Disque-Denúncia Agreste ajuda PM a encontrar moto roubada

Na tarde do sábado (01), a Polícia Militar prendeu, com ajuda do Disque-Denúncia Agreste, um homem identificado como “Paulinho”. A prisão ocorreu após denúncia de que o suspeito estava circulando no bairro Alto do Moura, em Caruaru, com uma motocicleta modelo Bis, de cor preta, sem placa, roubada.

Ao chegar ao local, os policiais identificaram o suspeito e constataram que a motocicleta era roubada. O homem e a moto foram levados para a delegacia de plantão do município, para as providências cabíveis.

Quem tiver informações sobre crimes pode ligar para o Disque-Denúncia através do telefone (81) 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte, ou pelo telefone (81) 3719-4545, no Interior do Estado. As informações também podem ser repassadas pelo site www.disquedenunciape.com.br, inclusive vídeos e fotografias. O anonimato é garantido.

ARTIGO — Crianças ganham liberdade vivendo em condomínios

Por Amilton Saraiva

Não são poucos os cuidados com a moradia na hora da chegada das crianças. Atualmente, o número de brasileiros que opta por residir em condomínios por conta da segurança e do lazer oferecidos “dentro de casa”, só aumenta. Afinal, as crianças gostam de liberdade para brincar e os pais de tranquilidade e zero preocupações. Livres da violência, acidentes e tantos outros acontecimentos infelizes do dia a dia e ainda ter o conforto de todos os serviços oferecidos por prestadores capacitados e treinados.

Um dos motivos dos pais se sentirem mais seguros em relação a seus filhos morarem em condomínio é o fato de usufruírem de uma portaria que controla a entrada e saída de pessoas e carros, circuitos de câmeras e, em alguns casos, profissionais que trabalham como segurança, representando maior garantia e menos riscos aos pequenos. Por isso, muitos migram de casas em ruas de grandes bairros e centros das cidades por já terem convivido ou vivenciado alguma situação desagradável.

Outra razão que leva os pais a optar por locais assim é porque pensam no bem-estar das crianças, que precisam de um bom espaço para brincar. De fato, em qualquer lugar, a garotada precisa de cuidado especial para evitar imprevistos indesejáveis como acidentes, doenças, entre outras coisas. Por isso, mesmo em condomínios, alguns cuidados e regras são necessários para que os pequenos estejam sempre seguros.

A área de lazer é um dos locais preferidos das crianças, pois são nos playgrounds onde passam horas brincando nas caixas de areia e nos brinquedos, os quais precisam ser constantemente cuidados e higienizados para não serem um agente contaminador de doenças, vírus e bactérias, ou se tornarem locais para se machucar. Por isso é necessário prezar também pela limpeza e manutenção.
Logo, todas as áreas do condomínio, incluindo as áreas de lazer, merecem muita atenção quanto à limpeza, pois é fundamental para a saúde tanto das crianças quanto dos adultos. Os moradores, administradores e síndicos dos condomínios devem, portanto, valorizar a limpeza e manutenção profissional e ao terceirizar estes serviços reconhecem a importância da especialização, pois sabem sobre a extrema importância de preservar a saúde da família como um todo e também do patrimônio dos condôminos.

Por isso, mesmo morando em condomínios, é necessária a atenção com a garotada e os pais devem se lembrar que crianças de até 10 anos não devem ficar muito tempo distantes ou andar sozinhas, pois podem sofrer acidentes em qualquer lugar como na escada, no elevador, na parte elétrica, entre outros locais. É fundamental também que crianças de até 5 anos estejam constantemente acompanhadas de um adulto nas brincadeiras do playground e, na área da piscina, independente da idade, todas as crianças não devem estar desacompanhadas em nenhum momento.

ARTIGO — Comemoração?

Por Maurício Assuero

Foi anunciada nesta semana a mudança no currículo do ensino médio desobrigando os alunos das aulas de educação física e de artes. Na verdade, do aluno noturno, que trabalha, nunca foi exigido frequência em educação física. O lado bom de tudo isso é que o governo Temer diz uma coisa hoje amanhã volta atrás. Foi assim, com a extinção do Ministério da Cultura, foi assim com a reforma da previdência que seria voltada este ano – impreterivelmente – e que agora ficará para 2017, etc. Cabe lembrar que no teste PISA – Programme for InternationalStudentAssessment , apesar da leve melhora em Matemática, nós continuamos em posições inferiores quando comparado a países com o nosso perfil e até menores do que nós. O fato é que a preocupação em mudar serve como um indicativo na tentativa de acerto. Antes tarde do que nunca.

