IBGE: cai o número de trabalhadores que procuram emprego

Mesmo tendo fechado 2014 com  taxa de desocupação de 4,3%, a menor da série histórica iniciada em 2002, o mercado de trabalho ficou praticamente estagnado ao longo do ano passado, uma tendência verificada nas pesquisas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vinha divulgando nos últimos meses.

Segundo a economista Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, “é fato” que a população ocupada não se expandiu ao longo do ano passado, como vinha ocorrendo desde 2003.

“A manutenção dessa taxa em níveis baixos de fato deu-se, sobretudo, influenciada pela retração na população desocupada. Pela redução do contingente dos que estão desempregados e, por isso mesmo, à procura de trabalho. O contingente [dos que procuram emprego] diminui e, com isso, cai a taxa de desocupação. E isso significa que a população ocupada, se não se expandiu em 2014, também não retraiu significativamente ao longo do ano”, ressaltou Adriana.

Para ela, a tendência vem se verificando a cada nova divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Os dados de dezembro do ano passado e dos 12 meses do ano foram divulgados hoje (29) pelo IBGE.

“Embora, ao longo de 2014, tenha sido observada mensalmente nas pesquisas a redução da taxa de desocupação, ela se deu não pelo aumento da oferta de mão de obra, mas pela retração da procura. A taxa caiu porque caiu a pressão sobre o mercado de trabalho”, explicou a economista.

Adriana disse que a menor pressão pode ter origem em fatores diversos, mas certamente teve como princípio a redução da população a procura de trabalho. “O que se observa é que parte importante dessa redução em 2014 estaria migrando para a população não economicamente ativa, ou fora do mercado do trabalho. Essa inatividade cresceu, sobretudo, entre os mais velhos e entre os jovens. Pessoas com mais de 50 ou menos de 18 anos, um grupo formado sobretudo por mulheres.”

De acordo com Adriana, apesar dos significativos avanços da sociedade brasileira ao longo das últimas décadas, há ainda muito o que fazer, principalmente quando se analisa a raça ou o sexo no âmbito do mercado de trabalho.

Dados da PME relativos ao ano passado, e em comparação com 2003, indicam avanços nos últimos 12 anos. Mostram, no entanto, que o rendimento dos trabalhadores de cor preta e parda equivale a 58% do ganho dos brancos. A pesquisa mostra disparidade também entre os rendimentos de homens e mulheres. Segundo o levantamento, em 2014, em média, as mulheres ganhavam em torno de 74,2% do rendimento dos homens. Trata-se de um avanço, quando se constata, por exemplo, uma expansão de 0,6 ponto percentual frente a 2013, quando as mulheres ganhavam 73,6% dos rendimentos dos homens. Em 2003, as mulheres ganhavam 70% da massa salarial dos homens.

Governo anuncia mudanças no pagamento das gratificações dos policiais

O Governo do Estado está promovendo uma série de mudanças no pagamento das Gratificações do Pacto Pela Vida – GPPVs, visando estimular, reconhecer e valorizar o trabalho desempenhado pelos policiais civis e militares envolvidos em operações de combate às drogas, apreensão de armas de fogo e emissão de mandatos de prisões (Operações Repressão ao Crack, Malhas da Lei e Mandatos). As medidas foram anunciadas nesta semana, durante a reunião semanal de monitoramento do Pacto Pela Vida e passam a valer a partir de fevereiro.

Antes paga de acordo com o resultado da unidade a qual o policial faz parte, a GPPV passa a ser calculada pelo desempenho individual dos policiais civis e militares. A GPPV – Malhas da Lei bonificará todos os policiais que cumprirem mandado de prisão em cada mês, de acordo com os pontos conseguidos. Esses pontos são classificados de acordo com o crime cometido. Atualmente, uma média de 600 mandatos são cumpridos por mês. Cada mandado cumprido valerá de R$ 80,00 a R$ 400,00 – valor a ser dividido pelos policiais envolvidos na operação.

