Prefeitura de Caruaru lança campanha para incentivar turismo na cidade

Em Caruaru, a crise se supera com muito trabalho e empreendedorismo. Para movimentar a cadeia produtiva do turismo, a Prefeitura de Caruaru lança, nesta quarta-feira (15), a campanha “Vem pra Caruaru”, que passa a ser veiculada em rádio, outdoor, internet e TV, com destaque para este último, abrangendo todo o Estado de Pernambuco, do Litoral ao Sertão. A ideia é posicionar o município como destino turístico prioritário em Pernambuco.

“Apresentamos diversas atrações que a cidade tem para ser visitada em qualquer época do ano”, comenta a Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. As opções de visitação na Capital do Agreste vão muito além do mês de junho e do São João. O município conta com equipamentos como a Serra dos Cavalos, o Monte Bom Jesus, a Via Parque, Polo Gastronômico, além dos mundialmente conhecidos: Alto do Moura e Monte Bom Jesus. A campanha traz tudo isso de maneira dinâmica, com linguagem leve e informal, explorando meios de comunicação eletrônicos e tradicionais.

“Toda uma cadeia produtiva do turismo será movimentada através das diversas ações de divulgação do ‘Vem pra Caruaru’, como hotelaria, gastronomia, comércio. Numa cidade turística como a nossa, tudo é impactado, direto ou indiretamente, com um turismo forte”, comemora Raquel. A divulgação dos atrativos de Caruaru podem ser conferidos também no site Visite Caruaru (visitecaruaru.com.br), que está totalmente atualizado com as informações para quem pretende visitar a cidade, seja a trabalho ou a passeio.

Mais um ano de sucesso da Seteq na Fenearte

Chegando na rua 20, no Centro de Convenções, em Olinda, você vai encontrar quatro estandes coloridos da Seteq (Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego e Qualificação), um do lado do outro. É lá que você vai conhecer as histórias de mulheres e homens que produzem peças de artesanato pra sustentar as famílias.

Eles estão entre os cinco mil expositores da vigésima primeira edição da feira Nacional de Negócios do Artesanato de Pernambuco, que começou na última sexta (10) e vai até o dia 19 deste mês.

Os olhos dos artesãos brilham ao falar sobre a expectativa de negócios, já que no ano passado eles deixaram de expor porque a feira foi cancelada, devido a pandemia da Covid-19. Este ano os artesãos vieram com todo gás, pra fazer negócios, conhecer pessoas e vender as peças.

Incentivo do governo do estado não falta, já que as artesãs e os artesãos não pagaram para se instalar na Fenearte: “ano passado não teve Fenearte. Mas esse ano a gente retoma adotando todos os protocolos de segurança. Acho importante incentivar os trabalhadores a expor as peças sem precisar pagar pelo estande. A gente espera que as pessoas conheçam os trabalhos e comprem”, explicou Alberes Lopes, que comanda a Seteq.

A coordenadora dos estandes, Ana Pessoa, disse que são 17 associações, cada uma trouxe de 6 a 20 artesãos pra expor. “Eles estão animados e com boas energias. Os negócios que eles fecham na Fenearte garantem vendas pra o ano inteiro”.

A Fenearte vai até o dia 19. Funciona das 14h às 22h, de segunda a sexta e das 10h às 22h nos finais de semana. O ingresso é a partir de 5 reais (meia entrada). É preciso apresentar o comprovante de vacina

Mulheres

Dona Bernadete Pereira se orgulha das peças de barro que produz e vende, pra sustentar a família. A matéria prima é extraída da zona rural da cidade de Feira Nova. Há 12 anos ela participa da Fenearte, três deles expondo nos estandes da Seteq, onde não precisa pagar para participar. Entre as peças produzidas por dona Bernadete estão panelas, chaleiras, tigelas e até cuscuzeiras feitas em barro.

Dona Maria Goreth, que também expõe desde a primeira Fenearte, definiu a participação como gratificante: “eu espero boas vendas e sucesso para todos”. Ela assina peças como chaveiros, jogos americanos feitos de fuxico, entre outras.

Já Cecília Ferreira, exibe as caqueiras feitas com pneus reciclados. Numa delas estava estampada a palavra felicidade. É o sentimento dela por participar de um evento que reúne artesãos do mundo inteiro: “Pra gente é muito importante essa oportunidade que a Secretaria de Trabalho nos dar, pra poder expor sem custo algum”, concluiu.