O modelo defendido tem por base as escolas integrais de Pernambuco. É importante a permanência do aluno na escola, no entanto, sem dotar a escola de infraestrutura para os alunos do contra-turno, isso ficará vazio e as políticas adotadas serão inócuas e os programas estéreis. Veja, por exemplo, o caso do Programa Mais Dinheiro. Até que ponto esse programa consegue resultados satisfatórios? Uma recente pesquisa feita por um grupo de professores da UFPE, no qual me inseri, avaliamos o impacto desse programa na taxa de repetência e de evasão e não encontramos resultados significativos. Encontramos problemas com falta de acompanhamento dos oficineiros. Encontramos uma demanda localizada por algumas ações (Xadrez, informática) em detrimento de outras (letramento).

O problema da educação é, de fato, uma alocação complicada de ser feita. Nós precisamos de educação básica, no entanto, é no nível superior que acontecem as pesquisas que beneficiam a sociedade e o país. Nós precisamos de educação básica porque o avanço tecnológico impõe conhecimentos prévios que irão favorecer a propagação dessa tecnologia. Nós precisamos melhorar a educação porque o capital humano tem uma parcela importante no crescimento econômico e neste sentido a flexibilização do currículo cria especialistas, segmento o conhecimento. Se isto será bom ou ruim não temos ainda como avaliar, agora temos um bom parâmetro: nos anos de 1980 só se falava em reengenharia, em seis sigmas. Hoje, quase ninguém fala ou utiliza estes recursos nos seus processos produtivos. São modismos e a educação não pode ser tratada como um modismo ou como um apêndice.

O modelo que se pretende adotar deu certo em Pernambuco e mais no interior porque a presença das famílias é mais firme. Se mudarmos esta variável, podemos incorrer num supremo fracasso.

Comércio em alta com proximidade do Dia das Crianças

Pedro Augusto

Nos próximos dias, a expectativa é de que as nuvens carregadas da crise financeira devam pairar em outros céus da economia caruaruense. No comércio, pelo menos para os setores de brinquedos, vestuários, calçados e de telefonia, a previsão do tempo já a partir desta semana é de clima limpo com os faturamentos em alta e elevado fluxo de consumidores circulando pelos seus corredores. A exatamente 11 dias para a comemoração do Dia das Crianças, diversas lojas do centro de Caruaru já têm sentindo os efeitos positivos que a data costuma proporcionar para as suas caixas registradoras.

Embora, neste momento, o volume de vendas tenha se concentrado em grande parte em um único sistema, no de atacado, os lojistas consultados pelo Jornal VANGUARDA se mostraram otimistas quanto aos seus respectivos desempenhos referentes ao intervalo específico em 2016. “Neste ano não estamos observando nada diferente em relação à tradição consumista da nossa cidade. Se neste presente momento, a demanda pelos brinquedos se encontra mais voltada para as compras em grosso, no próximo fim de semana a procura pelos produtos se concentrará ainda mais no varejo, haja vista que milhares de clientes costumam deixar para fazer a aquisição do presente somente de última hora”, explicou o gerente da Casa Cabral, Adriano Lima. A loja, segundo ele, projeta vender 11% a mais em relação ao Dia das Crianças do ano passado.

Outra empresa que espera ultrapassar o faturamento de 2015 é a Agremil. De acordo com um dos seus gerentes comerciais, Leandro Leite, a rede deverá atingir o patamar de vendas projetado pela CDL de Caruaru no âmbito geral. “Estamos com muitas promoções e com brinquedos que atraem a todos os bolsos. Desta forma deveremos superar as vendas de 2015 em pelo menos 5% a 10%. Mesmo com todas essas dificuldades que o comércio vem passando, o Dia das Crianças é uma data tradicional e a maioria dos clientes não deixa ela passar em branco.”