Já na GPPV de Repressão ao Crack, os policiais serão premiados pela quantidade da droga apreendida (1g de cocaína ou pasta base = 3g de crack). Os 50 policiais que mais apreenderam a droga recebem R$ 1.000,00, cada um. Os que estiverem ocupando as posições de 51º ao 100º, recebem R$ 500,00 e de 101º até a 150º posição, o bônus será de R$ 250,00. Serão premiados 150 policiais civis e 150 policiais militares, mensalmente. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, agora, com a nova metodologia, os policiais terão um maior estímulo a produtividade.

Apreensão de armas de fogo – Outra boa notícia para os profissionais da segurança pública é o aumento no valor da gratificação por apreensão de armas de fogo. O último reajuste do bônus tinha sido realizado em 2007 para policiais que, no exercício de suas funções, apreendam e façam o flagrante de armas sem registro e/ou autorização legal.

Atualmente, o bônus por apreensão varia de R$ 300,00 (armas de fogo curtas, semi-automáticas, por exemplo) a R$ 1.500,00 por arma (de uso restrito, como fuzis e metralhadoras). Com a nova proposta, as bonificações por armamento apreendido vão variar de R$ 700,00 a R$ 2.000,00.

Prêmio da Defesa Social (PDS) – Também haverá mudanças na concepção do pagamento desta premiação. Atualmente, o PDS leva em conta os resultados em função do desempenho do Estado no processo de redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI. É pago semestralmente a todos os policiais civis e militares que estiverem em exercício na secretaria de Defesa Social e em seus órgãos operativos, podendo variar de R$ 3 mil (redução de 12% do CVLI do Estado) a R$ 112,00 (redução de até 6%) para os oficiais, delegados, peritos criminais e médicos legistas. E de R$ 2 mil (redução de 12% do CVLI do Estado) a R$ 62,00 (até 6%) para os praças, agentes, escrivães, auxiliares de peritos e de legistas e papiloscopistas.

Para o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, esse modelo não permite que os policiais que alcançarem a suas metas sejam premiados, caso o Estado não alcance a dele. “Aperfeiçoamos o modelo e agora os policiais vão receber o PDS em virtude do resultado na sua área de atuação e um adicional quando o Estado atingir a sua meta”, anunciou o secretário.

O PDS por área de atuação vai de R$ 2,4 mil a R$ 560,00 (oficiais, delegados, peritos criminais e médicos legistas) e de R$ 1,6 mil a R$ 320,00 (praças, agentes, escrivães, auxiliares de peritos e de legistas e papilocopistas). Caso o Estado também alcance a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI, haverá a bonificação extra, podendo chegar a um acréscimo de 25%, se alcançada a meta de redução de 12% nos CVLIs.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, também destacou a importância da decisão e lembrou que essa era uma reclamação antiga dos policiais. “As medidas demonstram a sensibilidade do Governo com a valorização dos policiais e fortalecimento do Pacto Pela Vida”.

Aumento de impostos ampliará obstáculos ao desenvolvimento do setor transportador

O informativo “Economia em Foco” divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) desta semana destaca os impactos provocados no setor pelo aumento da carga tributária sobre combustíveis. A elevação valerá a partir de 1º de fevereiro e será repassada aos consumidores. A medida foi adotada pelo governo federal como uma das alternativas para aumentar a arrecadação e garantir que a meta de superávit primário seja atingida em 2015.

O litro do diesel ficará, pelo menos, R$ 0,15 mais caro. Isso, de acordo com a CNT, representará aumento de 5,43% no preço do diesel S-10 e de 5,75% no diesel comum, ambos utilizados para a realização dos serviços de transporte de cargas e passageiros. Já a gasolina terá alta de R$ 0,22 por litro.

A elevação nesses patamares será possível por meio do aumento da alíquota do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), já a partir de fevereiro. Depois, em maio, haverá redução do percentual do PIS/Cofins e será retomada a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mantendo a taxa de aumento no preço dos combustíveis.

Conforme a entidade, “a decisão do Ministério da Fazenda prejudica diretamente o setor de transporte brasileiro” e “intensifica os obstáculos ao seu desenvolvimento”, uma vez que o combustível é o principal insumo das empresas transportadoras. O diesel representa 25% dos custos totais das no segmento de transporte de passageiros e até 37% no transporte rodoviário de cargas.

