Câmara revoga novo seguro DPVAT e limita bloqueio de emendas

Brasília (DF) 18/12/2024   Câmara dos Deputados durante sessão plenária semipresencial para apreciar e votar os destaques apresentados ao projeto de lei complementar (PLP 210/2024).  Foto Lula Marques/ Agência Brasil
© Lula Marques/ Agência Brasil
Um acordo entre o governo e os deputados resultou na revogação da lei que criou o novo Seguro Obrigatório para a Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. O governo também aceitou o bloqueio apenas de emendas parlamentares não impositivas, em vez de todas as emendas.

Os dois pontos foram aprovados em destaques ao primeiro projeto de lei complementar do pacote de corte de gastos. Na noite de terça-feira (17), os deputados tinham aprovado o texto-base por larga margem, 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 contrários. No entanto, a votação dos destaques tinha ficado para esta quarta-feira (18).

O governo fechou o acordo para aprovar os destaques e garantir a continuidade do pacote de revisão de gastos públicos. O projeto segue para o Senado.

Extinta em 2020, a cobrança do DPVAT tinha sido recriada sob o nome de SPVAT, que entraria em vigor em janeiro. A recriação do seguro enfrentava a resistência de governadores.

Emendas

Em relação às emendas parlamentares, o governo concordou em retirar do projeto de lei complementar a autorização para o contingenciamento e o bloqueio de todas as emendas parlamentares. Pelo texto que irá ao Senado, o governo poderá congelar apenas emendas de comissão e emendas de bancadas estaduais não impositivas, até 15% do total. As emendas obrigatórias não poderão ser bloqueadas.

A medida desidrata parcialmente o corte de gastos. Caso as emendas impositivas pudessem ser congeladas, o governo poderia bloquear ou contingenciar R$ 7,6 bilhões em emendas no próximo ano. Agora, o Executivo só poderá cortar R$ 1,7 bilhão, R$ 5,9 bilhões a menos. O levantamento desconsidera as emendas de bancada estaduais não impositivas, cujo valor para 2025 depende da aprovação do Orçamento do próximo ano.

Gatilhos

O principal ponto mantido no projeto de lei complementar foi a criação de gatilhos que proíbem a criação, ampliação ou prorrogação de incentivos tributários caso haja déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) no ano anterior. O projeto também limita a 0,6% acima da inflação o crescimento anual da despesa de pessoal e encargos de cada um dos Poderes na mesma situação, déficit primário no ano anterior.

Além dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o projeto aprovado pelos deputados limita a 0,6% acima da inflação o crescimento das despesas de pessoal do Ministério Público e da Defensoria Pública no caso de resultado negativo das contas públicas.

As restrições vigoram até que o governo volte a registrar superávit primário anual. A partir do projeto da lei orçamentária de 2027, as duas limitações valerão se os gastos discricionários (não obrigatórios) totais tiverem redução nominal em relação ao ano anterior.

Fundos

De 2025 a 2030, o governo poderá usar o superávit de cinco fundos nacionais para abater a dívida pública. Os saldos positivos somavam, em 2023, R$ 18 bilhões.

Os fundos são os seguintes:

•     Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), formado por multas pagas ao governo: superávit de R$ 2 bilhões

•     Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset): superávit de R$ 1,6 bilhão

•     Fundo do Exército: superávit de R$ 2,5 bilhões

•     Fundo Aeronáutico: superávit de R$ 8,7 bilhões

•     Fundo Naval: superávit de R$ 3 bilhões

O relator do projeto, deputado Átila Lira (PP-PI), retirou da proposta original do governo os seguintes fundos: Fundo Nacional Antidrogas (Funad), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). Segundo o parlamentar, esses recursos são usados para investimentos importantes.

Vitória na Justiça: Edson Vieira é inocentado no caso KMC e tem bens desbloqueados

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) proferiu decisão favorável ao deputado estadual e ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (União), no caso envolvendo a KMC Locadora.

A Segunda Turma da Câmara Regional de Caruaru julgou improcedente a ação de improbidade administrativa movida contra Vieira, reformando a sentença de primeira instância e determinando o desbloqueio de seus bens.