Que o diga a dona de casa Claudiane Serafim. Ela aproveitou o movimento tranquilo das lojas da manhã da última quarta-feira (28) para garantir já o presente do filhão. “Não tem como fugir. Quando se trata do Dia das Crianças, os pais até podem comprar roupas, calçados, aparelhos celulares, mas o que os pequenos gostam mesmo é de brinquedo. Comprei um agora e se ele (filho) se comportar ainda vou comprar outro nesta semana”, comentou Claudiane, em meio aos risos.

Volume de assassinatos cresce a passos largos

Pedro Augusto

Ainda faltam 90 dias para acabar o ano e o número de homicídios registrados em Caruaru já ultrapassou a casa dos 160. Se permanecer neste ritmo, certamente a Capital do Agreste baterá o seu recorde de CVLIs (Crimes Violentos Letais e Intencionais) contabilizados numa única temporada. Em 2015, foram 202 assassinatos computados na cidade – o maior quantitativo da história. Do último sábado (24) até a manhã da quinta-feira (29), cinco pessoas tiveram suas mortes confirmadas no município. Os crimes ocorreram na Vila do Murici, no Loteamento Hozana, bem como nos bairros do Salgado, Santa Rosa e Maurício de Nassau.

Primeira vítima desta mais recente série de mortes, o ex-presidiário Janailson Ferreira da Silva, o “Grilo”, de 31 anos, foi assassinado a tiros no início da noite do sábado (24), na Vila do Murici, na zona rural da cidade. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele estava trafegando a pé na estrada que dá acesso ao local, quando foi surpreendido por criminosos, que acabaram o arrastando para a cena do crime, onde efetuaram três disparos. Atualmente residindo em Gravatá, também no Agreste, Janailson tinha sido preso há poucos anos sob a acusação de homicídio.

Ainda na noite do sábado, mais precisamente por volta das 22h, o adolescente Amauri Batista da Silva, o “Bibi”, de 16 anos, foi morto a tiros na Rua Mário Sette, no Bairro do Salgado. Segundo a Civil, ele também estava trafegando a pé, mas nas proximidades da Igreja Monte Carmelo, quando foi executado com quatro disparos, sendo dois na cabeça, um no braço direito e outro no tórax. A polícia abriu inquérito para investigar se a morte do menor teria alguma ligação com o assassinato de Merison dos Santos Silva, de 25 anos, que era seu primo. Este último foi executado no dia 4 de setembro passado, na Rua da Lata, no Bairro Universitário.

Na noite da última segunda-feira (26), a autônoma Tâmara Gabriele Silva de Barros, de 27 anos, foi assassinada na Rua Manoel Paulo da Silva, no Loteamento Hozana. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, a vítima teria saído de casa para se encontrar com um amigo, quando acabou sendo surpreendida com a chegada de dois criminosos numa motocicleta, que anunciaram um assalto. Na tentativa de escapar da investida, Tâmara chegou a se trancar no banheiro de casa, porém foi alvejada com nove disparos. Ela tinha sido absolvida há pouco tempo de uma acusação da prática de homicídio.

A onda de violência na cidade prosseguiu na noite da última quarta-feira (28) com o registro de mais duas mortes. O ex-presidiário José Edson Chagas, o “Manteiga”, de 28 anos, acabou levando a pior ao tentar assaltar um policial militar, na Rua Aspicueta Navarro, no Bairro Maurício de Nassau. De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, José Edson juntamente com mais um comparsa aproveitou que o PM encontrava-se com o seu automóvel estacionado na via para anunciar a ação criminosa. Na troca de tiros, ele acabou sendo atingido com disparos na cabeça, enquanto o seu comparsa conseguiu escapar mesmo sendo baleado na barriga. O PM, que permaneceu no local, prestou depoimento e foi liberado.

Poucas horas depois, o também ex-presidiário Belgrasom Galdino da Silva, o “Galego”, de 27 anos, foi morto a tiros na Rua Arrojado de Lisboa, no Bairro Santa Rosa. Segundo informações de populares, a vítima estava bebendo em casa, quando dois homens encapuzados teriam invadido o imóvel e efetuado quatro disparos. Na tentativa de escapar da investida, ele chegou a correr para o quintal, porém acabou sendo alcançado. Belgrasom, de acordo com o levantamento cadavérico do IC, foi alvejado com dois tiros na cabeça, um no braço esquerdo e outro nas nádegas. Até o fechamento desta editoria, já haviam sido computados 162 homicídios na Capital do Agreste.

