O Grupo Moura celebrou com funcionários, diretores e acionistas, na quarta-feira, 29, o início de operação da primeira fase de sua nova fábrica, erguida em Belo Jardim (PE), cidade do semiárido nordestino que é o maior polo produtor de baterias da América do Sul. A nova planta reúne 2.000 melhorias de processo desenvolvidas nas demais seis unidades industriais Moura e contou com a contribuição de todos os 6.000 colaboradores da empresa nas etapas de concepção, desenvolvimento e implementação.
Autossustentável, com linhas ergonômicas e automatizadas, flexibilidade produtiva, desenho logístico eficiente e pronta para expansão, a nova fábrica, no pico de operação, terá capacidade para quase dobrar a produção anual do Grupo Moura, hoje de 10 milhões de acumuladores de energia, entre baterias automotivas, estacionárias, tracionárias e para motos. Até o final deste ano, empregará diretamente 200 profissionais e tem como meta entregar 1 milhão de baterias ao mercado.
Direcionada inicialmente para a fabricação de baterias de maior capacidade – voltadas para SUVs, caminhonetes, picapes e caminhões – a nova fábrica possui homologações e flexibilidade para produzir um mix diversificado, voltado para atender a demanda crescente do mercado nacional e da América do Sul. Atualmente, 15% da produção já é voltada para exportação.
A nova unidade é um marco para o Grupo Moura e posiciona a empresa que já é líder no mercado de baterias no Cone Sul como uma das mais avançadas fabricantes do mundo. O projeto de vanguarda contou com a participação fundamental do Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM), um dos principais parceiros tecnológicos da Moura e único instituto de ciência e tecnologia do Brasil com foco exclusivo em Pesquisa & Desenvolvimento para sistemas de acumulação de energia. A nova unidade consolida ainda a cidade de Belo Jardim, a 180 quilômetros da capital pernambucana, Recife, como um hub produtivo e maior polo de conhecimentos e mão de obra especializada na produção de baterias da América do Sul.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Hoje, 82% dos colaboradores da unidade são de novos profissionais, sendo que praticamente um terço está em seu primeiro emprego. O alto patamar é fruto de uma decisão estratégica do Grupo Moura de capacitar uma nova geração de multiplicadores de conhecimento em produção de baterias. O desenvolvimento de pessoas é a base do sucesso da Moura. O trabalho de atração e formação de talentos ao longo dos 60 anos da companhia foi e tem sido responsável por gerar milhares de histórias de crescimento pessoal e profissional.
Todos os novos colaboradores passam a integrar o programa Líder de Manufatura, que prevê que para cada encarregado de produção até 8 colaboradores estejam diretamente subordinados. O modelo de gestão traz resultados diretos na melhoria do clima organizacional, aumento de produtividade, criação de melhorias produtivas, ampliação das ações e práticas de segurança do trabalho e salto na qualidade dos produtos. Série de preceitos que fazem parte do World Class Manufacturing (WCM) adotado pelo Grupo Moura em todas as suas unidades fabris.
Em pouco menos de 12 meses, o projeto foi iniciado, as etapas de construção civil e instalação de equipamentos avançaram e a primeira bateria foi fabricada, período recorde para a indústria nacional. Cerca de 30 empresas atuaram na implantação da nova unidade, que, no pico de trabalhos, criou 700 oportunidades profissionais diretas e indiretas no Nordeste brasileiro.
SUSTENTABILIDADE
A nova fábrica possui um sistema individual de coleta e utilização de águas das chuvas, além de promover o recírculo das águas industriais, tornando-a autossustentável e contribuindo com o equilíbrio hídrico de uma região de semiárido que convive há séculos com períodos longos de estiagem. Foram implementadas também um conjunto de soluções para redução no consumo de energia (novos equipamentos, iluminação natural conjugada com lâmpadas do tipo LED) e um rigoroso trabalho de redução nas emissões de poluentes.
Adota ainda todas as normas já estabelecidas nas demais unidades Moura de reciclagem e reaproveitamento, com coleta seletiva em todas as áreas – industriais e administrativas. O reaproveitamento do chumbo, insumo fundamental e que exige maiores cuidados ambientais, é total, começando já no processo de retroalimentação da chamada linha de corte. Foi adotado ainda o mais moderno processo de despoeiramento do ar circulante dentro da unidade, a partir da instalação de um sistema de exaustão que elimina a presença de partículas de chumbo.