Número de candidatos e ordem de votação no segundo turno serão distintos em diferentes localidades

No segundo turno das Eleições 2018, que acontece no próximo dia 28 de outubro, a depender da localidade onde o eleitor se encontra, o número de candidatos a escolher e a ordem de votação serão distintos.

Em todo o Brasil, será realizada votação para a escolha do próximo presidente da República. O mesmo ocorrerá em 99 países no exterior. A definição para o cargo de governador ocorrerá no segundo turno em 13 estados e no Distrito Federal. Além disso, em 19 municípios serão realizadas as chamadas eleições suplementares para escolha de novos prefeitos e vice-prefeitos.

Para tornar possível a realização concomitante de todas essas modalidades de eleições, a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desenvolveu o Programa de Múltiplas Eleições, que permite a programação da urna eletrônica com composições que variam conforme as exigências de cada pleito.

O segundo turno para governador ocorrerá no Distrito Federal e nos seguintes estados: Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Roraima, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Nas cidades a seguir, no segundo turno os eleitores votarão para presidente da República, governador e prefeito: Alpestre (RS), Vidal Ramos (SC), Aperibé (RJ), Laje do Muriaé (RJ), Mangaratiba (RJ), Araras (SP), Rincão (SP), Monte Azul Paulista (SP), Mongaguá (SP), Anamã (AM) e Novo Airão (AM).

Nesses locais, a ordem de votação será a seguinte: governador, presidente e, por último, prefeito. Para cada cargo, o eleitor deverá digitar dois números.

Nos municípios seguintes, os eleitores escolherão o presidente da República e o prefeito: Planalto da Serra (MT), Croatá (CE), Turvelândia (GO), Planaltina (GO), Davinópolis (GO), Divinópolis de Goiás (GO), Serranópolis (GO) e Bacabal (MA).

Nessas cidades, o eleitorado deverá, primeiramente, votar para presidente e, em seguida, para prefeito. Novamente, dois números deverão ser digitados para cada cargo.

É importante digitar o número de cada candidato com atenção e conferir a foto do político escolhido antes de apertar a tecla “Confirma”. Caso ocorra algum erro, o eleitor pode apertar a tecla “Corrige” antes de finalizar o processo e digitar o número novamente.

Bolsonaro lidera em nova rodada de pesquisa

Pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta quinta (18), indica que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 59% das intenções de votos válidos, e que o candidato Fernando Haddad (PT) tem 41%. Os dados excluem os votos nulos, brancos e indecisos.

Na comparação com a pesquisa realizada no dia 10, os candidatos oscilaram um ponto percentual dentro da margem de erro que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O ex-capitão do Exército tinha 58% das intenções declaradas e o ex-prefeito de São Paulo tinha 42%.

Considerando os votos totais (válidos, nulos, brancos e indecisos), Bolsonaro tem 50% das preferências e Haddad, 35%.

A proporção de entrevistados que declaram voto em branco ou nulo é de 10%, dois pontos percentuais acima do verificado anteriormente. Cinco por cento declararam não saber, um porcento acima do observado no levantamento da semana passada.

Rejeição
Como em outras edições das pesquisas de intenção de voto, o instituto Datafolha também levantou a rejeição dos candidatos, 41% dos entrevistados disseram que “não votaria de jeito nenhum” em Jair Bolsonaro. No caso de Haddad, 54% dos entrevistados afirmaram que “não votaria de jeito nenhum” em Fernando Haddad.

Segundo o instituto, 48% declararam que “votaria com certeza” em Bolsonaro, e 10% admitiram que “talvez votasse”, 1% não sabe. No caso de Haddad, 33% responderam que “votaria com certeza” no candidato; e 12% ponderaram que “talvez votasse” e 1% não sabe.

Grau de decisão de voto
Sobre o grau de decisão dos entrevistados, 95% declaram estar “totalmente decidido” a votar no candidato do PSL, e 5% consideram que o “voto ainda pode mudar”. No caso do candidato do PT, 89% disseram estar “totalmente decidido” nele, e 10% admitiram que o “voto ainda pode mudar”.

Três de cada quatro pessoas que afirmaram votar em branco ou nulo confirmaram estar “totalmente decidido” a não votar em nenhum dos candidatos.

