Preço da cesta básica cai em 21 capitais, diz Dieese

Agência Brasil

O custo dos alimentos que integram a cesta básica caiu em 21 capitais brasileiras onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou mensalmente, em 2017, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As reduções variaram entre -13,16%, em Belém, e -2,76%, em Aracaju.

No entanto, em dezembro o valor da cesta aumentou em 14 cidades. As altas mais expressivas foram em Recife (1,31%), João Pessoa (1,42%) e no Rio de Janeiro (2,78%).

Já as quedas foram anotadas em sete capitais, com destaque para Porto Alegre (-3,92%), Curitiba (-1,66%) e Vitória (-0,71%). O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 426,74), seguido por São Paulo (R$ 424,36), Rio de Janeiro (418,71) e Florianópolis (R$ 418,61).

Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 316,65), João Pessoa (329,52) e Natal (R$ 331,18).

Nos últimos dois meses de 2017, o valor da cesta aumentou em 14 cidades. As altas mais expressivas ocorreram em Recife (1,31%), João Pessoa (1,42%) e no Rio de Janeiro (2,78%). As quedas foram anotadas em sete capitais, com destaque para Porto Alegre (-3,92%), Curitiba (-1,66%) e Vitória (-0,71%).

O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 426,74), seguido por São Paulo (R$ 424,36), Rio de Janeiro (418,71) e Florianópolis (R$ 418,61). Os menores valores médios foram anotados em Salvador (R$ 316,65), João Pessoa (329,52) e Natal (R$ 331,18).

Para o Dieese, salário mínimo deveria ser de R$ 3.585,05

Com base no custo da cesta mais cara, que em dezembro de 2017 foi a de Porto Alegre, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.585,05, ou 3,83 vezes o mínimo de R$ 937,00, segundo o Dieese.

Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.731,39, ou 3,98 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.856,23, ou 4,38 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.

Preços dos produtos têm queda

No acumulado de 2017, o preço médio do açúcar, feijão, arroz agulhinha, leite, carne bovina de primeira e batata apresentou queda na maior parte das cidades pesquisadas na comparação com 2016. Já a manteiga e o café em pó tiveram taxas positivas na maioria das capitais.

O preço do açúcar caiu em todas as capitais em 2017, com variações entre -40,71% (Goiânia) e -16,08% (Brasília). Ao longo do ano, o custo do produto no varejo mostrou tendência de queda, por conta da retração do preço internacional e da oferta de cana, suficiente para cobrir a procura.

O feijão também acumulou queda em todas as cidades. As diminuições no valor do feijão preto variaram entre -39,65% em Curitiba e -32,78% no Rio de Janeiro. As quedas foram ainda mais expressivas para o tipo carioquinha, com destaque para Salvador (-51,98%), Brasília (-51,64%) e Fortaleza (-51,14%).

O valor do quilo da carne bovina de primeira caiu em 19 capitais, com taxas que oscilaram entre -18,03% em Maceió, e -0,43% em Salvador. As altas foram verificadas em São Luís (0,68%) e São Paulo (3,46%).

Sete governadores pedem mais participação do governo federal na segurança

Agência Brasil

Governadores de sete estados brasileiros divulgaram na noite da quinta-feira (5) um manifesto em que solicitam ao governo federal que destine mais recursos à segurança pública. No documento divulgado pela assessoria do governo goiano, os chefes dos Executivos do Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins afirmam que o setor, “particularmente no sistema penitenciário, exige a tomada de providências urgentes por parte do governo federal”.

Na mensagem, Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Flávio Dino (Maranhão), Pedro Taques (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Confúcio Moura (Rondônia) e Marcelo Miranda (Tocantins) endossam parte das críticas feitas nos últimos dias pelo governador goiano, Marconi Perillo, como a falta de vigilância qualificada nas fronteiras do país para coibir os crimes relacionados ao tráfico de armas e drogas e a criação de novas unidades prisionais federais para receber os presos mais perigosos. Desde segunda-feira (1º), três rebeliões foram registradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital de Goiás.

Os sete governadores também cobram o imediato descontingenciamento de recursos financeiros do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) que continuam retidos e a adoção de uma legislação mais rígida para a penalização de crimes, com a rediscussão da progressão de regime de penas e a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública.