A ação, que teve início em 2015, acusava o ex-prefeito e outros envolvidos de irregularidades em processos licitatórios durante sua gestão. No entanto, a decisão do TJPE reconheceu a ausência de dolo específico e de prejuízo efetivo ao erário, elementos indispensáveis para caracterizar improbidade administrativa segundo a legislação vigente.

O relator do caso, desembargador Evanildo Coelho de Araújo Filho, destacou que, conforme as alterações promovidas pela Lei 14.230/2021, é necessária a comprovação de dolo específico para configurar atos de improbidade. A análise do caso revelou que os serviços contratados foram efetivamente prestados e que a dispensa de licitação ocorreu sob o amparo de um decreto municipal que declarava estado de emergência, validado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco.

“A nova legislação exige que a improbidade administrativa seja caracterizada por dolo específico e não apenas por irregularidades formais. Neste caso, não ficou comprovado que o réu agiu de forma maliciosa ou com a intenção de obter benefício indevido”, pontuou o magistrado.

Além disso, a decisão do TJPE considerou as dificuldades reais enfrentadas pela gestão municipal à época, como prevê a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). O tribunal também criticou a sentença anterior por extrapolar os limites da petição inicial, enquadrando os atos em mais de um tipo legal, o que é vedado pela legislação.

Com a decisão unânime dos desembargadores, Edson Vieira comemorou a vitória judicial: “Sempre acreditei na Justiça e na força da verdade. Essa decisão reafirma minha confiança nas instituições e na minha trajetória como gestor público”, declarou.

Vereador reeleito mais votado da história de Caruaru, Anderson Correia é diplomado para o segundo mandato

Vereador mais votado da história de Caruaru numa reeleição, Anderson Correia (PP) foi diplomado na tarde desta quarta-feira (18) em uma solenidade promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). O parlamentar, que conseguiu uma das votações mais expressivas do Estado nas últimas eleições, sendo o mais votado do interior com 7.310 votos, discursou na cerimônia realizada no Colégio Adventista, reafirmando seu compromisso com os caruaruenses, lutando pelas pessoas e pelos animais.

“Diante da expressiva votação que obtive, afirmo que me sinto ainda mais honrado e desafiado a trabalhar mais pelo crescimento de Caruaru. Não serei o representante apenas daqueles que me escolheram, mas de todos os caruaruenses. Seguirei buscando mais recursos, legislando, fiscalizando, entre outras competências tão bem descritas no Artigo 31 da nossa Constituição Federal. As eleições aconteceram, estamos eleitos, agora diplomados, e vamos trabalhar arduamente para que essa democracia seja exercida com respeito e, principalmente, com equilíbrio e harmonia entre os poderes. Minha gratidão a todos que confiaram mais uma vez em mim, e renovo meu compromisso em seguir lutando ainda mais pelas pessoas e pelos animais”, destacou Anderson.

Uma das maiores referências na pauta animalista em Pernambuco, Anderson teve seu primeiro mandato marcado por grandes conquistas não só na busca pelos direitos dos animais, mas também ampliou sua atuação em pautas humanas, conseguindo recursos para a cidade em suas diversas idas a Brasília – que geraram, por exemplo, a entrega de uma ambulância para o Samu Agreste, habilitação do ICIA no SUS, o dobro do número dos leitos de UTI pediátrica no Agreste, entre outras emendas parlamentares. Amigo dos idosos, Correia também tem como destaque a conquista da continuidade da gratuidade do transporte público para idosos entre 60 e 64 anos na Capital do Agreste, por meio de seu anteprojeto de lei.

Com um mandato com grande índice de aprovação, comprovado nas urnas com uma histórica votação, Anderson seguirá buscando ainda mais conquistas para Caruaru e região, além de seguir firme na sua luta por um hospital público veterinário que beneficiará várias cidades do interior. Ele ainda trará mais dignidade e evolução para a pauta animalista, com o Samu Animal 24h e a UPA Animal 24h – políticas públicas solicitadas e articuladas em seu mandato e previstas para 2025. Além disso, pautas relacionadas ao Hemope, autódromo, pessoas com câncer, fomento da economia e do turismo, mobilidade, entre outras, seguirão como destaque em seu segundo mandato.

