É preciso, primeiro, mapear as áreas críticas, para então retomá-las, principalmente por meio de políticas sociais e ações de cidadania que revertam esse quadro. Também uma adequada regulamentação legal e disseminação de canais de denúncia, inclusive com previsão de recompensas a cidadãos que comuniquem crimes.

Em suma, sr. presidente, quero enfatizar que considero absolutamente prioritário o combate à criminalidade, em suas diversas frentes.

A intervenção federal ao Rio de Janeiro merece o apoio desta Casa Legislativa. E dirigindo-me aos pernambucanos, certamente aflitos com o quadro atual, quero reafirmar o meu incondicional apoio a ações que melhorem a ação da segurança pública no nosso estado.

Muito obrigado, sr. presidente.”