Capacidade de reação da economia determinará ajuste fiscal, dizem especialistas

Da Agência Brasil

Provocada pela contração da economia, a redução da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) deste ano para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) provocou turbulência no mercado financeiro. O dólar fechou a semana na maior cotação em 12 anos em meio a temores de que o governo não consiga estabilizar as contas públicas.

Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, a execução do ajuste fiscal não depende apenas do empenho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para eles, apenas a capacidade de reação da economia brasileira, com a queda da inflação e a retomada gradual do crescimento, determinará se o governo conseguirá ampliar o esforço fiscal nos próximos anos até que o superávit volte a 2% do PIB em 2018.

Para o economista-chefe da Sulamérica Investimentos, Newton Rosa, não havia como manter a meta anterior, de 1,1% do PIB para 2015, com a queda na arrecadação e as dificuldades do governo em cortar despesas obrigatórias nas votações do Congresso.

“Houve perda de receita. O governo não tem mais como aumentar impostos e não tem margem forte para cortar despesas. Então o que restou foi reduzir a meta [de superávit] para próximo de zero”, afirma Rosa. “A questão nem chega a ser o Congresso, mas a forte recessão que se abateu sobre a economia. Sem perspectiva de crescimento, o esforço fiscal torna-se mais difícil.”

Membro do Conselho Federal de Economia e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luciano D’Agostini discorda de que o quadro político não tem interferido na economia. Para ele, o Congresso tem grande parte de culpa nas dificuldades do ajuste fiscal. “Até agora, o governo cortou despesas discricionárias [não obrigatórias]. O corte de despesas obrigatórias depende do Congresso, que desidratou o pacote de ajuste fiscal, e de reformas institucionais que o país não fez”, diz.

O professor da UFPR diz que o país entrou em um círculo vicioso, em que o governo adota medidas de austeridade que não se realizam porque a arrecadação cai. “Quando o governo aumentou impostos e preços como combustíveis e energia, isso elevou a inflação e sufocou o trabalhador, que está endividado e tem menos poder aquisitivo. Num país em que 60% do PIB dependem do consumo das famílias e das empresas e a população tem baixa escolaridade e baixa produtividade, a queda do poder de compra é fatal para a economia”, analisa.

Newton Rosa aponta diferenças entre o Brasil e alguns países da Europa, que enfrentam fortes recessões após medidas de austeridade. “Em primeiro lugar, a dívida pública no Brasil não é tão grande como na Europa. E lá, eles têm a moeda única, que não permite que a inflação e o câmbio façam o ajuste e provoca mais desemprego do que aqui”, pondera.

Os dois economistas divergem quanto ao futuro da economia. Para Rosa, a diminuição do superávit primário atrasou a estabilização da dívida pública, mas ele acredita que o ajuste fiscal ainda é possível ser retomado nos próximos anos. “Na verdade, o que o governo fez foi prolongar o ajuste fiscal que deveria levar à estabilização da economia porque os custos estão altos e a margem de manobra para cortar despesas é pequena”, diz.

Para D’Agostini, o país só sairá do ciclo de recessão se fizer reformas estruturais, investir em educação e fizer um pacto social para não aumentar os juros e reduzir os lucros dos bancos. “A Constituição precisa ser mudada para dar mais flexibilidade para a economia, e o país precisa aumentar a produtividade qualificando a mão de obra. Sem isso, não vejo como o Brasil pode voltar a crescer e controlar a dívida pública.”

Na entrevista coletiva em que anunciou a redução da meta de superávit, na última quarta-feira (22), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou que a medida ajuda a reduzir as incertezas em torno da economia ao aumentar a transparência das contas públicas. “Damos uma informação importante, e isso ajuda a orientar as decisões importantes dos agentes econômicos. As incertezas das mais diversas fontes têm afetado não só a economia, mas a arrecadação. A Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal nos dão um mecanismo precioso para isso, tentar reduzir a incerteza e dar uma orientação clara de qual é a nossa estratégia”, declarou Levy, na ocasião.

