MEC vai investir R$ 1 bilhão em programas de formação de professores, com 190 mil vagas

O Ministério da Educação vai investir R$ 1 bilhão na Política Nacional de Formação de Professores, com a criação de 190 mil vagas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), no Programa de Residência Pedagógica e na Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os recursos investidos, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o biênio 2018/2019, vão garantir 45 mil vagas para o Pibid, 45 mil vagas para a Residência Pedagógica e 100 mil vagas na UAB. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 28, no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presença do presidente Michel Temer e do ministro Mendonça Filho.

“É sempre uma satisfação anunciar investimentos para a educação””, disse o presidente Michel Temer. “Hoje estamos destinando mais de R$ 1 bilhão para a formação de professores, medida que vem somar-se ao muito que nosso governo, por meio do Ministério da Educação, tem realizado em favor do sistema educacional.” Ele ressaltou, ainda, a importância de uma boa formação para crianças e jovens. “É um grande alicerce para uma economia próspera e uma democracia vibrante. Daí o empenho que todos temos em modernizar a educação em nosso país.”

O ministro da Educação, Mendonça Filho, falou da importância dos programas para o futuro da educação brasileira. “Esta é uma política pública cujos resultados normalmente aparecem no médio e longo prazo, mas se houver foco, planejamento, dedicação de todos e união, evidentemente, os objetivos serão alcançados.” Também na cerimônia, destacou ações do MEC ao longo dos dois últimos anos. “Num prazo inferior a dois anos estamos consolidando políticas públicas muito fiéis ao que foi planejado desde o início da nossa gestão à frente do Ministério da Educação”, disse, citando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o estímulo à educação em tempo integral, a Reforma do Ensino Médio, as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Financiamento Estudantil (Novo Fies).

Com o lançamento dos três editais dos programas, o Governo Federal investe no compromisso com a valorização dos docentes no Brasil. Os editais fazem parte de um grande conjunto de ações para melhoria da política de fomento da educação básica, uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Educação. Eles atendem a objetivos estratégicos, envolvendo desde a ampliação do número de discentes de licenciatura até o aprimoramento dos mecanismos de indução.

O novo edital do Pibid tem por objetivo promover a iniciação do licenciando no ambiente escolar ainda na primeira metade do curso, visando estimular, desde o início da jornada do docente, a observação e a reflexão sobre a prática profissional no cotidiano das escolas públicas de educação básica. Os selecionados serão acompanhados por um professor da escola e por um docente de uma das instituições de educação superior participantes do programa.

Já o Programa de Residência Pedagógica visa a induzir o aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado, por meio da imersão do licenciando – que esteja na segunda metade do curso – numa escola de educação básica. A imersão deve contemplar, entre outras ações, regência de sala de aula e intervenção pedagógica. Assim como no Pibid, cada selecionado será acompanhado por um professor da escola com experiência na mesma área de ensino do licenciando, e por um docente de instituição de educação superior. O lançamento desses dois editais, além de assegurar a continuidade do Pibid, visa o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e com a valorização dos cursos de licenciatura.

A apresentação foi feita pela secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. Ela destacou que, na educação básica, 85% dos alunos brasileiros estão em escolas públicas. “Nós estamos olhando, com esta política, tanto a formação inicial como a continuada dos professores. A formação continuada é desenvolvida por várias secretarias do Ministério da Educação, como a Secretaria da Educação Básica, a Secadi, a Setec e a Sesu”, disse, referindo-se às secretarias de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, de Educação Profissional e Tecnológica e de Educação Superior. “Hoje estamos falando da formação inicial e da importância de uma proposta articulada.”

Os dois programas, Pibid e Residência Pedagógica, fazem parte da nova Política de Formação de Professores, anunciada pelo ministro da Educação em outubro de 2017. Ambos são desenvolvidos em estreita colaboração com as redes de ensino dos estados e dos municípios, enquanto que as instituições superiores organizam seus projetos institucionais, articulados com a proposta pedagógica das redes de ensino, que sediarão os subprojetos. As instituições também serão selecionadas por meio de edital.