Barragem de Jucazinho entra em colapso total

Pedro Augusto

Milhares de pessoas não acreditavam que este dia poderia chegar, mas como não se deve subestimar a natureza, a Barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste, foi vencida por completo pela a intensificação da seca que vem se arrastando por mais de seis anos. Desde a última segunda-feira (26) que Jucazinho – tida como uma das principais barragens do interior do Estado – deixou de fornecer em sua totalidade o irrisório volume de água que ainda teimava em comportar ante a influência do sol escaldante que vem predominando na região. Com capacidade para armazenar até 327 milhões metros cúbicos de água, atualmente ela não tem conseguido nem mais contar com o seu volume morto.

Foi o que confirmou o diretor regional da Compesa, Marconi de Azevedo. “Infelizmente, hoje a Barragem de Jucazinho encontra-se em colapso total. Até a semana passada, conseguimos abastecer alguma coisa utilizando o seu volume morto, porém agora não temos mais como realizar o bombeamento da água. Esta seca jamais foi vista na história de Pernambuco e esperamos que a partir do próximo ano, com o fim do fenômeno El Niño, comecemos a vivenciar um inverno normal. Pelo menos são o que as agências de meteorologia estão apostando e é o que estamos torcendo haja vista que esse manancial precisa renascer”.

No intuito de deixar a população ainda mais a par da realidade em que este último se encontra, a Compesa decidiu convidar esta semana alguns jornalistas da região para visitá-lo. Durante o encontro com os repórteres, Marconi de Azevedo, anunciou uma das medidas emergenciais que está sendo colocada em prática pela companhia com o objetivo de amenizar os efeitos provocados pela agora não operacionalidade de Jucazinho. “Devido, reiteramos, à intensificação da seca, decidimos empregar recursos próprios e reativar em sua totalidade a Barragem de Pedra Fina, que fica em Bom Jardim, também no Agreste do Estado. Com o investimento na ordem de R$ 2,6 milhões, ela passou a abastecer pelo menos mais um município do Agreste”, acrescentou Marconi.

A cidade a qual o diretor da Compesa se referiu corresponde à própria Surubim. Com a utilização da água de Pedra Fina, ela continuará sendo submetida ao sistema de racionamento. “Se não tivéssemos nos antecipado, ou seja, com a reativação por completo de Pedra Fina, Surubim passaria a ser abastecida apenas por caminhões-pipas, até porque a água de Jucazinho, conforme já destacamos, secou por completo na semana passada. Em paralelo a Surubim, a barragem de Bom Jardim permanecerá abastecendo as populações dos municípios de João Alfredo e Orobó, ambos no Agreste. Dependendo do desempenho dela, estamos estudando a possibilidade de também levar a sua água para Toritama, Vertentes e Santa Maria do Cambucá, na mesma região”, destacou Marconi de Azevedo.

Atualmente, o volume de água acumulado vem preenchendo 80% da capacidade total de Pedra Fina. Com o objetivo de que esta última também não entre em colapso com o passar tempo, a diretoria regional da Compesa já está pensando num plano b. “Os testes já foram realizados, a água de Pedra já está abastecendo os municípios que foram confirmados, mas caso não chova o suficiente pelos próximos seis meses poderemos colocar em prática o projeto de sustentabilidade da região através do reforço da água da Barragem de Sirigi, que fica em Vicência, na Zona da Mata do Estado. O projeto já está pronto, mas precisamos ainda captar os recursos financeiros juntamente com o Governo Federal. Desta forma, garantiremos que os municípios desta região específica não entre num possível colapso de abastecimento”, informou o diretor.

Pirangi

Se a Barragem de Jucazinho deixou de atender a população, a Barragem do Prata, em Bonito, no Agreste, segue abastecendo vários municípios com pouco mais de 50% de sua capacidade total. Esta última será reforçada a partir do próximo ano pelo manancial de Pirangi, que fica em Catende, na Zona da Mata de Pernambuco. “A análise é bem simples: como a Barragem do Prata será reforçada pelo Rio Pirangi, ela passará a acumular um volume mais elevado de água. Desta forma, as cidades que são abastecidas por esta barragem passarão a contar com um suporte de abastecimento maior nos períodos prolongados de ausência de chuvas”, destacou Marconi.