“Considerando a atual situação econômica do país, é compreensível que o governo federal busque formas de aumentar a arrecadação e veja o combustível como um produto de elevado potencial de contribuição. Contudo, o setor transportador já vem sendo continuamente prejudicado pela inadequada condição da infraestrutura de transporte brasileira que, além de elevar o custo operacional do serviço, prejudica a produtividade das empresas do setor e diminui a competitividade da produção nacional”, destaca a análise.

A entidade defende que, se optar por manter o incremento na arrecadação, o governo federal zere o aumento da alíquota do PIS/Cofins a partir de maio, quando a Cide poderá ser cobrada, e mantenha a meta de arrecadação apenas com essa contribuição.

A CNT explica que, como não há vinculação entre o volume arrecadado do PIS/Cofins e benefícios ao setor de transporte, a manutenção da cobrança desse imposto sobre os combustíveis levará a um desequilíbrio econômico, em razão da transferência de recursos dos transportadores para os demais setores.

Já a Cide, por lei (10.336/2001), deve ser revertida, por exemplo, ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. “Desta forma, além de garantir a os recursos almejados pelo Estado, haveria uma garantia de fonte de recursos específica para os investimentos urgentes em infraestrutura de transporte”, destaca o boletim.

Levantamento feito pela entidade aponta que, entre 2002 e 2012, dos R$ 76 bilhões arrecadados pela Cide, R$ 37,6 bilhões foram revertidos em infraestrutura de transporte. Somente entre 2003 e 2008, os recursos advindos da contribuição representaram mais de 70% dos investimentos diretos da União nesse setor.

Agrestina reverencia Senhora do Desterro

Está marcado para este domingo (1) e segunda  (2), a Festa de Nossa Senhora do Desterro, em Agrestina. O evento é um dos maiores no calendário oficial do município e une a programação religiosa, iniciada ainda em janeiro, e a artística, com shows realizados na Praça Padre Cícero. Entre as atrações que subirão ao palco da festa, destaque para Forró da Pegação, Forró do Firma e Forró Vumbora, que se apresentam no domingo (1º), a partir das 20h. Já na segunda (2), tem Samyra Show e Gabriel Diniz.

Do ponto de vista religioso, a Festa de Nossa Senhora do Desterro possui o tema ‘Sob o olhar da mãe do desterro testemunhamos a alegria do evangelho’ e começou desde o dia 24 de janeiro. Diariamente, a Paróquia de Santo Antônio realiza, sempre às 6h, o Ofício de Nossa Senhora e às 19h o terço seguido pela Celebração Eucarística com temas diferentes a cada dia e participação de padres da região e de movimentos como o Movimento Mãe Rainha, a Pastoral da Juventude e os representantes das comunidades rurais da cidade, entre outros.

Mantendo a tradição, a festa em Agrestina também tem quermesse com barracas de comidas típicas nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Para esta mesma data está marcada a realização do Leilão de Animais, a partir das 9h. No dia 2 de fevereiro, as homenagens à santa da Igreja Católica começam às 6h, com o Ofício de Nossa Senhora, girândolas e café da manhã comunitário na Igreja Matriz. Às 10h, o Bispo Diocesano Dom Bernardino Marchió preside a celebração eucarística, às 15h será realizado o Cenáculo do Movimento Sacerdotal Mariano com a presença do Padre Laurent Larroque, e em seguida a procissão com a imagem de Nossa Senhora do Desterro pelas principais ruas da cidade.

A 93ª Festa de Nossa Senhora do Desterro de Agrestina é uma realização da Secretaria de Cultura, Turismo e Juventude, com apoio da Secretaria de Turismo de Pernambuco, Empetur, Governo de Pernambuco e Associação das Secretarias de Turismo de Pernambuco (Astur/PE).

Fique atento as informações do IR 2015

Pedro Augusto

O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda 2015 deverá ser iniciado somente em março, porém é importante que os caruaruenses já fiquem atentos as informações relacionadas ao tributo. Conforme explicou o delegado adjunto da Receita Federal de Caruaru, Gumercindo Pereira Filho, serão obrigados a realizar o procedimento aqueles contribuintes que no ano passado obtiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 26.816,55 e possuam patrimônio no valor acima de R$ 300 mil. Também serão obrigados a declarar aqueles que obtiveram rendimentos de atividade rural superiores a R$ 134.082,40 bem como isentos, não tributáveis e apenas na fonte acima dos R$ 40 mil.