Governo tentará ganhar tempo para negociar manutenção de vetos

Com a volta do Congresso Nacional ao trabalho após o fim do recesso legislativo, no próximo dia 3, o governo terá que enfrentar uma série de negociações em torno da votação de 22 vetos presidenciais.

São matérias aprovadas por deputados e senadores nos últimos meses e que foram integral ou parcialmente vetadas pelo Planalto – a maior parte delas em razão dos grandes impactos financeiros que ocasionariam.

Estão na pauta, por exemplo, os vetos à mudança no fator previdenciário, aos benefícios concedidos aos servidores públicos dos ex-territórios de Roraima, Rondônia e do Amapá e ao reajuste dos servidores do Judiciário.

O mais recente deles, assinado esta semana, veio em meio a protestos dos servidores do Judiciário, que alegam não terem os salários reajustados desde 2006.

A justificativa para os vetos é que a concessão desses benefícios aos trabalhadores teria um grande impacto financeiro, o que comprometeria o ajuste fiscal. Na última semana, por exemplo, o governo adotou medidas em função da queda na arrecadação, aumentando o tamanho do corte no Orçamento. Dessa vez, foram bloqueados R$ 8 bilhões em gastos previstos.

Para manter os vetos, o governo terá que voltar a negociar com os congressistas. E os argumentos a serem usados são os mesmos quando da negociação inicial, na tramitação das matérias em questão: insuficiência de recursos para arcar com os gastos e a possibilidade que o ajuste tenha que ser ampliado.

Na opinião do cientista político da Arko Advice, Cristiano Noronha, a baixa popularidade do governo e a fragilidade da coordenação política contribuem para aprovação de matérias que não são de interesse da presidenta Dilma Rousseff, mas isso não significa que tenha faltado negociação. “Há uma conjunção de fatores que dificulta o trabalho do governo. O governo até tenta, acho que não foi falta de diálogo. Por mais que tente [o governo] convencer os parlamentares, eles não estão dispostos”, avalia.

Para o cientista político, também pesa nesse cenário a pressão de determinados setores, tais como aposentados e servidores do Poder Judiciário. E, com isso, a tendência é o Congresso atender aos seus anseios. Noronha, no entanto, acredita que o governo tenha instrumentos para tentar manter os vetos.

Inicialmente, segundo um parlamentar da base, o governo deve procurar trabalhar com a estratégia de adiar ao máximo a próxima sessão do Congresso de apreciação dos vetos, até ter segurança de que não há votos suficientes para derrubá-los nas duas Casas – para derrubar um veto são necessários 257 votos na Câmara e 41 no Senado.

A tática de segurar a negociação, no entanto, tem um limite: a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. A pauta de vetos tem que ser esgotada para que se comece a analisar a LDO. Além disso, durante o mês de agosto, deverão ser concluídas as discussões em torno das distribuições de cargos e da liberação de emendas.

Na previsão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), a votação da LDO poderá ser adiada para setembro ou outubro. “Mas isso em última instância. Não vai ficar [a votação] para dezembro como aconteceu no ano passado”, garante.

O protelamento da análise dos vetos também permitirá ao governo ganhar tempo para fazer caixa com os cortes do Orçamento e observar como a economia deverá reagir. Além disso, o governo aposta na aprovação de duas proposições que podem trazer novas fontes de receita: o projeto que trata da repatriação de recursos de brasileiros enviados ao exterior sem o pagamento de impostos e a medida provisória que permitirá às empresas que estão em litígio com a Receita negociarem suas dívidas.

Se as negociações do governo falharem e as novas fontes de receita não forem aprovadas antes da votação dos vetos, o próximo passo será argumentar com os parlamentares que não haverá como arcar com os novos custos trazidos por esses projetos.