Noventa e quatro por cento dos eleitores respondentes de Jair Bolsonaro sabem o número do candidato (17), 5% admitem não saber, e 1% erram na menção. No caso de Fernando Haddad, 91% confirmam o número correto do candidato (13), 8% admitem não saber, e 2% erram na menção.

A pesquisa do Datafolha ouviu 9.137 eleitores em 341 municípios ontem (17) e hoje (18). O levantamento, encomendado pela Rede Globo e pela Folha de S. Paulo, está registrado na Justiça Eleitoral (BR-07528/2018). No site do Tribunal Superior Eleitoral estão disponíveis o questionário da pesquisa e a lista de locais de aplicação. Como em outras pesquisas, o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Justificativa eleitoral pode ser feita pela internet

O eleitor que não votou nem justificou sua ausência na eleição do último domingo  (7), já pode regularizar a sua situação junto à Justiça Eleitoral e, para isso, pode usar a internet. Eleitores de todo o Brasil e do exterior podem fazer a justificativa eleitoral por meio do Sistema Justifica (https://justifica.tse.jus.br), uma ferramenta on-line desenvolvida para dar comodidade ao eleitor nessa situação. A justifica deve ser apresentada no prazo de até 60 dias, contados da realização de cada turno da eleição, ou ainda em até 30 dias, a partir do retorno do eleitor ao país.

Ao acessar o Sistema Justifica nas páginas de internet do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), o eleitor deve preencher seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência às urnas e anexar documentação comprobatória digitalizada.

A justificativa será então encaminhado à zona eleitoral a que pertence o eleitor para exame pelo juiz competente. Concluído o requerimento, será gerado um código de protocolo para acompanhamento da justificativa. O acolhimento das alegações apresentadas ficará a critério do juiz eleitoral e o eleitor será notificado da decisão. Caso a justificativa seja acolhida, será feito o registro no histórico do cadastro eleitoral.

Cartório eleitoral
O eleitor pode justificar a ausência às eleições tantas vezes quantas forem necessárias.Outra opção para fazê-lo é preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) disponível na internet e entregá-lo em qualquer cartório eleitoral ou enviá-lo, pelos Correios, ao juiz da sua zona eleitoral. O prazo é o mesmo para a justificativa pela internet: até 60 dias após cada turno da votação, acompanhado da documentação que comprove a impossibilidade de comparecimento ao pleito e de um documento de identificação com foto.

Prazos

Os prazos para apresentar a justificativa após a realização do pleito se encerra em 6 de dezembro de 2018, com relação ao primeiro turno; e em 27 de dezembro de 2018, quanto ao segundo turno.

A justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, se ele deixou de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência quanto a cada um separadamente, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.

No exterior

O eleitor inscrito no país que esteja no exterior no dia do pleito e queira justificar a ausência antes do retorno ao Brasil deverá fazer o pedido pelo Sistema Justifica ou poderá encaminhar o Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) ao juiz da zona eleitoral onde for inscrito, nos prazos estabelecidos ou no período de 30 dias contados da data do retorno ao Brasil.

O eleitor inscrito em zona eleitoral do exterior (Zona ZZ) ou com domicílio eleitoral no Distrito Federal não necessita justificar eventual ausência às urnas em eleição municipal. Eleitores inscritos nas Zonas ZZ também podem justificar a ausência por meio do Sistema Justifica. Outra opção é encaminhar o Requerimento de Justificativa Eleitoral ao Brasil por meio das missões diplomáticas.

Certidão de quitação eleitoral já pode ser emitida

Certidão de quitação eleitoral.

Os eleitores que necessitam emitir a certidão de quitação eleitoral pela internet poderão fazê-lo a partir desta segunda-feira (15). Até o último domingo (14), o serviço não estava indisponível, enquanto são atualizados no Cadastro Nacional de Eleitores os registros de comparecimento ou ausência às urnas no primeiro turno das Eleições 2018, conforme determina a Resolução do TSE nº 23.556/2017.

A certidão poderá ser obtida em qualquer cartório eleitoral. Basta apresentar o comprovante de comparecimento ao pleito (canhoto). Na falta do comprovante, somente o cartório eleitoral no qual o eleitor é inscrito poderá emitir a certidão durante esse período.