“Estamos convencidos de que, dessa forma, sobretudo com uma maior participação do governo federal na gestão da segurança pública, os estados poderão avançar na reestruturação do sistema penitenciário”, afirmam os governadores do grupo nomeado como Consórcio Interestadual de desenvolvimento do Brasil Central (BrC), manifestando preocupação com o agravamento da crise da segurança pública no país.

“Os entes federados enfrentam praticamente sozinhos os grandes desafios impostos pelo avanço da criminalidade, sobretudo as ações de grupos organizados para o tráfico de drogas e crimes correlatos”, lembram os governadores, citando o sucateamento das estruturas carcerárias, o número insuficiente de agentes das forças de segurança pública e o que classificam como “leis inadequadas”.

A Agência Brasil aguarda retorno do Ministério da Justiça sobre o assunto.

Produção de veículos cresce 25,2 % em 2017, anuncia Anfavea

agenciabrasil060912mcsp3

Agência Brasil

Em 2017, a produção de veículos no Brasil cresceu 25,2% na comparação com 2016. O dado foi divulgado hoje (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Entre janeiro e dezembro do ano passado, 2,699 milhões de veículos foram produzidos no país, enquanto em 2016 o total foi de 2,156 milhões.

Considerando apenas o mês de dezembro, a produção de veículos caiu 14,2% na comparação com novembro, com 213,7 mil veículos fabricados. Em relação a dezembro de 2016, houve aumento de 6,9%.

Empregador doméstico tem até hoje para pagar eSocial de dezembro

Da Agência Brasil

Termina hoje (5) o prazo para os empregadores domésticos pagarem o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) referente a dezembro de 2017 e ao 13º salário.

Para passar por manutenção, o sistema ficará indisponível a partir de amanhã (6), com previsão de retorno na segunda-feira (8). Por isso, é recomendável que os usuários façam os ajustes ou resolvam as pendências até hoje.

A folha de janeiro de 2018 será disponibilizada apenas quando forem divulgadas as Tabelas de Alíquotas e Salário Família do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para 2018, previsto para ocorrer até dia 15 de janeiro.

O Simples Doméstico reúne em uma única guia as contribuições fiscais, trabalhistas e previdenciárias que devem ser recolhidas. Para a emissão da guia unificada, o empregador deve acessar a página do eSocial na internet – http://www.esocial.gov.br/ . Se não for recolhido no prazo, o empregador paga multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do total.

No eSocial, o empregador recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que inclui o valor descontado da remuneração do trabalhador (que varia de 8% a 11%) e os 8% de contribuição patronal para a Previdência.

A guia inclui 8% de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho, 3,2% de indenização compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção (R$ 1.903,98 em 2017).

Desde a adoção do programa, em novembro de 2015, o cadastramento reuniu mais de 1,25 milhão de trabalhadores domésticos para mais de 1,18 milhão de empregadores – alguns contratam mais de um empregado.

Temer é o cabo eleitoral mais odiado do país, diz Kátia Abreu

Sem partido desde que foi expulsa do PMDB, a senadora Kátia Abreu (TO) ironizou as discussões sobre a declaração de apoio do presidente Michel Temer a algum candidato à Presidência em 2018. Em mensagem publicada em sua conta no Twitter, Kátia disse que, com as especulações, o Planalto quer apenas “enganar trouxa para aprovar a reforma da Previdência”.

“O governo propaga possível apoio para candidatos a presidente. Será que já perguntaram se alguém quer? Só se for doido. Com 3% de aprovação? Beira ao ridículo. Cabo eleitoral mais odiado do Brasil. Enganar trouxa para aprovar a reforma da previdência”, publicou.

As novas declarações da senadora são mais um capítulo na luta contra a cúpula peemedebista, que a expulsou do PMDB em novembro sob a alegação de ter infringido o Código de Ética da legenda ao fazer críticas a Temer e votar contra propostas de interesse do Planalto, como a reforma trabalhista.

Em dezembro, Kátia chamou o presidente do partido, o senador Romero Jucá (RR), de “crápula”, “canalha” e “ladrão de vidas e almas alheias”. Em sua defesa no processo de expulsão, a senadora questionou a manutenção no partido de filiados presos por corrupção como Eduardo Cunha (RJ), Henrique Eduardo Alves (RN), Geddel Vieira Lima (BA) e Rodrigo Rocha Loures (PR). Nenhum deles virou alvo de processo de expulsão.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada ontem, o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, disse que o Planalto pode apoiar Geraldo Alckmin à Presidência, mesmo com as “mágoas” dos peemedebistas em relação ao PSDB. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), movimenta-se nos bastidores para sair como candidato do governo ao Planalto.