De acordo com Gumercindo, a expectativa é de que em 2015 cerca de 30 mil contribuintes façam a entrega da declaração em Caruaru. “Na verdade, a Receita sempre se baseia nos números registrados no ano anterior. Como em 2014, pouco mais de 30.200 pessoas realizaram o procedimento no município, a estimativa é de que neste ano alcancemos o mesmo patamar. Nunca é demais ressaltar que o programa contendo todas as informações sobre o IR 2015 já se encontra disponível no site da Receita através do endereço: http://idg.receita.fazenda.gov.br/”, destacou Gumercindo.

Em paralelo, dúvidas sobre o imposto poderão ser retiradas na sede da Delegacia da RF de Caruaru, que fica localizada na rua Frei Caneca, mais especificamente na Estação Shopping, no Centro. O horário de atendimento é sempre de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 19h. “Assim como nos últimos anos, em 2015 a data limite para a entrega da declaração corresponderá a 30 de abril, uma quinta-feira. Quem não fizer o procedimento estará passível das punições previstas”, acrescentou Gumercindo Pereira.

Malha Fina

A Receita Federal liberou esta semana a consulta ao primeiro lote residual de restituições do Imposto de Renda 2014, que ficaram retidas na malha fina. O pagamento deverá ser feito até este sábado (31), na agência indicada pelo contribuinte ao fazer a declaração. O valor da restituição é corrigido pela Selic (taxa básica de juros), mas, após cair na conta, não recebe nenhuma atualização. Para saber se teve a restituição liberada, o contribuinte poderá acessar o site da Receita (http://zip.net/bsn4Jn) ou ligar para o Receitafone, no número 146.

Central levanta taça e já foca segundo turno

Pedro Augusto

Uma noite como há muito tempo não se via no Luiz Lacerda. Acostumada a ter de assimilar mais tristezas do que alegrias ao longo das temporadas, a torcida alvinegra finalmente teve o seu momento de glória tanto dentro como fora de campo. O empate sem gols contra o América, na última quarta-feira (28), pela última rodada do primeiro turno do Estadual, pouco importou aos 2.700 centralinos que compareceram ao estádio da Patativa. O que eles estavam preocupados mesmo era com a entrega da Taça Eduardo Campos que foi conquistada com méritos por sua equipe.

A festa do campeão da etapa inicial do certame começou logo cedo. Com muita pressa e antes do previsto, os representantes da Federação Pernambucana de Futebol realizaram a entrega das medalhas e do troféu antes da partida iniciar. Mas o que vai ficar guardado mesmo na memória dos torcedores ocorreu após o apito final. Em atitude de líder, o volante Fernando Pires pegou a taça nas mãos e convidou os seus colegas de elenco para dar a volta olímpica no Lacerdão. Bastante aplaudidos, os jogadores tiveram o seu momento de ápice ao se dirigirem para as sociais do estádio.

Aglomerados com tons em preto e branco, a massa centralina recepcionou-os com o grito de “É campeão”. Emocionado, Fernando Pires enalteceu a conquista da taça. “Comecei a minha carreira no Central já há certo tempo e jamais tinha passado um momento tão feliz como esse. Não só o plantel, mas principalmente a torcida merecia essa conquista. Agora é pensar em fazer uma boa campanha no hexagonal do título”. Tido como um dos destaques da equipe no primeiro turno, o zagueiro Everton também fez a festa com a torcida.

Na saída para os vestiários, o defensor disse estar com o sentimento de dever cumprido. “Mas, não podemos parar por aí. O Central possui uma tradição muito grande dentro do Estado e sempre tem de estar brigando pelas melhores posições. Vencemos a Taça Eduardo Campos, o que nos garantiu na Série D 2015, porém o foco agora é o hexagonal do título. Queremos estrear com o pé direito neste domingo (1º)”. Na data, a Patativa vai encarar o Serra Talhada que acabou garantindo a segunda vaga para o hexagonal.