TSE unifica horário de votação nas eleições de 2022

TSE – Tribunal Superior Eleitoral
Urna eletrônica

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (14) unificar o horário de votação nas eleições de 2022. Com a decisão, todos os estados deverão seguir o horário de Brasília, e não o horário local. A votação será realizada das 8h às 17h em todo o país.

Dessa forma, a votação será das 7h às 16h no Amazonas, em Rondônia, em Roraima, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, onde o fuso é uma hora a menos em relação à capital federal. No Acre, o pleito começará às 6h e terminará às 15h, pois o fuso horário é duas horas a menos que o horário de Brasília. Em Fernando de Noronha, que está uma hora à frente, a votação será das 9h às 18h.

Ao comentar a mudança, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse que a medida foi tomada para que as eleições possam transcorrer com tranquilidade e não ocorra dúvidas sobre a lisura na divulgação de resultados.

“No registro histórico que tivemos nas eleições de 2014, a diferença no horário de encerramento da votação, em quase todo o país e no estado do Acre, produziu interpretações, teorias conspiratórias e problemas que nós gostaríamos de evitar para assegurar a tranquilidade do processo eleitoral brasileiro”, argumentou.

Em 2014, durante o processo de totalização dos votos, os candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff se alternaram na liderança da contagem de votos. O fato ocorreu em função do andamento dos dados que chegavam da Justiça Eleitoral do estados. No entanto, a disputa acirrada foi apontada como suposta fraude na contabilização eletrônica dos votos, fato que nunca ocorreu.

Resoluções
Na mesma sessão, o TSE aprovou mais três resoluções para as eleições do ano que vem e liberou o impulsionamento de conteúdo político na internet durante o período de pré-campanha, criou procedimentos para pedidos de direito de resposta e sobre fiscalização das contas de partidos que vão se unir em federações.

Anvisa amplia ações para verificar comprovação vacinal em fronteiras

Ponte Internacional da Amizade (BR-277),Aduana de Foz do Iguaçu, Fronteira Brasil e Paraguai

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal iniciaram hoje (15) uma operação conjunta visando ampliar as ações de verificação do comprovante vacinal de pessoas que ingressam no Brasil pelas fronteiras terrestres com a Argentina e o Paraguai.

Segundo a Anvisa, serão instaladas barreiras para controle de fluxo na Ponte da Amizade (que liga Foz do Iguaçu com a Ciudad del Este, no Paraguai); e na Ponte Tancredo Neves (Ponte Internacional da Fraternidade, ligando Foz do Iguaçu a Puerto Iguazú, na Argentina).

“Conforme decisão cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida pelo ministro Luís Roberto Barroso, viajantes brasileiros ou estrangeiros que residem no Brasil e que deixem o território nacional a partir desta quarta-feira, 15 de dezembro, deverão apresentar a comprovação de que estão completamente imunizados para regressar ao território nacional”, justifica, em nota, a Anvisa.

Ela esclarece que o ciclo vacinal só é considerado completo “mediante a aplicação de duas doses ou dose única de imunizante registrado pela Anvisa, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pela autoridade sanitária do país no qual o viajante foi imunizado, desde que cumprido o prazo posterior necessário para a imunização (em média 14 dias para a maioria das vacinas disponíveis mundialmente)”.

Fiscalização
Nesse sentido, a apresentação do certificado de vacinação é “requisito migratório” e, portanto, configura-se como “objeto de fiscalização” pelos diversos órgãos que atuam nos pontos de entrada brasileiros.

Ainda de acordo com a agência, estão isentos da apresentação do comprovante de vacinação os residentes fronteiriços das chamadas “cidades gêmeas” – cidades cujos territórios fazem divisa com países vizinhos. Para tanto, é necessário que esses residentes comprovem sua condição apresentando algum comprovante de endereço.

Trabalhadores de transporte de cargas também estão isentos de apresentar o comprovante de vacinação.

Agência Brasil

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio estimado em R$ 6,5 milhões

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (15) um prêmio estimado em R$ 6,5 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.438 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Setor de serviços apresenta queda de 1,2%

O setor de serviços, que responde pela maior parte do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, mostrando que a economia continua enfraquecida. Foi a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 1,9% no período. O setor ainda está 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No início de novembro, o IBGE divulgou dados mostrando que o PIB caiu 0,1% no terceiro trimestre (de julho a setembro), após queda de 0,4% nos três meses anteriores. Com isso, o país entrou num cenário de recessão técnica — quando há dois trimestres consecutivos de PIB negativo. Os números de outubro têm indicado que o cenário continua ruim. Além do volume dos serviços, os dados oficiais já haviam apontado recuo na produção da indústria (-0,6%), pela quinta vez consecutiva, e nas vendas do varejo (-0,1%), terceira retração seguida.