UAB – O terceiro edital da série consiste na articulação de ofertas do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma iniciativa do Ministério da Educação para oferecer aos professores que atuam fora de suas áreas de formação a oportunidade de obter a capacitação adequada. A existência de professores lecionando fora de sua área de formação tem sido identificada pelo índice de formação docente do Censo da Educação Básica, cuja última edição data de 2017.

Em 2016, o Sistema UAB completou 10 anos. O programa, instituído pelo Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006, visa à expansão, democratização e interiorização da oferta de cursos e programas de educação superior no país por meio da modalidade educação a distância. Desde então, segundo a Capes, o uso de tecnologias de comunicação e informação no processo de ensino e aprendizagem tem contribuído para incrementar o alcance e a qualidade da formação de professores, principalmente para municípios e estados que carecem de cursos de pós-graduação voltados aos professores de suas redes de ensino.

Inscrições para a primeira edição do Novo Fies são prorrogadas até esta sexta-feira (02)

O período de inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao primeiro semestre de 2018 foi prorrogado até o próximo dia 2 de março. “A decisão foi tomada para não prejudicar os candidatos e instituições, uma vez que cerca de 400.000 inscrições ainda se encontram na fase de preenchimento no Sistema de Seleção do Fies”, explica o diretor de políticas e programas de educação superior do MEC, Vicente Almeida. Até as 17h desta quarta-feira, 28, o sistema havia registrado 387.488 inscrições concluídas e 427.431 inscrições em andamento.

O Novo Fies é um modelo de financiamento estudantil moderno, que divide o programa em diferentes modalidades, oferecendo condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato. Para esta edição, serão ofertadas 155 mil vagas. No total, em 2018, o número chegará a 310 mil vagas. Dessas, 100 mil terão juro zero para os estudantes que comprovarem renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos.

As outras duas modalidades, chamadas de P-Fies, destinam-se a estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos. Para atender a essa parcela de candidatos, o Novo Fies terá recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento.

O resultado será publicado em 5 de março, em chamada única. No caso dos estudantes inscritos pelo P-Fies, a relação de selecionados sairá em 12 de março. Com exceção do P-Fies, os candidatos não convocados poderão manifestar interesse por lista de espera entre 6 e 30 de março.

A principal mudança no programa é a transparência nas informações. E mais: os candidatos incluídos na situação das vagas com juro zero começarão a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda. Dessa forma, os encargos diminuem consideravelmente. Agora, o estudante terá a possiblidade de pagar o financiamento respeitando sua condição de vida.

Seleção – Para poder concorrer a uma vaga, o candidato deverá cumprir por antecipação os seguintes requisitos: ter feito uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, e obtido nota maior que zero na redação.

As inscrições são realizadas exclusivamente pela internet, na página do Fies Seleção. Em caso de pré-seleção em uma das vagas disponíveis para financiamento, o estudante deverá complementar informações da sua inscrição e, posteriormente, fechar a contratação.

Poderão ser financiados os cursos de graduação com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ofertados pelas instituições de ensino superior participantes do Fies.

Também poderão fazer parte do programa os cursos que, ainda não avaliados pelo Sinaes, estejam autorizados para funcionamento pelo cadastro do MEC. Durante o curso, o estudante deverá ter rendimento para ser aprovado em todas as matérias.

Projeto relatado por Armando ampliando o microcrédito vai à sanção presidencial

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) a projeto de lei de conversão que, entre outros benefícios aos micro empreendedores, aumenta para R$ 200 mil anuais o limite da renda bruta para se ter acesso ao microcrédito. Antes, só podia obter microcrédito quem tinha receita apenas até R$ 120 mil por ano. Já votado na Câmara dos Deputados, a matéria na qual foi convertida a Medida Provisória 802 vai agora à sanção presidencial.