Os endereços dos cartórios eleitorais podem ser obtidos nas páginas dos tribunais regionais eleitorais na internet (www.tre-uf.jus.br), substituindo-se “uf” pela sigla da unidade da Federação ou no seguinte link do site do TSE: http://www.tse.jus.br/eleitor/servicos/cartorios-e-zonas-eleitorais/zonas-eleitorais-cartorios/pesquisa-a-zonas-eleitorais.

TSE lançou página para combater fak news

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou desde a última quinta-feira (11) uma página na internet para ajudar a esclarecer o eleitorado brasileiro acerca das informações falsas e falaciosas que vêm sendo disseminadas pelas redes sociais. No entendimento da Justiça Eleitoral, a divulgação de informações corretas, apuradas com rigor e seriedade, é a melhor maneira de enfrentar e combater a desinformação.

Pelo link Esclarecimentos sobre informações falsas, qualquer pessoa poderá ter acesso a informações que desconstroem boatos ou veiculações que buscam confundir os eleitores brasileiros. Diante das inúmeras afirmações que tentam macular a higidez do processo eleitoral nacional, nessa página o TSE apresenta links para esclarecimentos oriundos de agências de checagem de conteúdo, alertando para os riscos da desinformação e clamando pelo compartilhamento consciente e responsável de mensagens nas redes sociais.

Vale referir que o Tribunal Superior Eleitoral tem encaminhado todos os relatos de irregularidades que chegam ao seu conhecimento para verificação por parte dos órgãos de investigação, especialmente Ministério Público Eleitoral e Polícia Federal. A finalidade é garantir a verificação de eventuais ilícitos e a responsabilização de quem difunde conteúdo inverídico.

Até o presente momento, nenhuma ocorrência de violação à segurança do processo de votação ou de apuração realizado durante as eleições 2018 foi confirmada ou comprovada.

A Justiça Eleitoral desempenha relevante papel na consolidação da Democracia em nosso país e trabalha incansavelmente para oferecer à sociedade um processo de votação seguro, transparente e ágil, garantindo efetividade à manifestação popular exercida por meio do voto.

A participação da sociedade é fundamental neste processo de conscientização! O Tribunal Superior Eleitoral agradece e valoriza a colaboração de todos!

Desde o último sábado candidato só poderá ser preso em flagrante

Desde o último sábado (13), nenhum candidato que participará do segundo turno de votação das Eleições 2018 poderá ser detido ou preso, salvo no caso de flagrante delito. A regra, que restringe a prisão de candidatos nos 15 dias que antecedem as eleições, consta do parágrafo 1º do artigo 236 da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Disputarão o segundo turno do pleito no dia 28 de outubro os candidatos a presidente da República Jair Bolsonaro, da Coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos (PSL/PRTB), e Fernando Haddad, da Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PC do B/PROS), e 28 candidatos a governador em 13 estados e no Distrito Federal.

Também ocorrerão três plebiscitos, um pleito distrital e 21 eleições suplementares no dia 28 de outubro

Festival Coquetel Molotof com Rasga Mortalha na programação

Apresentado pelo Instituto Conceição Moura, o Festival No Ar Coquetel Molotov chega a Belo Jardim no próximo dia 17 e segue até 20 de outubro, em diversos locais e com uma grande programação musical no Parque do Bambu. Lia de Itamaracá, Francisco El Hombre, Romero Ferro (Garanhuns), Agda (Santa Cruz do Capibaribe), Rasga Mortalha (Caruaru) e Jurandex (Belo Jardim) são algumas das atrações confirmadas no line up do evento, que é gratuito.

Nos dias que antecedem os shows no Parque do Bambu, o festival realizará uma série de atividades que incluem oficinas técnicas. As inscrições são completamente gratuitas e já estão abertas para o público no site http://coquetelmolotov.com.br/novo/. As capacitações acontecerão no Cine Teatro Cultura e no auditório do IFPE.

As atividades começam na quarta-feira (17), às 14h, com a oficina “Cidadania LGBT em discussão”, que será ministrada por Maria Clara Araújo, na Escola Antenor Vieira, Bairro de Santo Antônio. Símbolo do direito trans, Maria é graduanda em pedagogia pela UFPE. Ganhou projeção internacional após a publicação de seu ‘Manifesto Pela Igualdade: Sobre Ser Travesti e Ter Sido Aprovada Em Uma Universidade Federal.’