O Planalto deverá, então, tentar dividir a responsabilidade com deputados e senadores, pedindo que eles apontem de onde sairá o dinheiro para, por exemplo, reajustar o salário dos servidores do Judiciário em meio ao ajuste fiscal. A ideia é que, assim, prefeitos e governadores ajudem a fazer pressão das bases nos parlamentares.

Elias Tergilene ministra palestra em lançamento de festival

elias_Theza

O presidente da Fundação Doimo, Elias Tergilene, participou na noite da última sexta-feira (24), no Sesc de Garanhuns, do lançamento do Festival de Moda de Pernambuco. Na ocasião, o empreendedor ministrou palestra sobre o primeiro Shopping Escola para o varejo em Toritama e a importância das franquias sociais.

Além disso, na oportunidade, ele ainda abordou a questão das grandes marcas abrirem caminho em locais onde, culturalmente, existem barreiras sociais, como as favelas. Ao todo, o evento reuniu 300 convidados, entre empresários lojistas e atacadistas, autoridades locais e jornalistas.

O Festival de Moda de Pernambuco está previsto para ser realizado em outubro.

 

 

Samu participa de blitz Educativa nesta segunda

unnamed (11)

O Samu de Caruaru participará de uma blitz educativa nesta próxima segunda-feira (27) em uma ação conjunta com a IV Gerência de Saúde e Destra. As atividades são para lembrar o dia do motociclista que é comemorado nesta segunda.

Haverá distribuição de panfletos e brindes. Arte educadores farão encenações teatrais sobre a importância de utilizar equipamentos de proteção no trânsito. As blitze ocorrerão em frente ao Hemope, a partir das 9h e no Tiro de Guerra, às 15h.

De acordo com Robervânia Silva, apoiadora do SAMU,  é importante ações desse cunho para sensibilizar os motoristas sobre educação no trânsito. “As principais causas de socorro médico do SAMU para o Hospital Regional do Agreste são decorrentes de acidentes de moto. Precisamos ter um cuidado maior ao pilotar esse tipo de veículo. A imprudência já ceifou muitas vidas.”, destacou.

Ouvidorias de bancos terão de gravar atendimento aos clientes

Da Agência Brasil

As ouvidorias dos bancos terão de gravar o atendimento aos clientes e fornecer os contatos nas páginas iniciais das instituições financeiras na internet. As alterações foram decididas, nesta semana, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que deu prazo até 30 de junho de 2016 para a implementação das novas regras.

Até agora, a obrigação para a gravação valia apenas para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), primeira etapa de atendimento ao cliente. Em relação à divulgação dos contatos, as instituições terão a opção de apresentar números de telefones da ouvidoria diretamente na página inicial ou de divulgar um link com a página dos contatos.

O CMN alterou o prazo máximo de atendimento das ouvidorias de 15 dias corridos para dez dias úteis. As ouvidorias terão também de divulgar, a cada semestre, na internet, um relatório com as estatísticas de atendimento e as atividades desenvolvidas.

A ouvidoria representa a última etapa de atendimento, quando o cliente não conseguiu resolver os problemas nas agências bancárias ou no SAC. Segundo a chefe do Departamento de Regulação Financeira do Banco Central, Sílvia Marques, as mudanças trarão mais transparência a esse tipo de serviço. “As alterações visam a aumentar a transparência e a envolver mais racionalidade e eficiência ao setor de ouvidoria. Além disso, as novas regras tornam mais claras as atribuições do ouvidor”, diz Silvia.

Em relação à obrigatoriedade da divulgação dos relatórios na internet, Sílvia diz que o público deve ter acesso a informações até agora restritas à autoridade monetária. “O BC já tem todas as informações sobre as ouvidorias dos bancos, mas elas não chegam ao público de forma sistemática.”