Rodrigo Pinheiro é diplomado prefeito reeleito de Caruaru e reforça compromisso com trabalho sério e transparente

O prefeito reeleito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), foi diplomado nesta quarta-feira (18), em cerimônia organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE/PE), no auditório do Colégio Adventista, na Capital do Agreste. A solenidade também oficializou a vice-prefeita Dayse Silva (PSDB) e os vereadores eleitos. Durante seu discurso, Rodrigo destacou seu compromisso com o desenvolvimento social e econômico do município, reafirmando a responsabilidade de trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da população caruaruense.

Para os próximos quatro anos, Rodrigo Pinheiro assegurou que manterá uma gestão pautada na transparência e na eficiência. “Vamos continuar trabalhando bastante, aplicando os recursos de forma séria e responsável, e fazendo muito mais para que Caruaru cresça ainda mais”, afirmou. O prefeito também agradeceu à confiança depositada pelos eleitores: “Devolvemos essa confiança com trabalho e responsabilidade, junto a homens e mulheres que desejam o melhor para a nossa cidade”.

Pinheiro ressaltou ainda a importância da união entre o Executivo, Legislativo e os servidores públicos para atender as demandas da população. “O papel do Executivo é dialogar, unir forças e executar as ações que garantam uma vida melhor para todos. Contamos com a colaboração de profissionais especializados e o trabalho integrado com os vereadores, que são os representantes mais próximos da população. Assim, faremos mais com menos, respeitando os recursos públicos e os órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas”, disse.

Encerrando seu discurso, o prefeito reeleito mencionou um provérbio bíblico para reafirmar seu compromisso com a humildade e o compromisso ético na gestão pública: “O temor do Senhor ensina sabedoria; a humildade precede a honra”. Rodrigo garantiu que seguirá liderando com responsabilidade e dedicação para promover avanços no município.

Primeiro mandato coletivo diplomado pela Justiça Eleitoral de Caruaru

Nesta quarta-feira (18), o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) diplomou a primeira candidatura coletiva de Caruaru, composta pelos vereadores Lula Tôrres e Paulinho (PSDB). Com isso, fica atestado que a partir do dia 1º de janeiro de 2025, eles poderão atuar por 4 anos na Câmara Municipal de Caruaru.

A candidatura coletiva uniu pai e filho, fazendo história em Caruaru por eleger dois parlamentares em um só mandato, assim como já aconteceu em outros municípios Brasil afora.

“Foi um feito histórico, Caruaru elegeu dois vereadores para ocupar um mandato coletivamente. Eu e Paulinho trabalharemos juntos, unindo experiência e juventude, para lutar pela resolução das demandas da população “, destaca Lula Tôrres.

Experiência e Juventude

Lula Tôrres a população já conhece. Vereador agora por 9 mandatos, Lula tem trabalhado ostensivamente pela qualidade de vida dos cidadãos da zona urbana e rural de Caruaru. E agora, vai unir essa experiência, com a juventude de Paulinho – que tem 32 anos e é formado em Administração Pública pela ASCES-Unita e já foi Presidente do Parlamento Jovem, também na Câmara Municipal.

“Quero trazer o frescor das ideias jovens que mudam a nossa sociedade, dialogando, ampliando o debate com todas as classes que assim como eu, sonham com uma cidade mais justa para todos e todas” afirma Paulinho.

ARTIGO — Desigualdade persiste como grande mazela nacional Samuel Hanan*

Samuel Hanan

O Brasil é um país de enormes contradições. A mais chocante delas, com certeza, está em sua enorme riqueza e a precária situação econômica de significativa parcela de sua população.

No país que se orgulha de ser a 8ª maior economia do planeta, a concentração de renda mantém há décadas uma legião com milhões de brasileiros pobres ou miseráveis.

Tomemos por base os números oficiais de 2023. No ano passado, os 5% que compõem a faixa mais pobre da população sobreviviam com apenas R$ 126,00/mês, o correspondente a apenas 9,5% do salário-mínimo, de R$ 1.320,00 (2023). Outros 10% dos brasileiros sobreviviam com renda mensal inferior a R$ 300,00/mês, o correspondente a R$ 22,7% do salário-mínimo da época. Expandindo o estrato social, o cenário não é diferente: os 40% mais pobres da população viviam com cerca de R$ 815,00/mês (US$ 150/mês ou US$ 5/dia).