De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades de serviços investigadas recuaram em outubro, com destaque para informação e comunicação (-1,6%), que apresentaram a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 2,5%. “O segmento que mostrou o principal impacto negativo foi o de telecomunicações. Essa queda é explicada pelo reajuste nas tarifas de telefonia fixa, que avançaram 7,33% no mês. Essa pressão vinda dos preços acabou impactando o indicador de volume do subsetor”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O único segmento positivo foi o de serviços às famílias com crescimento de 2,7% em outubro. A alta pode ser explicada pelo avanço da vacinação e o consequente abrandamento das medidas restritivas adotadas para frear a pandemia da covid-19. Com isso, segmentos como salões de beleza, bares, restaurantes e hotéis voltaram a funcionar. O ramo de atividades turísticas, por exemplo, cresceu 1% frente a setembro, sexta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou ganho de 51,2%.

Segundo o IBGE, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam o movimento de expansão do turismo. A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (1,1%), seguido por Minas Gerais (1,8%). Em sentido oposto, Bahia (-7,2%) e Distrito Federal (-10,1%) tiveram os resultados negativos mais importantes do mês.

Os avanços observados nos serviços prestados às famílias, porém, não foram suficientes para alavancar o setor como um todo. Segundo o economista Hugo Passos, a preocupação trazida pela variante ômicron do novo coronavírus, a inflação elevada e a queda de renda da população podem provocar novos impactos negativos no setor. “É complicado dizer o que essa preocupação vai causar. Isso não depende do setor especificamente e sim da questão macroeconômica, como o controle da inflação, a geração de emprego e renda para as famílias, e o andamento das reformas”, disse.

Correio Braziliense

Pesquisa indica vitória de Lula no primeiro turno

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está 27 pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) e venceria no primeiro turno a corrida para a Presidência da República nas eleições de 2022. É o que aponta a nova pesquisa Ipec, divulgada nesta terça-feira (14).

De acordo com a pesquisa, os votos em Lula superam a soma de todos os outros possíveis candidatos em todos os cenários.

Cenário 1:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 48%
Jair Bolsonaro (PL) : 21%
Sergio Moro (Podemos): 6%
Ciro Gomes (PDT): 5%
André Janones (AVANTE): 2%
João Doria(PSDB): 2%
Cabo Daciolo (PMN-Brasil 35): 1%
Simone Tebet (MDB): 1%
Alessandro Vieira (Cidadania): 0%
Felipe d’Ávila (NOVO): 0%
Leonardo Péricles (UP): 0%
Rodrigo Pacheco (PSD): 0%
Brancos / Nulos: 9%
Não sabem / Não responderam: 5%

Cenário 2:
Lula: 49%
Bolsonaro: 22%
Sergio Moro: 8%
Ciro Gomes: 5%
João Doria: 3%
Brancos/nulos: 9%
Não sabe/não respondeu: 3%

De acordo com o Ipec, as intenções de voto no ex-presidente Lula são mais expressivas entre os que avaliam a administração de Bolsonaro como ruim ou péssima (68%); os que moram no Nordeste (63%); os que moram nas periferias das capitais (55%) e os católicos (54%).

Além disso, o instituto avalia que as intenções de voto em Lula são maiores quanto menor a renda familiar mensal e a escolaridade dos entrevistados.

O ex-presidente tem 32% entre quem tem renda familiar mensal acima de 5 salários mínimos e atinge 57% entre quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo. Atinge 40% entre os com nível superior e chega a 55% entre os que têm o ensino fundamental.

Já Bolsonaro, tem maiores intenções de voto entre os que avaliam sua administração como ótima ou boa (75%); os moradores da região Norte/Centro-Oeste (29%) e Sul (27%) e os evangélicos (33%), dado em que aparece tecnicamente empatado com Lula.

O Ipec também afirma que as menções ao presidente aumentam quanto maior a renda familiar mensal e escolaridade dos entrevistados. Passa de 14% entre quem tem renda até 1 salário mínimo; e tem 30% entre que tem renda acima de 5 salários. Tem ainda 18% das menções entre quem tem o ensino fundamental e atinge 25% entre os mais escolarizados.

Segundo o estudo, o ex-juiz Sergio Moro se destaca entre os eleitores que residem na Região Sul, com 11%. Os demais candidatos apresentam intenções de voto distribuídas de maneira homogênea nos segmentos analisados.