Na prática, quando o sistema Pirangi estiver em vigor, o abastecimento de água não só de Caruaru, mas também dos municípios de Agrestina, Altinho, Ibirajuba e Cachoeirinha, ainda no Agreste, será reforçado. Assim como o projeto delineia, Pirangi contará com uma adutora de 27 quilômetros de extensão e duas estações elevatórias para vazões de 300 a 500 litros de água por segundo. De acordo também com o diretor da Compesa, tão logo Pirangi passe a operar, a expectativa é de que haja uma brusca redução no sistema de rodízio de abastecimento nos municípios contemplados.

Empreendedora lança plataforma inédita de vídeo

Pedro Augusto

A empreendedora caruaruense Wedja Silva, juntamente com a sua sócia Elaine Lima, está prestes a inserir uma novidade no mercado digital. Trata-se da Taningg, uma plataforma de vídeos especificamente voltada para exibição de shows e clipes musicais. Desenvolvida num período de pouco mais de três anos, a ferramenta oferece aos internautas um rico acervo de artistas do gênero, tanto de âmbito nacional como internacional. Em visita à redação do Jornal VANGUARDA, na tarde da última terça-feira (27), no Bairro Maurício de Nassau, em Caruaru, Wedja explicou de que forma a Taningg irá funcionar.

“Diferentemente do Youtube, a Taningg irá atender a apenas um nicho do mercado, ou seja, o segmento musical. De início a nossa ideia era concentrar somente os vídeos de artistas nacionais, porém, conforme fomos desenvolvendo esta plataforma, verificamos que também poderíamos oferecer os trabalhos de cantores e bandas de âmbito internacional. Tanto é que já nesta fase de lançamento, a Taningg disponibilizará os vídeos de artistas de pelo menos nove países do exterior, dentre eles da Colômbia, do México, de EL Salvador e do Egito”, disse.

Outro diferencial da nova plataforma é que ela oferecerá de forma gratuita os shows e clipes dos artistas dos mais variados segmentos musicais, sendo famoso ou ainda não. “Na prática, a Taningg será uma ferramenta importante não só para os internautas, que poderão ter um acesso melhor aos vídeos musicais, mas também para os próprios integrantes do gênero, que passarão a expandir a sua divulgação através da internet. Apesar de ser uma grande plataforma, o Youtube, por exemplo, não consegue filtrar todos os trabalhos em vídeo produzidos por um determinado artista, já que também disponibiliza outros segmentos”, explicou Elaine Lima.

Neste primeiro momento, a Taningg só oferecerá os vídeos para visualização, porém em breve também disponibilizará a opção para dowloand. Para desenvolver a ferramenta inédita, as empreendedoras caruaruenses contaram com as colaborações dos profissionais Walisson César, Rafael Lins e Alamy Neto. Em fase final de teste, a expectativa é de que nova plataforma passe a ficar disponível para os usuários a partir desta semana. Seu endereço corresponde ao www.taningg.com

ARTIGO — Economia do Estado

Tivemos a aprovação em segundo turno da PEC que limita os gastos públicos à variação do IPCA. Dizemos aqui que, na verdade, esta PEC não limita gastos, ela autoriza os gastos atingirem algo da ordem de 318% em termos de projeção, caso a inflação desse ano fosse mantida. Seinflação anual for 4,5% como é a meta do governo, então daqui a 20 anos os gastos poderão crescer 141,17%! Isso sem contar com o estrago que se fará em pesquisas com a diminuição de bolsas para mestrados e doutorados, projetos de pesquisas, etc.

A questão é como se enquadrarão os estados, principalmente, o nosso, com essa nova regra. Pernambuco, não só parou de crescer como tende a não apresentar crescimento ao longo do próximo biênio. Duas razões motivam este sentimento: a primeira é que nossas contas começam a degringolar e muito embora tenha havido uma ligeira alta na arrecadação do ICMS, esta não é suficiente para cobrir, por exemplo, gastos com folha de pagamento. Adicionalmente, o aumento do ICMS não decorreu do aumento da atividade econômica, mas de ajustes, adequações e cobranças que o estado implementou. A segunda questão afeta não apenas o estado de Pernambuco, mas a região nordeste inteira que é o problema da estiagem.