É gritante o abismo entre os 40% dos brasileiros mais pobres e os 5% mais ricos, que possuem renda superior a R$ 10 mil/mês, quase 12,5 vezes mais. A comparação também é impactante em relação aos 10% mais ricos, com sua renda média de R$ 7.600,00/mês, ou 9,2 vezes maior.

No Brasil de hoje, 70% da população possuem renda mensal inferior a R$ 2.824,00 (ou US$ 514/mês), menos de dois salários mínimos/mês. São 148,4 milhões de pessoas. Metade de todos os brasileiros vive com R$ 1.531,00 por mês, valor um pouco maior que um salário-mínimo. E 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3.500,00/mês (ou US$ 514/mês). Apenas 3,9% da população tem renda média de R$ 28.240,00 (ou US$ 61.600/ano).

O país tem 413.000 milionários (0,20% da população) e 64 brasileiros (0,00003% da população) entre os bilionários do mundo.

O problema da brutal concentração de renda é antigo. Perdura há décadas e a cada ano a situação fica mais crítica, mais perversa e mais injusta. Tudo porque, nos últimos 30 anos, nenhum governo definiu e executou como prioridade a melhoria do processo distributivo de renda. Com isso, milhões de brasileiros sofrem com a omissão ou descaso dos governantes, o que torna inadiável a implementação de políticas públicas para reverter esse quadro, sem o que será impossível combater as desigualdades sociais.

A pobreza já atinge mais de um terço da população. Somente no nordeste temos 32,8 milhões de pessoas vivendo na pobreza (57,4% do total da população regional). Os números são alarmantes, mas parecem não sensibilizar os governos que ignoram também o aumento da violência urbana e da criminalidade, o crescente nível de mortalidade infantil, e o avanço da favelização, inclusive das capitais dos estados mais ricos e desenvolvidos. O país já soma 16,4 milhões de brasileiros (7,7% da população) vivendo em favelas, a imensa maioria delas desprovida de condições mínimas de higiene e sanitárias.

O problema é mais acentuado nas regiões Norte e Nordeste, estados onde a renda per capita é muito menor em relação às demais unidades da Federação.

Os grandes responsáveis pelos enormes fossos existentes entre as classes sociais e raciais nessas regiões são os governos, por conta de decisões equivocadas ao longo do tempo.

Um dos maiores erros está na renúncia fiscal federal (gastos tributários da União), que cresceu 3,26 vezes em apenas 23 anos. Em 2001, esses gastos tributários correspondiam a 1,47% do Produto Interno Bruto (PIB), participação que, em 2023, já era superior a 4,80%. Trata-se de um volume enorme de recursos – R$ 523 bilhões/ano (2023) –, importantes para o induzir o desenvolvimento do Norte e Nordeste, com a geração de emprego e renda, e a possibilidade de ascensão social dos habitantes daquelas regiões.

O problema é que, além de crescer continuamente, essa renúncia fiscal destina-se majoritariamente (de 61% a 63%) a beneficiar o Sul e o Sudeste, justamente as regiões mais desenvolvidas do país. Isso não é apenas contraditório; é inconstitucional porque viola vários dispositivos da Constituição Federal de 1988, pois a Carta Magna estabelece que as renúncias fiscais devem se destinar à mitigação das desigualdades regionais e sociais.

Fica claro que o voto, o lobby e o poder de pressão no Brasil têm mais força que a Constituição, solenemente ignorada.

Com isso, limitaram-se absurdamente os investimentos de infraestrutura que, pelos dispositivos da CF/88 deveriam ser destinados prioritariamente para as regiões Norte e Nordeste. Face à explosão dos gastos primários, esses investimentos foram reduzidos a R$ 24 bilhões em 2024, o correspondente a apenas 0,21% do PIB.

É perverso porque após as transferências para estados e municípios, a União – que gera déficit nominal de 10% do PIB e fica com cerca de 17% do PIB (52,4% da arrecadação tributária), investindo somente 0,21% desse bolo em infraestrutura, total insignificante para as necessidades nessa área fundamental para o desenvolvimento e bem-estar social.