O projeto de lei moderniza o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), criado há 12 anos. Em outra alteração importante, autoriza o uso no microcrédito dos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste (FNE), Norte (FNO) e Centro-Oeste (FCO). Permite, também, orientação pela internet – e não apenas presencial – ao tomador do microcrédito, reduzindo os custos deste tipo de financiamento.

Segundo Armando Monteiro, o projeto fortalece o PNMPO, estimulando o empreendedorismo popular, a geração de renda da parcela mais vulnerável da população e tornando possível a saída de programas sociais como o Bolsa Família. “Mais do que um mero mecanismo de crédito, o PNMPO é um instrumento fundamental de combate à pobreza”, assinalou o senador pernambucano.

Simpósio sobre eleições e administração pública lota auditório da PGE-PE

O Simpósio “Os Reflexos do Período Eleitoral para a Administração Pública” – realizado pelo Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) em conjunto com a Escola Superior de Advocacia da OAB Pernambuco (ESA/OAB-PE) e Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) – reuniu dezenas de pessoas no auditório da PGE-PE na tarde desta terça (27) e marcou o lançamento da Cartilha Eleições 2018, publicação dirigida à administração pública estadual. O evento contou com um público formado por procuradores-gerais dos estados do Nordeste, advogados e servidores.

A mesa – presidida pelo procurador-geral César Caúla – foi composta pelo desembargador do TRE-PE Gabriel Cavalcanti e pelos palestrantes Luiz Fernando Pereira (advogado) e por Wellington Saraiva (procurador regional eleitoral substituto em Pernambuco), além dos debatedores Carlos Neves, presidente da ESA-PE e Walber Agra, procurador do Estado e professor da Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

Com orientações gerais aos agentes públicos estaduais, a cartilha vem sendo publicada pela PGE-PE em ano eleitoral desde 2006, sempre com as atualizações necessárias e em linguagem simples. “O objetivo é antever situações, garantindo segurança jurídica aos atos dos servidores e agentes públicos”, afirmou o procurador-geral César Caúla.

Para o presidente da ESA-PE, Carlos Neves, a legislação eleitoral afeta diretamente a administração pública no seu poder discricionário, uma vez que cria normas e restringe esse poder com um rol de condutas que lhes são proibidas. “É em razão dessas restrições que estamos realizando esse evento em parceria com os atores, agentes públicos, principalmente aqueles que são procuradores, que cuidam de dar pareceres, de orientar gestores, agentes políticos, para atuação nesse período eleitoral”, enfatizou.

A publicação 2018 foi atualizada pelas procuradoras Suely Barros, da Assessoria do Gabinete, e Giovana Ferreira, chefe da Procuradoria Consultiva, e impressa com apoio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Está disponível on-line no site da PGE-PE (www.pge.pe.gov.br).

 

 

Paulo Câmara embarca 37 alunos para o Chile por meio do Programa Ganhe o Mundo

Pelos próximos seis meses, 37 alunos da Rede Pública Estadual oriundos de 18 municípios pernambucanos estudarão no Chile por meio do Programa Ganhe o Mundo (PGM). O governador Paulo Câmara acompanhou, nesta quarta-feira (28.02), o embarque dos estudantes ao país, no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, na Imbiribeira. O programa dá oportunidade de os jovens cursarem um semestre letivo em escola de High School, proporcionando o aprimoramento da língua estrangeira. Ao todo, 1.035 alunos terão viajado ao final desta 7ª edição do programa, sendo 485 somente neste primeiro semestre. Entre os países já contemplados estão Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Alemanha, Austrália e Espanha. Ainda haverá embarques para a Argentina e para a Colômbia.