O jogo está previsto para começar às 16h, no Luiz Lacerda. Feliz com a conquista do primeiro turno, mas ciente das dificuldades que terá pela frente, o técnico Laelson Lima reconheceu as qualidades do Cangaceiro. “Acredito que a Taça Eduardo Campos ficou em boas mãos, por tudo que fizemos tanto dentro como fora do campo, mas já ficou no passado. Nosso pensamento agora é o Serra Talhada, que cresceu bastante na competição e com certeza, dificultará bastante o nosso trabalho. Precisamos do apoio dos torcedores para superamos mais esse grande desafio”.

Com o objetivo de qualificar o plantel, a diretoria alvinegra apresentou nesta semana três reforços para o restante da competição. Foram eles: o zagueiro Matia Binati, de 22 anos, o meio-campista Jê, de 29, e o volante Jucemar, de 26 anos. Embora tenha ficado satisfeito com as contratações, o técnico centralino quer mais reforços. “Precisamos de mais um atacante, um lateral esquerdo e um meia. A diretoria já está trabalhando para suprir essas necessidades”, acrescentou Laelson.

Para a partida diante do Cangaceiro, o treinador poderá contar com o goleiro Beto, que obteve efeito suspensivo após ter pegado quatro jogos de suspensão pela expulsão no confronto contra o Vera Cruz, no último dia 28 de dezembro. Quem confirmou a boa notícia foi o presidente do clube Chico Noé. “Tomamos as devidas providências, entrando com um efeito suspensivo. Por isso ele poderá continuar sendo escalado pelo técnico Laelson Lima. Agora é só aguardar o próximo julgamento, mas até lá ele está apto para jogar”. Já o Porto, outro time de Caruaru, disputará o hexagonal da permanência. Até o fechamento desta matéria, a FPF não havia divulgado os jogos da primeira rodada.

Soparia do Gordo

Conhecida em Caruaru como a segunda casa do Central, a Soparia do Gordo comemorará a conquista do primeiro turno, neste sábado (31), em sua sede que fica localizada na avenida Dom Bosco, no bairro Maurício de Nassau. Na ocasião haverá a exposição de camisas históricas do clube bem como a apresentação do cantor Laranjinha. Mais informações sobre o evento podem ser adquiridas através do telefone: 30453622.

Acic promove 19ª Rodada de Negócios

Pedro Augusto

Após um 2014 cheio de incertezas, a 19ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana está sendo aguardada pelos confeccionistas pernambucanos e lojistas de todo o Brasil como a oportunidade de recuperar o setor, abatido pelos resultados instáveis do ultimo ano – reflexo das Eleições e da Copa do Mundo. Promovido um pouco mais cedo nesta temporada, o evento acontecerá desta quarta-feira (4) até a sexta-feira (6), das 9h às 19h, no Polo Caruaru, as margens da BR-104, na Capital do Agreste. De acordo com a organizadora, a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), a expectativa é comercializar cerca de 10% a mais no comparativo com a edição do mesmo período do ano passado.

Foi o que o destacou o seu presidente Osíris Caldas. “Pernambuco é um grande centro produtor de moda, possuímos mais de 15 mil indústrias ligadas ao setor do vestuário e precisamos apresentar este potencial produtor a todo o Brasil. Com esta 19ª edição, esperamos incentivar o desenvolvimento econômico de toda a região do Polo da Moda do Agreste de Pernambuco e de todo o Estado. Neste ano, esperamos superar em 10% os resultados obtidos na edição de fevereiro passado”. Segundo os dados da Acic, em sua 17ª edição, o evento foi responsável por um incremento de R$ 17 milhões na economia local.

Ao todo, quatro mil encomendas foram feitas com a comercialização de 1,1 milhão de vestuários. “Nesta 19ª edição, esperamos aquecer ainda mais os negócios dos fabricantes e expositores. Para se ter idéia, a Rodada costuma gerar pedidos que equivalem a três meses de produção e em 2015 não será diferente. Estamos bastante otimistas quanto aos resultados desta próxima edição”, acrescentou. No intuito de reoxigenar o evento, a Acic, em conjunto com as associações parceiras, decidiu ampliar a gama de produtos vendidos. Em relação às edições anteriores, esta próxima contará com a participação de mais 10 expositores.