Na quinta-feira (18), às 14h, o público terá a oportunidade de participar da Oficina de Fotografia, com Pri Buhr, que é jornalista e, desde 2005, trabalha com fotografia.

No mesmo horário, no IFPE, o festival realiza uma oficina de imersão com o Estesia, grupo que surgiu com a proposta de repensar o jeito de se fazer shows de música, utilizando a arte e a tecnologia para transformar o papel dos artistas no palco e da plateia. O workshop também ocorre na sexta-feira, às 14h.

Às 15h, na sexta-feira, a cidade dos músicos irá receber a sua primeira Oficina de Vogue, estilo de dança de resistência e empoderamento que ganhou popularidade na década de 90, com as caras e bocas e movimentos dos braços em volta do rosto, no clipe “Vogue” de Madonna. O workshop ocorre no Chaminé Recepções.

CINEMA

A Mostra Play The Movie também chega a Belo Jardim pelo quarto ano consecutivo apresentando filmes que dialogam com música. Neste ano, além dos longa-metragens a serem exibidos em sessões a partir das 19h30, no Cine Teatro Cultura, do Instituto Conceição Moura, o evento conta com uma seleção de videoclipes enviados via convocatória nacional.

O público poderá assistir a clipes de artistas e bandas nacionais que enviaram seu material para exibição na tela grande. A convocatória e seu regulamento está disponível on-line no site www.coquetelmolotov.com.br e está aberta para vídeos postados nos canais oficiais dos artistas no YouTube.

Programação

Quarta – 17/10
Escola Antenor Vieira, Bairro de Santo Antônio
14h – Oficina “Cidadania LGBT em discussão”, com Maria Clara Araújo
Cine Teatro Cultura
19h30 – Mostra Play the Movie

Quinta – 18/10
Cine Teatro Cultura
14h – Oficina: Fotografia com Pri Buhr
19h30 – Mostra Play the Movie
IFPE
14h – Imersão com Estesia (PE)

Sexta – 19/10
Cine Teatro Cultura
19h30 – Mostra Play the Movie
IFPE
14h – Imersão com Estesia (PE)
Chaminé Recepções
15h – Oficina de Vogue

Sábado – 20/10
Parque do Bambu
A partir das 15h
Som Na Rural
Agda (Santa Cruz do Capibaribe)
Rasga Mortalha (Caruaru)
Mostra Vogue
DJ Milena Cinismo
Luna Vitrolira
Palco
Francisco, El Hombre (SP)
Lia de Itamaracá (PE)
Jurandex e convidados (Belo Jardim)
Romero Ferro (Garanhuns)

Serviço
Festival No Ar Coquetel Molotov – Etapa Belo Jardim
De 17 a 20 de outubro
No Parque do Bambu – Belo Jardim
Acesso Gratuito

Resultados das urnas em Caruaru surpreendem

Cidade elegeu três deputados estaduais e dois federais, além de Priscila Krause e Daniel Coelho, apoiados pela prefeita Raquel Lyra

Wagner Gil

O resultado das eleições proporcional e majoritária em Caruaru acabou gerando grandes surpresas para eleitores e analistas políticos. No campo majoritário, Jair Bolsonaro (PSL) e Armando Monteiro (PTB) levaram a melhor na disputa presidencial e pelo Palácio do Campo das Princesas, respectivamente, embora Paulo Câmara (PSB) tenha sido eleito no primeiro turno.

Jair Bolsonaro obteve 41,56% dos votos válidos, o que corresponde a exatos 65.569 sufrágios, contra 50.304 de Fernando Haddad (PT), o que representou 31,89% dos votos válidos. Ciro Gomes (PDT), que ficou em terceiro lugar, também teve uma votação expressiva na Capital do Agreste, somando-se 29.684 (18,82%).

No campo majoritário para governador, prevaleceu a rejeição que Paulo Câmara tem na cidade. Ele obteve 50.996 votos (41,18%), contra 57.523 de Armando (46,45%). “Esses números já eram esperados. Paulo chegou a ter uma rejeição aqui que passou de 70%. Com a campanha e o guia eleitoral, ele diminuiu essa rejeição, mas não venceu em Caruaru”, analisou o advogado e cientista político, João Amércio. “Esperava-se uma votação maior para Paulo aqui, até porque no seu palanque estavam José Queiroz, Tony Gel, Erick Lessa, Wolney, Laura Gomes, entre outros”, completou o professor e também cientista político, Arnaldo Dantas.