Câmara demite 40 funcionários de Maluf e Celso Jacob, presos na Papuda

maluf_jacob_agencia_camara-e1515088530514

Congresso em Foco

A Câmara exonerou os 40 funcionários que trabalhavam nos gabinetes dos deputados Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (MDB-RJ), atualmente presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Foram dispensados 25 funcionários de Celso Jacob e 15 de Maluf. Os deputados presidiários também estão com seus salários e demais benefícios suspensos. Os nomes deles, porém, ainda constam como titulares da página da Câmara.

As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União em 27 de dezembro, quando os gabinetes foram extintos e os deputados foram impedidos de exercer o mandato. Cada deputado tem até R$ 101.971,84 para manter os gabinetes. Pode contratar de 5 a 25 assessores.

Além dos mais de R$ 100 mil para pagar os servidores dos gabinetes, Maluf e Jacob ainda tinham direito a R$ 33,7 mil de salário e à cota para o exercício da atividade parlamentar, o chamado “cotão”, cujos valores variam entre os estados. Os parlamentares de São Paulo e Rio podem gastar até R$ 37.043,53 e R$ 35.759,97, respectivamente.

Gastos

Como este site mostrou no início de novembro, apesar de estar preso no regime semiaberto na época, Jacob ainda recebia auxílio-moradia de R$ 4,2 mil. O deputado trabalhava na Câmara e dormia na Papuda. Condenado por falsificação de documento público quando era prefeito do município de Três Rios, no Rio de Janeiro, ele está preso desde 6 de junho. No fim de novembro, após ser flagrado tentando levar alimentos proibidos para a cela na cueca, Jacob teve a permissão de trabalhar na Câmara revogada, passando para o regime fechado.

Entre junho e novembro, Jacob gastou R$ 96,6 mil do cotão parlamentar. Em novembro, mês em que menos gastou, a maior despesa foi com a emissão de uma passagem aérea para o Rio de Janeiro para uma das funcionárias exoneradas do gabinete do deputado.

Já Maluf está preso desde 20 de dezembro, quando se entregou às autoridades. Um dia antes, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou a execução da pena do ex-prefeito de São Paulo, condenado a sete anos, nove meses e dez dias em regime fechado por lavagem de dinheiro. Além da prisão, a condenação de Maluf também inclui perda do mandato. Após a prisão do parlamentar, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Casa não iria decretar a perda automática do mandato de Maluf e deve seguir o precedente estabelecido no caso do ex-deputado Natan Donadon, condenado em 2014. Ou seja, submeter a cassação ao plenário.

Em dezembro, mês em que foi preso, Maluf gastou R$ 2.264,55 da cota parlamentar a que tem direito. A maior despesa foi com a manutenção de escritório no valor de R$ 1.842,63, em um imóvel na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.

Falhas cadastrais do Bolsa Família atingem mais de 136 mil famílias pernambucanas

Folhape

Mais de dois milhões de famílias brasileiras podem deixar de receber o Bolsa Família. É que a Controladoria Geral da União (CGU) constatou falhas em 2,5 milhões de cadastros do programa e garante que a maior parte dessas inconsistências será punida. Segundo o Governo Federal, 1,4 milhão de benefícios estão bloqueados; 470 mil foram cancelados; e mais 346 mil serão analisados por indícios de subdeclaração de renda que podem ter gerado um pagamento indevido de R$ 1,3 bilhão em dois anos. Pernambuco é um dos estados mais atingidos pelas medidas.

Em auditoria divulgada na quinta-feira (4), a CGU explicou que muitos dos beneficiários do Bolsa Família não haviam informado dados essenciais para o programa, como o CPF e a renda familiar. Por conta disso, o Governo foi atrás desses dados. Mas inúmeras inconsistências foram constatadas quando os novos números foram comparados com os de outras instituições federais, como o INSS e o FGTS. E Pernambuco registrou o quarto maior número de inconsistências do País, atrás apenas de São Paulo, Bahia e Minas Gerais. São 136,4 mil falhas que já geraram 101,7 mil bloqueios e 34,7 mil cancelamentos de benefícios no Estado. Além disso, há 26,8 mil suspeitas de fraudes na declaração de renda que garante o pagamento do Bolsa Família. Por isso, novos cancelamentos podem acontecer nos próximos dias em Pernambuco.