Eles se somarão aos 110, que juntos, serão responsáveis pelo oferecimento de pouco mais de 4,5 mil itens. Os produtos estarão disponíveis na linha masculina; feminina, infantil, jeanswear, bebê, íntima, surf, streetwear e praia fitness. “Convidamos 200 compradores de todo o país e a expectativa é de que recebamos a visita espontânea de mais 300. Estes últimos, oriundos da própria região. Não tenho dúvidas de que durante todos estes anos que vem sendo promovida, a Rodada de Negócios tem fortalecido em ordem crescente o Estado como um excelente pólo produtor de moda e vestuário”, finalizou Osíris Caldas.

Boa Estrutura

Com uma infraestrutura de 64 mil metros quadrados de área coberta, o Polo Caruaru vem se firmando como local de grandes eventos. Além da Rodada de Negócios, atualmente o empreendimento tem sido procurado para comportar feiras de tecnologias para a indústria têxtil e do ramo imobiliário. Dentre as comodidades para os realizadores, participantes e visitantes, destaques para o estacionamento com quatro mil vagas, caixas eletrônicos, lotérica, praça de alimentação e espaço infantil.

Clássico das Multidões logo na estreia

Além da partida envolvendo o Central e o Serra Talhada, a primeira rodada do hexagonal do título terá mais dos jogos neste fim de semana. No sábado (31), o Santa Cruz recebe o Sport, a partir das 18h30, no Mundão do Arruda. Primeiro Clássico das Multidões de 2015, o duelo promete atrair um bom público ao estádio tricolor. Com várias novidades em relação à temporada passada, o Santa elegeu o faro de gol do atacante Anderson Aquino como a sua principal arma para tentar desbancar o arquirrival. Por outro lado, o atual campeão pernambucano está apostando no entrosamento da equipe – cerca de 70% da base do ano passado permaneceu na Ilha — para buscar a vitória diante dos donos da casa.

Complementando a rodada, o Náutico recebe o Salgueiro, neste domingo (1º), às 16h, na Arena Pernambuco. Reformulado após a chegada do técnico Moacir Junior, o Timbu está depositando as suas fichas no goleiro Júlio César e no atacante Stéfano Yuri para tentar conquistar os primeiros três pontos na competição. Já o Carcará promete promover as estréias dos experientes Lúcio (meio-campista) e do atacante Anderson Lessa.

A crise hídrica e os três macacos sábios

Colunista Nicole Verillo, do Congresso em Foco

Do que estamos falando?

Semana passada acabou a água em casa pela primeira vez. O problema na verdade era na caixa d’água, mas ao comentar com familiares e amigos muito me impressionou a reação de espanto deles, como se ficar sem água fosse algo impossível de acontecer, afinal cai do céu, não é mesmo?

Muita gente ainda não caiu na real do que estamos vivendo. Parece ser difícil acreditar que vai faltar água, ou melhor, que já está faltando. Todo mundo sabe da crise hídrica, mas ninguém parece acreditar de verdade, parece que queremos pagar para ver. Mas o assunto é gravíssimo e já passou da hora de entender o que estamos vivendo. A questão não é mais que vai faltar um pouco de água e sim que não teremos mais água.

A Sabesp anunciou alguns dias atrás o que já estava previsto por especialistas há anos: o Sistema Cantareira vai secar completamente. Se tivermos sorte, temos pouco mais de dois meses até lá. Depois disso, apesar de muitas cidades já terem suas periferias passando por enormes períodos ininterruptos sem água, não teremos mais uma gota de água em nossas casas.  E se enganam aqueles que moram no interior de São Paulo e acham que por este motivo não precisam se preocupar. Já pararam para pensar onde a capital e a região metropolitana irão buscar água? Para agravar ainda mais a situação os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais vivem situações bem parecidas.

De quem é essa conta?

A catástrofe paulista foi anunciada há mais de dez anos e o culpado não foi São Pedro. Sim, os fatores climáticos contribuíram, porém, o que realmente faltou foi planejamento, liderança política e transparência para evitar cenário extremo que temos hoje. Desde 2003 a crise atual já era prevista e os gestores públicos foram alertados, como na reportagem da Folha de São Paulo, que além das causas, destacou as medidas que deveriam ser tomadas naquela época para que esse cenário de hoje fosse evitado. A Sabesp anunciou, na mesma época, planos de médio e longo prazo para buscar novas vias hídricas e reduzir a dependência do Sistema Cantareira. Hoje, dez anos depois, nenhuma obra foi concluída.