“O Ganhe o Mundo tem feito a história e a vida de muitos alunos. Eles vão para essa experiência e voltam dominando uma segunda língua, conhecendo uma nova cultura e sabendo que podem realizar sonhos e que estarão preparados para os desafios do mundo. É só se dedicar, estudar, que as oportunidades aparecem e o Governo de Pernambuco motiva isso. Mais de seis mil pernambucanos já ganharam o mundo e, com certeza, vão ganhar muito mais”, afirmou o governador Paulo Câmara.

O governador também destacou a importância das relações que são estabelecidas a partir dessa experiência. “Os alunos criam uma rede de relacionamentos que vão levar para a vida. No mundo globalizado em que vivemos, isso vai facilitar muito a vida deles e, com certeza, todo aluno que teve a oportunidade de participar do Ganhe o Mundo, sabe que isso ajudou muito na sua formação e que está transformando sua vida”, concluiu.

Além da oportunidade de estudar um semestre fora do Estado, o programa de intercâmbio do Governo de Pernambuco oferece aos estudantes seguro saúde internacional, passagens aéreas, acomodação em casa de família (host family) com todas as refeições garantidas, além de uma bolsa mensal. Todos os estudantes embarcados pelo PGM também recebem malas de viagem doadas pela Companhia Pernambucana de Gás – Copergás, uma das parceiras do programa.

O secretário de Educação, Fred Amâncio, comentou que, ao mesmo tempo em que estão sendo realizados os últimos embarques da 7ª edição, a pasta já está se preparando para os próximos, com a seleção de novos alunos. O gestor também destacou que o programa passou a abranger mais estudantes de mais escolas. “Começamos a perceber que o Ganhe o Mundo está tendo uma maior amplitude e chegando a todas as escolas. Isso é muito bom, pois incentiva não apenas um grupo de estudantes, mas todos os estudantes, estimulando todos os alunos a se esforçarem cada vez mais”, pontuou Fred.

Entre os alunos que embarcaram para o Chile está Mirtis Karolayne, de 17 anos. A jovem irá ao exterior pela primeira vez e já sabe que o intercâmbio lhe proporcionará boas experiências. “Com certeza, essa oportunidade vai me ajudar porque ter outra língua no mercado de trabalho, hoje, é um diferencial. É um prazer muito grande ter essa oportunidade porque é um sonho meu conhecer outros países, línguas, pessoas e culturas diferentes. Então, é um privilégio receber essa oportunidade que o Ganhe o Mundo e o Governo de Pernambuco estão me dando”, comemorou Mirtis.

Frei Beto critica intervenção no Rio e faz carta ao general interventor

CARTA AO GENERAL BRAGA NETTO

Frei Betto

General, o Rio precisa de intervenção cívica, e não militar. O Estado fluminense e a prefeitura carioca estão acéfalos.

Em 10 anos de implantação das UPPs houve tempo suficiente para evitar que uma geração de crianças e jovens escapasse das garras do narcotráfico. Cometeu-se o equívoco de instalar postos policiais nas comunidades, e não escolas, cursos profissionalizantes, quadras de esportes, oficinas de dança, teatro, música e literatura.

O Exército brasileiro acumula uma história de fracassos. Promoveu um genocídio no Paraguai, e até hoje os arquivos da guerra no século XIX são mantidos secretos para não envergonharem a nossa história militar. Fez uma matança desnecessária em Canudos para evitar que os nordestinos se livrassem da tutela dos donos de engenhos.

Deixou-se manipular pela Casa Branca, em 1964, para derrubar o governo democraticamente eleito de Jango, e implantou uma ditadura que durou 21 anos.

Não permita, general, que haja novo fracasso. Não autorize seus soldados a se transformarem em assassinos fardados que, ao ingressar nas comunidades, primeiro atiram e depois interrogam.

Sua missão será tão inútil quanto a das UPPs se acreditar que a violência que assola o Rio é culpa apenas do narcotráfico, dos bandidos e das milícias.

As causas é que precisam ser urgentemente combatidas: a desigualdade social, o sucateamento da escola pública, o desemprego, a falência do sistema de saúde.