Segundo Arnaldo, “a baixa votação de Paulo Câmara em Caruaru é justificada pela falta de serviços e perseguição do socialista à prefeita Raquel Lyra”. “Paulo Câmara deixou de cumprir coisas básicas. Apesar de ter muitas lideranças políticas em seu palanque, ele não vem no São João já há dois anos. Além disso, não tem repassado recursos para o município e ainda não terminou obras como o Hospital da Mulher, que, quando ele assumiu o governo, tinha mais de 80% da obra concluída. Faltam vontade e liderança”, arrematou Dantas.

PROPORCIONAL

No quadro proporcional, as maiores surpresas foram a eleição de Fernando Rodolfo (PHS) para deputado federal e Erick Lessa (PP) para estadual. Na eleição para a Alepe, os primeiros colocados foram Tony Gel (MDB), com 30.456 (20,21%); José Queiroz (PDT), com 24.017 votos (15,93%), e Erick Lessa, 22.940 votos (15,22%). “Nesse quadro podemos analisar que José Queiroz teve uma votação bem abaixo do esperado. Alguns de seus aliados falavam até em 50 mil votos. Já Tony gravitou dentro de seu eleitorado”, explicou Arnaldo Dantas.

Para João Américo, as votações de Priscila Krause (DEM) e Daniel Coelho (PPS) em Caruaru foram excelentes. “A prefeita apoiou esses candidatos, mas, em nenhum momento, teve pressão para votar neles. Priscila teve mais de sete mil votos e Daniel Coelho quase 10 mil. Isso também ocorreu porque Raquel Lyra deixou vereadores livres e muitos deles apoiaram candidatos de fora”, analisou.

Já a surpresa negativa pode ter sido a baixa votação de Laura Gomes (PSB). A deputada teve apenas 5.302 votos ou seja, 3,52% do eleitorado. “Laura acabou sendo prejudicada pela candidatura de Queiroz que, a todo momento, cantava que disputaria uma eleição majoritária. No final, ela teve mais de 15 mil votos, ficou na segunda suplência e pode assumir a cadeira, caso alguns estaduais eleitos sejam convidados para compor o primeiro escalão. Acredito que Laura assume”, disse Arnaldo Dantas.

OUTROS NOMES

Outros que disputaram a eleição proporcional decepcionaram na votação, entre eles o vereador Edjaílson da CaruForró (PRTB). Existia uma expectativa do edil ter na casa de 10 mil votos na cidade e pelo menos 15 mil no total. Ele teve apenas 3.358 votos em Caruaru (2,23%). “Edjaílson pensou que um grupo de vereadores iria apoiá-lo, mas, aos poucos, o pessoal foi pulando do barco e, no final, apenas Rozael e Duda do Vassoural, que são do mesmo partido, lhe apoiaram”, disse Arnaldo.

Já o professor Isaac Albuquerque teve 608 votos e Sílvio Nascimento, que estava ‘bancando’ a campanha de Jair Bolsonaro na cidade, teve 6.134 votos, ou seja, 4.07% dos votos válidos. “Foi uma eleição atípica e candidatos de outras cidades foram bem votados em Caruaru. Do total de estaduais eleitos, mais de dez tiveram mais de um mil votos na cidade, alguns como o pastor Cleiton Colins, passando de 2 mil votos. “Isso acabou influenciando na cotação dos candidatos da terra”, analisou João Américo.

Na eleição para deputado federal, o que mais chamou a atenção foram os comentários do parlamentar Wolney Queiroz a uma emissora de rádio local. Nas últimas eleições, ele vem perdendo votos na cidade e, este ano, apesar de ser eleito, teve uma das votações mais baixas da sua vida em Caruaru: 33.402 votos (23,31%). O segundo mais votado foi Fernando Rodolfo, com 28.597 (19,96%). Daniel Coelho ficou em terceiro, com 9.362 (6,53%), e Raul Henry, em quarto, com 9.301 (6,52%).