Não é, porém, o único problema. Ao não fazer a correção anual das tabelas do Imposto de Renda Pessoa Física, o governo na prática tributa inflação e, dessa forma, penaliza duplamente o trabalhador assalariado pois esse já é punido pelos preços mais elevados nos produtos de consumo imprescindíveis e ainda paga mais de Imposto de Renda.

Essa situação é agravada pela forte tributação sobre consumo, responsável por mais de 40% das receitas públicas, porém muito pesada para os bolsos dos assalariados de baixa renda. Além disso, essa população tem seu crescimento profissional limitado pelos péssimos serviços de educação e saúde.

A raiz desses graves problemas nunca é atacada. Os governos preferem investir em programas sociais para distribuir bondades como bolsa-família, benefício de prestação continuada (BCP), vale-gás e auxílio dignidade menstrual que aliviam mas, por outro lado, criam dependência e têm caráter meramente paliativo.

Nenhum presidente dos últimos 20 ou 30 anos tratou de resolver o problema do Norte e Nordeste. Ao contrário, preferiram valorizar as quantidades de benefícios sociais concedidos às pessoas menos favorecidas. Basta verificar que na maioria dos 7 estados da região Norte e nos 9 estados da região Nordeste, o número de pessoas sem nenhuma renda de trabalho supera 38% da população. Existem ali mais beneficiários do bolsa família e do BCP do que empregados com carteira assinada.

Nesse cenário, faz sentido o que alertou o escritor norte-americano Harry Browne (1933-2006): “O governo é bom em uma coisa. Ele sabe como quebrar as suas pernas apenas para depois lhe dar uma muleta e dizer: veja, se não fosse pelo governo, você não seria capaz de andar!”. Por outro aspecto, cabe também lembrar o ensinamento de outro norte-americano, o economista, filósofo, cientista político e escritor John Kenneth Galbraith (1908-2006): “Nada mais eficaz para limitar a liberdade, incluindo a liberdade de expressão, como a total falta de dinheiro”.

O Brasil precisa questionar se a não priorização das reduções das desigualdades regionais e sociais é consequência de políticas públicas equivocadas, de incompetência governamental ou é resultado de decisões deliberadas para não permitir liberdade política e de expressão de grande parte da população, porque é evidente ǫue não existe liberdade política sem liberdade econômica.

*Samuel Hanan é engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

Morte por R$ 7: PM que matou mototaxista vira réu

Virou réu o policial militar que matou um mototaxista com um tiro no peito, no meio da rua, em Camaragibe, no Grande Recife.

O sargento Venilson Cândido da Silva atirou e Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, apos uma corrida em um veículo por aplicativo.

Ocorrido no dia 1º de dezembro, o crime foi motivado por uma discussão sobre o valor dessa corrida: R$ 7, segundo a mulher de Thiago.

Na terça (17), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Diario de Pernambuco

Vereador Jorge Quintino reitera pedido de Tarifa Zero propondo “Ciclo Tarifa Zero” para ampliar a mobilidade urbana em Caruaru

Com o compromisso de garantir mais acessibilidade e qualidade de vida à população de Caruaru, o vereador Jorge Quintino reforçou, nesta semana, o pedido para a implementação da Tarifa Zero no transporte público coletivo. A proposta visa beneficiar milhares de trabalhadores, permitindo o uso gratuito do sistema de transporte municipal sem limitações de viagens ou restrições de horários, garantindo mais dignidade e economia aos cidadãos que dependem do serviço diariamente.

Além de reiterar o pedido da Tarifa Zero, o vereador apresenta agora uma nova iniciativa para fortalecer a mobilidade urbana e promover a sustentabilidade: a criação do programa “Ciclo Tarifa Zero”, que prevê a disponibilização gratuita de bicicletas públicas para percursos intramunicipais. O programa tem como objetivo oferecer uma alternativa prática, acessível e ecologicamente correta para os deslocamentos de curta distância, contribuindo para desafogar o trânsito, reduzir a emissão de poluentes e incentivar hábitos mais saudáveis.