Senac com duas inaugurações em Caruaru

A próxima quarta-feira (29) ficará marcada como uma data especial para o Senac de Caruaru. No período da noite, a unidade local irá inaugurar oficialmente a sua nova estrutura física bem como o primeiro Centro de Convenções na região Agreste. Os dois empreendimentos fazem parte de complexos vizinhos, que foram erguidos num período de três anos, na rua Maria José Lyra, no bairro Indianópolis. Batizada de Educação Profissional Doutor Luiz Pessoa, a nova estrutura dispõe de 29 ambientes educacionais com 11 salas de aulas, 13 laboratórios, biblioteca, espaço de convivência, modateca, empresa pedagógica e estacionamento.

Já o centro, que tem como nome Empresário Djalma Farias Cintra, possui foyer para exposições, salão de eventos e quatro auditórios. A gerente da unidade Senac de Caruaru, Michelliny Almeida, deu mais detalhes sobre os espaços. “Com a mudança da agora antiga unidade para cá, os alunos de Caruaru e da região não só passarão a contar com uma estrutura física melhor como também terão a oportunidade de se inscrever em novos cursos técnicos. Quanto ao Centro de Convenções, ele será voltado para realização de palestras, seminários e feiras de negócios”.

Dentre os novos cursos técnicos que estão previstos para serem colocados em prática, dois deles são voltados para o segmento da moda: figurinista, modelagem e produção de moda. Outro setor a ser contemplado será o de informática, que ganhará o curso redes de computadores. No espaço Doutor Luiz Pessoa, os estudantes da região também poderão cursar o técnico em imagem. “Com essa ampliação no portfólio, devido à nova estrutura implantada, não tenho dúvidas de que o Senac de Caruaru passará a atender ainda mais as demandas dos estudantes não só da cidade, mas também de toda a região”.

Acostumado a ministrar palestras e seminários em todo o país, o consultor empresarial Eugênio Sales elogiou bastante a construção do Centro de Convenções. “Pelo menos para mim, essa obra representa um marco para Caruaru e região na medida em que o centro será palco de várias discussões a respeito das nossas atividades econômicas. Na medida em que mais palestras, seminários, workshops e congressos sejam realizados nesse novo espaço, melhor para o Agreste. Se for convidado para ministrar nele, irei com o maior prazer”.

As inaugurações dos complexos contarão com as presenças de vários representantes do sistema Senac bem como de diversas autoridades ligadas a segmentos locais. Michelliny Almeida ainda comentou sobre os cursos que se encontram em vigor na antiga sede do Senac. “Os que já estão em processo serão finalizados justamente na unidade que fica na rua Cleto Campelo, no Centro. Já os que ainda não foram iniciados vão ser promovidos na nova estrutura física. Gostaríamos de salientar que esta última não comportará uma faculdade, apenas cursos de aperfeiçoamento, capacitações e técnicos. Continuaremos sendo polo de cursos de educação à distância do Senac Pernambuco”.

Com informações do Jornal VANGUARDA

Mais de mil servidores são capacitados no primeiro semestre

O Centro de Formação dos Servidores Estaduais de Pernambuco aproveitou o II Encontro do Cefospe com Gestores de RHs do Estado para divulgar o balanço do primeiro semestre. Segundo a diretora Analúcia Cabral, de janeiro a junho foram 1.094 servidores capacitados de 73 órgãos e entidades estaduais. “Estamos muitos satisfeitos com o resultado. Todo nosso trabalho é embasado na premissa de valorizar o servidor através da educação corporativa. Fechamos o primeiro semestre de 2015 com avaliação de metodologia acima de 9,0”, celebra. O encontro foi realizado na última quinta-feira (23).

Ainda de acordo com Cabral, a Secretaria de Administração é o órgão que mais demanda cursos na instituição. “Nos primeiros seis meses do ano, a pasta enviou para capacitação aqui no Cefospe 352 servidores e já solicitou outros cursos para o resto do ano”, pontuou. Outro destaque no encontro do Cefospe foi a palestra ministrada sobre desenvolvimento humano organizacional, com a psicóloga Tereza Nunes.