Haddad busca o centro e prega estabilidade democrática no 2º turno

Na primeira semana da fase decisiva da eleição presidencial, o candidato Fernando Haddad (PT) fez movimentos em busca de aproximar partidos e setores de centro. O petista aposta também em uma estratégia de se demonstrar como a alternativa mais segura para garantir a estabilidade democrática no país.

A prioridade do PT ao longo dos últimos dias foi tentar consolidar os apoios políticos para o segundo turno e ajustar o tom da campanha nessa etapa. Haddad conseguiu apoio do PSOL, PPL, PSB e do PDT, este último a legenda de Ciro Gomes, terceiro colocado no primeiro turno.

O pedetista, apesar de ter anunciado o voto em Haddad, não deve participar ativamente da campanha e viajou na quinta -feira (11) para a Europa, onde passará alguns dias de férias, segundo a assessoria.

O candidato à presidência da República, Fernando Haddad, fala com a imprensa antes da reunião com a Executiva Nacional do PT, no Hotel Nobile Suítes Congonhas.
Prioridade de Haddad foi tentar consolidar apoios políticos para o segundo turno – Rovena Rosa/Agência Brasil
Também houve um encontro com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, e que chegou a ser cotado para sair candidato a presidente. A expectativa da campanha petista é que ele possa declarar apoio a Haddad e até mesmo participar da campanha ou do programa eleitoral.

Eleitor de centro

Haddad também recebeu uma carta de apoio de integrantes do PSDB, mesmo o partido tendo formalmente anunciado que ficará neutro no segundo turno. Há ainda a expectativa em torno de uma aproximação mais explícita entre o petista e o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC), já que os dois mantêm uma boa relação.

No âmbito programático, o PT recuou em relação a propostas que constavam do seu programa de governo, como a convocação de uma assembleia constituinte, além de buscar incluir elementos dos programas de adversários do primeiro turno, como a proposta de Ciro Gomes para que o governo adote um programa para tentar limpar o nome de endividados.

Até as cores da campanha petista mudaram: saindo do tradicional vermelho para uma paleta mais ampla, que envolve os tons de verde, amarelo e azul. Todos esses gestos, segundo Michel Neil, vão na busca pelo eleitor de centro.

“Cabe a Haddad reforçar o discurso institucional democrático, em que ele se posiciona como a opção mais segura para as instituições democráticas, tentando dialogar com aquele eleitor que não quer votar em Bolsonaro, pois vê nele um governo de muito mais incertezas do que certezas”, analisa o cientista político Michel Neil.

Disputa geográfica

Uma das evidências disso é que, com o crescimento de casos de violência por divergência política no país, Haddad tem feito críticas contundentes ao que considera uma escalada autoritária com a chegada de seu adversário ao poder, como mostrado em seu programa eleitoral. Em uma das declarações mais fortes contra Bolsonaro, o petista afirmou, em coletiva na quinta -feira (11), que o opositor “não tem projeto de país, a não ser armar as pessoas para que elas se matem”.

A dificuldade, no entanto, é ter de sair de uma campanha que no primeiro turno foi mais alinhada com o eleitor petista para esse espectro mais amplo. “Por mais que o Haddad seja a figura certa do PT na busca desse centro político, a campanha de primeiro turno foi uma clivagem do ‘nós contra eles’, que também prevaleceu na campanha de Bolsonaro, mas com o sinal trocado. Isso dificulta convencer o eleitor de centro que não quer votar no Bolsonaro, mas também não apoia o PT. Esse eleitor em cima do muro ainda demonstra muitas feridas abertas, mas vai ter que se posicionar”, acrescenta o cientista político.

Do ponto de vista da disputa geográfica, Michel Neil diz ainda que o foco de Haddad nessa etapa decisiva deve ser em direção ao eleitor das grandes cidades, onde a diferença de votos do petista para Bolsonaro foi maior.

Haddad precisa reverter uma diferença de 16,7 pontos percentuais em relação ao adversário, Jair Bolsonaro (PSL), que obteve 46,02% dos votos válidos no primeiro turno. O petista ficou com 29,28% da preferência. Neil analisou 272 eleições no país desde 1998 e que terminaram em segundo turno, incluindo pleitos presidenciais, para governos estaduais e prefeituras. “Todas as vezes que o primeiro colocado do primeiro turno terminou com uma diferença de 15 pontos percentuais para o segundo colocado, ele foi vitorioso em 95% dos casos”, aponta.