“Sabemos que o transporte é um dos maiores desafios nas grandes cidades e em Caruaru não é diferente. A Tarifa Zero no transporte público é um passo fundamental para garantir o direito de ir e vir dos trabalhadores, diminuindo custos e facilitando o acesso a oportunidades. Com o ‘Ciclo Tarifa Zero’, propomos uma alternativa complementar, que alia sustentabilidade, mobilidade e qualidade de vida, colocando Caruaru na vanguarda das cidades comprometidas com o futuro”, destacou o vereador Jorge Quintino.

O programa “Ciclo Tarifa Zero” seria viabilizado por meio de um sistema público de empréstimo de bicicletas, com pontos de retirada e devolução distribuídos estrategicamente em bairros e áreas centrais da cidade. A proposta busca integrar o uso de bicicletas ao sistema de transporte coletivo, criando uma rede eficiente e econômica de deslocamento urbano para atender trabalhadores, estudantes e a população em geral.

Para o vereador, a iniciativa não apenas amplia as opções de transporte, como também promove inclusão social, democratiza o acesso à mobilidade e melhora a qualidade do trânsito em Caruaru. “Precisamos pensar em soluções inovadoras e sustentáveis que atendam às necessidades da nossa população. A mobilidade urbana é um direito e deve ser acessível a todos. Queremos que Caruaru se torne referência com o transporte coletivo gratuito e, agora, com o ‘Ciclo Tarifa Zero’, colocando o bem-estar das pessoas em primeiro lugar”, concluiu Jorge Quintino.

Com a Tarifa Zero no transporte público e o novo programa “Ciclo Tarifa Zero”, o vereador Jorge Quintino reafirma seu compromisso com a construção de uma cidade mais justa, inclusiva e sustentável, colocando a mobilidade urbana como prioridade na agenda de desenvolvimento de Caruaru.

Média de preços de presentes de Natal está abaixo da inflação, observa FecomercioSP

Enquanto os preços dos alimentos que compõem a ceia de Natal dispararam, itens geralmente procurados para presentear familiares e amigos nessa época do ano estão abaixo da inflação. Essa constatação é resultado de um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) tomando um conjunto de 50 desses produtos do IPCA-15, do IBGE, como flores, joias, livros e roupas. Os dados mostram que esses itens estão, em média, 2,15% mais caros agora do que em 2023 [tabela 1], enquanto a inflação até novembro foi de 4,77%.

E a boa notícia para consumidores e lojistas é que os preços do varejo mais procurado no Natal — vestuário e calçados, que correspondem a cerca de 40% das intenções de compra desse período, segundo pesquisas históricas da Federação — também estão nesse nível. Os tênis, por exemplo, subiram 1,88% em 12 meses, enquanto as bermudas estão 0,76% mais caras. Alguns itens até deflacionaram, como as camisas infantis (-0,34%).

Os números também são positivos para outro setor que ajuda a dar a tônica do Natal: o de brinquedos. Nesse caso, houve redução significativa de 4,46% nos preços — a maior entre todos os produtos da cesta de Natal compilada pela pesquisa —, com destaque para as bicicletas, que caíram 3,93%.

Segundo a FecomercioSP, trata-se de uma conjuntura ideal para o varejo brasileiro, que chega ao fim deste ano com uma taxa de desemprego baixíssima (6,2%, no trimestre encerrado em outubro, segundo o IBGE), massa de rendimentos mais alta (por consequência) e maior disponibilidade de crédito, sobretudo do cartão. Considerando as várias opções de pagamentos, como parcelamento ou PIX, espera-se que o fim do ano seja de vendas aquecidas no País.

Caruaru Shopping promove Cantata de Natal

O Caruaru Shopping também estará realizando, dentro da programação natalina, a Cantata Escolar de Natal. As apresentações acontecerão nos dias 18 e 20 de dezembro, no Pavilhão de Eventos, a partir das 18h.

“O público vai poder assistir a belas apresentações de alunos de várias escolas, onde estarão realizando uma linda celebração de Natal em forma de música e encenação”, disse o gerente de Marketing do Caruaru Shopping, Walace Carvalho. O evento é gratuito e aberto ao público.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.