O levantamento do Ipec foi feito de 9 a 13 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Os dados não podem ser comparados com pesquisas anteriores em virtude da mudança dos nomes testados.

O Ipec foi criado por ex-executivos do Ibope Inteligência após o seu encerramento. O novo instituto de pesquisa atua na área de consultoria e inteligência em pesquisas de mercado, opinião pública e política.

IBGE abre concurso para Censo 2022

Segundo a equipe do ministro da economia, Paulo Guedes, está assegurada a verba para a realização do Censo Demográfico 2022. Ainda na segunda-feira (13), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) havia divulgado em nota que sustentava que o valor necessário para a realização do Censo é de R$ 2,292 bilhões. O motivo é que, recentemente, foram excluídos R,7 bilhão do orçamento, que foi votado ontem na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Conforme a lei 8.184, de 1991, o Censo Demográfico deve ser realizado a cada dez anos. Previsto para 2020, a contagem da população foi adiada por conta da pandemia. No entanto, em 2022, apesar do atraso, o Censo deve acontecer. Pelo menos esta foi a garantia dada em reunião técnica nesta terça-feira (14/12). Na reunião, foi assegurado que mesmo que haja cortes no Orçamento por parte do Congresso, o governo irá complementar os recursos.

Mesma garantia foi dada pelo relator geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O parlamentar declarou no Twitter. “O Censo sairá em 2022. São R$ 2,292 bilhões no orçamento. Não tem erro. O presidente do IBGE esteve aqui e nós acertamos isso e está tudo recomposto”, escreveu.

Concurso do IBGE
Também nesta terça-feira o IBGE lançou dois editais para contratações temporárias que, juntos, somam 1.812 vagas. As vagas são para os cargos de Agente Censitário de Administração e Informática e de Coordenador Censitário de Área, para atuar no Censo Demográfico 2022.

As inscrições devem ser feitas pelo site eletrônico até 10 de janeiro de 2022. A taxa de inscrição é de R$ 44 para Agente Censitário de Administração e Informática e de R$ 66 para Coordenador Censitário de Área. Para as duas funções, as provas objetivas ocorrem no dia 20 de fevereiro.

PSB recua de moção de apoio a Geraldo e ausência dele zera jogo, dizem socialistas

Aquilo que só o deputado federal Tadeu Alencar verbalizou em público, como a coluna registrara ontem, nos bastidores do PSB, passou a ser definido como “consenso”. Em outras palavras, socialistas já não omitem, em conversas reservadas, que um “ciclo se fechou no último domingo”, durante o 15º Congresso Estadual do partido.

O encerramento desse ciclo é representado, segundo fontes da legenda revelam à coluna, exatamente, pela ausência do secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, no ato. O detalhe é que, por mais que ele viesse negando que concorreria à sucessão do governador Paulo Câmara, ainda pairava, não só no partido mas também na base aliada, uma dúvida se, de fato, era verdadeira e intransponível essa decisão.

Geraldo não só levou falta no evento, como, originalmente, a programação do congresso incluía uma moção de apoio ao nome dele como cabeça de chapa do PSB. Segundo correligionários relatam, no entanto, houve recuo nesse movimento depois que o ex-prefeito do Recife, ao tomar conhecimento previamente de tal iniciativa, teria reforçado, à direção do partido, não ter mesmo disposição para a corrida.

Em função disso, os planos foram alterados: a moção acabou substituída por uma resolução, determinando a candidatura própria do partido na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, em qualquer circunstância, mas sem definir nome. Resultado: o que ganha eco, agora, nas coxias do PSB, é que “a não ida de Geraldo é simbólica encerrou um ciclo e zerou o jogo”.

Outra fonte governista, sob sigilo, assinala: “Se alguém tinha alguma dúvida se Geraldo ia ser candidato, essa dúvida não existe mais, nem dentro do partido e nem na própria base aliada”. Com tal indicativo, socialistas, agora, questionados sobre qual seria o plano B, devolvem: “Boa pergunta!”. À coluna e no Congresso do partido, Tadeu Alencar fez alerta, exatamente, para a necessidade de uma definição do nome do PSB que concorrerá a governador sob risco de o tempo jogar contra.

Humberto e Wolney à mesa
No restaurante do Senado, ontem, um almoço reuniu o presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, e o senador Humberto Costa. A pauta percorreu temas do cenário nacional, passando por federação, e contemplou uma troca de impressões sobre Pernambuco. No PT, se faz uma leitura de que os pedetistas dificilmente conseguirão recorrer à federação se não mudarem o plano de ter candidatura própria na corrida presidencial.