Para ilustrar algumas situações vividas pelos servidores inseridos no setor, a palestrante usou pensamentos do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. “Nós que estamos em ambientes hierarquizados precisamos de maturidade, inteligência e, sobretudo, ética para cuidar das pessoas e dar o aporte necessário para que sejam produtivos. Zygmunt prega que a fluidez é a principal metáfora do mundo moderno. Portanto, é preciso ser flexível e assimilar o novo, sem deixar os princípios da profissão de lado”, pontua Tereza.

Além de trabalhar o emocional dos presentes com poemas e textos motivadores, a psicóloga também discorreu sobre gestão estratégica de RH e seus desafios, como a definição de estratégias de gestão de pessoas. “Fomentar o desenvolvimento dos líderes e gerar impactos reais na organização é o nosso dever. Por isso as estratégias são tão importantes. Elas nos permitem dominar os preceitos do negócio e estabelecer ações assertivas para determinado tipo de problema, buscando aperfeiçoar processos”, explica.

A gestora do setor de gestão de pessoas da Secretaria de Administração, Fernanda Almeida, aprovou a palestra. “Achei importantíssima para que possamos tomar mais consciência do nosso papel nas instituições e desenvolver a valorização dos servidores, através de uma função mais estratégica das áreas de RH”, comentou.

OPINIÃO: Comparações

Por MAURÍCIO ASSUERO*

A situação da Grécia não foi um fato instantâneo. Há alguns anos, a economia grega se divide entre a brasa e o espeto. O que ocorreu nos últimos dias, incluindo plebiscito, troca de ministros, limitação dos saques diários a € 60 (R$ 208,80), é fruto de um processo lento e gradual que afetou a economia europeia como um todo, a partir de 2008. Alguns países europeus tiveram enormes dificuldades (Espanha, Portugal, Grécia, França etc.), mas superaram com a ajuda do Banco Central Europeu, que despejou bilhões de euros na região.

Comparativamente, o Brasil está distante da Grécia? Temos algumas semelhanças – por exemplo, a economia combalida – e grandes diferenças, porque, ao contrário da Grécia, não temos quem nos socorra num caso de urgência, além, claro, do FMI (Fundo Monetário Internacional), cujo auxílio seria bom dispensar. O que nos assusta é que nossa situação é preocupante e generalizada e o relacionamento entre Congresso e governo ajuda, dia a dia, a deixar um pouco mais limitada nossa esperança.

Se a gente for analisar as previsões dos economistas, vai se notar que o ponto de interseção é sempre o lado ruim da história, ou seja, a falta de crença no desempenho da economia em 2015 e a baixa expectativa para 2016. Não há indicativo de que 2016 seja melhor. Podemos fazer inúmeras conjeturas, dentre as quais a saída de Dilma da Presidência. Ganharemos alguma coisa com isso? Não se trata apenas de dizer sim ou não. Temos que considerar uma situação econômica complicada sem uma estratégia, ou uma política, que aponte passos para sair do buraco. O governo tem condições de apontar esse caminho? Até o momento, não – e com 7,7% de aprovação, jamais. Agora, o que está ruim pode ficar um pouco pior. Refiro-me à situação dos Estados e municípios e vamos falar de Pernambuco.

O Governo do Estado divulgou o pagamento de uma parcela do 13º salário já para este mês. Ótimo! Por outro lado, alterou o cronograma de pagamentos, ou seja, o salário de julho, que deveria ser pago no final deste mês, vai ser pago em agosto. Está claro que temos um grave problema de caixa e, no caso do governo, fica difícil entender o desequilíbrio, dado que o governador teve nas mãos a chave das finanças do Estado. No mínimo, parece um erro de estratégia. Por outro lado, o Estado e a Prefeitura do Recife montaram uma boa estrutura para renegociar débitos tributários que, segundo as estimativas, poderão chegar à casa dos R$ 100 milhões.