Ainda no governo Eduardo Campos, recursos destinados a investimentos foram mobilizados para atenuar problemas provocados pela falta de chuvas e que afetaram a bacia leiteira do estado, reduzindo em quase 75% a produção do setor. De lá pra cá, o problema se agravou e as expectativas em termos de chuva são as piores possíveis. Estamos caminhando para um período sem chuva superior ao enfrentando pelo governo Roberto Magalhães nos idos dos anos de 1980.

Se nós observamos o cenário atual, veremos que os esforços são destinados para vencer a crise, ou seja, o estado se esforça para não perder o controle nos seus gastos e a história do crescimento fica para um momento posterior. Um fato aumenta a inquietação: os dados fornecidos ao Tesouro Nacional sobre as contas públicas dos estados e municípios podem não retratar a realidade, isto é, a situação pode ser pior do que a informada. No último dado disponível (abril/2016) Pernambuco estava comprometendo 60% de sua receita consolidada líquida e de lá pra cá isso pode ter piorado.

“Nunca na história desse país” se viu um desgaste financeiro governamental tão expressivo. Lançou-se às feras a esperança de um povo que, com o Plano Real, migrou de uma classe social para outra e que agora volta desiludido, sem emprego e bastante endividado.

Desemprego sobe para 11,8% e atinge 12 milhões de pessoas, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados hoje (30). Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica.

A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no país, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar. Em relação a março, abril e maio, a população desempregada de junho, julho e agosto aumentou em 583 mil pessoas, ou 5,1%.

Já a população ocupada caiu 0,8% na comparação entre os dois trimestres, com a perda de 712 mil postos. Ao todo, esse contingente soma 90,1 milhões de pessoas. Apesar disso, o número de empregados com carteira assinada se manteve estável em 34,2 milhões.

Desemprego era de 8,7% em 2015

A comparação de junho, julho e agosto de 2016 com o mesmo período de 2015 mostra uma redução de 2 milhões de pessoas na população ocupada e um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada.

No ano passado, a taxa de desemprego neste trimestre era de 8,7%, e também estava em uma trajetória de alta em relação aos trimestres anteriores.

O número de empregados com carteira assinada de 2016 caiu 3,8% em relação a 2015, com a saída de 1,4 milhão de pessoas desse grupo.

Rendimento se mantém estável

A pesquisa informa ainda que o rendimento médio real habitualmente recebido pelos brasileiros teve uma variação negativa dentro da margem que o IBGE considera de estabilidade. A renda média foi de R$ 2.011, 0,2% a menos que os R$ 2.015 do trimestre imediatamente anterior e 1,7% a menos que os R$ 2.047 registrados no mesmo período do ano passado.

A massa de rendimento real em todos os trabalhos também não apresentou em variação considerada significativa pelo IBGE frente a março, abril e maio, mas caiu 3% na comparação com 2015. O total está em R$ 177 bilhões.

Inadimplência das empresas cresce 11% em agosto

O crescimento do número de empresas inadimplentes desacelerou pelo quinto mês consecutivo, mas ainda é bastante elevado, de acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O total de pessoas jurídicas com pendências atrasadas cresceu 10,78% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano anterior, percentual referente a quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado.

Entre as regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação no número de empresas com o CNPJ registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 13,52%. No Norte, a inadimplência de pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 10,66% na comparação entre agosto e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram variações menores do número de devedores, mas, ainda assim, os números são expressivos: 9,86% e 8,17%, respectivamente.

“A inadimplência das empresas cresceu significativamente no final de 2015 e, desde o segundo trimestre de 2016, vem mostrando acomodação. Porém, este crescimento mais discreto da inadimplência das empresas não está ligado a uma melhora na sua capacidade de pagamento”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “O principal fator influenciador é relacionado ao aumento da restrição ao crédito, principalmente via aumento das taxas de juros, critérios mais rígidos para concessão de crédito por parte dos bancos e à maior incerteza por parte dos empresários, o que acaba levando o segmento a contrair menos dívidas, adiando novos investimentos e contendo avanços da inadimplência.”

“As dificuldades econômicas persistem e o cenário de desemprego elevado e de queda do faturamento das empresas continua afetando a capacidade de pagamento tanto das empresas quanto da população”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.