Não admita que seus soldados e oficiais sejam corrompidos, como ocorre a tantos policiais e autoridades que engordam a conta bancária ao fazer vista grossa para o crime organizado. De onde procedem as sofisticadas armas em mãos dos bandidos? Quem os mantém previamente informados das operações repressivas?

Os problemas não estão apenas nos morros. Estão sobretudo no asfalto, onde residem os que alimentam o narcotráfico, os políticos corruptos, os que permitem que o nosso sistema carcerário seja sede do comando do crime.

Salve a imagem do Exército, general. E convença os governantes do povo fluminense e carioca a renunciarem, para que sejam convocadas eleições antecipadas. A democracia é sempre a melhor alternativa!”

Frei Betto é autor de mais de 60 livros publicados no Brasil e Exterior

Uma das maiores redes varejistas de armas dos EUA deixa de vender fuzis

Da Agência EFE

 

Edward Stack, presidente-executivo da Dick's Sporting Goods
Edward Stack, presidente-executivo da Dick’s Sporting GoodsABC News/Divulgação

A empresa de equipamentos esportivos Dick’s Sporting Goods, a maior loja de varejo de armas nos Estados Unidos, deixará de vender fuzis de assalto e restringirá as vendas de armamentos para menores de 21 anos, disse nesta quarta-feira (28) Edward Stack, presidente-executivo da companhia. A informação é da agência EFE.

Além disso, a Dick’s Sporting Goods optou por retirar também de suas prateleiras os cartuchos de munição de grande capacidade, segundo o próprio Stack, que tomou esta decisão como resposta ao debate nacional surgido por causa do trágico tiroteio ocorrido há duas semanas em uma escola da Flórida, que deixou 17 mortos.

“Somos decididos defensores da Segunda Emenda (da Constituição dos EUA, que garante o direito à posse de armas). Eu mesmo sou proprietário de armas, mas não queremos ser parte desta história (de massacres e tiroteios) e eliminamos estas armas de maneira permanente”, apontou Stack em uma entrevista ao prestigiado programa “Good Morning America”, transmitido pela rede ABC.

Passo adiante

Com este passo adiante, o executivo disse que espera que “mais políticos” se somem ao debate e elaborem uma reforma legislativa sobre armas, aumentando a idade mínima de compra para 21 anos e proibindo a venda de fuzis de assalto.

A Dick’s Sporting Goods conta com mais de 700 lojas em todo país e é a primeira grande rede de venda varejista a limitar o acesso às armas bélicas no país.A decisão da empresa, aplaudida pelos setores mais progressistas do país, ocorreu depois que numerosas companhias decidiram cortar seus laços na semana passada com a Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês).

Entre outras, as empresas aéreas Delta e United Airlines, além da seguradora MetLife e empresas de aluguel de veículos como Hertz, Avis e Enterprise, rescindiram seus contratos de descontos com a NRA, cuja férrea postura a favor das armas causou múltiplas queixas e protestos no país.

“Bump stocks”

Esta não é a primeira vez que a rede faz mudanças em sua política de vendas após um tiroteio em uma escola. Em 2012, após o massacre na escola Sandy Hook, em Newrtown (Connecticut), que deixou 20 meninos e 6 professores mortos, a Dick’s eliminou a venda de fuzis de assalto de suas lojas.

No entanto, meses mais tarde, a empresa começou a vender esse tipo de armas em sua rede especializada em caça Field & Stream.

O presidente americano, Donald Trump, abriu a possibilidade na semana passada de proibir a venda de aceleradores de disparos, os chamados “bump stocks”, dispositivos que podem ser conectados a armas não automáticas para aumentar a frequência dos tiros, e pediu que idade legal para adquirir armas passe de 18 para 21 anos.

Trump deve se reunir na tarde de hoje (28) com parlamentares na Casa Branca para discutir mudanças nas leis sobre armas. A reunião acontece 15 dias depois do massacre numa escola de ensino médio em Parkland, Flórida, que deixou 17 mortes, devido ao tiroteio provocado pelo ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos.