Papos pontuais > A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já teve conversas sobre isso com Carlos Lupi, dirigente nacional do PDT, mas não aprofundaram. À coluna, Lupi declarou recentemente que federação só seria considerada pelo PDT se fosse com a Rede, sigla com a qual os pedetistas têm afinidades.

Resultado > Com 52 votos, o senador Antonio Anastasia foi eleito, ontem, pelo Senado, para ocupar a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A senadora Kátia Abreu, também no páreo, recebeu 19 votos, e o pernambucano Fernando Bezerra Coelho, líder do governo, contabilizou 7 votos.

PT x PSB > O senador Fabiano Contarato, desde maio, conversava com o PT para se filiar. Foi recebido, naquele mês, pelo ex-presidente Lula, em Brasília, numa conversa que teve o senador pernambucano Humberto Costa como testemunha. As tratativas incluíam a possibilidade de ele concorrer ao Governo do Espírito Santo, estado listado como uma das prioridades do PSB.

Incerteza > No PT, ainda não se dá como certa uma candidatura de Fabiano Contarato ao Governo do Espírito Santo e, na legenda, circula que o próprio tem ciência disso.

Folhape

Sob pressão no PDT, Ciro enfrenta dificuldades em palanques estaduais

O PDT tem enfrentado dificuldades para construir palanques fortes para seu pré-candidato, o ex-ministro Ciro Gomes, em alguns dos principais colégios eleitorais do país. Em São Paulo, o partido deve ficar fora das articulações com o PSB, com quem esteve junto na eleição municipal do ano passado, e estuda lançar como candidata ao governo estadual a ex-reitora da USP Suely Vilela.

No Rio, o ex-prefeito de Niterói e pré-candidato ao governo do estado, Rodrigo Neves, deve oferecer espaço em sua campanha também para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quinta-feira, Ciro e o presidente do PDT, Carlos Lupi, são esperados em Ribeirão Preto para filiar Suely. No ano passado, ainda no PSB, ela recebeu 90 mil votos no segundo turno da eleição para a prefeitura de Ribeirão Preto e perdeu a eleição. Enquanto era reitora, enfrentou duas grandes greves. Uma delas, em 2009, durou 57 dias.

“(Minha candidatura ao governo) entrou em pauta, sim, e nós estamos avaliando. Vamos ver o que é melhor para o partido. Depende de um cenário estadual e um nacional”, diz Suely.

A filiação da ex-reitora é parte de um movimento do PDT para “furar a bolha” da esquerda. No último sábado, a legenda filiou o tenente-coronel Mário Filho, ex-comandante da Rota, esquadrão de elite da Polícia Militar. Além de fazer parte de uma categoria de baixa identificação com a esquerda, o policial é sacerdote de terreiro de umbanda. Ele deve ser candidato ao Senado.

Em fevereiro de 2020, Ciro esteve em São Paulo para lançar a pré-candidatura de França à Prefeitura de São Paulo, numa costura para ter apoio do PSB em 2022.

O xadrez eleitoral, no entanto, mudou, e a reabilitação política de Lula, em março de 2021, reaproximou PT e PSB. Carlos Siqueira, presidente do PSB, defende que o partido indique o vice de Lula. Uma possibilidade é que esse nome seja o do ex-governador Geraldo Alckmin, de saída do PSDB.

São Paulo deverá ser literalmente central para Ciro em 2022. O presidenciável se prepara para se mudar para a capital paulista em janeiro. O PDT considera que seu candidato estará mais perto de importantes colégios eleitorais, como Rio, Minas e Porto Alegre, viajando a partir da capital paulista. Integrantes do diretório municipal procuram por um apartamento próximo ao aeroporto de Congonhas.

A importância em ter um palanque exclusivo em São Paulo aumentou com a decisão de Rodrigo Neves de dividir campanha com o PT no Rio. Neves, que se desfiliou do PT em 2015 após 18 anos, defende que a crise no estado e o fato de ser um especial reduto eleitoral de Jair Bolsonaro tornam necessário envolver um amplo arco de alianças “para derrotar o bolsonarismo”, incluindo até o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Neves se encontrou com Ciro em outubro e com Lula, em novembro.

“Conversei com todos, e existe uma compreensão de que isso possa ser feito no Rio de Janeiro. Quero deixar claro: nosso candidato é o Ciro, mas acredito na importância de a gente construir o diálogo no campo progressista”, afirma.

Agência O Globo