O governo do Estado de São Paulo, sob a gestão do PSDB há duas décadas, negou o problema durante muito tempo, atrasando a busca e soluções e confundindo as pessoas. Como se vivesse em um mundo paralelo, Geraldo Alckmin lidou com impropriedade, fazendo vista grossa, como fazem os três macacos sábios que, na interpretação budista, acreditam que não ouvir, ver ou falar de um problema faz com que sejamos poupados dele. O governador não viu a crise, não escutou os alertas, e não falou sobre a falta d’água. Porém, o mal não foi evitado.

Geraldo Alckmin terminou 2014 afirmando que “não falta e não irá faltar água em São Paulo”, “não há nenhuma possibilidade de racionamento” e “estamos preparados para a seca”. Quem estamos? Preparados como? Por que o problema não foi discutido com a população? Por que não se assumiu o racionamento durante tanto tempo?

Ao negar a crise e esconder informações, além de agravar o cenário, o governo não permitiu em nenhum momento que a sociedade tivesse noção clara da gravidade da crise, sem alertar de forma transparente as pessoas, levando ao que citei no começo desse artigo: muita gente ainda achando que é impossível ficar sem água. Essa postura, aliada a falta de visão estratégica durante todos esses anos, resultou no que temos hoje.

O direito de acesso à água é um direito humano, porém, não basta garanti-lo sem transparência e participação social. Faltam informações sobre os estoques de água, meios alternativos de abastecimento, horários de racionamento, riscos associados à seca, planos e medidas de emergência, planejamento de longo prazo, como economizar e se programar. Somente nesta quarta-feira, 28, que a Sabesp informou que irá informar os horários e locais que faltarão água a partir da próxima semana.

A busca de soluções deveria ter sido tratada com seriedade pelo governo do Estado juntamente com o governo federal, que também tem um papel a ser cumprido nessa história, através da Agência Nacional de Águas e do Ministério do Meio Ambiente, a quem compete organizar a Política Nacional de Recursos Hídricos. O pacote de medidas e obras anunciado após as eleições 2014 pela Dilma e pelo Alckmin é insuficiente, não resolve o problema no curto prazo e veio tarde demais.

E por que as grandes obras planejadas não foram executadas antes? Será que faltaram recursos? Ao que parece dinheiro não faltou e a Sabesp lucrou bastante nos últimos anos. O estatuto social da empresa define que os acionistas podem receber até 25% do lucro líquido anual da empresa. Durante o governo Alckmin essa distribuição bateu recorde. Em 2003, 60,5% do lucro foi para os acionistas. Entre 2003 e 2013, cerca de um terço do lucro líquido total foi repassado aos acionistas, um valor de aproximadamente R$4,3 bilhões, o dobro do que a Sabesp investe anualmente em saneamento básico.

E quem é o maior acionista da Sabesp? O próprio governo do Estado, que detém 51% da empresa. Ou seja, 51% do lucro dividido voltam para o governo. E de que forma esses dividendos tem sido reinvestidos na Sabesp e na garantia do acesso à água de qualidade? Foi priorizada a gestão correta dos recursos hídricos? Em 2012 e 2013 não foi tomada uma medida para proteger o Sistema Cantareira e foram os dois anos em que a Sabesp obteve os maiores lucros líquidos da história da companhia. Ou seja, o lucro dos acionistas foi colocado na frente do bem estar da sociedade.

Como sair dessa?

Óbvio que cada um de nós, cidadãos comuns, também temos nossa parcela de culpa nessa história. Usamos a água de forma errada, assim como todos os demais recursos naturais. Temos uma relação cultural totalmente equivocada com a água, acreditando que ela nunca irá faltar e que seca é coisa somente do Nordeste. Precisamos parar de desperdiçar. Há dez anos, um morador da Grande São Paulo gastava em média 150 litros de água por dia, hoje são 175 litros, 65 a mais que o recomendado pela OMS.