Trata-se de uma ação válida, mas insuficiente. A atração de investimentos externos foi a mola propulsora do crescimento do Estado e, se perder esta linha, ficará muito difícil falarmos de crescimento econômico. O governo precisa centrar seus esforços para consolidar o projeto de voos nacionais e internacionais do grupo Latam (conhecido como hub), que é uma junção da TAM com a chinela LAN. Se conseguir, Pernambuco terá um instrumento formidável para voltar a crescer. Senão, vai continuar em busca de inadimplentes dos impostos.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE.

ICP promove curso de férias

O ICP (Instituto de Criminologia de Pernambuco) promove, nos dias 28 e 29 deste mês, curso de férias com o tema “Elaboração de TCC e Projetos para seleção de Mestrado”. O momento é voltado para estudantes e profissionais da área.

O curso será ministrado pelas professoras universitárias Raíssa Braga, Paula Rocha, Perpétua Dantas e Ana Maria de Barros. A ideia é descrever em detalhes todos os critérios necessários para elaboração de projetos, apresentando dicas de pesquisa, coleta de dados, referências, objetivo geral e específico e normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

As inscrições poderão ser realizadas no local onde vai acontecer o curso, na sede da OAB-Caruaru, que fica na rua Cônego Júlio Cabral, 267, no bairro Maurício de Nassau, das 8h às 12h e 14h às 18h.

No Lacerdão, tempo de sobra para tentar corrigir os erros

O Central está vivenciando o período de folga da Série D 2015 de forma amena. E não era para menos. Afinal, nas duas vezes em que entrou em campo pela competição, a Patativa não conheceu outro resultado a não ser a vitória. Bons resultados estes que colocaram a equipe caruaruense na liderança do grupo A4. Com seis pontos computados – dois a mais em relação ao segundo (Treze-PB) e cinco a mais do que o terceiro colocado (Serrano-BA) –, o alvinegro não perde a primeira posição da chave independentemente dos resultados da rodada deste fim de semana.

Somando quatro pontos, o vice-líder Galo da Borborema visita o Goianésia-GO (4º colocado), neste domingo (26), às 16h, no Valdeir de Oliveira. No mesmo dia e horário, o Serrano recebe o lanterna Estanciano-SE, no Agnaldo Bento dos Santos. Aliviado com a vitória magra, mas bastante importante, na última rodada, quando, na ocasião, o Central derrotou o Goianésia por 1 a 0, no Lacerdão, o técnico Celso Teixeira disse querer utilizar o período de folga para tentar corrigir os erros apresentados.

“Na estreia contra o Serrano jogamos melhor do que o adversário somente no segundo tempo. Já na partida contra o Goianésia, fomos superiores durante os 90 minutos. É claro que evoluímos de um confronto para o outro, porém ainda temos muito que melhorar. Esse intervalo até o compromisso diante do Estanciano será de extrema importância para observarmos o que pode ser mantido e o que precisa ser mudado. Sem falar que esse período de folga também nos dará a oportunidade de recuperarmos alguns jogadores que se encontram entregues ao departamento médico”, analisou Teixeira.

Os machucados lembrados pelo treinador centralino são o lateral-esquerdo Jean Baptista, o volante Lima e o atacante Candinho. Quem ainda não passou nem de longe pelo DP foi Althemar. Autor do gol que deu a vitória à Patativa na rodada passada, o atual camisa 6 espera dar outras alegrias à torcida alvinegra. “Venho treinando forte e, se tiver oportunidade, tentarei marcar mais gols pelo Central. Com essas duas vitórias conquistadas, poderemos treinar até a partida contra o Estanciano com uma maior tranquilidade”.

O próximo compromisso da Patativa na Série D será no domingo (2), às 16h, no Lacerdão. Outro representante de Pernambuco na competição, o Serra Talhada entra em campo neste fim de semana. O duelo será amanhã (26), contra o Campinense, a partir das 16h, no Amigão. Pela mesma chave, o Coruripe recebe hoje (25) o Colo-Colo, às 19h30, no Gerson Amaral.

Com informações do Jornal VANGUARDA