A primeira pesquisa do segundo turno, divulgada na quarta-feira (10) pelo Instituto Datafolha, indica liderança de Bolsonaro com 58% dos votos válidos contra 42% para Haddad.

Jair Bolsonaro anuncia plano de privatização e prega união do país

A duas semanas do segundo turno das eleições, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, vai decidir os rumos da campanha ao Palácio do Planalto. Ele aguarda, na quinta -feira (18), uma nova avaliação da junta médica do Hospital Albert Einstein. Ao que tudo indica receberá alta.

Mesmo com uma liberação médica, o candidato já avisou que pretende participar, de no máximo, dois debates na televisão. E não descarta, por estratégia, não participar de nenhum.

Viagens ao Nordeste, única região do país onde não liderou a votação do primeiro turno, ainda não estão fechadas. O presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, disse à Agência Brasil que, embora Bolsonaro queira viajar, todos os detalhes são minuciosamente analisados.

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) fala à imprensa após gravação de campanha, no bairro Jardim Botânico.
O confinamento obrigatório desde o ataque à faca não impediu que Jair Bolsonaroto fizesse campanha – Fernando Frazão/Agência Brasil

Combate à violência

“Existe a questão de segurança. Há informes de que o alerta é vermelho, em relação à segurança dele, daqui até o dia das eleições. Então, temos de cuidar tanto da integridade física dele quanto da saúde, que ainda se recupera”, acrescentou Bebbiano. Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Na primeira semana pós-primeiro turno, a portaria do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, assistiu a um vai-e-vem de políticos e correligionários. Bolsonaro saiu de casa poucas vezes, a maioria com destino à casa do empresário Paulo Marinho, integrante do núcleo de campanha, para gravar programas eleitorais. Na primeira saída, na quinta -feira (11), concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa após encontro com os deputados eleitos do PSL.

Ao falar sobre combate à violência gerada por divergências políticas, o candidato disse, na primeira vez, que não tinha como controlar as pessoas. “Esta pergunta não deveria ser invertida? Quem levou a facada foi eu. Um cara lá, que tem uma camisa minha, comete um excesso, o que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso, mas eu não tenho controle sobre milhões de pessoas que me apoiam. Agora, a violência vem do outro lado, e eu sou uma prova viva disso”, afirmou o candidato.

Ministérios

Depois, adotou o tom de união pelo país. “Vamos unir o Brasil. Brancos e negros, homos e héteros, pais e filhos, nordestinos e sulistas, homens e mulheres, vamos unir o nosso Brasil e pacificá-lo”, disse durante a coletiva de imprensa.

O confinamento obrigatório desde o ataque à faca não impediu que o candidato fizesse campanha. Com uma campanha pautada nas redes sociais, postou vídeos e entrevistas com críticas contundentes ao adversário, que foram compartilhados por milhares .

Foi através delas que anunciou que, caso eleito, seu governo terá 15 ministérios, que reduzirá impostos para as pessoas de menor renda, que o programa Bolsa Família terá décimo terceiro salário. E que Paulo Guedes, consultor econômico da campanha, o general da reserva do Exército Augusto Heleno, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o astronauta Marcos Pontes farão parte de seu ministério nas pastas da Economia, Defesa, Casa Civil e Ciência e Tecnologia respectivamente.

Adiantou que fará uma reforma administrativa para cortar “gastos desnecessários” e afirmou que seu plano de privatizações vai agradar o mercado. As primeiras estatais que serão alvo foram as criadas pelos governos do PT. Bolsonaro também disse que irá trabalhar para que não haja mais progressão de pena e saídas temporárias de presos, os chamados saidões.

Visitas

No primeiro programa eleitoral do segundo turno no rádio e na televisão, nesta sexta-feira (12), o candidato fez críticas ao comunismo, ao seu opositor Fernando Haddad (PT) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de mostrar a família, a esposa Michelle, os quatro filhos homens e a filha caçula, Laura.

“O vermelho é um sinal de alerta para o que não queremos no país. A nossa bandeira é verde e amarela e nosso partido é o Brasil”, diz a propaganda do candidato. a