A CGU explicou que, das 2,5 milhões de famílias que apresentam cadastros irregulares no Brasil, 620 mil ganham menos de R$ 170 por mês e, por isso, não serão punidas. Outras 1,4 milhão, no entanto, ganham entre R$ 170 e R$ 440. E, como o Bolsa Família só atende famílias cuja renda por pessoa não passa de R$ 170, esse pessoal terá que se recadastrar, comprovando a situação de pobreza, para voltar a receber o benefício. Os outros 469 mil cadastros irregulares foram, portanto, automaticamente cancelados, já que dizem respeito a famílias que ganham mais de meio salário mínimo por mês. Além disso, foram encontrados indícios de fraudes na declaração de renda de 346 mil famílias. Neste caso, se a irregularidade for comprovada, os fraudulentos sofrerão sanções legais como a devolução do valor recebido indevidamente e a exclusão permanente do Bolsa Família.

Diante de tudo isso, a CGU exigiu que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) aperfeiçoasse os controles relativos ao processo de cadastramento das famílias no Bolsa Família para reduzir o número de declarações inverídicas. Procurada pela reportagem, a pasta garantiu que vem checando os dados de renda dos beneficiários antes de autorizar a entrada ou a manutenção no Programa Bolsa Família, tanto que 4,7 milhões de benefícios irregulares foram cancelados nos últimos dois anos, o que permitiu a entrada de 4,2 milhões de novas famílias no programa. O MDS ainda disse que já deu início à cobrança de ressarcimento das famílias que subdeclararam renda, desviando R$ 1,3 bilhão.

PT fecha calendário de atos pró-Lula e discute nova caravana

249441,475,80,0,0,475,365,0,0,0,0

Folhapress

Dirigentes do PT reunidos em São Paulo na quinta-feira (4) fecharam um calendário de atos neste mês em apoio ao ex-presidente Lula. A mobilização é uma tentativa de, para além dos recursos judiciais, fazer um enfrentamento nas ruas à condenação dele. O petista esteve no diretório nacional da sigla durante cerca de quatro horas e participou do encontro com a cúpula do partido. Oficialmente, a assessoria da legenda diz que ele foi ao local discutir programa de governo com a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

Os eventos, programados em conjunto com a Frente Brasil Popular, começam no próximo dia 13, com mobilizações em várias capitais. No dia 21 um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) será montado em Porto Alegre, cidade onde o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julga o recurso do ex-presidente.

A decisão no processo que envolve o tríplex de Guarujá (SP) pode deixá-lo inelegível na eleição deste ano. Pré-candidato a presidente da República, ele quer levar a candidatura até onde for possível, valendo-se de prazos e recursos.

Segundo participantes da reunião, a ida de Lula a Porto Alegre não está decidida. A única hipótese em que a viagem ocorreria com certeza seria se o TRF-4 aceitasse o pedido da defesa do ex-presidente para ele ser interrogado novamente no processo.
Reservadamente, lideranças dizem que a tendência é o petista não estar na capital gaúcha no dia 24, já que sua presença entre a militância poderia ser vista como afronta ao Judiciário ou tentativa de tumultuar o julgamento.

Uma alternativa mais provável, especulam integrantes da sigla, é que ele possa ir à cidade antes da sessão, possivelmente no dia 23.

Caravana
Também na capital gaúcha, para o dia 22 está previsto um seminário com representantes de partidos de esquerda internacionais e outro que reunirá, segundo a legenda, juristas do Brasil e de outros países que criticam a condenação de Lula.
No dia 23, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a ala de mulheres do partido farão um evento em defesa de Lula. No mesmo dia, um seminário em conjunto com o Fórum Social Mundial terá ativistas e intelectuais. Um deles, de acordo com a legenda, será o linguista e filósofo americano Noam Chomsky, que vai participar por videoconferência.