Trabalho formal tem queda de 1,7% no Brasil, diz IBGE

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Trabalhadores à procura de emprego - Foto TV Brasil/Arquivo Agência Brasil
Trabalhadores com carteira assinada eram 33,296 milhões em janeiro deste ano. Número é estável em relação ao trimestre móvel anterior – de agosto a outubro de 2017 -, mas apresenta queda de 1,7%TV Brasil/Agência Brasil

O nível de formalidade no mercado está caindo e a quantidade de trabalhadores com carteira assinada chegou a 33,296 milhões no trimestre móvel terminado em janeiro de 2018. O número é estável em relação ao trimestre móvel anterior – de agosto a outubro de 2017 -, mas apresenta queda de 1,7% em relação ao período de novembro de 2016 a janeiro de 2017.

Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados hoje (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números apontam estabilidade do desemprego na comparação trimestral, com taxa de 12,2% no trimestre móvel e 12,7 milhões de pessoas desocupadas no país.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a estabilidade na taxa de desocupação do mercado de trabalho brasileiro é normal para o período por conta da sazonalidade referente às festas de fim de ano, quando ocorre a dispensa de trabalhadores temporários. Ele destaca que, na comparação anual, houve redução de 562 mil trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 1,7%.

Carteira de trabalho

“Embora essa redução na carteira tenha acontecido, o percentual de trabalhadores perdendo a carteira assinada é inferior ao que estávamos observando nos trimestres anteriores. Isso nos leva a constatar que nós temos uma desaceleração na queda da carteira de trabalho assinada. Não temos ainda geração de carteira, mas temos desaceleração na queda”, argumenta.

Azeredo explica que a baixa no número de trabalhadores com carteira assinada não é o recorde da série histórica, iniciada em 2012. A maior baixa ocorreu no trimestre móvel terminado em abril de 2017, com 33,286 milhões de pessoas. Essa diferença de 10 mil trabalhadores, segundo o coordenador, não é relevante estatisticamente. Ele salienta que, em três anos, foram perdidos 3,5 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, número ainda não foi recuperado.

Com isso, Azeredo diz que houve um “avanço expressivo” da informalidade na comparação anual. “Ou seja, aumentou o número de pessoas trabalhando sem carteira no serviço doméstico, como trabalhador familiar auxiliar, como pequeno empregador e, o principal deles, que gerou aproximadamente um milhão de postos de trabalho, que são aquelas pessoas que trabalham como conta própria”.

Jungmann defende respeito a direitos humanos no combate ao crime

O recém-empossado ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (28), em evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que o combate à criminalidade não pode cair em “atalhos”, devendo observar a dignidade e os direitos humanos. Ele defendeu a humanização do sistema carcerário.

“Hoje é tão fácil ouvir discursos que fazem defesa dos atalhos de fora da lei, dos atalhos abaixo dos direitos humanos. Um Estado que combate fora da lei, ou sem respeitar os direitos humanos, o crime, se nivela a ele”, disse o ministro, que assumiu o cargo ontem (27).

As declarações foram dadas durante uma reunião de última hora, convocada ontem (27) à noite pela presidente do conselho, ministra Cármen Lúcia, na sede do CNJ, em Brasília, para apresentar a Jungmann o recém-criado Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), um cadastro que pretende compilar em tempo real os dados a respeito de todos os presos do país.

“A humanização do sistema carcerário representa uma afirmação da civilização contra a barbárie. Não é porque alguém cometeu um delito, seja da gravidade que for, que a integridade da pessoa humana pode ser diminuída ou desdenhada, porque, se assim permitirmos, nós nos igualamos aos criminosos”, afirmou Jungmann, após assistir à apresentação do CNJ.