Há dois anos eu estive no sertão do Piauí, em uma das regiões mais secas do Brasil, onde há muito tempo a água já não chega. Tomei banho com menos da metade de um balde de água, andei para buscar água no poço e também tive que improvisar para escovar os dentes sem água. Desde então minha relação com a água nunca mais foi a mesma e aquelas práticas básicas, que aprendemos na escola, mas nunca levamos a sério, como por exemplo, desligar a torneira enquanto se ensaboa no banho, passaram a fazer parte da minha vida. Porém, apesar de básicas, são práticas que estão longe de serem hábitos da população e que eu mesma só passei a praticar depois de viver uma realidade extrema. É tudo questão de hábito e nós podemos, de fato, fazer muito mais do que fazemos hoje. A mudança é cultural e precisa ser permanente. Não se pode parar de usar racionalmente a agua só porque voltou a chover, por exemplo.

Mesmo reconhecendo nossa parcela de culpa, é preciso que outras parcelas (bem maiores que a nossa) sejam consideradas. É necessário repensar como a agricultura e a indústria usam a água e como esses setores estão sendo cobrados. 70% da nossa água é consumida pelo agronegócio e 22% pela indústria. Esse desperdício não é discutido a população é cobrada como se fosse a única culpada.

O que nos resta agora? Executar um forte plano de contingência, que deve ser liderado pelo governo estadual junto a sociedade. Nesta semana foi anunciada a medida do racionamento, onde toda a região metropolitana de São Paulo ficará em um sistema de rodízio com cinco dias sem e dois com água. Prefeitos da Grande SP cobraram o Estado, uma vez que foram informados das medidas, que afetam diretamente suas cidades, pela televisão. As consequências humanas, sociais, econômicas e ambientais serão as mais graves possíveis. A falta d’água afeta a dignidade humana, paralisa as atividades econômicas e interfere diretamente na saúde pública.

As linhas de ação daqui para frente devem ser claras e a população deve ser informada e orientada. Diversas organizações e especialistas da área já estão fazendo essa demanda, como a Aliança pela Água, que reúne 30 ONGs visando propor soluções e cobrar providências do poder público.

Da mesma forma que a corrupção, a ineficiência e a má gestão dos recursos públicos, como nesse caso, condena não só as cidades, mas também o país ao subdesenvolvimento econômico e social crônicos. As perspectivas são as piores possíveis. Duas décadas de gestão e nenhuma ação para evitar uma crise como essa, é tão criminoso como qualquer desvio de recursos que vemos por ai. Gestão pública ineficiente mata.

Confiança do Setor de Serviços chega ao menor nível desde 2008, mostra FGV

A confiança do setor de serviços começou o ano de 2015 com recuo, divulgou hoje (30) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em relação a dezembro do ano passado, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2%. A queda fez o indicador baixar de 101,1 para 99,1 pontos – o menor patamar desde junho de 2008, quando o índice começou a ser calculado.

A retração do índice foi composta por quedas em oito das 12 atividades pesquisadas, impactadas pela piora na avaliação sobre os meses seguintes. O Índice de Expectativas, que mede essa perspectiva, caiu 6,6% em janeiro, depois de ter apresentado alta de 0,6% em dezembro.

A piora nas expectativas se refletiu tanto no índice que mede a tendência de negócios, que caiu 6,8%, quanto no que mede a demanda prevista, que teve redução de 6,4%. O número de empresas que espera a piora na situação econômica aumentou de 8,9% para 14,1%, enquanto a que prevê melhora diminuiu de 34,1% para 30,8%.

Na divulgação do índice, o consultor da FGV Silvio Sales avaliou que a percepção do setor sobre os meses seguintes medidas no ICS foi impactada negativamente pela inflação e pelo contexto de política monetária mais restritiva.

Na contramão, o Índice da Situação Atual começou 2015 com um aumento maior que o do final do ano passado. O indicador variou de 2,5% em dezembro para 5,5% em janeiro. Apesar disso, o patamar em que o índice se encontra, de 82,5 pontos, é inferior ao que foi registrado no início de 2009.

A percepção sobre a situação atual dos negócios teve aumento de 2% em janeiro, enquanto o volume de demanda atual teve expansão de 9,7%. A proporção de empresas que avalia o nível de demanda atual como forte praticamente dobrou de 5,9% para 11,4%. A parcela que o classifica fraco caiu de 33,9% para 32,4%.