No mesmo dia, à noite, terá início uma vigília em Porto Alegre e outras cidades que se estenderá pela madrugada até o dia 24, data do julgamento no TRF-4. Ao longo da sessão, os militantes farão atos públicos perto da sede do tribunal. Outra discussão no diretório girou em torno de uma caravana que o ex-presidente poderá fazer pelo Sul do país em fevereiro, após o Carnaval.

A ideia é que Lula percorra cidades do interior do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, visitando a zona rural, núcleos de agricultura familiar e universidades. O roteiro, por essa agenda prévia, excluiria as capitais (Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis).

Além de Lula e de Gleisi, estiveram na reunião desta quinta-feira lideranças do PT como o senador Lindbergh Farias, os ex-ministros Alexandre Padilha, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho, o deputado federal Paulo Teixeira e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.

Do MST, participou João Paulo Rodrigues e, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas. Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, advogados de Lula, também acompanharam o encontro. “Como é da tradição do PT e dos movimentos populares, realizaremos manifestações pacíficas em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato a presidente da República”, afirmou a sigla em nota assinada por sua presidente.

Autoritarismo
O PT disse, também no comunicado, que não vai “aceitar provocações e palavras de ódio” como as expressas, segundo o partido, pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB).

O tucano solicitou ao presidente Michel Temer a presença do Exército e da Força Nacional na capital gaúcha no dia do julgamento. “Se paira alguma ameaça sobre os cidadãos de Porto Alegre, é o autoritarismo do prefeito, evocando fantasmas de um tempo de exceção e de arbítrio”, disse o partido, em resposta ao que Marchezan classificou como “invasão” de militantes pró-Lula.

A Presidência da República encaminhou o pedido do prefeito para análise técnica dos Ministérios da Defesa e da Justiça. “A pequenez de seu gesto [de Marchezan] revela o desconhecimento do sentido da democracia e da liberdade de manifestação”, afirmou o PT.

Posse de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho será na terça-feira

Agência Brasil

A posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como titular do ministério do Trabalho e Emprego está marcada para a próxima terça-feira (9), no Palácio do Planalto, às 15h. O convite do presidente Michel Temer foi aceito ontem (3) pela parlamentar, após encontro entre ele e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que é pai de Cristiane.

O comando da pasta está vago desde a semana passada, quando Ronaldo Nogueira pediu demissão para se candidatar às eleições em outubro deste ano. Para concorrer a cargos eletivos a nível nacional, ministros de Estado precisam se afastar do cargo com seis meses de antecedência. Até abril, portanto, outros assessores diretos do presidente devem deixar os postos caso queiram concorrer ao pleito deste ano. É o caso do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que manifestou intenção nesta quinta-feira (4), e de Marcos Pereira, que até ontem comandava o ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e deixou a pasta.

Ontem, após acertar a substituição de Nogueira com Temer e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, Roberto Jefferson disse que a filha não tentaria reeleição como deputada pelo estado do Rio de Janeiro para continuar à frente do ministério até o fim do ano. Em seu lugar, o próprio presidente do PTB e ex-delator do mensalão informou que se candidataria à Câmara, mas em uma vaga representando São Paulo.

Venda de veículos fecha 2017 com alta de 9,23%

Agência Brasil

As vendas de veículos novos subiram 9,23% no país em 2017, com a comercialização de 2.239.403 automóveis, comerciais leves (como picapes e furgões), caminhões e ônibus, acima do total de 2.050.240 unidades vendidas em 2016. Os números são do balanço divulgado ontem (4) pela Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2016, a entidade registrou queda de 20,47% nas vendas de veículos.

O mês de dezembro também representou alta, de 4,13% com a marca de 212.629 unidades emplacadas. Em novembro, foram vendidos 204.196 veículos.

“A soma dos fatores positivos e a entrada dos recursos do décimo terceiro no orçamento das famílias fortaleceram o sentimento de confiança e a expectativa dos consumidores, que foram às concessionárias comprar seu automóvel 0 km”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Expectativa

A expectativa da federação é de manutenção do clima favorável às vendas, registrando novo ciclo de crescimento, podendo alcançar 10,3% em relação ao ano passado, somados todos os segmentos.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 11,9% sobre os resultados de 2017. Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, poderá apresentar alta estimada em 6,5%. Para tratores, a previsão é de alta de 5,1% e para colheitadeiras, de 5,4%.