Depois de ter destacado números sobre a criminalidade e o estado de insegurança da população, Cármen Lúcia fez coro com o ministro, defendendo respeito aos direitos de pessoas presas.

“Estamos no Estado Democrático de Direito. Portanto, os direitos devem ser respeitados. Os direitos dos cidadãos trabalhadores de viver em paz, de dormir em sossego, de não ficar sobressaltados toda a noite. E é preciso também que se cumpra a lei com aqueles que, tendo de alguma forma errado, cumpram seus erros com as penas que foram devidamente fixadas, mas não de maneira desumana”, disse a ministra.

BNMP

Na reunião, foram apresentados dados parciais do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Foram cadastradas até o momento no sistema 41.522 pessoas privadas de liberdade, das quais 24.128 estão presas provisoriamente, ainda no aguardo de um julgamento definitivo sobre seus crimes.

Segundo o CNJ, após a implantação por todas as justiças estaduais, não mais será possível a um indivíduo ser preso sem receber um número chamado Registro Judicial Individual, sob o qual ficarão reunidos todos os dados processuais, incluindo mandados de prisão, ligados a seu nome em todo o território nacional.

Os primeiros estados a alimentar o sistema são Roraima, Goiás e São Paulo. Outros, como Santa Catarina, Sergipe, Amapá, Bahia e Paraíba, concluíram a fase de treinamento de juízes e servidores e devem começar a alimentar o banco de dados. De acordo com o secretário-geral do CNJ, Julio de Andrade, todo o processo deve estar concluído até o fim de maio, quando será possível conhecer, com confiabilidade, estatísticas precisas sobre o sistema carcerário brasileiro.

Com a iniciativa, o CNJ pretende acabar com discrepâncias entre as diferentes estatísticas sobre o sistema carcerário, compiladas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Executivo, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Isso deve permitir a redução de distorções, como a duplicidade na contabilização de presos, ressaltou Andrade.

“Há equivocos evidentes”, destacou Cármen Lúcia sobre as atuais discrepâncias. O BNMP servirá como “instrumento de integração entre os Poderes”, disse a ministra durante o encontro desta manhã, no qual esteve presente também a advogada-geral da União, Grace Mendonça.

Bolsonaro lidera corrida presidencial em São Paulo

Radar Online

Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida presidencial em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, segundo pesquisa inédita do Instituto Paraná.

O deputado de extrema direita bate até mesmo o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Lula (PT).

Veja abaixo os cenários analisados:

Cenário 1, com Fernando Haddad como candidato petista:

Jair Bolsonaro 23,4%

Geraldo Alckmin 22,1%

Marina Silva 12,3%

Ciro Gomes 6,5%

Fernando Haddad 6%

Álvaro Dias 3,8%

Rodrigo Maia 1,3%

Fernando Collor 1,1%

Henrique Meirelles 1%

João Amoêdo 0,7%

Levy Fidelix 0,7%

Guilherme Boulos 0,5%

Cenário 2, com Jaques Wagner como candidato petista:

Jair Bolsonaro 23,5%

Geraldo Alckmin 23,2%

Marina Silva 13,3%

Ciro Gomes 7,2%

Álvaro Dias 4%

Fernando Collor 1,5%

Rodrigo Maia 1,4%

Jaques Wagner 1,3%

Henrique Meirelles 1%

Manuela DÁvilla 0,8%

João Amoêdo 0,7%

Levy Fidelix 0,7%

Guilherme Boulos 0,5%

Cenário 3, com Lula como candidato petista:

Jair Bolsonaro 22,3%

Geraldo Alckmin 20,1%

Lula 19,7%

Marina Silva 8,8%

Ciro Gomes 5,3%

Álvaro Dias 3,6%

Rodrigo Maia 1,1%

Henrique Meirelles 1%

Fernando Collor 0,8%

João Amoêdo 0,7%

Manuela Dávilla 0,5%

Guilherme Boulos 0,4%

Levy Fidelix 0,4%